Anne observou atentamente Anthony enquanto sorria e envolvia os braços em volta do pescoço dele. Ela estava consciente de que sua presença ali era algo perigoso e delicado.— Estava com saudades de mim? — Perguntou ela.O olhar de Anthony escureceu intensamente enquanto ele respondia:— Sinto falta do seu corpo. —— As portas aqui não podem ser trancadas, então alguém pode entrar... — Anne tentou alertá-lo, preocupada com a falta de segurança no local. — Eles não vão. — Anthony disse, confiante.Ela tentou manter o controle da situação, lembrando-o de suas obrigações: — Apenas se controle. Ainda preciso sair amanhã... —— Cale-se — ele ordenou, antes de selar seus lábios ansiosamente. —Anne não ofereceu resistência e permitiu que ele se entregasse aos seus desejos. Felizmente, o magnata eventualmente parou e adormeceu com o braço ao redor da cintura dela.Finalmente encontrando um momento de pausa, Anne não conseguiu voltar a dormir e observou o rosto de Anthony na escurid
Anne se aconchegou no colo de Anthony e murmurou com a voz sonolenta: — Estou cansada, então me acorde quando estivermos lá. —O magnata apenas olhou para ela com uma expressão indecifrável e não disse nada. Passou a mão pelos cabelos dela suavemente. Gostando do toque, a jovem se sentiu relaxada e logo adormeceu. Mas, antes de dormir, surpreendeu-se por conseguir relaxar em um helicóptero barulhento e balançante. Provavelmente porque não tinha dormido bem na noite anterior.Depois de meia hora de voo, o helicóptero pousou no último andar do Grupo Arquiduque, onde havia um gigantesco letreiro ‘H’. Anne acordou com o solavanco e esfregou os olhos.— Chegamos — disse Anthony, ajudando-a a sair.Anne desceu pelo elevador com ele e assim que a porta do elevador se abriu, viu Bianca saindo de um carro e se assustou. Conseguia sentir o cheiro doce do perfume da pianista e o brilho dos seus acessórios caros. Imediatamente apertou o botão do elevador e subiu para o andar de cima.— O qu
— Sem chance! — Charlie queria mais. — Amarrem-no! — Ele gritou para os irmãos, empolgado.Então, Chloe foi procurar a corda às pressas. Ela voltou com um rolo de barbante e começou a enrolar o fio em torno de Tommy. Enquanto isso, vendo como as crianças estavam se divertindo, Anne não tentou ajudá-lo e apenas sorriu e balançou a cabeça, verificando a localização de Anthony pelo aplicativo do celular. Depois foi para a cozinha ajudar a babá a terminar a janta.Quando a comida estava quase pronta, Anne saiu e disse aos trigêmeos, que ainda cercavam Tommy:— Vão lavar as mãos para poder comer! Para já! —— Eba! Vamos, gente! — disse Chloe, soltando o barbante.— Indo! — Disse Charlie, pulando de cima de Tommy.— Nham, nham! — Disse Chris, largando a espada de brinquedo.Os três jogaram os brinquedos como se não fossem nada e ignoraram Tommy, correndo ao banheiro. O homem lentamente removeu o barbante, se levantou e se espreguiçou. Estava todo suado e amassado.Anne olhou para ele
Dois dias atrás, quando Anne ainda estava em Santa Nila, conversava com o pai, pelo telefone:— Voltarei amanhã ou depois de amanhã. A enfermeira vai manter contato comigo — disse ela.— Sinto muito, Anne, mas estou ocupado agora, então não consigo ir para lá. —— Eu sei... Concentre-se no que você precisa fazer. Eu posso lidar com isso. — Anne fez uma pausa antes de perguntar: — Pai, você está mesmo bem? —— Sim, não se preocupe querida. — Nigel não queria contar à filha a verdade, Dorothy o havia obrigado a não se envolver.Anne não tentou descobrir mais, porque sabia que o pai estava em uma posição difícil e, enquanto permanecesse casado com Dorothy, ainda deveria tratá-la como família. Dois dias depois, já em Luton, a jovem ligou para Anthony e tinha a intenção de sair com ele: — Você quer vir jantar comigo? —— Estou ocupado — Anthony recusou.— Venha, por favor? Preparei um jantar à luz de velas. Eu cozinhei — disse ela. — Além disso, você não quer passar a noite aqui?
— Tem algo que você quer dizer? — Anthony baixou o olhar e deslizou a faca pelo bife.— Huh? Hum... Está gostoso? — Ela engoliu suas palavras originais.— Sim. —Anne ficou surpresa com o comentário e relaxou ao perceber que ele estava satisfeito.— Posso fazer de novo outro dia, se você gostou. — Sorriu para o magnata.Anthony olhou para cima e Anne sorriu sem jeito.— Você... vai passar a noite aqui? — Ela perguntou timidamente. — Depende de como você se comportar. —Anne sentiu medo ao entender o que ele queria dizer com aquilo, já que não era difícil adivinhar suas intenções. Afinal, o relacionamento entre eles se baseava principalmente em sexo.— Se eu me comportar bem, posso pedir algo? —— O que você quer? —— Ainda não decidi. —Ela observou sua expressão cuidadosamente e colocou o garfo na mesa antes de se aproximar de Anthony por trás, passando os braços pelo seu pescoço.— Eu nunca mais vou te deixar com raiva. — Ela olhou para a pele exposta sob o colarinho del
Um policial informava a Anne: — O motorista confessou que um sujeito pagou a ele para fazer isso. O sujeito que pagou não era de Santa Nila. —— Ele é de Luton? — Perguntou Anne.— Você acertou. Se você tem alguém em mente que suspeita, podemos restringir nossa busca. —Anne refletiu sobre a situação e pegou seu telefone para mostrar uma foto de Dorothy. — É ela. — Sabia que Bianca não sujaria as próprias mãos, e mesmo que estivessem envolvidas em um plano para assassinar Sarah, Dorothy faria de tudo para proteger sua filha de qualquer punição.— Estou apenas fazendo suposições, não tenho certeza — acrescentou Anne.— Não vamos agir até que tenhamos provas concretas. Você tem algum motivo dela querer fazer isso com a sua mãe ou algo do tipo? Qualquer informação adicional seria útil. —— O marido de Dorothy é meu pai. Ela se divorciou dele e depois conheceu minha mãe. Desde então, Dorothy se arrependeu do divórcio e usou a filha para tentar reconquistá-lo. Eles moraram no exte
— Às vezes, não podemos simplesmente prender qualquer pessoa que você suspeite ser culpada — explicou o policial com resignação. Ele suspirou. — Às vezes, é preciso saber quando desistir. —O oficial saiu, deixando Anne congelada no lugar. Se antes ela apenas tinha dúvidas, agora o que a polícia disse confirmou que alguém poderoso em Luton havia interferido na investigação. Ela não tinha certeza se era Anthony, pois Bianca já tinha poder suficiente para fazer muitas coisas como noiva dele.Então, ela recebeu uma mensagem dizendo que o helicóptero de Anthony já tinha voltado, Assim, Anne decidiu voltar para Luton e verificar essa situação.-O helicóptero pousou no último andar do Grupo Arquiduque e ela entrou no elevador para chegar ao escritório de Anthony. No caminho, quase esbarrou em Oliver. E, embora ele soubesse que Anne estava viajando no helicóptero de Anthony, tentou impedi-la quando percebeu que estava indo para o escritório do empresário. — Espere, senhorita Vallois...
A tensão pairava no ar enquanto Anne e Bianca se encaravam. A noiva de Anthony, com um olhar de superioridade, tomou a iniciativa e caminhou em direção à contadora, antes de se desculpar: — Anne, peço desculpas pelo que minha mãe fez, mas a sua também não é flor que se cheire, não é? Independentemente disso, foi ela quem começou. Você sabe muito bem como Sarah é conhecida por destruir lares, não é? Você não consegue entender o quanto fiquei arrasada quando descobri que meu pai visitou Santa Nila várias vezes? Você não pode sequer começar a imaginar. —Anne olhou para Bianca, os olhos cheios de descrença. Sabia que Bianca estava insinuando que ela também era uma destruidora de lares, colocando-as em uma mesma categoria. A raiva borbulhava dentro de si, mas decidiu manter a postura— Depois disso, meu pai ficou tão fascinado que quis se divorciar da minha mãe. Ela enlouqueceu por conta disso — continuou Bianca, tentando justificar as ações de Dorothy. — Mas Sarah ainda está viva, ent