— Por que papai escreveria isso no testamento? Ele deixou para elas o que havia de mais valioso, e o que ele deixou para mim e para minha mãe? Não me importo com dinheiro, mas também vou aceitar isso dele! — Bianca jogou o papel no chão. — Apenas eu e minha mãe deveríamos ser as beneficiárias! — Sua opinião mudou bem rápido.— Sinto muito, mas era isso que o senhor Faye pretendia fazer, três dias atrás. E esse é o testamento que vale. — Disse Robert, antes de se voltar para Dorothy. — Senhora Faye, acredito que você assinou um acordo pré-nupcial quando se casou com o senhor Faye, afirmando que não teria direito ao dinheiro dele após sua morte. — — O quê?! — Bianca ficou boquiaberta com Dorothy.Dorothy baixou o olhar com tristeza. — Sim! Mas e Bianca? Por que Bianca não é a primeira beneficiária? O dinheiro no banco não é nem um terço do valor de seus fundos da empresa. Ele não nos considera importantes?! Senhor Stahl, algo está errado nessa história! — — Também fiquei chocado
Sarah se sentiu provocada. — Estávamos no exterior! O que poderíamos ter feito? Pare com isso! — — Por que meu pai escreveria um testamento como este, então? Eu sou a filha verdadeira dele, quem ele criou, a mesma filha pela qual ele se casou de novo com minha mãe! Por que deixar tudo para vocês duas? — Bianca questionou.Não parecia lógico de nenhuma perspectiva. Os olhos de Anne iam e voltavam entre Dorothy e Bianca. — Acho que vocês duas fizeram algo horrível e enfureceram papai. Só assim para ele tomar uma decisão tão brusca. — Dorothy fez o possível para esconder a culpa que sentia no fundo, porque sabia que Nigel havia agido após descobrir que Bianca não era sua filha de sangue. No entanto, a mulher achava aquilo cruel demais da parte dele. Como esposa, ela trabalhou duro pela família e ficou sem nada. 'Eu deveria ter aceitado sua proposta de divórcio quando ele se ofereceu para me dar tudo!', ela pensou. 'Agora não receberei nada!'— O que exatamente poderíamos fazer p
— Ele não seria enganado tão facilmente, mas depende de quem o estivesse enganando! — Bianca disse, sarcástica. — Uma filha bastarda, por exemplo! —— Escuta aqui! — Sarah iria xingá-la, mas Anne a interrompeu.— Eu não vou te dar nada. — A moça foi sucinta.Os rostos de Dorothy e Bianca se contorceram de raiva enquanto desejavam rasgar a cara de Anne. A pianista se recusou a desistir e, como só podia contar com Anthony, confiou que o magnata ficaria ao seu lado.— Anthony, Anne e a mãe dela estão claramente tentando assumir minha herança. Eles provavelmente planejaram isso antes. Minha mãe é a esposa e Sarah nada mais é do que uma destruidora de lares. Como a esposa legal poderia perder para a destruidora de lares? — Bianca disse.Anne olhou para Anthony, pois os conflitos entre esposas e relacionamentos extraconjugais sempre foram a fonte de drama ao seu redor. Até a própria mãe de Anthony morreu por causa de uma amante. Bianca conhecia o magnata bem o suficiente para saber o qu
'O que é isso?', Bianca pensou. 'Nigel nem sequer nos mencionou! Deixou de lado a esposa dele, que eu sei que já não amava, mas e eu? Eu sou filha! Será que é porque ele me criou e sente pena de Anne? Foi por isso que ele me deu todo o dinheiro que tinha no banco e achou que era o suficiente?'— Papai vai acordar em algum momento, não vejo sentido em assinar isso. — Disse Anne.— A empresa precisa de alguém para fazer as operações, por ora. Você precisa assinar isso, senhorita... — Disse Robert.— Apenas assine. Assim que seu pai acordar, você pode simplesmente devolver tudo. — Disse Sarah, decidindo que era melhor do que deixar a empresa nas mãos de Bianca.Anne assentiu, antes de assinar seu nome no papel e entregar a caneta para Sarah. Bianca e Dorothy olharam para elas com raiva fervendo em seus olhos, até que a esposa de Nigel sentiu todas as forças se esvaindo do corpo e caiu de volta na cadeira. Todo o trabalho duro que ela colocou em sua família foi desperdiçado.Depois de
— Eu aceito! — Disse Anne.— Isso mesmo. Não temos medo de você! — Concordou Sarah.Bianca se virou para olhar para Anthony. — Vamos fazer o teste aqui, para o caso de alguém mexer nos resultados. — Tanto Anne quanto Sarah ficaram furiosas com o tom sarcástico da moça.— Claro. — Disse Anthony, sucinto.Kathryn foi até lá para tirar sangue de Nigel e Anne, antes de colher as amostras para um teste de paternidade. Bianca olhou com pesar para Anthony e disse: — Anthony, não estou me sentindo muito bem, então vou para casa com minha mãe. Voltamos quando o resultado sair, está bem? — — Certo. — Bianca e Dorothy saíram da sala e lançaram um olhar desagradável para Sarah e Anne quando passaram por elas. Anthony deu uma olhada em Anne, antes de sair da sala também.— Mãe, preciso sair por um momento. — Anne se afastou de Sarah e foi atrás de Anthony para perguntar algo. — Me diga, Anthony, você acha que isso poderia ser verdade? Você não pode realmente pensar que eu e minha mãe
No final, toda a dor valeu a pena e Anne se via determinada a nunca mais desaparecer. Ela estaria com os filhos sempre que desejasse vê-los. Assim que chegou e desceu do táxi, avistou o Rolls-Royce do lado de fora da garagem, o que significava que Anthony também estava em casa. A moça estranhou, porque esperava que o homem se apressasse para consolar Bianca. A jovem entrou no saguão e, em vez das crianças, viu Hayden se aproximando dela. — Senhorita Vallois! — — Onde estão as crianças? — Anne quis logo saber.— Nos fundos, com o pai. — Hayden sorriu.Anne correu pela mansão, que era enorme, e demorou algum tempo para chegar aos fundos. Mais uma vez, em seus pensamentos, perguntou-se por que Anthony precisava de uma mansão daquele tamanho, já que cada segundo parecia muito longo para ela. Quando chegou, ofegava, porém, ao ver os trigêmeos brincando na vasta área aberta, a mulher não se incomodou em olhar para Anthony, que se encontrava parado ao lado dos três.— Chloe! Charlie! C
— Mamãe, você deveria ser a goleira! — Chloe gritou.— Não é bom se você não tentar impedir! — Chris disse.— Não consegui! Ele chutou muito rápido! — Anne protestou: — Vamos começar de novo, então? — Ela foi pegar a bola e chutou na direção dos trigêmeos, que correram atrás na hora. Chloe não tinha costume de jogar futebol, então só podia correr atrás. Anne ficou na frente da rede, como goleira.— Mamãe, aí vou eu! — Charlie gritou.Anne entrou em ação e chutou a bola que voou em sua direção, mandando-a para longe da rede. A mulher acompanhou o movimento do brinquedo e se assustou quando percebeu que ele voava em direção a Anthony. O magnata, contudo, o parou.— Papai, chute de volta! — Os trigêmeos correram em direção ao homem, mas, quando estavam prestes a alcançá-lo, ele chutou a bola para longe.— Ah! Não! — Charlie berrou.Anne achou graça da reação das crianças, correndo atrás da bola para tentar recuperá-la. Anthony resolveu se afastar um pouco, para não interferir n
Anthony estreitou os olhos para Anne, que não se importou quando Anthony atendeu o telefone, mas ficou rígida quando sentiu o pesar daquela encarada. Ela começou a tentar adivinhar quem havia ligado e se aquilo a envolvia. 'Papai acordou?', ela pensou. 'Não parece, a julgar pela expressão no rosto de Anthony!'.— Você está certa disso? — Anthony questionou com voz rouca.— Sim. Ninguém mais tocou nas amostras. — Disse Kathryn com confiança.Sem dizer mais uma palavra, Anthony desligou e continuou a almoçar. Anne queria perguntar sobre a ligação, mas se conteve porque as crianças estavam ali.— Mamãe, você vai ficar conosco esta noite? — Chloe perguntou.— Você não tem mais trabalho, certo? — Chris perguntou.— Papai trabalha e mamãe também. Tão chato! — Charlie reclamou enquanto agitava a colher na mão.— Tenho algo para fazer esta tarde, mas posso voltar quando terminar... — Disse Anne, sendo gentil. A moça não planejava passar a noite. Embora ela não se importasse muito com o