Henry realmente conhecia o Rei Alegre e conversava com ele, que tinha um sorriso no rosto. O comandante em chefe, no entanto, não ficou por muito tempo. Logo instruiu a Daniel: — Vamos embora. — — Ei, espera! — James abriu a porta do carro. — Me dê uma carona para casa. — Depois de dizer isso, ele gritou para Henry, fazendo referência a Whitney: — Henry, cuidado com o coração, homem! — O subordinado corou, porque mal lembrava de com quantas mulheres ficou, na noite anterior. Recordando de algumas imagens do que viveu, a adrenalina percorreu suas veias. Só depois que o carro do Rei Alegre desapareceu de vista foi que ele se recompôs. Suspirando, murmurou: — Nunca mais eu faço isso. — E se virou, apenas para tomar um susto. Olhando para Whitney, que o encarava com atenção, ele a repreendeu: — Você está tentando me matar? Pelo menos faça algum barulho enquanto anda! — Mordendo o dedo, acreditando que parecia sedutora, Whitney olhou para Henry e perguntou: — Mo
James voltou para a casa da família, mas não encontrou ninguém, porque todos foram ao Goodview Villa. Como o homem saíra às pressas mais cedo, esqueceu as chaves. Queria ligar para Thea, mas descartou a ideia logo. Em vez disso, sentou-se na escada externa para fumar uns cigarros e jogar Plants vs Zombies, para passar o tempo. Logo, passaria da hora do almoço, mas antes que o resto dos Callahan voltasse, Thea chegou. A mulher viu James sentado na escada e franziu a testa, perguntando: — Por que você está sentado aqui? — Ao ouvir a voz dela, James levantou-se, desajeitado. Guardando o telefone, ele sorriu. — Esqueci minhas chaves, querida. Não tem ninguém em casa, então esperei aqui. — Thea olhou para James e não disse nada, então se virou para a porta. James a seguiu porta adentro. — Você já almoçou, querida? Devo cozinhar alguma coisa? — — Eu já comi, mas vá preparar o almoço, mesmo assim. Caso contrário, minha mãe vai te dar uma bronca. Vou tirar um cochilo, ante
No entanto, embora ela não dissesse nada, a decepção era evidente em seu rosto. A moça reconhecia que muitas pessoas optariam por companheiros ricos e bem-sucedidos, não cônjuges pouco ambiciosos que ficavam em casa e cuidavam das tarefas domésticas. — Vou à Pacific. — Ela se preparou para sair. A expressão da esposa não escapou à atenção de James, que via a decepção em seu rosto. Parecia que depois de conhecer o misterioso Caden, a opinião de Thea sobre passara por uma mudança inconsciente. Enquanto isso, os Callahan ficaram afoitos ao saber que tinham mesmo permissão para realizar a mudança. Logo se puseram a discutir um dia bom para começar. James, em meio a tudo isso, foi esquecido. Não que ele se importasse, é claro. Achava até bom, já que podia caminhar até a varanda para acender um cigarro e contemplar a paisagem. Minutos depois que o homem se acomodou em seu pequeno Shangri La, Lex bateu à porta da casa. A família moveu mundos e fundos para tirar Howard e Tommy da prisão
Gladys não conseguiu conter sua empolgação depois de convidar Zavier para sair. James, em silêncio, saiu de casa. Todos já se encontravam extasiados demais para notar sua partida, porque os Callahan, na verdade preferiam acreditar que o homem nem existia. Sonhavam com o dia em que ele sumiria. — Os Watson... — Fora da casa, James murmurou para si mesmo. Ele conhecia a família, afinal. Embora fossem discretos, seu verdadeiro poder e influência eram incontestáveis. Os Watson eram parte do conselho representante de uma das maiores alianças empresariais do país, o grupo que construiu a Nova Cidade Transgeracional. A Five Provinces Business Alliance pretendia construir o lugar como um centro financeiro de nível global, de maneira que seu prestígio aumentaria ainda mais. Inesperadamente, James apareceu no caminho deles e, por meio de sua influência e ajuda de velhos aliados do Sul, o general comprou o lugar pelo menor preço possível. O Dragão Negro pegou o celular e ligou para Yacob
Há pouco tempo, Watson participou da festa de aniversário de Lex. No entanto, James não comparecera, então o homem não o conhecia como marido de Thea Callahan. Assim, ao ouvir sobre a Casa da Realeza, Gavin teve certeza de que James era o Dragão Negro. — Sim, senhor. — Gavin concordou e o seguiu. Zavier puxou o pai e sussurrou: — O que você está fazendo, pai? Ele não é o Dragão Negro! Ele é marido de Thea, da família Callahan! — — Callahan? — Gavin franziu a testa por um instante, mas logo se lembrou de algo. Obviamente tenso, exclamou: — Quieto! Apenas nos siga! Aquele é o Dragão Negro! — Gavin ficou intrigado durante o incidente no banquete de aniversário de Lex. O idoso tinha autorização para fazer uma festa naquele palácio, mas aquele desastre aconteceu. Por que Scarlett Brooks apareceu, naquele dia? Por que o Rei Alegre surgiu com homens para encerrar a festa? Agora tudo fazia sentido: agiam sob as ordens do Dragão Negro. Assim, Gavin apressou o passo e alcanç
Depois de resolver seus negócios com Zavier, James deixou o palácio e voltou para casa, onde permaneceu pelo resto da tarde. Enquanto isso, Gladys e os demais foram ao banco, depositar as barras de ouro. Thea tinha ido à Pacific, então não voltaria tão cedo. Como a moça assumira a empresa havia pouquíssimo tempo, tinha muitos assuntos para resolver, então, era muito provável que ficasse lá até depois das seis da tarde. Gladys marcara um encontro com Zavier à noite, então ficou preocupada ao saber que Thea estaria ocupada demais com o trabalho. A mulher ligou para a filha e insistiu para que a jovem voltasse para casa de imediato. Thea imaginou que a mãe passasse por algum problema, então apressou o retorno. — Thea, vista algo glamoroso, passe uma maquiagem e use joias. — Gladys disse, assim que a filha passou pela porta. Thea ficou intrigada. — Por que isso? — — Você tem um jantar marcado com Zavier, então pare de enrolar porque aquele sim é um homem ocupado. Se ele arran
Bryan apareceu logo e, com um sorriso brilhante, cumprimentou sua cliente especial: — Bem-vinda, senhora Thea! — No mesmo instante, o homem estalou os dedos e um grupo de garçons apareceu com alguns mimos, como se o dono do restaurante já tivesse planejado aquilo para a próxima aparição da moça. — Senhora Thea, fiz questão de deixar esses presentes lhe aguardando, certo de que viria aqui logo. — Thea franziu a testa, continuando sem entender a proporção do prestígio que parecia ter para o restaurante. Todas as vezes que a moça aparecia, Bryan fazia alguma dessas demonstrações explícitas de respeito. — Senhor Grayson, é muita consideração da sua parte. — Gladys se levantou-se para receber os presentes, que eram, em sua maioria, joias. — Mãe, o que você está fazendo? Deixe isso aí! — Thea tentou interrompê-la. — Não devemos menosprezar a tentativa do senhor Grayson de agradá-la. — Gladys disse, com um largo sorriso. — Na verdade — disse Bryan— São só lembrancinhas, então
Thea analisou bem a expressão de Zavier e, desconfiada, perguntou: — O senhor Caden te procurou? — — Oi? — Zavier arregalou os olhos para Thea. ‘Será que ela não sabe da identidade de seu marido? Quem é esse senhor Caden de quem ela está falando? É o próprio James?’ Depois de se recuperar do susto, ele respondeu com uma pergunta. — Eu acho que sim? — Thea respirou fundo, confirmando que o senhor Caden zelava pelo seu bem-estar mesmo em segredo e se perguntando se o resgate do passado realmente valia tanto, mesmo depois de todo aquele tempo. — Sinto muito por tudo isso, Thea. Reconheço que fui inconveniente e prometo que nunca mais a incomodarei. — Ao dizer isso, Zavier desviou o olhar para James, que apenas devorava um segundo prato, sem dizer uma palavra sequer. Sem saber muito o que fazer, o herdeiro dos Watson se virou para sair, em silêncio, deixando os Callahan mais confusos ainda. Gladys só conseguiu se endireitar depois que Zavier partiu. — Então é obra do t