Anne permaneceu em silêncio. Ela estava realmente balançada. O que Lilian tinha passado era uma coisa que não se desejava a ninguém. Entretanto, não esperava que Lilian fosse tão durona que não cederia, mesmo sob tortura. O telefone de Tommy tocou e depois de olhar para o identificador de chamadas, atendeu:― Olá? ― ― E-eu estou no hospital. ― A voz de Lilian estava tensa. ― Anthony liberou você? ― ― Bem, ele não tinha provas, então só podia acusar... ― Respondeu Lilian. ― Descanse bem. Vou visitá-la esta noite. ― Tommy desligou, jogou o telefone na mesa e olhou para Anne. ― Anthony deixou Lilian ir, mas isso é um erro tão irritante. ― ― Se você não tiver mais nada para me falar, voltarei ao trabalho. ― Anne se virou. A voz de Tommy soou quando a jovem já se afastava pelo corredor:― Embora eu tenha usado a morte de Cheyenne para agitar seu relacionamento com Anthony, o assassinato, em si, realmente não teve nada a ver comigo. ― Anne parou de andar, mas não d
Quem diabos era a pessoa causando tantas dores de cabeça? Quem seria o ser amaldiçoado puxando todas as cordas e confundindo a todos? Todas as confusões entre ela e Anthony eram armações e aconteciam inevitavelmente.Se Anne pudesse, adoraria pegar as crianças e desaparecer. A jovem saiu do café sentindo muita raiva. No entanto, um carro disparou, vindo do nada e a atropelou, subindo na calçada, pouco antes de Anne começar a atravessar a rua. ― Ah! ― Anne não conseguiu se esquivar a tempo e caiu. A janela do carro baixou, mostrando a expressão rancorosa de Bianca.― Olha por onde anda, sua estúpida! Quer morrer atropelada? ― Anne observou enquanto o carro se afastava e demorou um pouco para que as cores voltassem ao seu rosto pálido. No entanto, ela havia raspado o cotovelo no chão e estava doendo. Anne levantou a manga e viu um enorme ralado em seu braço, escorrendo sangue. Felizmente, não havia outro problema. Anne sabia que aquilo tinha sido apenas um aviso de Bianca.
Chegou um momento em que parecia que o tempo para lidar com a ferida era muito longo e até o ar estava estranho. Para aliviar o constrangimento, Anne disse:― Anthony concordou em me deixar sair de Luton. ― A mão que segurava o cotonete congelou, mas rapidamente continuou a enxugar a ferida.― E você ainda quer partir? ― ― Sim. Não seria saudável para as crianças crescerem aqui. Ele vai descobrir... ― Anne olhou para baixo e respondeu. Na verdade, Anne não ficaria em Luton mesmo que não tivesse os trigêmeos. No máximo, ela iria para o exterior, pois as chances de se esbarrarem eram menores, se eles estivessem em cidades diferentes. ― Você vai para o exterior? ― Lucas perguntou. ― Sim... ― Anne respondeu. Lucas não disse mais nada, parando abruptamente, como se estivesse reservando sua própria opinião. Então, ele abriu um curativo adesivo, colou-o no ferimento de Anne e a lembrou:― Certifique-se de não molhar por uns dois dias. ― ― Está bem. ― Anne abaixou a man
Anne, que não ansiava mais pelo amor de uma mãe, não se comoveu com o ato e silenciosamente retirou a mão. Mas, Sarah não parecia se importar com sua indiferença. Em vez disso, ela compartilhou alegremente:― O divórcio saiu! ― Anne olhou para Sarah, intrigada. O divórcio era algo que valia a pena comemorar? A menos que ela tenha conseguido uma grande soma de dinheiro. ― Eu tenho alguns milhões... ― Sarah mostrou dois dedos. ― E também uma mansão. ― Anne estava certa. ― Anne, não fique mais morando aqui. Mude-se para a mansão comigo! Sua vida será muito mais confortável! ― Sarah disse: ― Não importa o quanto Ron implore, nunca mais voltarei! Ele pensou que eu não sabia de seus planos? Ele queria romper comigo o mais rápido possível para tentar reconquistar Anthony. Especialmente quando ele descobre que Anthony está te ignorando e tem Bianca, Ron insiste em se divorciar de mim mesmo que isso tenha lhe custado uma fortuna! ― De fato, com a situação atual de Anne, pessoas i
Assim que viu o sorriso receptivo do rapaz, Anne não pôde deixar de se sentir um pouco estranha.― Bom dia. ― ― Olá. ― Depois que Anne entrou, os trigêmeos pularam sobre ela e adoravelmente a chamaram. Como ainda não haviam tomado café da manhã, os cinco comeram juntos e, quando estavam sentados à mesa de jantar, Chris perguntou:― Mamãe, você está preocupada com alguma coisa? ― ― Hein? ― Anne ficou surpresa com a pergunta e olhou para Lucas. O homem continuou olhando para sua xícara de café e agiu como se não tivesse nada a ver com ele, entretanto havia um indício de excitação de espectador em seu olhar. ― Mamãe, parece que você não dormiu bem... ― Disse Chloe. ― Alguém foi mal com você, mamãe? ― O rosto adorável de Charlie mostrava autoridade. ― Não. Dormi muito bem ontem à noite. ― Anne tocou seu rosto e não pôde deixar de pensar se suas olheiras estavam tão óbvias. Mesmo que Anne tenha garantido ter dormido bem, os trigêmeos ainda a encaravam com os olhos
Que tipo de homem escolheria uma garota como ela? Lucas não percebia a enorme quantidade de questões em que Anne estava envolvida? ― Além disso, isso vai lhe causar problemas... ― As preocupações da jovem não eram infundadas e as ações de Anthony já haviam provado isso. ― Eu quero te proteger. ― A resposta surpreendeu Anne, e a parede de seu coração foi impactada e desmoronou. Mas, o carro já estava uma quadra antes do prédio do Grupo Marwood e Lucas teve que encostar. Sem tempo para conversar mais nada, Anne saiu do carro e, depois de observar o carro entrar no trânsito e se misturar com os outros veículos, caminhou em direção à empresa.Ela obviamente queria rejeitá-lo, mas não conseguia dizer nada para recusá-lo quando o encontrava. ‘Eu quero te proteger.’ As palavras a tinham fascinado. Anne não acreditava que era forte, mas, assim mesmo, era obrigada a enfrentar situações horríveis, tudo por causa das escolhas erradas de seus pais. Entretanto, tudo o que desejava, e
Anne pensou: ‘Não é de admirar que, aquele dia, quando eu saía do banheiro, encontrei Charmaine falando para Damian que o marido não estava em casa. Eu tinha mesmo desconfiado disso.’ Durante a tarde, Charmaine não apareceu no escritório e só voltou ao Departamento Financeiro quando já era quase hora de sair do trabalho. Então, olhou para Anne com ódio e disse:― Anne, venha ao meu escritório, agora mesmo. ― Dando de ombros, Anne a seguiu. ― Foi você quem fez isso, não foi? ― Charmaine perguntou, com os olhos vermelhos, em um misto de raiva e tristeza. ― Fiz o quê? ― Anne uniu as sobrancelhas, tentando se fazer de desentendida. ― Por que você ainda está agindo como uma sonsa? O assunto no fórum interno da empresa... Além de você, ninguém mais teria acesso àquilo! ― Charmaine gritou. ― Senhora Turner, você deveria primeiro refletir sobre as coisas ilegais que você fez, a pessoa que vazou o assunto estava agindo como uma boa cidadã. ― Anne respondeu, calmamente. Então,
A jovem olhou por cima dos ombros de Tommy e encontrou os olhos frios de obsidiana que pareciam perfurar a carne e examinar a alma. A expressão no rosto de Anne mudou dramaticamente e ela empurrou Tommy para longe. Tommy notou Anthony, fingiu surpresa e riu:― Anthony, é você. Não se importe conosco. Não podemos evitar. ― ― Tommy, você também é uma pessoa de status. Esse tipo de mulher só vai envergonhá-lo e trazer infortúnio para a família Marwood. Seu pai é o melhor exemplo do que acontece ao se envolver com pessoas do Financeiro. ― Anthony disse com frieza. Superficialmente, parecia que ele estava dando um sermão em Tommy, mas cada palavra era na verdade menosprezando e humilhando Anne. ― Sim, eu entendi. ― Tommy sorriu, sempre agindo como o caçula da família, sempre obediente. No entanto, Anne sabia que ele era uma pessoa vil. ― Se eu pegar vocês agindo assim de novo, nenhum de vocês poderá continuar no Grupo Marwood. ― O olhar frio de Anthony varreu o ambiente