Bianca Santoro,O sol já estava alto quando acordei, preenchendo o quarto com uma luz suave e agradável. Ainda sentia um pouco de sono, algo que vinha acontecendo com frequência ultimamente, e ao me espreguiçar na cama, percebi que Aléssio não estava ali. Virei-me para o travesseiro ao lado, inalando o perfume dele, que ainda impregnava o quarto, e sorri, imaginando onde ele poderia estar.Ultimamente, ele vinha cuidando de mim com uma atenção constante e carinhosa. Desde que descobrimos sobre o bebê, Aléssio praticamente não me deixava sozinha, sempre atento às minhas necessidades, especialmente nos dias em que os enjoos estavam mais fortes. Apesar disso, ele não me sufocava; pelo contrário, seu cuidado me fazia sentir amada e protegida, como se estivesse envolta em um mundo só nosso. Por outro lado, ele também sabia quando eu precisava de um tempo para relaxar sozinha, e hoje, aparentemente, era um desses dias. E claro, ele também tinha suas coisas e preocupações para resolver.Saí
Aléssio Romano Quando voltei para casa já era noite, e minha mente ainda estava nas últimas horas. Passei o dia inteiro monitorando cada detalhe do plano para acabar com Enzo de uma vez por todas. Sabia que ele estava preparando algo, e minha intuição não falhou: descobri que ele planejava sequestrar Bianca e levá-la para fora do país. Era o tipo de ameaça que eu não toleraria, e tomei a decisão de resolver tudo com a precisão de sempre, sem dar a ele nenhuma chance de escapar.Para garantir que ele não teria como se aproximar de Bianca, contratei um técnico que faria os ajustes necessários no jatinho privado que Enzo usaria para uma viagem de negócios naquela noite. Era um trabalho minucioso e que precisaria parecer um acidente, algo que passasse despercebido. Não queria nenhum vestígio que pudesse ligar o ocorrido a mim, apenas que ele desaparecesse da forma mais definitiva possível. Quando ele estivesse a milhares de metros do solo, os sistemas do jatinho falhariam, e Enzo enfrent
Aléssio Romano, Acordei com uma dor terrível nas costas e no pescoço. Mal podia me mexer, e o desconforto intenso me fez abrir os olhos lentamente, tentando entender o que tinha acontecido. Bianca estava dormindo profundamente ao meu lado, com a perna jogada despreocupadamente sobre meu corpo, o que explicava parte da rigidez que eu sentia. Tentei me mover com cuidado para não acordá-la, mas cada pequeno movimento parecia um esforço doloroso. Definitivamente, não dormiria assim novamente.Levantei-me devagar, afastando a perna dela e saindo da cama com todo o cuidado que consegui. Fiz meu caminho até o banheiro, tentando aliviar a dor e sentindo cada músculo reclamar enquanto me movia. Entrei debaixo do chuveiro, deixando a água quente escorrer sobre as costas, aliviando um pouco o desconforto. Me demorei ali, aproveitando a sensação de relaxamento que a água proporcionava, até que me senti um pouco mais disposto a enfrentar o dia.Após o banho, vesti um terno escuro, ajeitando os bo
Bianca Santoro, A ideia de que Aléssio queria falar algo importante comigo logo fez meu estômago se revirar. Por que eu tinha a sensação de que era algo complicado? Conhecia bem o tom dele, o jeito sério, quase misterioso que ele adotava quando queria me proteger de algo. Mesmo que a vida ao lado dele fosse cheia de surpresas e cuidados, eu também sabia que ele tinha esse instinto de querer resolver tudo antes que eu sequer soubesse que havia um problema.Levantei-me da cama, ainda com a mente ocupada com o que ele poderia ter para me contar, e fui direto ao banheiro. Tomei um banho quente e revigorante, fiz minha higiene e escolhi um vestido azul soltinho, que me deixava confortável e leve. Por fim, respirei fundo e desci as escadas em direção à sala, tentando manter o coração calmo, ainda que o nervosismo teimasse em aparecer.Assim que cheguei, vi Aléssio sentado no sofá, distraído com o celular, o que era incomum para ele. Isso apenas reforçava minha sensação de que o assunto rea
Bianca Santoro,Estava em frente ao espelho, ajeitando meu cabelo e olhando para o meu próprio reflexo. Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, apenas me observando, tentando organizar meus pensamentos. Precisava colocar um ponto final em tudo isso — nessa dor, nesse passado que me assombrava e me puxava para baixo. Sabia que não seria fácil perdoar alguém que deveria ter me dado amor e proteção, mas que, ao invés disso, me julgou e me machucou.Meu pai sempre me acusou, sempre me culpou pela morte do meu irmão. Em vez de tentar me entender ou me apoiar, ele me jogou nos braços da minha tia, alguém que ele sabia muito bem que não cuidaria de mim. Ele sabia do sofrimento que eu poderia enfrentar lá, mas mesmo assim, não sentiu um pingo de remorso ao fazer isso. Sentir essa lembrança surgir trouxe uma dor antiga, que parecia nunca desaparecer completamente. Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto, e rapidamente a enxuguei. Desde a gravidez, estava mais emotiva, e lidar com todas
Bianca Santoro, Após deixar o quarto, parei no corredor e senti como se o peso de todos os anos de rejeição e dor finalmente me esmagasse. Sem conseguir segurar, comecei a chorar. Chorei por cada momento em que desejei ser aceita, por todas as vezes que esperei um carinho que nunca veio, e por todas as vezes que, mesmo assim, tentei ser forte e seguir em frente. Era como se tudo o que eu tinha guardado no peito estivesse saindo agora, e não havia como segurar.Logo, senti os braços de Aléssio ao meu redor. Ele me puxou para si, e eu encostei meu rosto em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração, que, de alguma forma, me acalmavam. Suas mãos deslizaram pelos meus cabelos, e ele fez um carinho suave ali, me deixando chorar tudo o que eu precisava.— Shh… está tudo bem, amor. Não precisa ser forte o tempo todo — ele sussurrou, sua voz baixa e tranquilizadora.Fechei os olhos e deixei que as lágrimas continuassem caindo, sentindo-me pequena, vulnerável, mas, ao mesmo tempo, segura no
Aléssio Romano, Meses depois….O tempo passou rápido desde aquele dia na clínica, e desde então, cada momento ao lado de Bianca parecia ganhar novos dias. A gravidez dela transformou nossas vidas de uma forma que eu nunca poderia ter imaginado. Agora, toda a minha rotina girava em torno dela e do nosso futuro como uma família.Dividi meu tempo entre o trabalho e a casa, ajustando minha rotina para poder estar ao lado dela em todos os momentos importantes. Hoje era um desses dias que eu não perderia por nada: a ultrassonografia para descobrirmos o sexo do bebê. Eu queria estar presente, queria ser o primeiro a saber junto com ela, e não poderia deixar que nada me afastasse desse momento.Chegamos à clínica no horário marcado, e Bianca, mesmo tentando parecer tranquila, estava visivelmente animada. Eu segurava sua mão enquanto caminhávamos pelo corredor até o consultório, sentindo a mesma ansiedade que ela.Entramos na sala, e a doutora, com um sorriso acolhedor, nos cumprimentou. Bia
Aléssio Romano,Bianca era uma mistura de ousadia e doçura que me deixava completamente rendido. Quando ela tirou minha camisa e, em seguida, me livrou do resto das roupas com uma determinação provocante, eu sabia que estava em apuros. Ela não precisava dizer muito para deixar claro que, naquela noite, quem estava no controle era ela. Claro, ela sempre foi sedenta por sexo e me dar prazer de todas as formas possíveis, e a gravidez não a impediu nisso, ao contrário, só lhe deixou mais sedenta ainda e eu adoro isso. — Estou planejando deixar você completamente louco de prazer — murmurou, enquanto subia em cima de mim, com um sorriso travesso no rosto.Ela prendeu meus braços acima da cabeça, suas mãos pequenas mas firmes segurando os meus pulsos. Era impossível não sorrir diante daquela atitude dela, ao mesmo tempo dominadora e brincalhona. Eu poderia facilmente me soltar, mas, por algum motivo, deixei que ela comandasse o momento. Era Bianca, e o que ela quisesse, eu daria de bom grad