— Se eu soubesse que isso iria acontecer... eu não teria ido para o exterior. Por que eu tinha que fazer isso? — Anne se via cheia de arrependimento e lágrimas brotaram de seus olhos. — Quem imaginaria que isso aconteceria? Não é culpa sua. — Sarah sentiu pena da filha e de Nigel. Às vezes, a mulher não sabia de quem deveria sentir mais pena entre os três, já que a sua própria vida também não foi fácil. Ao pensar sobre isso, ela sempre percebia que sua vida era muito conflituosa, apesar dos privilégios. — Depois que seu pai terminou comigo, fiquei com tanta raiva que o amaldiçoava todos os dias. Por que eu tinha que sofrer tanto para dar à luz você, enquanto ele aproveitava a vida sem responsabilidades de pai? Eu estava com dor o tempo todo, e eu queria tanto dar socos em Nigel... Sempre pensava que ele vivia uma vida muito confortável com a filha depois que se casou outra vez. Mas não esperava que não tivesse sido fácil para ele também... — Os olhos de Sarah ficaram marejados e verm
— Nada. Conte-me sobre o senhor Kennedy — disse Anne. — Quero saber mais. — — Certo... — Ken começou a conversar com Anne sobre os vários hobbies de Lionel Kennedy.Depois que Ken saiu, Anne pegou o telefone e ligou para Anthony. Não importava o que acontecesse, era melhor contatar o magnata. O telefone tocou algumas vezes antes de o homem atender, então a moça perguntou: — Mestre, você está ocupado? — — Mestre? Pensei que tivéssemos abandonado nossos joguinhos. Você deve ter algo para me pedir, é claro. — A voz de Anthony soou profunda.Anne fez o possível para parecer o mais doce possível. — Sim. Você pode deixar as crianças visitarem o avô no hospital? Acho que ele pode acordar quando ouvir as vozes dos netos. Não é algo tão difícil, certo? — Anthony não respondeu, deixando Anne um tanto ansiosa. Ele permitiria isso, não é? Ou o crápula discordaria apenas porque Sarah estaria presente? Até que ponto o magnata guardava rancor pelos erros de Sarah?— Seria à tarde? — O ho
Anne costumava praticar golfe como em Cambrick. Por consequência, sabia bastante sobre o esporte, apesar de não ser tão boa quanto o experiente Lionel, que praticava aquilo com muita frequência. Mesmo assim, Anne ainda se aguentou e jogou com o homem, pelo bem da empresa. Como era de se esperar, a jovem foi derrotada com facilidade. Depois de mais algumas rodadas, ela foi humilhada.— Hahaha! Mesmo tendo perdido, você jogou bem! Você é uma garota esperta — disse Lionel. — Embora o senhor Faye não tenha um filho homem, você é uma ótima filha e deve dar muito orgulho a ele! — — Pois é, senhor Kennedy. Não quer me dar a chance de ver se posso ser uma boa filha para meu pai também no mundo dos negócios? Posso ser uma grande surpresa! — Anne aproveitou a oportunidade para perguntar.Lionel ergueu o dedo para impedi-la. — Calma aí! Como eu disse, não estou aqui hoje para discutir negócios e não tenho intenção de cooperar com sua empresa. — — A empresa do meu pai já havia cooperado co
Quando Lionel percebeu quem era, correu para cumprimentá-lo: — Olá, senhor Marwood! Meu nome é Lionel Kennedy! Não esperava encontrar você aqui e há muito tempo estou ansioso para conhecê-lo. Acabamos de terminar aqui e espero que você se divirta. — Anthony olhou para Anne e disse: — Já que estamos aqui, vamos jogar juntos! Eu, você e sua amiga. — Lionel ficou surpreso. Embora seu negócio não fosse pequeno, não valia a atenção de um magnata poderoso como o jovem poderoso diante dele. Jamais imaginaria que Anthony o chamaria para jogar golfe. No entanto, o homem mais velho acabou se preocupando de se envolver naquela situação tendo Anne ao seu lado, porque imaginou que a moça poderia não estar ciente da importância daquele rapaz.— Minha amiga aqui é uma novata, então não teríamos muito como competir com você, senhor Marwood. —— Uma novata... — Os olhos cor de obsidiana de Anthony se fixaram em Anne, então ele levantou a mão e a chamou para mais perto. A moça se aproximou
— Eu não menti para você. Por outro lado, o que você está fazendo? Por que está aqui? — Perguntou Anne.— Você tem algum problema com isso? — — Não, só quero saber. E não preciso de dica nenhuma. — — Eu sei que você não precisa. — Anthony agarrou a mão de Anne e a puxou para perto. Então, com as costas dela apoiadas nas dele, guiou a moça no movimento da tacada, passo a passo. — Preste atenção. — Anne se sentiu desconfortável com a cena, a suposta aula de golfe naqueles moldes, sob o olhar atento de todos. Anthony, por outro lado, parecia apenas ignorar o ambiente ao seu redor. Na verdade, não havia necessidade de jogar e decidir o vencedor. Além disso, com a aparição repentina do magnata, não havia necessidade de ela aparecer para discutir negócios em Luton no futuro!No entanto, Anne não queria que isso acontecesse. A moça queria saber mais sobre seu pai e queria usar seus próprios esforços e inteligência para administrar a empresa. Além disso, de que adiantava ficar devendo
Anne virou o rosto. Os lábios finos de Anthony pressionaram suas orelhas, fazendo a moça se arrepiar. Ela sabia o que Anthony queria dizer sobre ter habilidades, mas não era algo que a agradasse. No entanto, havia uma tendência irresistível naquele toque. Os lábios do magnata permaneceram em suas orelhas, e o homem não parecia arredio por Anne ter desviado o rosto. Afinal, a mulher permanecia sob seu controle e ele poderia conseguir o que queria com apenas um estalar de dedos. Além disso, por algum motivo, naquele dia, ela parecia interessada. — Há quanto tempo eu não tenho você? — Anthony sentiu o cheiro doce de sua fragrância corporal e se lembrou de como a moça era um deleite celestial.Anne percebeu a mudança de humor de Anthony e resistiu um pouco. — Não vamos buscar as crianças daqui a pouco? — Ela se sentia tentada, mas também não queria fazer esse tipo de coisa com Anthony enquanto estivessem naqueles termos. O homem a tratava mal e, cada vez que qualquer avanço acontec
Anne se aproximou e os carregou. — Vamos comer. Vovô ainda está dormindo. — — O vovô não está com fome? — Chloe perguntou.— Os médicos alimentam o vovô com soro. — Disse Anne, enquanto abria as marmitas sobre a pequena mesa, no canto do quarto.— Ah, da garrafinha de cabeça pra baixo, não é? — Disse Chris.— Isso mesmo. — Anne forçou um sorriso. Enquanto os três se endireitavam para comer, a mulher perguntou: — Mãe, ouvi da enfermeira que você ficou aqui ontem à noite? — Como foi exposta, Sarah apenas respondeu: — É o mesmo que ficar em casa. —— Não é. E se você ficar doente? — Anne franziu a testa.Sarah viu os trigêmeos olhando para ela e concordou. — Tudo bem. Não vou mais ficar aqui. — De repente, a porta da enfermaria se abriu e Bianca entrou. — Isso mesmo! Você não deveria mais ficar aqui. Caso contrário, os fofoqueiros podem pensar que ele é seu marido! — O rosto de Anne pareceu amargo, porque sua irmã a provocava mesmo com as crianças presentes. Dorothy
De volta à Mansão Real, Anne não encontrou Anthony. Hayden informou a ela que o magnata se ocupara no escritório com os assuntos de sua empresa e ainda não dava sinal de que sairia tão cedo. Diante disso, a moça acompanhou as crianças até o quarto e os ajudou com o banho.Anne poderia deixar que as empregadas da Mansão Real, as que trabalhavam apenas cuidando das crianças, dessem banho nos três, mas, como mãe, queria passar mais tempo com elas e optou por fazer isso sozinha. Chris e Charlie saíram do banho e acompanharam as babás, que tratariam de vestir os garotos. Chloe quis ficar um pouco mais na grande banheira, então cobriu a cabeça com a espuma da banheira, moldando uma forma que não lembrava nada de específico.— Mamãe, gostou da minha estátua de espuma? — — Ficou linda! — Anne a abraçou e riu.— Deixa eu fazer uma em você também! — Chloe junto espuma sobre a cabeça de sua mãe, rindo depois de fazer isso. — O que foi? — Anne se virou para se olhar no espelho ao lado dela.