Sair e se divertir um pouco não estava nos seus planos durante muito tempo, enquanto seu foco era apenas conseguir fazer com que os homens mais difíceis da face da terra permanecer dentro da prisão mesmo sabendo que a qualquer momento eles tomariam uma de uma força maior para saírem. Sem provas e com muitas chantagens, não apenas seus inimigos maiores como muitos outros criminosos entraram e saíram da delegacia como se aquilo fosse apenas um tour. Se incomodar com isso e estudar dia e noite sem uma vida fora da delegacia ou do seu escritório em casa lhe deixaram longe de pensamentos bons ou de encontros prazerosos como naquela noite. Não lembrava mais como era sentar numa mesa de restaurante depois de passar o dia todo se arrumando para se encontrar com um rapaz bonito. Nem mesmo lembrava o sabor de um bom banho, ou de uma conversa calma sem tiros, balas, mortes e prisões. Era agradável falar sobre si mesmo e ouvir elogios que jamais pensou em ouvir
As roupas eram colocadas na mala com calma. Nada seria feito de qualquer jeito. Sua esposa do outro lado da cama analisava cada peça com atenção. Não porque acreditava que seu marido estava mentindo, mas porque tudo que seus olhos viam era um homem que queria viajar com os amigos para outra cidade no fim de semana depois no feriado para comemorar com os amigos. Eles poderiam comemorar juntos. Não podiam? Claro que podiam. Contudo, aquele olhar tão desconfiado se dava a nada quando Cassius Stanley nunca deu a sua esposa qualquer motivo para duvidar de sua palavra, e ela tinha pela consciência disso, e mesmo assim, estreitava os olhos quando uma camisa mais bonita era colocada dentre as coisas sociais. Ele sorriu lhe encarando outra vez, seus olhos se cruzaram e ela voltou para o livro, onde fingia ler. — Se você tiver alguma coisa para falar, é só dizer. Não temos segredos entre a gente, e vamos continuar não tendo por um longo tempo, para sempre. -
Naquela noite enquanto todas as garotas se divertiam pelo salão da boate dançando e bebendo, buscando seus clientes e trabalhando como nunca, Jannie, foi à única que ficou para trás e até tentou ficar no mesmo quarto que as meninas para conseguir mais algumas pistas para ajudar os colegas de fora, mas a paciência que guardava com todo fervor dentro do peito, tinha ido embora fazia um tempo. O quarto de Tristan era bonito e nem iria negar, grande com todo aquele luxo, assim como os dos outros que teve a sorte de conhecer. Em frente ao espelho grande do banheiro, olhava para sua face com mais ódio que se costume. Nunca em nenhum de seus trabalhos havia se machucado a aquela altura. O corte iria lhe marcar por uma vida toda, tinha quase certeza que de não teria como esconder aquilo com maquiagem. Tirou as lentes para tomar um banho mais intimo e sozinha. Já não bastava o tanto de gente que a tinha visto nua não precisava mais. Quando voltou
O avião pousou sob a pista molhada deixando a visão da cidade de Sta. Eleonor com um ar de fim do mundo com frio e o silêncio de pessoas dentro daquele imenso pássaro concentrados em fazer sua missão e sair ilesos. Aquele fim de domingo parecia perfeito para tomar uma taça de vinho com o amor da sua vida, isso se realmente não tivessem em missão. Olhou para o outro lado avistando Teodoro estudando todo o local, desde o céu as pessoas que se aproximavam do avião. Eles sairiam por um breve momento, dormiriam no hotel e quando o amanhecesse, cada um iria para seu posto conhecer seu lugar e fazer o trabalho desenhado e estudado por todos ali dentro. Quando a porta foi aberta, todo mundo que estava dentro foi saindo aos poucos, cada um tomaria um caminho diferente com hotéis, carros, quartos e roupas diferenciadas. Todos teriam que chegar de todas as direções naquele banco para o plano dar certo. Por último, Teodoro desafivelou o cinto dando
O amanhecer de Sta. Eleanor estava radiante. Os pássaros cantando, cada pessoa tomando conta de sua vida. Cada um buscando o melhor para si, e de uma forma ou outra, aquele homem que descia as escadas para sair do prédio de apartamentos não estava fazendo algo diferente. Havia tido uma noite longa com o namorado, e repassado todo o plano como muito cuidado para que nada saísse errado. Se era a primeira vez ou não que iria comandar um assalto, tudo teria que sair conforme os desejos de Oscar, pois não queria ser o único a não ter responsabilidades naquela família. Assim que chegou do lado de fora, um carro lhe pegou levando ao tão falado banco central daquela cidade. Poucas pessoas entravam e saiam, não havia filas, não havia tantas câmeras e mesmo se houvesse alguém já teria desligado. As ordens de Oscar eram perfeitas e meticulosas, nenhum passo era dado senão tivesse motivo para tal. Olhando o relógio novamente, ele sabia que estava quase na hora. Iria entrar quando ning
— Essa delegada dos infernos. — Não precisa me desacatar. Você já tem crimes o suficiente pra ser acusado, Valentin Benett - Aos poucos, a imagem de Lilian foi aparecendo diante do homem ajoelhado. Um suspiro longo foi dado por ele ao ver a mulher de outrora se aproximar com uma arma em punho, enxugando as lágrimas e mostrando um sorriso grande para o mesmo. — Ele te machucou? — Um empurrão ou dois. - Respondeu tirando a peruca da cabeça e Valentin manteve a expressão de ódio no rosto. Não era a mesma mulher. Ele sabia que não parecia com a da foto que lhe foi mostrada. — Vou lá fora. — Pode ir. Bom trabalho - Lilian estava radiante. O sorriso não podia sair de seus lábios e não iria mesmo. Prender um daqueles homens estava lhe dando uma sensação de superioridade tão grandiosa que não haveria como explicar. — Mão para trás meu bem, você será algemado agora. — Não adianta você me prender aqui. - Respondeu o homem sendo a
— Então você ficou mesmo com uma babá? - Mônica perguntou outra vez achando graça da situação da amiga. E riu mais um pouco quando Lizzie revirou os olhos. — Meus pais também não estão felizes com o que aconteceu. Sua mãe fez questão de contar isso para todos aqui na minha casa. Eu acho que não gosto mais da delegada. Lizzie acabou parando o sorriso dessa vez. Numa simples chamada de vídeo, tentava se distrair de alguma forma. Mas não dava para se sentir tão a vontade sabendo que na sala havia um homem que não conhecia, sua mãe não respondia suas mensagens desde manhã, as horas iam se passando, a lua estava no céu ao lado das estrelas. Nem mesmo ligar para seu pai deu certo naquela noite. Será que eles estavam esquecendo que tinham filha? — Não precisa parar de gostar da minha mãe. Ela está certa. Não devemos queimar pessoas vivas - Repetiu o que lhe foi dito inúmeras vezes. E depois de tanto pensar, isso era verdade. — Não estou dizendo
— O que você disse? - Lilian levantou estufando o peito. Passou as mãos nos cabelos enquanto caminhava pela sala apenas para focar em todas as câmeras e então, parou atrás de Valentin. — Que todo mundo tem a oportunidade de te matar, mas ninguém faz isso, ninguém quer machucar a criança. Ela faz parte da nossa família. - Todos sabiam que falar de Lizzie e qualquer ligação com a família paterna deixava a delegada zangada, principalmente os Benett. Quando Valentin achou que havia ganhando naquele dialogo. Sentou as mãos pequenas da delegada se entrelaçar entre seus cabelos e no piscar de olhos, seu rosto foi prensado contra a mesa a sua frente, junto ao liquido ainda quente que ele mesmo jogou. — Eu não vou deixar você falar da minha filha. Ela não faz parte da sua família, ela é apenas minha. - O homem tentou ergue-se, sem sucesso — Então acho melhor você tomar cuidado com o que está falando se não quiser acabar com um tiro no seu pé, porque eu posso