Assim que os repórteres reunidos em frente ao Palácio do Dragão Negro avistaram o jipe, imaginaram de quem se tratava. — Ali, o jipe! — — Deve ser o Dragão Negro! — — Corre! — Eles partiram loucamente em direção ao carro e o cercaram antes que ele pudesse partir. — O que devemos fazer agora? — O motorista perguntou. James sabia que não havia como aquela horda deixar que ele saísse sem que dissesse algumas palavras. Assim, o homem abriu a porta do carro e desembarcou, vestindo o manto do Dragão Negro, além da insígnia especial no ombro, completando seus adornos de elite. — General Dragão! — Além dos repórteres, havia muitos cidadãos do Sol, então, quando saiu do carro, James foi recebido com aplausos e elogios. Um grupo o cercou, todos tinham as bochechas vermelhas e expressões de excitação em seus rostos. Finalmente, puderam colocar seus olhos no guardião do Sol. — General, você poderia nos dizer o que aconteceu ontem à noite? — Um repórter começou a interrogá-
James bocejou e a exaustão penetrou em seus próprios ossos. O general precisava mesmo descansar. Depois de saciar a curiosidade dos repórteres implacáveis, ele se virou, entrou no carro e falou com o motorista mais uma vez: — Tudo bem, vamos indo. Entre no palácio mesmo. — — Entendido. — O motorista ligou o motor e, sob o olhar atento da multidão, lentamente adentrou a grande garagem da mansão. Enquanto isso, a notícia da entrevista de James se espalhou, traduzida para diferentes idiomas em todo o mundo. Na residência dos Callahan, em Cansington, Thea acabava de acordar de um sono péssimo, já que ela não estava dormindo bem desde a despedida com James. A moça estava acompanhando a situação no campo de batalha a cada momento que podia, rezando para que o derramamento de sangue pudesse ser evitado. Após alguns dias de inatividade no campo de batalha, ela começou a se sentir aliviada. — Thea, rápido! Venha aqui! Algo grande aconteceu! — Assim que saiu do quarto, ouviu David
O Imperador ficou furioso e as acompanhantes que costumavam servi-lo tremiam de medo diante dos berros. Depois de deixar escapar suas frustrações, contudo, o homem se recompôs. Ele se sentou no sofá e acendeu um cigarro, refletindo sobre como planejou tanto para matar James. Agora, o homem não só não estava morto, como também prestou um grande serviço ao Sol. Com aquele aumento de fama e prestígio, seria ainda mais difícil matar seu rival, mas James tinha que morrer para que seus planos funcionassem. Fumando seu cigarro, o homem pensou em novas maneiras de acabar com o oponente. — Parece que preciso pedir ajuda àquele velho. — Depois de um longo tempo, o Imperador murmurou e se levantou apressadamente. — Prepare o carro. — O homem deixou a Capital e dirigiu para uma montanha nos subúrbios. O lugar era chamado de Montanha dos Cinco Mosteiros, em homenagem ao mosteiro em seu pico. Assim, O Imperador chegou ao topo da montanha. Numa sala do mosteiro, havia uma campina onde estava s
No Palácio do Dragão Negro, nas Planícies do Sul, James estava com muita falta de sono. Quando chegou ao palacete, o homem imediatamente foi direto para sua cama e adormeceu profundamente, então dormiu o dia todo. Depois de tanto tempo parado, o estômago dele roncou. James se levantou e esfregou a barriga, então olhou para fora e viu que o céu já estava escuro. Ele pegou o telefone e olhou a hora, eram oito da noite. O homem também percebeu que havia algumas chamadas e mensagens perdidas, todas de Quincy. James franziu a testa e murmurou: — O que essa mulher está fazendo? — Ele ignorou as mensagens, se vestiu e saiu. Muitos cidadãos comuns e repórteres se reuniam do lado de fora do Palácio do Dragão Negro. Alguns seguravam buquês, enquanto outros seguravam estandartes no alto. Muitos soldados armados guardavam a entrada do lugar. Com as costas eretas, aqueles guerreiros estavam lá para manter a multidão sob controle. A maior preocupação de James era que as pessoas fizessem barul
Logo, James terminou de comer e limpou os lábios. — Tudo bem agora, você está livre para ir. Chame os assassinos aqui. — — Tudo bem. — Levi rapidamente retirou a sujeira. Depois disso, ele contatou os assassinos e, só então, foi embora. Logo, May e os outros estavam lá. Olhando para o grupo diante dele, James disse: — Podemos abandonar as formalidades, pessoal. Sentem-se. — Ao ouvir isso, eles se sentaram. Quando enfrentaram James em Cansington, não se sentiram tão intimidados pela figura de homem comum. Naquele momento, contudo, sentiam-se encarando-o como o Dragão Negro, em seu manto de Dragão Negro, e eles podiam sentir uma pressão inexplicável e sufocante. James começou:— Vocês foram fundamentais para o assassinato dos generais inimigos. Escrevi um requerimento para os superiores solicitando que recebam cargos oficiais. Uma vez que eles concordem, vocês serão vice-comandantes do exército do Dragão Negro, a elite da elite. — Aquela era uma posição de alto escalão, e
Depois de dar breves instruções, James os dispensou, e o Palácio do Dragão Negro mais uma vez caiu em silêncio. Sozinho, o general ocupou a cobertura do terceiro pavimento e, encostado a uma cadeira, fumou um cigarro enquanto olhava para o céu estrelado. Reservou aquele momento para pensar nas pessoas de Cansington, porque, embora estivesse nas Planícies do Sul, seu coração estava naquela cidade. Ele se perguntou se algum dia teria a oportunidade de retornar a Cansington, e que queria beber, mas Henry não estava por perto. Resignado, o homem desceu as escadas e foi até a adega. Então pegou algumas garrafas de vinho que lhe foram dadas por comerciantes no passado e voltou para o telhado, onde bebeu sozinho, na calada da noite. Uma pessoa veio à mente, então pegou o telefone e ligou para ela: a bela Quincy. A mulher ficou esperando fora do Palácio do Dragão Negro por horas, mesmo depois de James não lhe dar atenção alguma. No meio da tarde, percebendo que ele não apareceria, ela volt
Quincy usava um vestido vermelho que expunha seus ombros. Seu cabelo ruivo encaracolado fluía ao vento. Seus traços faciais eram finos e requintados, e o batom que usava complementava sua beleza. Ela sorriu para James, que estava sentado em uma cadeira com garrafas de vinho no chão. — Parece que você está tendo uma vida ótima. — James se levantou e apontou para o assento ao lado dele: — Sente-se. Não há necessidade de ser formal. — Quincy sentou-se em frente a James. Ela ajustou ligeiramente o vestido e cobriu as pernas para evitar mostrar mais do que devia. O homem, contudo, não percebeu suas ações minuciosas, apenas pegou uma garrafa de vinho e ofereceu para sua visita, com um sorriso bastante amigável. — Estou cansado de beber isso sozinho... Queria alguém para conversar. — Quincy percebeu que o teor de álcool na garrafa que James lhe entregou era bastante alto. — Eu não posso beber isso. Você tem vinho tinto? — Sim, espere. Vou pegar. — Ele disse, levantando-se pa
Quando acordou, Quincy não sabia por quanto tempo havia dormido e esfregou as têmporas. Depois de um tempo, ela se levantou e percebeu que estava em um hotel, com sua bolsa e seu laptop descansando na mesa ao lado da cama. A mulher sacou o celular e deu uma olhada na hora: quatro da manhã. — Como fiquei tão bêbada? — Sua mente estava um borrão. Ela se lembrou de James convidando-a para uma bebida, então se lembrou de ter contado a ele seus pensamentos. Depois disso, sua memória parecia apagada, então a moça deu mais uma olhada para o telefone e percebeu a localização exibida. — Cansington?! Estou em Cansington?! — Ela ficou atordoada. Depois de alguns segundos, a compreensão ocorreu, e seus olhos se encheram de lágrimas para choramingar um protesto solitário: — James, seu idiota... — Deixou escapar, arremessando o telefone no chão. Instantaneamente, a tela do aparelho se partiu em pedaços. A jovem desabou na cama e chorou muito, lembrando-se de como confessou seu amor ao ge