— Há coisas pelas quais precisamos lutar sozinhos, caso contrário, as pessoas realmente nos considerarão fracos e incapazes. — Letícia esboçava um sorriso frio nos lábios e um brilho enigmático em seus olhos. — Yasmin, você não está se sentindo injustiçada?— Claro que estou. — Yasmin respondeu sem hesitar.Por que ela tinha que economizar meses de mesada para comprar uma peça de roupa enquanto Solange podia obtê-la tão facilmente?— Então faça como eu disse.Letícia acenou com o dedo para Yasmin, sinalizando para ela se aproximar. Yasmin, confusa, mas obediente, se aproximou. Letícia sussurrou algumas palavras no ouvido de Yasmin. Os olhos de Yasmin brilharam instantaneamente.— Isso realmente não tem problema? — Ela olhou hesitante para Letícia.— Vá em frente, se algo der errado, eu assumirei a responsabilidade. — Letícia gesticulou despreocupadamente com a mão.Solange, completamente alheia a estar sendo manipulada, realizou sua higiene matinal rapidamente e desceu as escadas.
Para Solange, o salário da Universidade das Estrelas realmente não significava nada.Percebendo isso, Álvaro esboçou um sorriso amargo.— Solange, eu realmente espero que você considere a proposta. Transmitir seu conhecimento médico aos estudantes seria uma grande contribuição para a preservação da medicina tradicional chinesa no nosso país.Solange comprimiu os lábios, buscando uma forma educada de recusar.Henrique saiu repentinamente do laboratório e, ao ver os dois parados na porta, um vislumbre de surpresa passou pelos olhos dele.— Álvaro, o que o traz por aqui?Ao ver Henrique, os olhos de Álvaro se iluminaram e ele agarrou o braço dele com seriedade:— Henrique, sua chegada é oportuna. Me ajude a persuadir Solange. Ela possui um talento inegável.— Professor Álvaro, eu respeito os desejos de Solzinha. Além disso, ela está imersa em seus estudos sobre o veneno no corpo de Marcos e provavelmente não terá tempo para lecionar.Uma expressão de decepção marcou o rosto de Álvaro. El
Henrique perguntou ansiosamente:— Você contou isso a Marcos?— Não.Solange esboçou um sorriso amargo.Marcos finalmente tinha começado a mostrar um desejo de viver, como poderia ela destruir isso com suas próprias mãos?Após uma longa reflexão, Henrique disse lentamente:— Deixe isso comigo, se concentre em seu experimento.Dito isso, ele saiu do laboratório sem olhar para trás.Solange baixou o olhar, sentindo um frio silencioso invadir seu coração. Ela agora tinha certeza absoluta de que a amostra foi manipulada. Perigos desconhecidos também rondavam Marcos.Felipe parecia confuso, sem entender a gravidade da situação. Ele coçou a cabeça e se inclinou para perguntar a Solange, em voz baixa:— Para onde foi Henrique? Vocês estão escondendo algo de nós?Marina e Clara, ao ouvirem isso, também demonstraram preocupação. Uma parecia ansiosa, a outra exibia uma expressão complexa.Solange ofereceu um sorriso fraco e balançou a cabeça, evitando responder imediatamente à pergunta de Feli
Dario prestava mais atenção e investigava as pessoas que interagiam frequentemente com o Sr. Marcos na empresa. Ele não sabia o que encontraria até começar a investigar e ficou chocado com as descobertas. Para investigar essas pessoas, Dario utilizava todos os recursos disponíveis. Inesperadamente, muitos problemas vieram à tona. Entre os mais de trinta empregados da família Aragão, cinco possuíam documentos falsificados. Além disso, dois cozinheiros haviam recebido grandes somas de dinheiro em suas contas nos últimos três meses, de forma misteriosa. O mesmo ocorria na empresa. Embora as informações básicas de muitos empregados fossem verdadeiras, uma investigação mais detalhada revelaria vários problemas.— Sr. Marcos, como o senhor planeja lidar com essas pessoas? — Perguntou Dario, curioso.— Por enquanto, vamos aguardar o momento certo. Compre mais alguns micro monitores e instale-os na sala de reuniões e no escritório do presidente. Se eles realmente estiverem contra mim,
Nesse momento, abraçando Solange, o coração vazio de Marcos parecia finalmente preenchido.— Eu também senti sua falta!Solange, sorrindo alegremente, se levantou na ponta dos pés e, sob o olhar dos outros, beijou o queixo do homem.Marcos ficou um pouco rígido por um instante, seus olhos escuros e profundos se tornaram levemente sombrios.— Cof, cof... Vocês dois já chega, né? — Henrique, forçado a assistir ao romance alheio, segurava a testa sem jeito.Ele nunca imaginou que seu irmão, sempre frio e distante, um dia se tornaria tão íntimo de alguém.Era simplesmente... Difícil de assistir!— Você pode escolher não olhar. — Respondeu Marcos friamente, encarando Henrique com desdém na voz.— Deixa pra lá, sem comentários.Henrique suspirou resignadamente, abriu a porta traseira do carro e entrou.Solange e Marcos trocaram um olhar e não puderam evitar rir.Eles realmente estavam muito próximos, mas Solange gostava disso. Ela gostava de estar sempre perto de Marcos e gostava de mimá-lo.
Solange se encostou no assento do passageiro, seus dedos pálidos deslizavam suavemente pela tela enquanto revisava os comentários na internet com atenção.Ela baixou os olhos, seus longos e curvados cílios escondiam as verdadeiras emoções que residiam em seu olhar.Naquele momento, o interior do carro estava completamente silencioso, a atenção dos dois homens estava totalmente voltada para Solange.Marcos, olhando de relance para Solange, murmurou em tom consolador:— Solzinha, não leve a sério o que essas pessoas na internet estão dizendo.— Exato, essas pessoas na internet não conhecem a verdade. Não deixe o que dizem te afetar. — Henrique rapidamente concordou.Solange lentamente levantou os olhos, seus claros e distintos olhos não revelavam nenhuma emoção peculiar.Ela sorriu levemente e, com os lábios vermelhos sutilmente curvados, disse com indiferença:— Eu realmente não me importo! Eles só me criticam porque não conhecem a verdade.Solange sorriu e devolveu o celular a Henrique
Mansão da família Fagundes.- Solange, você não pode ser tão egoísta! Se casar com o Sr. Marcos é uma honra para você! Com que direito você recusa?Murilo Fagundes jogou os talheres na mesa com força, repreendendo severamente a garota à sua frente, que mantinha os olhos baixos e permanecia em silêncio.A família Fagundes era uma nobreza de terceira classe na cidade S, que já teve seu período de glória, mas depois entrou em declínio.Agora estavam à beira da falência.Recentemente, ao ouvir que o Sr. Aragão estava procurando uma noiva para seu neto doente, Marcos, Murilo imediatamente teve uma ideia.A família Aragão era a principal potência financeira da cidade S; se conseguissem se aliar a eles, a família Fagundes certamente se reergueria!A ampla sala de jantar estava em completo silêncio.Solange colocou os talheres na mesa e olhou diretamente com seus olhos límpidos para Murilo.Parecia que ela podia ver através da ganância e das ambições em seu coração.- Por que eu? Por que não a
Solange leu a carta de rompimento rapidamente e, sem hesitar, assinou seu nome. Atrás dela, Murilo gritava histericamente enquanto Sarah a repreendia severamente. Solange sorriu com sarcasmo e saiu sem olhar para trás, arrastando sua mala. Era dia e a beira da estrada estava clara. A luz forte alongava as sombras na beira do caminho. A luz caía sobre ela, dando a ela um leve halo.A marca vermelha de um tapa era claramente visível em seu rosto pálido como porcelana, mas Solange sentia uma sensação indescritível de alívio. Durante este mês, Solange não recebeu nenhum calor familiar na família Fagundes, apenas desprezo, zombaria e desdém. Uma família assim, era melhor nem ter. Nesse momento, um carro de luxo preto parou lentamente na frente de Solange. Um homem de cabelos brancos, mas ainda vigoroso, desceu do carro. - Srta. Solange, o que faz sozinha aqui? Solange piscou, como se estivesse tentando reconhecer quem era. Vendo que Solange não respondia, o homem sorr