Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Trinta e Cinco
Quando o carro parou em frente à delegacia, Lilian esperou um pouco mais de minutos para respirar e poder sair. Aquela conversa com Lizzie parecia nunca da sua mente e não sairia tão cedo. Realmente, as conversas de mães para filhas são extremamente importantes e se tivesse continuado jamais saberia daquela forma que sua filha estava sendo alvo de garotas tão más. Perseguir Tristan Bennett estava literalmente acabando com a sua vida e da sua filha, mas não deixaria isso barato e nem ia permitir que ele estragasse a vida de sua filha mesmo tentando tão longe sem contato nenhum.Antes de sair do carro, Lilian olhou em volta notando alguns repórteres e até matérias sendo feitos, em frente à delegacia. Claramente Agatha e sua mãe desenhista e estilista já estavam lá dentro. Pegou suas coisas e aproveitou para colocar os maiores óculos que encontrou dentro do carro e saiu do mesmo logo sendo avistada pelos curiosos. Inúmeras perguntas foram feitas, desde o incêndio do colégio a sua última
Trinta e Seis
— Não tinha mais ninguém ali?Lilian fechou os olhos, pronta para escutar o nome de sua filha.— Não.Céus…— Se ela fez isso e correu para a porta, certeza que trancou e se arrependeu. Também não duvido que ela quisesse apenas chamar atenção, afinal, ela gritou pelos corredores e os reportes apareceram muito rápido. O perfume era pequeno então não incendiaria tudo, se não tivesse dentro daquela lata de lixo. - Contou mais firme e apesar do homem estranhar o fato de uma “amiga” entregar a outra com tanta facilidade aceitou aquilo como um desabafo.— Por enquanto é só isso.— Só isso? - A mãe de Nic questionou — Eu espero no mínimo que ela pague por isso. Minha filha quase morreu.— Ela pagará, já estamos providenciando - Avisou aos demais que suspiraram aliviados.Pai nenhum ficaria sã ao ter a noticia de que sua filha estava presente dentro de um banheiro que pegou fogo. Os culpados teriam que pagar.Quando todos deixaram a sala, Lilian virou as costas andando por aquele pequeno espa
Trinta e Sete
Quando Lilian voltou a sua sala, ela sentou e assistiu aos vídeos da madrugada, até os que não queria ver. A dança de Jannie seduziu mais homens do que ela achava alguns que estavam foragidos e outros que ninguém iria imaginar que frequentavam aqueles lugares, e cada rosto ali foi salvo numa folha diferente com nomes e atividades criminosas, e os que não conheciam, iriam investigar a fundo, até saberem o motivo de estarem ali. Será mesmo que era apenas para beber e dormir com mulheres mesmo tendo suas esposas em casa? Ou eram sócios de Oscar que frequentavam a casa para continuar nos esquemas?Nada podia passar batido.O fato de uma missão entrar nos assuntos mais elaborados naquela sala, se tornou uma obsessão rapidamente tanto para Jannie que fez de tudo para saber, quantos para os policias que quanto mais assistiam, mas queriam saber dos detalhes. E no fim quando viram o rosto de Valentin adormecer naquele sofá, completamente bêbado e pronto para dormir por uns dois dias, eles soub
Trinta e Oito
— Então você vai numa viagem para fazer a segurança da delegada que estudou anos e anos para defender a si própria? - Cassius murmurou — Eu sou um investigador muito bom, sei que você a chamou pra sair e pelo visto, as coisas estão fluindo.— Achei que ela não fosse aceitar, mas isso está me parecendo muito bom. - Sorriu de canto abaixando os olhos.— Vocês acham mesmo que a Lilian é obcecada por querer prender o Tristan Bennett porque o ama? Todo mundo deve achar isso, mas ela prefere abandonar seu posto de delegada a ter que se deitar com ele de novo, e o fato dela não focar num namorado, é porque ela sempre achou que sua ação na vida era colocar toda a família Bennett atrás das grades… Mas fico feliz dela está saindo com alguém, isso é especial de alguma forma.— Parabéns para vocês que não vão ficar com a cria de Tristan Bennett dentro de uma casa pelo final de semana inteiro. - Julian se jogou no sofá.O problema não era reparar a garota, era entender o que os outros que sabiam d
Trinta e Nove
— Ou é você que está com medo?— Porque eu teria medo de você? - Quis saber, cruzou os braços depois de jogar os longos cabelos negros para trás, o olhar vidrado em cima de Nic chegava a queimar. A queimar qualquer coisa dentro da garota lhe fazendo pensar duas vezes se podia ou não avançar contra a garota na frente e beijar-lhe outra vez.— Motivo para ter medo de mim, você não tem porque não tenho como te fazer mal, não fisicamente. - Lizzie nem piscou, — Mas quem sabe eu posso contar a todos que quem colocou fogo naquele banheiro, foi você.— Ah… Desculpas, mas eu nem estava por perto quando isso aconteceu.— Você estava naquele banheiro, porque eu te vi.— Eu? Olha… Eu não sei do que você está falando - Avisou já ficando mais séria. Se em algum lugar daquela mulher tinha uma escuta, não iriam lhe pegar — Espero que não esteja ficando louca como Agatha, eu passei por duas mesinhas que estava falando sobre su1cídi0 na adolescência, isso é um caso grave, se precisar de ajuda, estarei
Quarenta
— Tenho certeza que montaria em qualquer pessoa que ficasse de quatro na sua frente. - afirmou dando um sorriso de canto, mesmo que fraco. — Eu não quero nada, mas será que podíamos ao menos conversar um pouco sobre ontem?— Eu posso conversar com você para o resta da vida, mas querendo ou não, não posso fazer nada hoje, porque não me lembro de nada que aconteceu ontem e espero que fique assim. Eu não estou no clima para brigar - Avisou e virou novamente, agora olhando para o teto, no chão ou não, estava confortável para dormir mais um pouco.— A gente brigou, Valentin, e brigamos feio. - O moreno suspirou. — Mas eu não quero ficar brigado com você porque eu e você também sabemos que não conseguimos ficar longe um do outro.— Eu digo que não quero conversar porque não quero brigar e você insiste em fazer para que? Para me irritar? Só pode. - Sentou no chão e o outro fez a mesma coisa — Eu não gostei do que você disse e já sabe disso, também não gostei de você surtar e ter uma crise de
Quarenta e Um
— O que tem nesse café? Veneno?— Se eu fosse te matar envenenada, não seria estragando um delicioso café da manhã, pode ter certeza. - Avisou ainda sorrindo, foi a direção dela como um felino pronto para dar o bote, ela podia correr, mas ficar e esperar para ver o que ele faria quando lhe alcançasse parecia uma boa ideia. As mãos grandes prenderem em seus braços, um toque suave e logo deu um passo para trás, trazendo-a junto. — Juro que não tem nada de mal, é só comida.Ela deu os primeiros passos ainda que tivesse desconfiada, mas olhando dentro daqueles olhos negros, ela soube confiar um pouco. Quanto mais próxima chegava da cama, mas podia sentir o cheiro gostoso do tal café da manhã e quando finalmente Tristan saiu da frente para lhe dar toda a visão daquela badeja sua boca salivou. Sentou devagar olhando para tudo com devoção, nem sabia que estava com tanta fome.— Você trabalhou bem ontem. Esse é o motivo de ganhar uma bandeja de café da manhã - Avisou Tristan e elegantemente,
Quarenta e Dois
Já passava das três da tarde quando Lilian parou o carro na garagem, olhou-se pela terceira vez no espelho antes de sair do carro gostando do cabelo arrumado e das pontas loiras que possivelmente tinha mudado. Estaria começando a viver uma fase da sua vida muito boa, onde fingiria que tudo estava perfeito lá fora enquanto surtava com sua filha cometendo assassinatos e uma agente se infiltrava cada vez mais no covil das pessoas que mais odiava no mundo. Porém, apesar dos apesares, tinha gostado de ter tomando um tempo para si mesmo, e gostado mais ainda sabendo que logo mais tarde iria sair com alguém, e esse alguém parecia distinto e romântico. Compreensivo talvez. Só ia descobrir depois do encontro.Pegou sua bolsa e saiu do carro entrando na casa, as luzes estavam apagadas e até mesmo a cozinha estava vazia. Um ruído do corredor dos quartos seguindo de algum grito reclamando sobre a roupa de alguém foi ouvido e como uma boa policial, na pontinha de pé, Lilian seguiu as reclamações a