Ainda pelos corredores, Tristan vagou até a porta do quarto de seu irmão, sabia que ele estaria à flor da pele, seria engraçado dar a ele algumas informações? Bateu na porta algumas vezes e só entrou quando escutou a voz do outro lado dando permissão. O quarto estava uma zona, munição, armas, mala e muitas roupas espalhadas por todo lugar. Tristan sorriu de canto ao ver seu irmão perto da janela terminando de montar um lindo e glorioso fuzil como se fosse um brinquedo.Caminhou até lá trilhando alguns caminhos para não pisar em nada e parou diante do irmão, logo se agachou esperando encontrar os olhos do homem, mas não teve nada. Suspirou.— Parece que você está muito ocupado.— Se você tivesse matado essa mulher, nada disso estaria acontecendo. Sabia? - Não olhou para o irmão, continuou a montar aquilo como se fosse profissional, de fato, desde criança os filhos de Oscar foram treinados para serem os melhores naquele ramo, montar uma arma, atirar e acertar o alvo, eles eram ótimos. —
— Não. E eu não posso sair te contando sobre meu trabalho. E não faça essas perguntas, me parece que conhece meus passos - Lizzie continuou a olhá-la. — Você não tem contato com aquela família, não é, Lizzie?A garota esperou alguns segundos para tornar a encarar sua mãe mais profundamente. Será que estava na hora de contar a verdade? Já não estava na hora de ela saber que há muito tinha contato com seu pai, e com o avô que lhe adorava, ao menos era isso que ele declarava ao lhe falar do outro lado do telefone.Tentou sorrir um pouco disfarçando seu nervosismo, mas estava claro que sua mãe jamais iria cair. Se contasse, ela nunca aceitaria, poderia lhe tomar o celular e se quebra prender em casa e nunca mais a deixar ao menos ver a luz do sol. E se isso de fato acontecesse, não iria encontrar com Tristan e não era isso que queria. Com outro suspiro, Lizzie acabou desviando o olhar para seus amigos ainda em frente à escola, conversando.— Não, eu não tenho. - Mentiu deixando seu pequ
— Você é incrível - Dina rogou elogios a Jennie que sorriu encantada com tudo assim que se jogou contra o sofá para descansar. — Os homens realmente vão à loucura e procuram por você na lista de garotas de programa, e se decepcionam quando não te encontram - Disse calmamente enquanto olhava através da cortina para suas garotas apresentarem um número — Está perdendo dinheiro. — Eu não sou uma prostituta. Mas se eu fosse, realizaria meu trabalho com todo carinho. Infelizmente a única coisa que consegui foi poder dançar. Tudo por causa daquele homem - Dina saiu de trás das cortinas para encarar Jennie melhor. Hoje a garota trajava conjunto revelador, mas não o suficiente para mostrar todo seu corpo. Era charmosa ao falar, ao sentar até mesmo quando sorria, parecia bem treinada e educada. Como se estivesse atuando numa novela, num filme longo. Isso era normal? — Aquele homem manda na gente, e você devia se sentir privilegiada. - Ela sorriu d
— Você tem certeza que já quer ir embora? - Gia murmurou do outro lado do quarto enquanto via claramente Lizzie vestir as meias e sorrir ao buscar sua bolsa jogando sob as costas — Pode dormir se quiser.— Não quero dormir aqui ou em outro lugar senão minha cama. Mas obrigada por conversar comigo durante a tarde, não podia voltar para casa. - Levantou dando um tchau sem graça e foi embora sem dizer mais nada.À tarde que passou ao lado de Gia foi agradável, conversas, alguns beijos, se precisava se distrair com a inimiga que fosse a bom gosto. Não gostava de Gia, tão pouco de sua presença, mas poderia usar seu tempo para lhe dar paz e voltar para casa. Talvez não devesse ter dito todas aquelas coisas para sua mãe, mas estava farta de tudo. Queria tanto conhecer seu pai, e entender seu lado. Tudo bem que ele era um criminoso e toda a família Bennett tinha inúmeras acusações… Isso não lhe matava a vontade de conhecer sua família de verdade.Antes de chegar em casa recebeu uma mensagem e
Aquele final de semana estaria marcado para sempre no coração de Lizzie e não se arriscaria a errar em nada com sua mãe para conseguir se aproximar do primo, ou tio, ela não sabia, mas se conhecia seu pai, já era um caminho. Sorriu diante do espelho, o uniforme da escola colado em seu corpo. Escutou quando uma buzina soou do lado de fora e correu para lá. Mônica lhe esperava com um sorriso no rosto como se fosse à dona de tudo ali, mas não era. Botas, mochilas, carro, o nome de Lizzie era requisitado em alguns lugares e sua mãe não sabia. E jamais iria descobrir.— Porque está tão animada? Conte-me que ainda estou sem celular.— Tenho duas coisas para contar e você vai amar, mas não conte ao Archie. - Mônica olhou de relance voltando à estrada — Minha mãe vai planejar um encontro comigo e… meu primo que foi preso essa semana.— O que? - Mônica quase gritou — Você está maluca? Céus, o que tem na cabeça?— Eu quero conhecer alguém daquela família, e essa é a minha chance - Jogou os cabe
Quando deixou o celular de lado, Tristan tinha um único objetivo no momento: Achar Jennie que dormiu na sua cama e acordou onde? Desfilou pelos corredores estudando cada pessoa presente naquela boate, ali também era sua casa e o lugar mais seguro para sua vida e de sua família, então precisavam mesmo encontrar o espião. E foi andando pelos corredores que avistou a sua garota. Sentada em uma das mesas da boate tomando o que parecia ser um café bem quente. Não usava tantas roupas e ainda que não estivesse tão frio. Andar apenas com uma camisola e um casaco por cima faria mal a qualquer um. Aproximou-se aos poucos para lhe falar.Por outro lado Jennie procurou um lugar para tomar seu café da noite louca que teve com aquele homem, não podia ter gostado de seus toques, beijos e de como foi tirada daquela pia para ser jogada nas paredes até a cama enquanto era penetrado, um sexo selvagem, mas com pegada, era gostoso, tão sensual, como Tristan poderia lhe dar aquilo? Como? Não sentia vergonh
Lizzie chegou naquela tarde totalmente animada, se se arrumou desde o guarda-roupa á suas maquiagens e casa, tudo tinha que está perfeito para quando sua mãe chegasse. Nada poderia dar errado com seu encontro com o primo. Quando escutou a porta abrir e fechar da frente, soube que sua mãe tinha chegado e correu da cozinha para encontrar-se com a mulher na sala, e não estava sozinha.— Mãe… e Mike - Sorriu para o homem que fez o mesmo — Achei que vinha sozinha, preciso lhe pedir algo.— Mike e eu estamos nos conhecemos e até pensei que poderíamos jantar juntos hoje. - Lizzie olhou de um para o outro e negou — Então peça o que quer - com os olhar grande, Lilian estudou toda sua casa até onde podia e aparentemente, não havia ninguém ali. E esperava por isso, Teodoro não podia atacar naquele momento.— Eu sei que é dia de escola, mas eu e a Mônica planejamos ir num show em outra cidade. Aqui perto na terça a noite - Lilian estreitou olhos, isso sim era uma novidade — Por favor,
Seu coração ainda estava acelerado naquela tarde. O olhar perdido mostrava a todos que nada do que planejou para a noite anterior havia dado certo. As lágrimas queriam descer a qualquer custo, mas sabia que não era a pessoa certa para chorar por Mike naquele momento. Alguma coisa na sua garganta queria sair, talvez um grito, um xingamento, uma desistência da sua vida ou carreira, mas nada conseguia pronunciar. A delegada se encontrava em choque desde o momento em que foi coberta pelo sangue do homem que achou ser uma pessoa boa, e que pensou que seria também o seu novo namorado, um homem que pudesse lhe fazer esquecer-se do passado e seguir a vida como todo mundo merece, mas ele era apenas mais um traidor de merda. — Tome isso… - Escutou ao longe a voz de seu melhor amigo soar ao pé do ouvido e demorou a mexer para pegar o copo de café oferecido em sua direção. Tomou o primeiro gole e quase chora novamente. Mas não podia, ela não iria ch