O salão principal da mansão dos Mancini estava cheio, mas o ambiente era opressivo. A tensão no ar era palpável. Membros importantes da família se reuniram ao redor da mesa de jantar, onde Don Greco estava sentado na cabeceira, aguardando o momento em que Enrico falaria. As conversas, em sussurros, eram interrompidas por olhares de desconfiança, pois ninguém sabia exatamente o motivo daquela reunião repentina. O ar carregado de expectativa quase sufocava.

Enrico entrou no salão com passos firmes, mas por dentro, cada movimento parecia pesado. Seu rosto mantinha uma expressão neutra, mas seu estômago se revirava com o peso do que estava prestes a fazer. Ele podia sentir os olhares sobre si – olhares de curiosidade, medo, e até uma pitada de expectativa.

Quando chegou ao centro da sala, parou, olhando para cada rosto conhecido à sua volta. Os mais velhos da família, que conheciam os Ricci de uma época em que a violência era inevitável, e os mais jovens, que não faziam ideia do qua