Quando a noite caiu na cidade de Muzan a boate de Oscar Bennett mais uma vez abriu as portas revelando os mais desejosos pecados que qualquer pessoa poderia cometer ali dentro, seja acompanhados ou solteiros, entravam com uma única coisa na cabeça, diversão e sempre tinham como queriam desde que pagassem a quantidade certa. A música alta confia apenas alguns e as luzes piscando de um canto a outro deixava as coisas ainda mais radicais, a fim de levar a mente de qualquer um a enxergar apenas o caminho do prazer, seja ele numa mesa do salão, ou num quarto com uma bela mulher.Juan como gerente principal da boate, devia está sempre de olho em que entrava e saia. Dava atenção a todas as garotas presentes como um bom gavião na esperança de nenhuma correr e ir embora ou se machucarem com algum idiota que tentasse ir muito além do que elas deixavam, e claro, a conta de muitos homens não podiam ser baixas, o que lhe dava a oportunidade de oferecer mais que bebidas e uma boa noite de sexo. Não
— Você poderia ter me pegado para você. - Ele parou de andar e seu sorriso também, a olhou por cima do ombro notando os olhos de Jannie seguirem a garota até sair da sala — Eu o faria mais feliz. Isso com toda certeza.Pegar Tristan, ok.Mas pegar o chefe era muito melhor.— E o que te faz achar que mesmo estando sob os olhos e cuidados de Tristan tem que dormir apenas com ele? - Os olhos dela voltaram ao mais velho com mais vigor. O viu ir até sua mesa e sentar despreocupado com tudo ao redor — Eu vi o que pode fazer no palco ontem, e confesso que fiquei interessado.— Eu mudo de palco, e continuo brilhando - Avisou se aproximando da mesa. — Porque me chamou aqui?— Eu escutei de algumas garotas que elas gostaram muito de ver você dançando e do quanto chamou atenção dos homens em geral e cada uma quis saber se você poderia dar algum tipo de ajuda para os números das danças que elas produzem durante as noites. - Avisou crente de que ela atenderia aos comandos. A viu sorrir mais piscan
Fazia um tempo muito grande que Lilian não se arrumava daquele jeito para um encontro amoroso. Nem se lembrava da data exatamente em que se divertiu com um cara legal que pudesse fazer de seus dias um pouco mais felizes. Claro que, lembrava-se muito bem quem tinha sido o último a quebrar seu coração, mas o caso era que viver com isso na cabeça, foi o motivo por não procurar por mais ninguém que a interessasse. Não por falta de opção, trabalhar na policia é conviver diariamente com homens que poderiam fazer de suas noites algumas inesquecíveis, mas preferiu manter o profissionalismo.Afastou-se um pouco do espelho se olhando atentamente, o cabelo loiro seria um charme para sempre em sua vida, os olhos verdes que chamavam atenção por onde passava, o corpo malhado era uma herança de família além de passar seu tempo correndo atrás de bandidos, isso deveria lhe dar alguma coisa além de sucesso na sua profissão. O vestido escolhido era um vermelho que marcava muito bem a cintura, combinando
A boate continuava ilustre como sempre. Muitas mulheres, muitos clientes, bebida e gritos rolando a vontade, e também, o grande show que fez todos os homens desejarem aquela mulher que dançava maravilhosamente sob a barra do poledance mostrando seus maiores e melhores atributos, desde as pernas torneadas aos seios avantajados guardados por tecidos finos e de luxo. Certeza que qualquer parte a ser tocada rasgaria sob o toque de alguém, e ainda assim, nenhum homem foi capaz de reivindicar a garota que dançava pela segunda vez, numa semana consecutiva atraindo olhares e multidões. Era atraente apenas para os homens, uma vez que muitas mulheres foram deixadas de escanteio. A rivalidade feminina sempre iria existir, ainda mais quando se tratava de uma notava que aparecera do nada tomando seu lugar. Ao menos era isso que Lina pensava enquanto assistia sua concorrente se derreter em cima daquela barra mostrando tudo, completamente tudo e ao mesmo tempo nada aos homens que pediam
— Tem certeza de que tudo que precisava já estar listado e guardado nos carros? - Oscar perguntou outra vez olhando diretamente para os olhos de Valentin. O seu plano era perfeito, algo simples, assaltar um banco era algo que já tinham feito várias e várias outras vezes e não seria aquela que daria errado. Valentin assentiu colocando a última bala na sua arma preferida já guardando na cintura — Tudo está sob nosso controle. Só preciso que Tristan ligue para a filha, quero saber onde minha delegada preferida está com a cabeça. - E isso era verdade. Mesmo que o banco não fosse à cidade de Seant, se Lilian soubesse, com certeza entraria em contato com o delegado da outra cidade e ele iria agir o mais rápido possível, antes mesmo de conseguir prender sua família e o forçar a fazer o que desejava. Ainda assim, o plano de afastar tudo mundo que podia daquele banco já estava rolando há muito, e estava tudo saindo como planejado. — Ela não vai se meter com
Sair e se divertir um pouco não estava nos seus planos durante muito tempo, enquanto seu foco era apenas conseguir fazer com que os homens mais difíceis da face da terra permanecer dentro da prisão mesmo sabendo que a qualquer momento eles tomariam uma de uma força maior para saírem. Sem provas e com muitas chantagens, não apenas seus inimigos maiores como muitos outros criminosos entraram e saíram da delegacia como se aquilo fosse apenas um tour. Se incomodar com isso e estudar dia e noite sem uma vida fora da delegacia ou do seu escritório em casa lhe deixaram longe de pensamentos bons ou de encontros prazerosos como naquela noite. Não lembrava mais como era sentar numa mesa de restaurante depois de passar o dia todo se arrumando para se encontrar com um rapaz bonito. Nem mesmo lembrava o sabor de um bom banho, ou de uma conversa calma sem tiros, balas, mortes e prisões. Era agradável falar sobre si mesmo e ouvir elogios que jamais pensou em ouvir
As roupas eram colocadas na mala com calma. Nada seria feito de qualquer jeito. Sua esposa do outro lado da cama analisava cada peça com atenção. Não porque acreditava que seu marido estava mentindo, mas porque tudo que seus olhos viam era um homem que queria viajar com os amigos para outra cidade no fim de semana depois no feriado para comemorar com os amigos. Eles poderiam comemorar juntos. Não podiam? Claro que podiam. Contudo, aquele olhar tão desconfiado se dava a nada quando Cassius Stanley nunca deu a sua esposa qualquer motivo para duvidar de sua palavra, e ela tinha pela consciência disso, e mesmo assim, estreitava os olhos quando uma camisa mais bonita era colocada dentre as coisas sociais. Ele sorriu lhe encarando outra vez, seus olhos se cruzaram e ela voltou para o livro, onde fingia ler. — Se você tiver alguma coisa para falar, é só dizer. Não temos segredos entre a gente, e vamos continuar não tendo por um longo tempo, para sempre. -
Naquela noite enquanto todas as garotas se divertiam pelo salão da boate dançando e bebendo, buscando seus clientes e trabalhando como nunca, Jannie, foi à única que ficou para trás e até tentou ficar no mesmo quarto que as meninas para conseguir mais algumas pistas para ajudar os colegas de fora, mas a paciência que guardava com todo fervor dentro do peito, tinha ido embora fazia um tempo. O quarto de Tristan era bonito e nem iria negar, grande com todo aquele luxo, assim como os dos outros que teve a sorte de conhecer. Em frente ao espelho grande do banheiro, olhava para sua face com mais ódio que se costume. Nunca em nenhum de seus trabalhos havia se machucado a aquela altura. O corte iria lhe marcar por uma vida toda, tinha quase certeza que de não teria como esconder aquilo com maquiagem. Tirou as lentes para tomar um banho mais intimo e sozinha. Já não bastava o tanto de gente que a tinha visto nua não precisava mais. Quando voltou