O avião pousou sob a pista molhada deixando a visão da cidade de Sta. Eleonor com um ar de fim do mundo com frio e o silêncio de pessoas dentro daquele imenso pássaro concentrados em fazer sua missão e sair ilesos. Aquele fim de domingo parecia perfeito para tomar uma taça de vinho com o amor da sua vida, isso se realmente não tivessem em missão. Olhou para o outro lado avistando Teodoro estudando todo o local, desde o céu as pessoas que se aproximavam do avião. Eles sairiam por um breve momento, dormiriam no hotel e quando o amanhecesse, cada um iria para seu posto conhecer seu lugar e fazer o trabalho desenhado e estudado por todos ali dentro. Quando a porta foi aberta, todo mundo que estava dentro foi saindo aos poucos, cada um tomaria um caminho diferente com hotéis, carros, quartos e roupas diferenciadas. Todos teriam que chegar de todas as direções naquele banco para o plano dar certo. Por último, Teodoro desafivelou o cinto dando
O amanhecer de Sta. Eleanor estava radiante. Os pássaros cantando, cada pessoa tomando conta de sua vida. Cada um buscando o melhor para si, e de uma forma ou outra, aquele homem que descia as escadas para sair do prédio de apartamentos não estava fazendo algo diferente. Havia tido uma noite longa com o namorado, e repassado todo o plano como muito cuidado para que nada saísse errado. Se era a primeira vez ou não que iria comandar um assalto, tudo teria que sair conforme os desejos de Oscar, pois não queria ser o único a não ter responsabilidades naquela família. Assim que chegou do lado de fora, um carro lhe pegou levando ao tão falado banco central daquela cidade. Poucas pessoas entravam e saiam, não havia filas, não havia tantas câmeras e mesmo se houvesse alguém já teria desligado. As ordens de Oscar eram perfeitas e meticulosas, nenhum passo era dado senão tivesse motivo para tal. Olhando o relógio novamente, ele sabia que estava quase na hora. Iria entrar quando ning
— Essa delegada dos infernos. — Não precisa me desacatar. Você já tem crimes o suficiente pra ser acusado, Valentin Benett - Aos poucos, a imagem de Lilian foi aparecendo diante do homem ajoelhado. Um suspiro longo foi dado por ele ao ver a mulher de outrora se aproximar com uma arma em punho, enxugando as lágrimas e mostrando um sorriso grande para o mesmo. — Ele te machucou? — Um empurrão ou dois. - Respondeu tirando a peruca da cabeça e Valentin manteve a expressão de ódio no rosto. Não era a mesma mulher. Ele sabia que não parecia com a da foto que lhe foi mostrada. — Vou lá fora. — Pode ir. Bom trabalho - Lilian estava radiante. O sorriso não podia sair de seus lábios e não iria mesmo. Prender um daqueles homens estava lhe dando uma sensação de superioridade tão grandiosa que não haveria como explicar. — Mão para trás meu bem, você será algemado agora. — Não adianta você me prender aqui. - Respondeu o homem sendo a
— Então você ficou mesmo com uma babá? - Mônica perguntou outra vez achando graça da situação da amiga. E riu mais um pouco quando Lizzie revirou os olhos. — Meus pais também não estão felizes com o que aconteceu. Sua mãe fez questão de contar isso para todos aqui na minha casa. Eu acho que não gosto mais da delegada. Lizzie acabou parando o sorriso dessa vez. Numa simples chamada de vídeo, tentava se distrair de alguma forma. Mas não dava para se sentir tão a vontade sabendo que na sala havia um homem que não conhecia, sua mãe não respondia suas mensagens desde manhã, as horas iam se passando, a lua estava no céu ao lado das estrelas. Nem mesmo ligar para seu pai deu certo naquela noite. Será que eles estavam esquecendo que tinham filha? — Não precisa parar de gostar da minha mãe. Ela está certa. Não devemos queimar pessoas vivas - Repetiu o que lhe foi dito inúmeras vezes. E depois de tanto pensar, isso era verdade. — Não estou dizendo
— O que você disse? - Lilian levantou estufando o peito. Passou as mãos nos cabelos enquanto caminhava pela sala apenas para focar em todas as câmeras e então, parou atrás de Valentin. — Que todo mundo tem a oportunidade de te matar, mas ninguém faz isso, ninguém quer machucar a criança. Ela faz parte da nossa família. - Todos sabiam que falar de Lizzie e qualquer ligação com a família paterna deixava a delegada zangada, principalmente os Benett. Quando Valentin achou que havia ganhando naquele dialogo. Sentou as mãos pequenas da delegada se entrelaçar entre seus cabelos e no piscar de olhos, seu rosto foi prensado contra a mesa a sua frente, junto ao liquido ainda quente que ele mesmo jogou. — Eu não vou deixar você falar da minha filha. Ela não faz parte da sua família, ela é apenas minha. - O homem tentou ergue-se, sem sucesso — Então acho melhor você tomar cuidado com o que está falando se não quiser acabar com um tiro no seu pé, porque eu posso
Tristan adentrou aquela sala sabendo de tudo que tinha acontecido e mesmo assim, não acreditava de verdade que um assalto, ou qualquer um dos planos de seu pai havia dado errado. Oscar sabia muito bem como comandar um assalto, anos e anos de pratica levavam a perfeição, no entanto, aquele com certeza não era seu dia. Voltou para casa assim que soube de Valentin, e sabia que seu irmão estaria surtando e já armando tudo para buscar o namorado, porém, não esperou encontrar em Oscar um olhar desconfiado e desesperador. — Conseguiu voltar rápido? - Oscar murmurou ao ver o filho cruzar a sala para se sentar em um dos sofás — Parece que estava esperando para voltar a qualquer momento. — Não tenho interesse de ficar mais tempo na casa da mamãe. Mas ela com certeza iria gostar de vê-lo mais vezes por lá. — Parece que ela vai ficar mais um tempo sem me ver. Visto que temos um problema muito grande agora nas mãos. - Tristan apenas estreitou os olho
Ainda pelos corredores, Tristan vagou até a porta do quarto de seu irmão, sabia que ele estaria à flor da pele, seria engraçado dar a ele algumas informações? Bateu na porta algumas vezes e só entrou quando escutou a voz do outro lado dando permissão. O quarto estava uma zona, munição, armas, mala e muitas roupas espalhadas por todo lugar. Tristan sorriu de canto ao ver seu irmão perto da janela terminando de montar um lindo e glorioso fuzil como se fosse um brinquedo.Caminhou até lá trilhando alguns caminhos para não pisar em nada e parou diante do irmão, logo se agachou esperando encontrar os olhos do homem, mas não teve nada. Suspirou.— Parece que você está muito ocupado.— Se você tivesse matado essa mulher, nada disso estaria acontecendo. Sabia? - Não olhou para o irmão, continuou a montar aquilo como se fosse profissional, de fato, desde criança os filhos de Oscar foram treinados para serem os melhores naquele ramo, montar uma arma, atirar e acertar o alvo, eles eram ótimos. —
— Não. E eu não posso sair te contando sobre meu trabalho. E não faça essas perguntas, me parece que conhece meus passos - Lizzie continuou a olhá-la. — Você não tem contato com aquela família, não é, Lizzie?A garota esperou alguns segundos para tornar a encarar sua mãe mais profundamente. Será que estava na hora de contar a verdade? Já não estava na hora de ela saber que há muito tinha contato com seu pai, e com o avô que lhe adorava, ao menos era isso que ele declarava ao lhe falar do outro lado do telefone.Tentou sorrir um pouco disfarçando seu nervosismo, mas estava claro que sua mãe jamais iria cair. Se contasse, ela nunca aceitaria, poderia lhe tomar o celular e se quebra prender em casa e nunca mais a deixar ao menos ver a luz do sol. E se isso de fato acontecesse, não iria encontrar com Tristan e não era isso que queria. Com outro suspiro, Lizzie acabou desviando o olhar para seus amigos ainda em frente à escola, conversando.— Não, eu não tenho. - Mentiu deixando seu pequ