— Nós vamos sair juntos! — Sob tais circunstâncias, como poderia sair sozinho? Se abandonasse aqueles soldados, todos morreriam.— Liam, James está fraco! É muito difícil que ele consiga escapar. Carregue-o nas costas. — Na escuridão, uma voz deu uma ordem.— Entendido! — O soldado chamado Liam respondeu na mesma hora.— Vamos sair juntos, todos! Se não formos agora, será tarde demais! — Vendo as luzes dos inimigos se aproximando, James começou a entrar em pânico.— Liam, carregue James e vá embora! O resto, prepare-se para a batalha! — Liam pegou James, levantou-se e disse: — Senhorita Thea, vamos embora! — Então, o militar carregou James em um ombro e puxou Thea com a outra mão, abrindo caminho às pressas para dentro da caverna, na direção oposta ao som dos tiros.James fechou os olhos, sabendo que aqueles que ficaram para trás morreriam. Ainda mais tiros soaram logo depois que eles saíram, uma troca intensa que durou por minutos. Depois de algum tempo, a caverna ficou em si
Os mercenários carregavam armamento pesado. Além disso, tinham lanternas poderosas, iluminando a escuridão e dando a ilusão até de que havia luz do dia. James sabia que tinha que atirar. Caso contrário, os três morreriam assim que os inimigos se aproximassem. Assim, ele apontou sua arma e... apertou o gatilho.'O berro cantou!', derrubando um dos homens próximos.— Procure cobertura! — Uma voz rugiu no escuro, então toda a equipe de mercenários encontrou cobertura e se escondeu. James, por outro lado, não se atreveu a fazer nenhum movimento precipitado depois de disparar. Sabia que lidava com mercenários experientes que poderiam identificar sua localização num instante. Se ele atirasse outra vez, estaria pedindo uma chuva de tiros em troca. Assim, recuou, com dificuldade, e se escondeu atrás de uma outra pedra. Só tinha uma chance de sobrevivência: aproveitar as armas do oponente. Seria muito fácil se ele estivesse saudável. No entanto, não era seu caso, e uma sensação de desamparo
— O que você quer dizer? — James perguntou, fingindo calma.— Pare de se fazer de bobo. — Dominador jogou Thea de lado e apontou a arma para James.— Entregue logo a parada, James, e eu deixarei você morrer sem sofrimento. Caso contrário, vou te torturar muito antes de te matar. — Mesmo com uma arma apontada para sua cabeça, James não demonstrou medo. Afinal, aquela não era a primeira vez que se via numa situação daquelas.— Você não pode me matar. Seria difícil terminar seu trabalho se você me matasse agora, certo? — Disse James, com frieza. Em seguida, ele olhou para o Dominador e perguntou: — Foi o Imperador quem enviou você? Já sou um homem aleijado, mas ele ainda desconfia de mim. Então, ele tem pessoas me espionando constantemente, mas não sabe o que estou procurando? —— Você não vai entregar? — O rosto do Dominador ficou furioso e ele se virou para atirar em Thea. Sem pestanejar, o homem apertou o gatilho.Thea levou um tiro na coxa e gritou de dor.— AAAAAH! — O grito
Foi uma aposta perigosa, que custaria a vida dele e de Thea se errasse. Assim, James se agachou para pegar o baú. Aproveitando-se da escuridão, pegou algumas pedras pequenas, então se levantou devagar, com os olhos fixos no Dominador o tempo todo. O homem se mantinha a cerca de dois metros dele. Com um sorriso, James fingiu explicar: — É melhor você olhar com muita atenção ou vou precisar recomeçar do início. É assim que você deve abrir o baú... — Os olhos do Dominador permaneciam fixos no baú nas mãos de James enquanto tentava observar o processo. Como esperado, os olhos de todos os outros também foram atraídos para a pequena caixa. De repente, as mãos de James tremeram e a caixa escorregou, tombando no chão.— Merda! — James soltou, cheio de frustração. Olhando para os homens com alguma tristeza, disse: — Eu não tenho mais forças e minhas mãos não estão firmes. Preciso de alguém para me ajudar a deixar a caixa erguida. —— Você, ajuda ele. — Dom olhou para um de seus homens e u
Thea tinha dois ferimentos de bala na perna. A moça se esforçou para carregar James para fora da caverna, mas seus ferimentos ainda sangravam. Cada passo que dava fazia com que mais sangue escorresse por sua perna e lhe causava nada menos que uma dor agonizante. A moça chegou a sentir como se estivesse prestes a desmaiar devido à intensidade das dores e à perda de sangue, mas resistiu, com as lágrimas escorrendo por seu rosto.Em pouco tempo, Thea não conseguia mais se mover, muito menos arrastar um homem adulto consigo. Segurando James com força, a jovem se encostou em seu corpo inconsciente.***Depois de receber o pedido de ajuda de Quincy, o Rei Alegre despachou tropas para onde James e Thea se encontravam. Em menos de uma hora, o exército apareceu no Monte do Tesouro Dragão, dois helicópteros voavam pelos céus. Num breve momento, soldados desceram em cordas, surpreendendo os mercenários que se encontravam em meio ao campo de batalha cheio de corpos.— São homens do Rei Alegre!
— Eu fiquei desmaiado por tanto tempo? — James ficou surpreso ao descobrir que ficou inconsciente por três dias inteiros. — Como foi isso? Estão todos bem? — Ao ouvir sua pergunta, Quincy ficou em silêncio, seus lábios desenhados em uma linha tensa.— Responde, Quincy! — James insistiu.Demorou algum tempo para a moça formar uma resposta. — Thea está bem, mas como sofreu dois ferimentos à bala e perdeu muito sangue, ela ainda está na CTI. O General Highsmith também ficou gravemente ferido, mas está sendo tratado neste momento. Quanto ao resto, eles... não houve tempo... — A mulher se engasgou com as palavras que saíam de sua boca, enquanto a mente de James ficou em branco quando a notícia o atingiu. Recostando-se na cama do hospital, o homem olhou para a parede branca à sua frente e os rostos dos soldados surgiram em sua mente. Seus olhos de repente ficaram úmidos e lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.— Nenhum deles sobreviveu? — Ele não queria acreditar nisso, afinal
Depois que James prestou homenagem aos soldados que morreram em batalha, ele voltou ao hospital militar. O homem se sentia atormentado pela culpa pelas dezenas de vidas que se sacrificaram por sua segurança. Ele se via determinado a continuar a viver a vida ao máximo em homenagem aos homens que haviam morrido. Depois de tudo aquilo ter acontecido, também se fortaleceu ainda mais sua decisão de dedicar seu corpo à sua terra natal.Em seu quarto, no hospital militar, James tirou do armário o baú que encontrou na caverna subterrânea. A superfície externa era preta e tinha padrões misteriosos esculpidos. O baú estava selado, mas não tinha fechadura. Somente sob uma inspeção cuidadosa seria possível notar os numerosos pequenos furos espalhados por toda parte. O homem o descobriu na caverna, mas não teve oportunidade de olhar mais de perto devido à aparição dos mercenários. Enquanto analisava com atenção o baú preto, o Rei Alegre perguntou: — O que é essa coisa que você teve tanto trabalh
— Espere! O quê?! — Ambos olharam para James boquiabertos.James continuou a elaborar sua explicação: — As habilidades médicas que aprendi há dez anos eram do primeiro volume, e este livro é um segundo compilado daqueles conhecimentos perdidos. A diferença é que o foco deste aqui é outro... São vários registros de como usar o Crucificador em sua capacidade total. — O segundo manuscrito estava além de qualquer coisa que James pudesse imaginar. O livro não só continha textos sobre métodos de cultivo e como usar a Energia Verdadeira, mas também explicava outras aplicações do Crucificador. A melhor analogia que James poderia fazer era que o primeiro volume era semelhante a um livro explicando a sonoridade das letras de um alfabeto, enquanto o segundo volume ensinava como combinar as letras para formar palavras diferentes. Assim que Quincy percebeu as implicações das palavras de James, seus olhos brilharam. — Então, você não vai morrer?! — — Bem... Em suma, acredito que não. — Jame