Thea respirou fundo e seu tom se amenizou. — James, eu sei que você tratou meus ferimentos e, como sua esposa, eu nunca vou traí-lo. No entanto, percebi que você não confiou em mim e chegou a me seguir até aqui. Eu quero que você saiba que eu nunca o deixaria para me casar com o Senhor Caden ou qualquer outra pessoa só porque eles têm dinheiro. Eu sou fiel a você e à nossa vida junto. Podemos conversar sobre o que está acontecendo e tentar resolver isso juntos? — —— Thea, eu não te segui até aqui, eu juro. Por favor, acredite em mim. Eu entendo que você pode estar se sentindo traída, mas eu nunca faria isso com você. — James não sabia como poderia convencer a esposa. Thea apenas o interrompeu: — Tudo bem, eu posso entender por que você me seguiu. Afinal, foram os presentes de noivado enviados pelo senhor Caden que levantaram suspeitas. Eu aprecio sua preocupação e agradeço por cuidar de mim. Por enquanto, você pode ir para casa e descansar. Preciso dar uma olhada no Grupo Paci
Quincy olhou para James, julgando que o homem era comum demais para Thea, indigno de uma moça com tamanho potencial. Como sua antiga melhor amiga, achava péssimo que a moça fosse diminuída pela presença de um homem tão inútil. Além disso, Quincy se livraria de Zavier, que flertava com ela havia alguns anos, sempre rejeitado. Embora o julgasse como um homem excelente, a mulher só tinha seu primeiro namorado, James, em mente. Durante todo esse tempo, ela acreditou que James estivesse vivo. Mal sabia que lá se encontrava ela, diante de seu primeiro amor. Acontece que, depois que foi gravemente queimado, a aparência de James mudou. Embora tenha se regenerado das feridas, o homem parecia diferente. — James, faça uma autocrítica! O que você pode oferecer a Thea? Vocês não estão precisando de alguma ajuda, talvez? Eu juro que ofereceria até dinheiro para você deixar minha amiga em paz e ir embora, cuidar de sua vida. — James riu, analisando como sua ex-namorada era egocêntrica. Por qu
O Rei Alegre sorriu. — Dragão Negro, eu tenho limpado a bagunça que você criou durante todo esse tempo em Cansington. Você não pode pelo menos me ajudar uma vez? — James olhou para o Rei Alegre e perguntou: — O que você quer que eu faça? — O comandante respondeu: — Você é uma figura lendária no exército, adorado por muitos. Eu planejo fazer de você o Instrutor Chefe do treinamento especial. — James imediatamente levantou a mão e interrompeu o Rei Alegre. — Esqueça. Quero uma vida comum. Não quero um trabalho de militar. — O Rei Alegre explicou: — Você será apenas uma figura representativa. Com certeza vai motivar quem estiver participando do treinamento especial. Se anunciarmos que aqueles que passarem no treinamento especial conhecerão o Dragão Negro, os homens darão o melhor de si. Não há necessidade de você comandar os exercícios. Você só precisa aparecer e fazer um discurso motivacional, de vez em quando. — — Entendi — James parou para refletir. Dep
Ao ver James, Henry afastou-se da moça e explicou: — James, não é o que você está pensando! Eu nem a conheço, só me esbarrei com ela na estrada e agora ela está me ameaçando. A doida está me forçando a fornecer acomodação aqui! — — Ah, é mesmo? — James olhou para a jovem, que se sentou na cadeira. Ela aparentava cerca de vinte anos de idade, tinha cabelos ruivos, usava maquiagem pesada e um vestido revelador. O general não queria se envolver no problema, então, sorrindo, puxou o documento que o Rei Alegre lhe entregara e deu a Henry. — O que é isso, James? — — Vê aí. — Henry ficou intrigado. A moça, interessada na conversa, notou um selo no documento. Ela o reconheceu e, de alguma forma, sabia que era um documento confidencial, o que deixou sua curiosidade aguçada, porque não esperava ver uma coisa daquelas em uma pequena clínica. Assim, se levantou e perguntou inquisitivamente: — O que é isso? — Ela arrancou o documento das mãos de Henry, que bradou: — O q
Henry realmente conhecia o Rei Alegre e conversava com ele, que tinha um sorriso no rosto. O comandante em chefe, no entanto, não ficou por muito tempo. Logo instruiu a Daniel: — Vamos embora. — — Ei, espera! — James abriu a porta do carro. — Me dê uma carona para casa. — Depois de dizer isso, ele gritou para Henry, fazendo referência a Whitney: — Henry, cuidado com o coração, homem! — O subordinado corou, porque mal lembrava de com quantas mulheres ficou, na noite anterior. Recordando de algumas imagens do que viveu, a adrenalina percorreu suas veias. Só depois que o carro do Rei Alegre desapareceu de vista foi que ele se recompôs. Suspirando, murmurou: — Nunca mais eu faço isso. — E se virou, apenas para tomar um susto. Olhando para Whitney, que o encarava com atenção, ele a repreendeu: — Você está tentando me matar? Pelo menos faça algum barulho enquanto anda! — Mordendo o dedo, acreditando que parecia sedutora, Whitney olhou para Henry e perguntou: — Mo
James voltou para a casa da família, mas não encontrou ninguém, porque todos foram ao Goodview Villa. Como o homem saíra às pressas mais cedo, esqueceu as chaves. Queria ligar para Thea, mas descartou a ideia logo. Em vez disso, sentou-se na escada externa para fumar uns cigarros e jogar Plants vs Zombies, para passar o tempo. Logo, passaria da hora do almoço, mas antes que o resto dos Callahan voltasse, Thea chegou. A mulher viu James sentado na escada e franziu a testa, perguntando: — Por que você está sentado aqui? — Ao ouvir a voz dela, James levantou-se, desajeitado. Guardando o telefone, ele sorriu. — Esqueci minhas chaves, querida. Não tem ninguém em casa, então esperei aqui. — Thea olhou para James e não disse nada, então se virou para a porta. James a seguiu porta adentro. — Você já almoçou, querida? Devo cozinhar alguma coisa? — — Eu já comi, mas vá preparar o almoço, mesmo assim. Caso contrário, minha mãe vai te dar uma bronca. Vou tirar um cochilo, ante
No entanto, embora ela não dissesse nada, a decepção era evidente em seu rosto. A moça reconhecia que muitas pessoas optariam por companheiros ricos e bem-sucedidos, não cônjuges pouco ambiciosos que ficavam em casa e cuidavam das tarefas domésticas. — Vou à Pacific. — Ela se preparou para sair. A expressão da esposa não escapou à atenção de James, que via a decepção em seu rosto. Parecia que depois de conhecer o misterioso Caden, a opinião de Thea sobre passara por uma mudança inconsciente. Enquanto isso, os Callahan ficaram afoitos ao saber que tinham mesmo permissão para realizar a mudança. Logo se puseram a discutir um dia bom para começar. James, em meio a tudo isso, foi esquecido. Não que ele se importasse, é claro. Achava até bom, já que podia caminhar até a varanda para acender um cigarro e contemplar a paisagem. Minutos depois que o homem se acomodou em seu pequeno Shangri La, Lex bateu à porta da casa. A família moveu mundos e fundos para tirar Howard e Tommy da prisão
Gladys não conseguiu conter sua empolgação depois de convidar Zavier para sair. James, em silêncio, saiu de casa. Todos já se encontravam extasiados demais para notar sua partida, porque os Callahan, na verdade preferiam acreditar que o homem nem existia. Sonhavam com o dia em que ele sumiria. — Os Watson... — Fora da casa, James murmurou para si mesmo. Ele conhecia a família, afinal. Embora fossem discretos, seu verdadeiro poder e influência eram incontestáveis. Os Watson eram parte do conselho representante de uma das maiores alianças empresariais do país, o grupo que construiu a Nova Cidade Transgeracional. A Five Provinces Business Alliance pretendia construir o lugar como um centro financeiro de nível global, de maneira que seu prestígio aumentaria ainda mais. Inesperadamente, James apareceu no caminho deles e, por meio de sua influência e ajuda de velhos aliados do Sul, o general comprou o lugar pelo menor preço possível. O Dragão Negro pegou o celular e ligou para Yacob