James olhou para os homens de terno preto diante dele. Todos tinham posturas ameaçadoras e suor escorria de suas testas, parecendo máquinas de combate bem abastecidas acelerando seus motores. A cena despertou seu interesse. Afinal, quem diabos era a garota e por que ela estava cercada por tantos guarda-costas? Cynthia gritou com raiva: — Luther, o que diabos você está fazendo?! — O tal Luther era um homem vestido com simplicidade, com cerca de quarenta anos. Ele tinha um rosto quadrado e cabelo curto.— Minha senhora, o patrão nos ordenou que a seguíssemos. Ele tem alguns negócios para resolver agora, mas chegará aqui amanhã de manhã. — — Não sou mais criança! Ele pode parar de enviar pessoas para me atazanar? — Cynthia estava visivelmente chateada. Ela puxou o braço de James e invadiu o grupo de guarda-costas, chutando e soltando os homens, que não ousariam revidar. Luther, do canto, não sabia o que fazer.— Vamos apenas seguir os dois. — — Sim, chefe! — O grupo de homen
Eles formaram um círculo ao redor de Cynthia e se afastaram. James olhou para Luther e disse:— Você deve se afastar também. — — O que você está tentando fazer? — Luther o olhou com desconfiança.James não podia esperar que o homem teimoso obedecesse e começou seu tratamento. Ele ajudou Cynthia a se sentar enquanto desabotoava o vestido que chegava à cintura.— Mas que porra é essa? — Luther estava prestes a explodir de raiva.— Cale a boca! — James retrucou irritado.Ele estendeu a mão para as costas e tirou uma agulha que havia sido preparada de antemão. Luther observou que o desconhecido nem mesmo higienizou o utensílio antes de o espetar no corpo de Cynthia, o que o deixou em choque. James manuseava a ferramenta com rapidez e precisão. Enquanto Luther estava perdido no trabalho manual sofisticado do médico, a mulher já tinha várias agulhas enfiadas em seu corpo. James a virou e começou a massagear pontos específicos de acupuntura e algumas veias. Em pouco tempo, a moça deu
James partiu depois de ajudar Cynthia. Normalmente, ele não era alguém que pararia para fazer um tratamento tão complexo naquelas condições, mas como viu que a moça não tinha nenhuma intenção maliciosa em relação a ele, a ajudou de bom grado. Quando Cynthia o arrastou para longe de Luther, o homem que ameaçou o agredir, o general sabia que ela era uma boa pessoa.Saindo de lá, James partiu para outro restaurante.Na rua Medical, Stefon levou Colson para ver vários médicos experientes. Cada um deles reagiu da mesma forma: apenas balançou a cabeça, sem nenhuma pista de como lidar com a condição do rapaz.— Pai, isso não pode estar acontecendo comigo. Eu ainda nem sou casado! Eu não vou poder ter filhos? Eu sou jovem, tenho dinheiro, teria uma vida cheia de mulheres! — Colson estava à beira das lágrimas.Na noite anterior, não importava o que fizesse, ele não conseguia provocar uma ereção, mesmo com a ajuda da moça com quem estava. Stefon também estava preocupado, afinal, esperava que
James não se deu ao trabalho de intervir mais, decidindo deixar os Callahan lidarem com isso por conta própria. O homem os ajudaria depois que a conferência médica terminasse, então lhes deu as costas e subiu para o quarto. Thea estava lendo um livro, deitada na cama.— Oi, meu bem. O que você está lendo? — Thea largou o livro e sorriu para ele. — Comprei alguns livros sobre administração para ler, porque estava entediada. — James assentiu com aprovação. — Isso é ótimo. — O homem ficou orgulhoso de sua esposa, porque ela não desistiu de si mesma e continuou aprendendo, apesar da terrível situação de sua família. Nesse momento, seu telefone tocou, e ele viu que era um número desconhecido.— Alô! Quem é? — — Sou eu, Quincy. — James franziu a testa ao ouvir a voz dela. — Aconteceu alguma coisa? — A voz gritante de Quincy se projetou pelo alto-falante do telefone e ecoou alto na sala. — James, é assim que você age como empregado? Você está recebendo um salário razoáve
A secretária foi gentil, não estava implicando levianamente com James. Para ela, o funcionário parecia apenas curioso e, de alguma forma vagou, para a área de trabalho da vice-diretora.— Ela realmente me pediu para vir aqui, você pode ir verificar. Se você não perguntar a ela e me mandar ir embora, quem você acha que ela vai culpar? — Janet Autumn teve a sensação de que James não estava mentindo, então o examinou mais uma vez, antes de dizer: — Espere aqui, vou me certificar. — Seus saltos estalavam ritmicamente enquanto ela caminhava até o escritório e batia na porta. — Senhorita Xenos, há um vendedor chamado James Caden aqui, dizendo que você queria falar com ele. — A voz de Quincy ecoou lá de dentro. — Deixa entrar. — Janet se virou para James. — Tudo bem, você não mentiu. Pode ir. — James caminhou em direção ao escritório, abrindo a grande porta ornamentada. Quincy era a vice-presidenta e seu escritório era enorme, luxuosamente decorado e muito espaçoso. Ela cru
— Senhorita Brooks, boa tarde. — As pessoas se dirigiam a ela educadamente ao longo de seu caminho, apenas para serem ignoradas, atropeladas por sua pressa. Ela correu até o escritório de Quincy e bateu em sua porta.— Quem é?! — Quincy estava conversando com James e respondeu aborrecida: — Você não vê que estou ocupada aqui? — — James, sou eu, Scarlett! — Eles podiam ouvir a voz de Scarlett do lado de fora, alta e clara. James fez uma careta e pensou 'Por que Scarlett está aqui?'. Quincy foi pega de surpresa, depois trocou olhares com James, caminhou até a porta e recebeu a CEO. — Senhora presidenta, seja bem-vinda. O que a traz aqui? — Scarlett entrou em seu escritório e parou bem na frente de James. — James, por que você não me disse que visitaria a empresa? Eu mesmo poderia ter dado as boas-vindas a você. — — Bem... — James não tinha nada a dizer.Quincy ficou perplexa. 'Mas o que é isso? Por que a presidenta do Grupo Transgeracional se dirige a James com tanto cuid
James coçou o nariz. — Por que você está olhando assim para mim? — — Quem diabos é você? — Quincy o questionou novamente.O que acabava de acontecer mudou completamente o que ela pensava de James. Ninguém teria imaginado que um homem que estava disposto a se casar com alguém da família Callahan fosse o líder oculto por trás do Grupo Transgeracional, ainda mais um ricaço que era capaz de comprar uma empresa daquele porte e continuar injetando dinheiro para sustentar um império de negócios por puro capricho. 'Quão rico é esse homem?', Quincy pensava, mas não podia nem começar a imaginar. James simplesmente sorriu e respondeu: — Eu sou apenas James. O homem que se casou com sua amiga Thea Callahan. — — Não. — Quincy resistiu. — Você é o Dragão Negro! Você é aquele James Caden! — James a corrigiu como se estivesse falando com uma criança petulante. — Quincy, o Dragão Negro está morto. Ainda tem algo a falar? Se não, preciso sair agora. — James se preparou para sair.— Esper
James deixou a Transgeracional e se colocou a caminho do hospital militar, para visitar Henry. O homem deixou Luther pensando sobre quantas pessoas sacrificariam suas vidas por qualquer dinheiro. Não fazia sentido que o médico recusasse uma oferta grandiosa como aquela.— Ele tem tanta integridade que fica indiferente diante de uma fortuna? — O homem murmurou.…Na mansão em que Cynthia estava morando em Cansington, Luther relatava:— Senhorita, ele recusou. — — Como assim ele recusou? — Cynthia ficou chocada e perguntou aos berros. — Uma fortuna daquelas e ele simplesmente recusou?! — — Exatamente. Eu estava pensando sobre isso, tentando entender nosso erro, mas não faz sentido algum. Estamos falando de uma quantia astronômica! Agora que os Callahans estão falidos, ele precisa do dinheiro, com certeza! — Luther raciocinou. — Senhorita, você acha que ele não se importa com fama e fortuna? — — Você é estúpido? Acha que existe alguém assim neste planeta? — Os dois pensavam qu