Tremendo, ambos nada diziam. Estavam apenas mergulhados naquele prazer que os havia transportado para o mesmo lugar.
Ela queria dizer algo, mas o que dizer?
Ofegantes eles se beijaram e ela deitou a cabeça sobre seu ombro forte.
Ele acariciava suas costas devagar.
Apertando sua pele, sentindo a textura e percebendo a loucura que havia feito.
Oscar cheirou a desconhecida e mordeu levemente seu ombro.
Ela estava calada, mas ele percebeu que ela também estava assustada com o que havia acabado de acontecer com eles.
Ele tirou os cabelos dela de seu rosto bonito e a beijou novamente.
Era tudo o que ele queria:
Beijar aquela mulher!
E aquilo foi seu maior erro, pois ele de novo sentiu seu sangue correr por suas veias e seu membro ficar completamente ereto novamente. Ele esperava as carícias daquela mulher e ela como uma gata no cio correspondeu ao beijo e de novo os dois estavam se agarrando e transando pela segunda vez.
Exaustos, depois que terminou o ato, ela escorregou para o banco carona sorrindo.
Ele estava sério. Ela feliz e realizada. Sentindo arder cada parte do seu corpo.
Ahh dane-se, a gente não vai se ver de novo mesmo, pensou ela agora triste com essa possibilidade.
- Olha... Assim eu terei que te chamar de novo heim! – Ela tentou brincar, mas percebeu o quanto ele parecia distante e até mesmo arrependido. Fabiane engoliu seco e tentou parecer calma quando falou: - Você parece arrependido! E eu que sou a mulher aqui...
Ele riu nervoso.
- Eu, eu nem sei por que fiz isso. Normalmente eu sou mais cuidadoso!
Ela arregalou os olhos agora entendendo que não usaram preservativos nas duas vezes.
- Fique tranqüilo, eu tomo remédio... E sou saudável...
Como agora os pareciam dois estranhos? Deixe de ser tola! Vocês são estranhos, tenha agora um pouco de dignidade e saia de cabeça erguida, pensou ela olhando para fora do carro, tentando aceitar que a magia do momento se fora.
A coisa parecia ter sido tão natural e gostosa. Porque ele estava tão distante agora? E por que ela estava envergonhada?
Pra ela também havia sido bom.
E ponto. Mentira!
Ela não queria um ponto. Queria uma vírgula, reticências.
Qualquer coisa, menos nunca mais vê-lo.
- Fica tranqüilo... - Ela abriu a bolsa e retirou de lá seu celular. -Olha! Eu acho que te dei o endereço errado, na correria. Esqueci que minha a festa é em outro endereço. Deixa te passar... - Ela começou a vasculhar no celular o endereço correto e passou para ele. Fabiane estava nervosa em perceber que o desconhecido ficava a cada minuto desconfortável. Que droga! Ela havia saído para tentar ferrar a festa da mãe e se envolve naquilo? Acabou transando com um desconhecido, num táxi e nem mesmo se protegido... Envergonhada ela se reclinou na cadeira tentando parecer tranqüila. Mas seu coração parecia que ia sair pela boca. Ela estava envolvida em mistos de sensações: Deliciada com tudo que passou e envergonhada e surpresa com a atitude dele agora.
Mas o que você esperava? Um pedido de namoro? Recriminava-se.
- Ok, sem problemas... - Ele arrumava a roupa e ela não pôde deixar de olhar de novo aquele corpo maravilhoso. Vontade de mandar aquela festa pro inferno e convidá-lo para ir pro seu apartamento e fazer amor à madrugada toda.
- Olha moça, não me olhe assim. Confesso que está bem difícil, manter as mãos longe de você... Se continuar, eu juro que rasgo esse seu vestido e te possuo de novo!
Fabiane olhava para ele num misto de espantada e extasiada, na verdade ela adorou ouvir aquilo.
- E porque não faz? A gente pode comprar preservativos dessa vez e irmos pro seu apartamento ou o meu.
Ele arregalou os olhos, perplexo, mas ela viu todo seu desejo por ela também.
Ela não sabia por que, mas ele lutava agora com os sentimentos.
- Sua louca! – Ele resmungou. -Se ajeita e me passa o endereço certo!- Ele evitava olhar as curvas daquele corpo tentador.
Ela lentamente colocou o vestido.
Não havia percebido que estava sem a roupa. Ficar nua na frente dele parecia algo tão natural e normal para ela. Fabiane colocou o vestido sentindo o corpo em chamas. Sabia que a noite seria muito difícil, estava frustrada e cheia de tesão ainda por aquele homem e pelo que tudo indicava ele também por ela. Ela podia ver isso em seu olhar, no modo como ele a olhava.
Vestiu-se o olhando dentro dos olhos. Demorando mais que o suficiente, provocando-o.
Ele aguardava com os olhos sob seu corpo e os dedos presos no volante, pedindo a Deus força para não agarra-la novamente.
Ela riu, gostando do efeito que exercia sob ele. Mas de repente a verdade caiu sobre ela e se...
- Qual o nome dela?- Perguntou ela, sabendo que o que o incomodava era alguma mulher que deveria estar aguardando-o em casa com seus filhos. Aquela visão a deixou chateada.
Ele pareceu surpreso, mas não respondeu. Mas também não desmentiu.
- Me passe o endereço, por favor.
Ela mostrou o endereço e ele em seguida começou o trajeto em silêncio.
Oscar não podia acreditar!Adorou ter aceitado ficar no lugar de seu amigo de faculdade. Eles haviam apostado que ele nunca suportaria uma noite trabalhando como motorista de aplicativo, afinal um cara que era um dos melhores advogado do país, filho de uma tradicional família de advogados, jamais aceitaria aquele trabalho.Juan teria que passar a noite no hospital com sua esposa, que acabara de ganhar o quarto bebê do casal e eles haviam rido imaginando Oscar como motorista. O amigo havia falado que ele nunca aceitaria ou aguentaria a função. E ele acabou aceitando para ganhar a aposta e ajuda.Ele sabia que suportaria. E talvez até fosse divertido. Tudo para não ir a uma determinada festa!Olhou para fora da janela vendo o movimento. Pessoas de todo tipo indo e vindo. Ser motorista era até mais tranquilo que ser advogado. Então ele estava tirando de letra e podia dizer que estava at&eac
Oscar estacionou o táxi na garagem do amigo.Estava suando e nervoso.As últimas horas haviam sido bastante emocionantes e tensas. E ele não pôde dizer que estava arrependido!Ele havia dado graças a Deus quando sua passageira misteriosa havia deixado o táxi e ido embora. Mas a bandida havia retornado ao táxi e jogado em seu colo uma calcinha.A bendita calcinha agora estava no bolso de sua calça, fazendo-o lembrar da noite incrível que tivera com ela. Uma das melhores horas de sua vida.Mas e se elas tivessem realmente algum parentesco com Marlene Costa?Marlene nunca havia falado de filhas ou sobrinhas.A vida daquela mulher era um mistério.Ele poderia facilmente descobrir. Bastavam algumas perguntas aqui e ali.Ponderou que ele jamais se interessou por sua vida, sua família, pouca coisa sabia dela. E aquilo não era bom. Seu avô s
Fabiane chegou à festa e foi recebida por um rapaz que abrira a porta do apartamento.Ele ficou olhando para ela parecendo reconhecê-la.Logo atrás dele Fabiane ouviu a voz melodiosa de sua mãe.Ou odiosa?-Robby meu lindo, quem chegou?O rapaz que se chamava Robby nada respondeu e deu passagem para que ela passasse e ficasse bem de frente a mãe.A fisionomia dela foi de espanto a raiva, mas ela disfarçou rápido.Ela era assim...Dissimulada.E só quem conviveu com ela sabia desse seu lado. Ela conseguia passar de furiosa para uma mulher doce e serena. Aquilo sempre deixava Fabiane com medo e depois extremamente irritada, pois com isso a mãe se passava por a boa pessoa e ela a filha mimada e incompreensiva.E lá estava ela, bem ali na sua frente e como sempre Fabiane ficou nervosa. Tentando disfarçar ela passou pelo rapaz que agora olhava
Mas sua mãe estava nesse momento rindo e conversando com um grupo de pessoas.Fabiane se aproximou.- A gente precisa conversar mamãe.- Depois meu anjo, depois... Eu tenho que entreter meus convidados...- Agora Marlene!Fabiane falou firme olhando na direção das pessoas que começavam a perceber sua presença.Forçando um sorriso ela continuou falando somente pra mãe ouvir:- Ou quer que eu comece a falar aqui mesmo?A mãe sorriu, mas Fabiane sabia que queria esbofeteá-la.Pegando-o pelas mãos e a conduzindo para seu escritório, ela foi abrindo caminho no meio das pessoas fazendo uma piadinha aqui e ali.Alguém perguntou se ela iria apresentar a nova convidada e ela apenas respondia que depois.Empurrou gentilmente a filha pra dentro do escritório. Fez um sinal para Robby, que apareceu de repente e fechou
Oscar massageava a fronte enquanto conversava com seu amigo pelo celular. Morria de dor de cabeça.- Não Oscar, ninguém telefonou querendo falar contigo!Comentou Jean rindo.-Hei é a terceira vez ou mais que você me pergunta se alguém te procurou! E eu já te respondi que não... Riu e ele pode ouvir o choro do bebe ao fundo.- Vê lá hein amigão, a Marlene vai te matar...Só em ouvir aquele nome a dor de cabeça aumentava e ainda teria que ir à casa dela mais tarde para almoçar.Como não havia ido a sua festa de aniversário, decidiu ir para evitar algum tipo de problema no futuro.- Você conheceu alguém naquela noite, só pode cara. Vai, me conta! Só não me diga que transou no meu carro que eu te mato!O amigo riu do comentário e ele riu também.Se e
Marlene sentou fazendo sinal para que os outros a imitassem.Oscar esperou Fabiane sentar e se pôs na frente de ambas.Se não fosse o corte de cabelo diferente e algumas décadas da mais velha as duas mulheres a sua frente eram parecidas. Mas a filha tinha um brilho diferente, a doçura, meiguice e sensualidade que a mãe jamais teria. Ele adorava o jeito de olhar e em como colocava os cabelos por detrás da orelha. Ou como agora apertava as mãos numa cena clara de nervosismo.Ele queria ficar a sós com ela.Abraça-la e explicar todo aquele mal entendido. Mas sabia que nada poderia ser explicado!Mas ele não suportava ver aquele olhar de desprezo e ódio que ela lhe lançava.- Oscar meu amor irei precisar de sua ajuda. Eu vendi a casa que era minha e do pai de Faby e preciso que a parte dela seja...Fabiane a interrompeu:- A casa não era sua m
Quando suas bocas se uniram ele a encostou no carro, pressionando seus corpos. Deixando-a sentir cada músculo de seu corpo que clamava por ela.As mãos perversas dela agora passeavam em seu abdômen, a camisa aberta facilitava aquela ousada mulher.Entre beijos e murmúrios suas bocas se afastaram. E ela o olhava triunfante.Ele falou um palavrão e se afastou:- Nós não podemos repetir isso!Ele estava visivelmente abalado e excitado.- Acho que será impossível!- Eu já percebi o que há entre você e sua mãe! Vocês não se suportam! E eu não quero estar no meio dessa guerra! Já tenho problemas por demais.Ela riu voltando para o carro:- Mas você já está no meio dessa guerra. Terá que decidir de qual lado está!- O que você quer dizer?- Você nã
Robby sorria internamente. Ele a odiava e vê-la assim o deixava feliz.- Saia daqui! Não quero mais ver sua cara inútil hoje...Ele fez um gesto e saiu da sala.Que se dane ela. Tudo que ele pudesse fazer para vela infeliz ele faria. Ele havia crescido vendo sua mãe a amiga, a única amiga de Marlene Costa ser traída e humilhada.Marlene simplesmente havia roubado sua mãe no Atelier que tinham. Além de ter ido para a cama com o homem que ele havia amado de verdade.Ela sabia que Robby amava Carlos. Sua mãe havia contado sua paixão pelo bonito desenhista. Ele era o artista que desenhava as roupas junto com sua mãe e por causa dele, aprendeu a amar a profissão. Carlos dava vários toques e o incentivava a fazer bons cursos na área. Robby tinha um sonho declarar seu amor para o colega e talvez um dia eles pudessem ficar juntos!Mas Marlene adorava des