Capítulo 49

Aléssio Romano,

Eu desci as escadas para o porão, onde o cheiro de ferrugem e umidade se misturava ao leve odor de sangue, um odor que já se tornara familiar naquele lugar. Sim, eu estava acostumado com aquele odor horrível naquele ambiente. Aquele lugar era projetado para instigar o medo nos olhos de qualquer um.

Dei somente alguns passos, e bem alinhado diante de mim estava ele, pendurado de cabeça para baixo, os pés amarrados por correntes grossas que rangiam a cada movimento, um som metálico que ecoava no silêncio opressivo. O homem, mandado pelo filho de Henry, que havia tentado roubar minhas cargas, estava ali, em minhas mãos.

Aproximando-me, observei o suor pingar de sua testa, formando pequenas poças no chão frio e úmido. Ele estava machucado, o corpo marcado por cortes e hematomas, mas ainda não o suficiente para fazê-lo falar o que eu queria saber. Vito estava ao meu lado, impassível, aguardando minhas ordens. Seu silêncio era tão ameaçador quanto qualquer palavra. Cruzei
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