Anne sentia falta das crianças... Seus olhos não podiam deixar de lacrimejar. Portanto, só conseguia segurar até o ponto que não virasse um rio de lágrimas, já que não queria soluçar na frente do empresário e dos filhos.— Como você sabe que ela desapareceu? Talvez tenha ido trabalhar. — Anthony blefou.— Impossível! Faz alguns dias que não a vemos! Ela vinha aqui com frequência... Então, só pode estar desaparecida. Alguém a raptou de nós. — Disse Chris.— Sua inferência é falha. — Respondeu Anthony.— Então, para onde ela foi? Se só poderia ser escondida por você? — Chloe perguntou.A mãe dos trigêmeos se sentia impressionada com a inteligência das crianças. Elas acertaram!— Quem te falou isso? — — Nós mesmos adivinhamos. Não é você que a está escondendo?! — Chloe disse, então começou a chorar.— Ainda é cedo. Mas, é hora de criança dormir. Voltem para as camas. — Ele respondeu. — Não! — Charlie teve um acesso de raiva.— Você tem que nos ajudar a encontr... — Antes que
Anne franziu o cenho, incapaz de compreender o que ele queria dizer. As palavras de Anthony pareciam desconexas, deixando-a confusa.— Como se eu pudesse engravidar, caso quisesse? — Ela indagou, buscando entender a lógica por trás daquela pergunta. —O magnata segurou sua cintura fina com firmeza, a mão grande envolvendo-a, e a voz ressoou com uma profundidade intimidadora:— Basta cooperar mais. Com sorte, transarei mais com você e em breve poderá ter um filho. —A jovem sentiu um calafrio percorrer sua espinha diante da imagem que se formou na sua mente.— Você quer que eu tenha um filho? — Questionou, com incredulidade e um leve toque de medo em sua voz. — Seria possível que Anthony desejasse ter filhos com ela? A ideia lhe parecia absurda e inesperada.— Se é isso que você realmente quer, então você fica com ele. Eu só preciso dar luz a mais um filho, certo? — Declarou ela, sem espaço para dúvidas. —O que ele impunha a ela deixou-a sem palavras. Era como se ele estivesse
Lucas ficara fascinado por Anne, e pensamentos de possuí-la começaram a brotar em sua mente. No entanto, seu arco-íris estava prestes a ser tomado por outra pessoa. Era natural que ele quisesse tanto recuperá-la, certo?Estava incerto se Anne enfrentava algum problema ou se se escondia por causa de Anthony. Logo, não passou muito tempo em casa, saindo após o banho para buscar as crianças. Como a jovem não estava por perto, isso o deixou um pouco preocupado em deixar as crianças sozinhas em casa. As três crianças, por sua vez, ficaram felizes em ficar com o papai Lucas. Portanto, ele as trouxe de volta para a casa dele e deixou a babá continuar cuidando delas. Mais tarde, quando entrou no quarto, os trigêmeos já estavam na cama.Assim que Lucas se sentou ao lado da cama, as crianças o questionaram:— Papai, a mamãe está fora da cidade? — — Aquele tio de vocês disse isso? — respondeu Lucas, tentando entender melhor a situação. —— Ele disse que não escondeu a mamãe — acrescentou Ch
Os trigêmeos planejavam encontrar Anthony assim que chegassem à escola. A ideia de acharem o pai levou-os a ansiar ainda mais pela mãe, como se já estivessem prestes a encontrá-la. Mas, sabiam que se ele a estivesse escondendo, uma ligação não seria o suficiente, teriam que agir de forma inesperada.No entanto, quando os trigêmeos tentaram fugir do edifício, foram bloqueados pelo monitor da creche na porta. Não havia o que pudessem fazer, além do mais ele entrou em contato com o zelador e o fez esperar sentados e quietos como castigo. No final, o monitor teve que ligar para o diretor, já que eles não queriam obedecer. Enquanto isso, Lucas, que tinha saído para buscar mais pistas sobre Anne, agora voltava para a creche. Ao ouvir a situação sobre as crianças assim que chegou, ficou chocado.— Sim, eles disseram que encontrariam a mãe deles se pudessem sair e encontrar o tio. Ameaçaram fazer muito barulho se eu os impedisse... — Disse o monitor, preocupado. —Todas as crianças ali e
Anthony olhou para os trigêmeos e questionou: — O que há de tão inteligente nisso? Vocês sabem que existem muitos sequestradores por aí? —— Tem muita gente boa por aí também! — Chloe respondeu. Na opinião de Anthony, as crianças sempre foram barulhentas e não possuíam reais habilidades de comunicação. No entanto, percebeu que as três crianças não apenas podiam conversar com ele, mas também podiam debater. Talvez fosse por isso que Anne estava próxima a elas.— Você pode me ligar se estiverem me procurando, não precisa se esgueirar assim. — Disse Anthony, adotando um tom severo.Chloe falou inocentemente:— Mas se ligarmos para você, não poderemos encontrar a vizinha legal, então! —Ele percebeu que as crianças estavam vasculhando seu escritório em busca de Anne.— Ela não está aqui — declarou Anthony, sentando-se no sofá.Os trigêmeos se aproximaram e subiram no sofá, entre as pernas dele.– Então... Você pode, por favor, nos ajudar a procurá-la? – suplicou Chloe, com os o
Anthony não era tolo e sabia que Lucas estava procurando por Anne. Por isso, não fez mais nenhum comentário e desligou o celular na cara do diretor. O olhar caiu sobre os documentos revirados, discordando das observações do diretor sobre os filhos. Obedientes? Será que ele havia interpretado mal o significado da palavra? No entanto, Anthony não foi a lugar algum porque as crianças estavam por perto. -Tommy dizia a Lilian, por ligação: — Poderia ser realmente Anthony? Se ele estivesse realmente escondendo Anne, não ficaria sentado o dia todo sem fazer nada, concorda? — Tommy não estava disposto a cometer um julgamento errado. Ele achava que Anthony acabaria deixando o escritório do Grupo Arquiduque em algum momento. Pensou que, se o primo saísse para ver Anne, definitivamente encontraria algumas pistas. Mas, será que poderia estar errado? Tommy se sentia confuso.Se Anne estivesse viva, estaria irreconhecível. Se Anne estivesse morta, seu corpo não seria encontrado. O CEO do Gru
Sem algemas nas mãos, Anne tentou se levantar. Os ferimentos nas costas haviam melhorado consideravelmente e não eram mais um obstáculo para se mover da forma que quisesse, desde que evitasse movimentos bruscos. Doeu, mas conseguiu sair da cama.Começava a ficar preocupada que Anthony não havia aparecido durante todo o dia. A jovem desejava poder ir embora, mas não teria como sem que ele a permitisse. Sua única alternativa era a médica pessoal do magnata. Mas, sempre que Kathryn saía, trancava a porta, o que Anne tinha certeza de que era um pedido de Anthony. Então, já não sabia mais o que fazer... Ficar tanto tempo presa e sozinha estava afetando sua saúde mental, por demais. Parada diante do retrato de Julie, perguntou em voz baixa:— Você poderia, por favor, pedir a seu filho que me liberte? Apareça nos sonhos dele, se for possível... Quanto tempo isso deve durar? —-Antes de sair, Anthony empurrou o seu trabalho para o lado e pediu a Oliver para entrar e limpar o escritório. N
Anthony semicerrou os olhos escuros, passando a imagem de que estava prestes a atacá-la. Anne ficou tão assustada que deu um passo para trás, quase saindo da sala em direção à varanda. — Então, o que exatamente você quer que eu faça? Nada te agrada. Você está sendo difícil! — O que ele queria que ela fizesse?Anthony só desejava que ela fosse maleável como uma marionete e nada mais. Então, eles puderam ouvir a porta se abrindo atrás deles. Kathryn, que estava ali para entregar o almoço, ficou chocada ao presenciar a cena, ainda em um clima tão sufocante.— Sinto muito, senhor Marwood, não sabia que você estava aqui — disse Kathryn, abaixando a cabeça.— Tem comida suficiente para mim? — Anthony perguntou, mas seus olhos ainda permaneciam fixos em Anne.— Sim, tem. Eu sempre pego bastante — disse Kathryn.— Deixe em cima da mesa e saia. —— Sim. — A médica, nervosa com a pressão daquela atmosfera, deixou os itens e saiu imediatamente.Anthony lançou um olhar frio para Anne e f