— Ou é você que está com medo?— Porque eu teria medo de você? - Quis saber, cruzou os braços depois de jogar os longos cabelos negros para trás, o olhar vidrado em cima de Nic chegava a queimar. A queimar qualquer coisa dentro da garota lhe fazendo pensar duas vezes se podia ou não avançar contra a garota na frente e beijar-lhe outra vez.— Motivo para ter medo de mim, você não tem porque não tenho como te fazer mal, não fisicamente. - Lizzie nem piscou, — Mas quem sabe eu posso contar a todos que quem colocou fogo naquele banheiro, foi você.— Ah… Desculpas, mas eu nem estava por perto quando isso aconteceu.— Você estava naquele banheiro, porque eu te vi.— Eu? Olha… Eu não sei do que você está falando - Avisou já ficando mais séria. Se em algum lugar daquela mulher tinha uma escuta, não iriam lhe pegar — Espero que não esteja ficando louca como Agatha, eu passei por duas mesinhas que estava falando sobre su1cídi0 na adolescência, isso é um caso grave, se precisar de ajuda, estarei
— Tenho certeza que montaria em qualquer pessoa que ficasse de quatro na sua frente. - afirmou dando um sorriso de canto, mesmo que fraco. — Eu não quero nada, mas será que podíamos ao menos conversar um pouco sobre ontem?— Eu posso conversar com você para o resta da vida, mas querendo ou não, não posso fazer nada hoje, porque não me lembro de nada que aconteceu ontem e espero que fique assim. Eu não estou no clima para brigar - Avisou e virou novamente, agora olhando para o teto, no chão ou não, estava confortável para dormir mais um pouco.— A gente brigou, Valentin, e brigamos feio. - O moreno suspirou. — Mas eu não quero ficar brigado com você porque eu e você também sabemos que não conseguimos ficar longe um do outro.— Eu digo que não quero conversar porque não quero brigar e você insiste em fazer para que? Para me irritar? Só pode. - Sentou no chão e o outro fez a mesma coisa — Eu não gostei do que você disse e já sabe disso, também não gostei de você surtar e ter uma crise de
— O que tem nesse café? Veneno?— Se eu fosse te matar envenenada, não seria estragando um delicioso café da manhã, pode ter certeza. - Avisou ainda sorrindo, foi a direção dela como um felino pronto para dar o bote, ela podia correr, mas ficar e esperar para ver o que ele faria quando lhe alcançasse parecia uma boa ideia. As mãos grandes prenderem em seus braços, um toque suave e logo deu um passo para trás, trazendo-a junto. — Juro que não tem nada de mal, é só comida.Ela deu os primeiros passos ainda que tivesse desconfiada, mas olhando dentro daqueles olhos negros, ela soube confiar um pouco. Quanto mais próxima chegava da cama, mas podia sentir o cheiro gostoso do tal café da manhã e quando finalmente Tristan saiu da frente para lhe dar toda a visão daquela badeja sua boca salivou. Sentou devagar olhando para tudo com devoção, nem sabia que estava com tanta fome.— Você trabalhou bem ontem. Esse é o motivo de ganhar uma bandeja de café da manhã - Avisou Tristan e elegantemente,
Já passava das três da tarde quando Lilian parou o carro na garagem, olhou-se pela terceira vez no espelho antes de sair do carro gostando do cabelo arrumado e das pontas loiras que possivelmente tinha mudado. Estaria começando a viver uma fase da sua vida muito boa, onde fingiria que tudo estava perfeito lá fora enquanto surtava com sua filha cometendo assassinatos e uma agente se infiltrava cada vez mais no covil das pessoas que mais odiava no mundo. Porém, apesar dos apesares, tinha gostado de ter tomando um tempo para si mesmo, e gostado mais ainda sabendo que logo mais tarde iria sair com alguém, e esse alguém parecia distinto e romântico. Compreensivo talvez. Só ia descobrir depois do encontro.Pegou sua bolsa e saiu do carro entrando na casa, as luzes estavam apagadas e até mesmo a cozinha estava vazia. Um ruído do corredor dos quartos seguindo de algum grito reclamando sobre a roupa de alguém foi ouvido e como uma boa policial, na pontinha de pé, Lilian seguiu as reclamações a
Quando a noite caiu na cidade de Muzan a boate de Oscar Bennett mais uma vez abriu as portas revelando os mais desejosos pecados que qualquer pessoa poderia cometer ali dentro, seja acompanhados ou solteiros, entravam com uma única coisa na cabeça, diversão e sempre tinham como queriam desde que pagassem a quantidade certa. A música alta confia apenas alguns e as luzes piscando de um canto a outro deixava as coisas ainda mais radicais, a fim de levar a mente de qualquer um a enxergar apenas o caminho do prazer, seja ele numa mesa do salão, ou num quarto com uma bela mulher.Juan como gerente principal da boate, devia está sempre de olho em que entrava e saia. Dava atenção a todas as garotas presentes como um bom gavião na esperança de nenhuma correr e ir embora ou se machucarem com algum idiota que tentasse ir muito além do que elas deixavam, e claro, a conta de muitos homens não podiam ser baixas, o que lhe dava a oportunidade de oferecer mais que bebidas e uma boa noite de sexo. Não
— Você poderia ter me pegado para você. - Ele parou de andar e seu sorriso também, a olhou por cima do ombro notando os olhos de Jannie seguirem a garota até sair da sala — Eu o faria mais feliz. Isso com toda certeza.Pegar Tristan, ok.Mas pegar o chefe era muito melhor.— E o que te faz achar que mesmo estando sob os olhos e cuidados de Tristan tem que dormir apenas com ele? - Os olhos dela voltaram ao mais velho com mais vigor. O viu ir até sua mesa e sentar despreocupado com tudo ao redor — Eu vi o que pode fazer no palco ontem, e confesso que fiquei interessado.— Eu mudo de palco, e continuo brilhando - Avisou se aproximando da mesa. — Porque me chamou aqui?— Eu escutei de algumas garotas que elas gostaram muito de ver você dançando e do quanto chamou atenção dos homens em geral e cada uma quis saber se você poderia dar algum tipo de ajuda para os números das danças que elas produzem durante as noites. - Avisou crente de que ela atenderia aos comandos. A viu sorrir mais piscan
Fazia um tempo muito grande que Lilian não se arrumava daquele jeito para um encontro amoroso. Nem se lembrava da data exatamente em que se divertiu com um cara legal que pudesse fazer de seus dias um pouco mais felizes. Claro que, lembrava-se muito bem quem tinha sido o último a quebrar seu coração, mas o caso era que viver com isso na cabeça, foi o motivo por não procurar por mais ninguém que a interessasse. Não por falta de opção, trabalhar na policia é conviver diariamente com homens que poderiam fazer de suas noites algumas inesquecíveis, mas preferiu manter o profissionalismo.Afastou-se um pouco do espelho se olhando atentamente, o cabelo loiro seria um charme para sempre em sua vida, os olhos verdes que chamavam atenção por onde passava, o corpo malhado era uma herança de família além de passar seu tempo correndo atrás de bandidos, isso deveria lhe dar alguma coisa além de sucesso na sua profissão. O vestido escolhido era um vermelho que marcava muito bem a cintura, combinando
A boate continuava ilustre como sempre. Muitas mulheres, muitos clientes, bebida e gritos rolando a vontade, e também, o grande show que fez todos os homens desejarem aquela mulher que dançava maravilhosamente sob a barra do poledance mostrando seus maiores e melhores atributos, desde as pernas torneadas aos seios avantajados guardados por tecidos finos e de luxo. Certeza que qualquer parte a ser tocada rasgaria sob o toque de alguém, e ainda assim, nenhum homem foi capaz de reivindicar a garota que dançava pela segunda vez, numa semana consecutiva atraindo olhares e multidões. Era atraente apenas para os homens, uma vez que muitas mulheres foram deixadas de escanteio. A rivalidade feminina sempre iria existir, ainda mais quando se tratava de uma notava que aparecera do nada tomando seu lugar. Ao menos era isso que Lina pensava enquanto assistia sua concorrente se derreter em cima daquela barra mostrando tudo, completamente tudo e ao mesmo tempo nada aos homens que pediam