- Casamento?
Fabiane Tentava entender o que a mãe dizia.
- Sim eu sei que eu posso estar me precipitando, mas hoje nós tivemos uma conversa na hora do almoço e achamos melhor casarmos logo, afinal estamos tão apaixonados.
Marlene adorava ver a cara de paspalho da filha.
Ela nem mesmo conseguia disfarçar o espanto e tristeza. Ela literalmente agora estava prestes a desmaiar. Viu a cor de seus lábios fugirem.
Continuou sádica:
- E claro queremos que você seja nossa madrinha! Oscar que deu a ideia! E eu a achei maravilhosa... Vamos o que me diz? Você sabe que sua opinião agora é muito importante para mim.
Fabiane não conseguia emitir um som sequer. Não conseguia esboçar reação, além da náusea que estava sentindo. O que a mãe planejava?
Sem aguentar levantou-se e foi o seu erro.
Sen
Marlene sentou na beirada da cama furiosa.Precisava fazer alguma coisa, antes que a retardada descobrisse que estava grávida.Ela não ia permitir que Fabiane tivesse um filho de Oscar.Deveria haver alguma coisa que ela pudesse fazer para garantir que a infeliz perdesse o bebê!Fabiane saiu do condomínio da mãe ligando para Oscar!Nada!Ele não atendia nem mesmo retornava suas ligações.E ela estava preocupada. Afastou-se um pouco do condomínio que recebia agora os funcionários responsáveis pela coleta do lixo. O cheiro do lixo, misturado com a fumaça dos motores a fazia sentir-se de novo enjoada. Ela apertou o passo e entrou na garagem e no seu carro.Alguma coisa estava acontecendo senão iria acontecer, ela só não sabia o quê.Ligou para o pai e relatou o que havia acontecido.O pai prometeu que n&atild
Outro que queria a morte da mãe era seu próprio pai.Lembrou das inúmeras vezes que ele descobrira uma traição e nunca, em todos aqueles anos levantava a mão para a esposa. Marlene gritava a pleno pulmões o quanto ele era um banana e que havia se divertido a semana inteira na companhia de outros homens.Ela falava todas essas coisas e ele não fazia absolutamente nada. Mas ela via o ódio em seu olhar. Via o quanto se controlava para não extravasar sua raiva. Por várias vezes achou que esmurraria Marlene, mas ele apenas virava as costas e saia.Até ela criticava o pai.Questionando porque ele permitia tantas humilhações e nada fazia?Ele respondia que o tempo se encarregaria de sua vingança.Meu Deus! Será possível que todos os suspeitos fossem os homens da sua vida?Teria que olhar nos olhos de ambos e ve
Ele pareceu arrependido do que falara e voltou o olhar para o monte de papel na sua mesa.Ela riu lisonjeada. Afinal aquilo saindo da boca do Delegado George era um grande elogio. Ela desviou o olhar do chefe. Eles já haviam conversado sobre isso.Suspirou fundo tentando disfarçar a frustração.Ela o conheceu há alguns anos atrás quando havia entrado para a corporação. E ele já era um delegado conceituado e respeitado. Os bandidos tinham pânico dele e seus colegas idem. Pois sua fama de perseguir o crime seja ele de onde fosse era conhecido por todos. Delegado George era calado, observador e muito atraente nos seus um metro e oitenta e pouco. Os músculos bem distribuídos em todos os centímetros do corpo.Cristiana sentiu um formigamento no corpo lembrando do único dia em que eles haviam feito amor sob sua mesa. Mas logo depois ele havia pedido mil perdõ
Ele alisou a barba por fazer no rosto másculo e mais uma vez ela se viu perdida naquele homem sentado a sua frente.- Bom, na verdade eu coloquei esse apelido, bem convencional e clichê, pois queria ficar mais próxima a você... Não é chefe, como um chefe qualquer...Ela falava demais e percebeu que acabaria sendo traída.Ele a olhava curioso.- Mais próxima? Ninguém nunca quis ficar mais próximo de mim Cristiana.- Me chame de Cris. Já que eu te coloquei um apelido, pode me chamar assim também. Pelo apelido, quis dizer.Ela estava ficando nervosa com o jeito que ele a olhava, mas sustentava seu olhar penetrante.- Cris...Ele repetiu baixinho.- É isso ai! A gente trabalha juntos então nada de formalidades.- Certo.- Me diga chefe: Não tem ninguém te esperando em casa?Ela revi
Ele estava visivelmente perturbado. Sua tensão era algo palpável.- Cris, melhor não!Ele estava também sentindo o clima que havia instalado entre eles. A tensão sexual e estava querendo fugir e ela não podia permitir isso.- Por que não? Somos adultos, chefe...Sua voz estava estranhamente rouca e ele percebeu.George se levantou e a fitava nos olhos, confusão, desejo reprimido, foi isso que ela enxergou.- Você não sabe onde está se metendo moça...- Eu adoraria saber!Foi como se eles tivessem tomado uma descarga elétrica forte. A mão dela pousou em seu rosto másculo e ele fechou os olhos num mudo pedido de carinho.Ela não sabe ao certo quem beijou quem, mas eles haviam se beijado e feito amor ali na sala. A mesa fora o cenário da noite mais extraordinária da sua vida.Geor
Oscar chegou ao apartamento de Fabiane e a abraçou fortemente.Foi a hora que ela desabou e chorou.Chorou como jamais imaginou que choraria. Abraçada ao amor de sua vida percebeu o quanto mal sua mãe havia lhe feito e como ela estivera tão próxima de acabar o seu sonho em viver sua vida com ele.Ela se deixou ficar ali em seus braços, ouvindo palavras de carinho e conforto.Oscar foi o primeiro a falar:- Desculpa eu tê-la deixada tanto tempo sozinha. Mas eu e Juan precisamos sair da cidade atrás de provas que ligavam sua mãe ao juiz Napoleão.- O que presidiu a audiência?- Sim, o próprio. Uma fonte havia dito que encontraríamos uma pessoa que nos daria todas as informações que estávamos buscando.- E?- Querida...Ele beijou sua testa franzida e continuou.- Parece que ele e sua m&a
No velório de Marlene compareceram várias pessoas da sociedade.Pessoas que Fabiane nem sabia que faziam parte do rol de amigos da mãe.Que amigos que nada!Ela não teve amigos, ali no máximo existiam cúmplices, amantes e pessoas que de alguma forma havia se beneficiado com ela.Ninguém ali ligava por sua morte.Queriam aparecer, tirar fotos e jogar em suas redes sociais. Pessoas fúteis e vazias, iguais a sua mãe.Talvez até seu assassino estivesse ali.Aquilo fazia seu coração bater mais forte. Medo e um misto de raiva.Oscar estava ao lado de seu pai e esteve calado durante o velório. Ele soube que seria interrogado daqui a alguns dias.E como advogado precisava ter bastante cautela para não falar além do que precisava.Sabia que estaria na lista dos prováveis suspeitos, qua
George olhou para Cris que estava do outro lado da sala, perto da escrevente que digitava a declaração.- Eu estava dentro do quarto quando o doutor Gilberto deu a notícia para Marlene. Ela ficou furiosa e pediu que ele não contasse para a filha. Pois ela tinha outros planos.- E que planos seriam esse? Fazer com que ela tirasse a criança?- Não sei qual seria esse plano... Mas sim, poderia fazer isso ou até pior.- Qual pior?Quis saber o delegado.- Matá-la, por exemplo. Ela não. Mas com certeza mandaria alguém.- Certo! Mas uma coisa que não entendi senhor Roberto: Porque ela não gostou de saber que a filha estava grávida?Ele viu quando o rapaz mudou de atitude. Agora ele estava triste e preocupado.- Porque o pai da criança é o noivo dela, o Oscar.George sabia que aquele caso s