Os trigêmeos planejavam encontrar Anthony assim que chegassem à escola. A ideia de acharem o pai levou-os a ansiar ainda mais pela mãe, como se já estivessem prestes a encontrá-la. Mas, sabiam que se ele a estivesse escondendo, uma ligação não seria o suficiente, teriam que agir de forma inesperada.No entanto, quando os trigêmeos tentaram fugir do edifício, foram bloqueados pelo monitor da creche na porta. Não havia o que pudessem fazer, além do mais ele entrou em contato com o zelador e o fez esperar sentados e quietos como castigo. No final, o monitor teve que ligar para o diretor, já que eles não queriam obedecer. Enquanto isso, Lucas, que tinha saído para buscar mais pistas sobre Anne, agora voltava para a creche. Ao ouvir a situação sobre as crianças assim que chegou, ficou chocado.— Sim, eles disseram que encontrariam a mãe deles se pudessem sair e encontrar o tio. Ameaçaram fazer muito barulho se eu os impedisse... — Disse o monitor, preocupado. —Todas as crianças ali e
Anthony olhou para os trigêmeos e questionou: — O que há de tão inteligente nisso? Vocês sabem que existem muitos sequestradores por aí? —— Tem muita gente boa por aí também! — Chloe respondeu. Na opinião de Anthony, as crianças sempre foram barulhentas e não possuíam reais habilidades de comunicação. No entanto, percebeu que as três crianças não apenas podiam conversar com ele, mas também podiam debater. Talvez fosse por isso que Anne estava próxima a elas.— Você pode me ligar se estiverem me procurando, não precisa se esgueirar assim. — Disse Anthony, adotando um tom severo.Chloe falou inocentemente:— Mas se ligarmos para você, não poderemos encontrar a vizinha legal, então! —Ele percebeu que as crianças estavam vasculhando seu escritório em busca de Anne.— Ela não está aqui — declarou Anthony, sentando-se no sofá.Os trigêmeos se aproximaram e subiram no sofá, entre as pernas dele.– Então... Você pode, por favor, nos ajudar a procurá-la? – suplicou Chloe, com os o
Anthony não era tolo e sabia que Lucas estava procurando por Anne. Por isso, não fez mais nenhum comentário e desligou o celular na cara do diretor. O olhar caiu sobre os documentos revirados, discordando das observações do diretor sobre os filhos. Obedientes? Será que ele havia interpretado mal o significado da palavra? No entanto, Anthony não foi a lugar algum porque as crianças estavam por perto. -Tommy dizia a Lilian, por ligação: — Poderia ser realmente Anthony? Se ele estivesse realmente escondendo Anne, não ficaria sentado o dia todo sem fazer nada, concorda? — Tommy não estava disposto a cometer um julgamento errado. Ele achava que Anthony acabaria deixando o escritório do Grupo Arquiduque em algum momento. Pensou que, se o primo saísse para ver Anne, definitivamente encontraria algumas pistas. Mas, será que poderia estar errado? Tommy se sentia confuso.Se Anne estivesse viva, estaria irreconhecível. Se Anne estivesse morta, seu corpo não seria encontrado. O CEO do Gru
Sem algemas nas mãos, Anne tentou se levantar. Os ferimentos nas costas haviam melhorado consideravelmente e não eram mais um obstáculo para se mover da forma que quisesse, desde que evitasse movimentos bruscos. Doeu, mas conseguiu sair da cama.Começava a ficar preocupada que Anthony não havia aparecido durante todo o dia. A jovem desejava poder ir embora, mas não teria como sem que ele a permitisse. Sua única alternativa era a médica pessoal do magnata. Mas, sempre que Kathryn saía, trancava a porta, o que Anne tinha certeza de que era um pedido de Anthony. Então, já não sabia mais o que fazer... Ficar tanto tempo presa e sozinha estava afetando sua saúde mental, por demais. Parada diante do retrato de Julie, perguntou em voz baixa:— Você poderia, por favor, pedir a seu filho que me liberte? Apareça nos sonhos dele, se for possível... Quanto tempo isso deve durar? —-Antes de sair, Anthony empurrou o seu trabalho para o lado e pediu a Oliver para entrar e limpar o escritório. N
Anthony semicerrou os olhos escuros, passando a imagem de que estava prestes a atacá-la. Anne ficou tão assustada que deu um passo para trás, quase saindo da sala em direção à varanda. — Então, o que exatamente você quer que eu faça? Nada te agrada. Você está sendo difícil! — O que ele queria que ela fizesse?Anthony só desejava que ela fosse maleável como uma marionete e nada mais. Então, eles puderam ouvir a porta se abrindo atrás deles. Kathryn, que estava ali para entregar o almoço, ficou chocada ao presenciar a cena, ainda em um clima tão sufocante.— Sinto muito, senhor Marwood, não sabia que você estava aqui — disse Kathryn, abaixando a cabeça.— Tem comida suficiente para mim? — Anthony perguntou, mas seus olhos ainda permaneciam fixos em Anne.— Sim, tem. Eu sempre pego bastante — disse Kathryn.— Deixe em cima da mesa e saia. —— Sim. — A médica, nervosa com a pressão daquela atmosfera, deixou os itens e saiu imediatamente.Anthony lançou um olhar frio para Anne e f
Se Anne queria viver confortavelmente, dentro das garras da besta, ela tinha que entrar no jogo.— Você vai para o escritório mais tarde? — ela perguntou.— Sim.— E depois, vem aqui esta noite? — perguntou Anne. Ela olhou nos olhos de Anthony, e fiz um bico e disse: — Estou entediada sozinha.— Então, você está entediada sendo algemada?-Tommy ainda mantinha os olhos em Anthony. Não fez nada nesses dois dias, exceto vigiá-lo. Afinal, Lucas e Nigel estavam em outras pistas. Mas, para ele o empresário era mais provável ter relação com o desaparecimento de Anne. Com base no entendimento que tinha do primo, ele não a deixaria ela se casar com outra pessoa tão facilmente.Enquanto estava de tocaia e pensava, sua atenção foi, então, desviada para o carro de Anthony que saia apressado do prédio do Grupo Arquiduque. Com igual prontidão, seu corpo ficou alerta novamente e deu partida no carro, seguindo o Rolls Royce. No meio do caminho, ainda atrás de Anthony, percebeu que ele não ia
As taças de Bianca e Dorothy tiniram e um sorriso presunçoso apareceu em ambos os rostos. Enquanto tomavam vinho, Dorothy notou Nigel correndo em direção à garagem e questionou: — Querido, você vai sair? —Ela também se apressou, e Bianca, ao notar a movimentação, levantou-se com uma expressão fria nos olhos, curiosa se seu pai havia descoberto alguma pista relevante.— Anne está de volta! — Exclamou Nigel animado.— O quê? Você enlouqueceu devido à sua depressão? — Dorothy estudou seu rosto preocupada.— Não, ela me ligou e disse que acabou de chegar em casa. Estou indo para lá agora. — Nigel entrou em seu carro e partiu.Bianca não ouviu toda a conversa, mas percebeu que Dorothy ficou imóvel depois que o pai foi embora. Ela se aproximou dela e perguntou: — Há alguma pista sobre onde Anne está desta vez? Não é a primeira vez. Mas, as pessoas não voltam dos mortos. —— Seu pai disse que Anne ligou para ele, dizendo que está em casa. O que diabos está acontecendo? —— O quê?
Bianca voltou para casa com uma frustração estampada no rosto, e sem pensar duas vezes, jogou a bolsa de marca que tinha na mão do outro lado da sala, em um gesto de raiva e descontentamento.Dorothy, ao presenciar a atitude impulsiva de Bianca, rapidamente se aproximou e ajudou a pegar a bolsa que havia caído. Com uma voz calma, ela disse: —Não fique chateada, Bianca. Não vale a pena se irritar com isso. —A filha, ainda fervendo de raiva, olhou para Dorothy e respondeu com um tom exasperado: — Você não está chateada? Anne não morreu! Ela está viva e sã! —Dorothy também sentia a indignação e a angústia de Bianca, e seu corpo tremia de raiva. Ela respondeu com firmeza:— Eu entendo perfeitamente a sua frustração, mas ficar com raiva não vai resolver nada. Precisamos lidar com essa situação como adultas. —— Por que você insiste em insinuar que Anne estava se envolvendo com algum cara? Por que não acredita que ela foi realmente sequestrada? — Bianca fez uma careta de desgosto