Ponto de vista de Matilde— Ana, você está bem, querida?— Sim, mamãe, estou bem. — Seu lábio inferior começa a tremer. Ela estava tentando parecer corajosa, mas eu podia sentir o medo dela.— Danilo...— Tente não se mexer, Matilde. Você bateu a cabeça. Tente apenas ficar parada... — Ele ordena, enquanto tentava puxar suas correntes, tentando se soltar. Tento mover minhas mãos para tocar minha cabeça, mas elas estão presas firmemente pelas correntes.Eu consigo olhar para baixo e ver minha blusa coberta de sangue. O corte na cabeça deve ter sido bem grave, mas parece que o sangramento parou por enquanto e o ferimento já estava começando a cicatrizar.— Onde estamos? — Minha mente volta à lembrança do que aconteceu. Lembro-me de ver um homem com um lança-foguetes no ombro, o míssil errando nosso carro e atingindo o carro atrás... meus guerreiros pereceram no local. Mas, depois disso, minha mente está em branco...— Não tenho certeza. Todos fomos nocauteados...— Eu não fui. Estamos
Ponto de vista de MatildeEle claramente está pagando para ela, mantendo-a em um estilo de vida luxuoso. Esta não é uma ex-Luna fugitiva, vivendo na floresta e dormindo ao relento todas as noites. Ela parecia tão impecável quanto no dia em que invadiu a Matilha Luar Vermelho anos atrás, virando meu mundo de cabeça para baixo.— Oh, Matilde, como os poderosos caíram. — Ela ri, apreciando a minha queda, ou como ela vê isso em sua cabeça. Ela não consegue evitar mostrar os dentes para mim, um aviso para minha loba se acalmar.— Veja, ele não te marcou... Eu te disse, você não significa nada para ele. — Ela para bem na minha frente, chutando minhas pernas que estavam amarradas firmemente às pernas da cadeira, presas pelas correntes.Ela detinha todo o poder agora, e sabia disso muito bem. Ela estava embriagada com esse poder.Eu me recuso a ouvir suas observações amargas, ela ainda estava com inveja, tão distorcida quanto antes. O que ela esperava conseguir ao nos manter como reféns?
Ela provoca Rafaela, alegando que pensou que estávamos juntas... tentando enfiar a faca onde dói. Danilo está concentrado em Rafaela, enviando palavras de apoio pela conexão mental, posso perceber pelos olhos vidrados de ambos. Mas ela permanece firme, não deixando as palavras de Rebeca a atingirem.Aparentemente entediada por não conseguir a reação que queria de minha Beta, Rebeca se vira para Danilo.— Qual deles?— Desculpe? — Danilo solta.— Qual deles, Doutor Danilo? A Alfa ou a companheira? De qual você não pode viver sem? Qual você salvaria? — Seus lábios se curvam nos cantos, ela estava se divertindo.— Você é doente... — Danilo balança a cabeça, recusando-se a jogar o jogo doentio dela.— Vamos lá, estou te ajudando aqui. Você pode fingir, todos podemos fingir que foi a única escolha a ser feita. Quero dizer... você não pode matar uma mãe na frente de seus filhotes, pode? — Ela enfia a arma nas mãos de Danilo, sinalizando para o renegado avançar e apontar sua própria arma par
Ponto de vista de Pedro— Diogo, você não pode fazer isso... não são terras da Matilha Pedra Preta ou da Matilha Luar Vermelho. Você não pode simplesmente invadir...O que foi que eu encontrei quando cheguei? Recebi uma ligação de Guilherme, sem me dizer muito, apenas pedindo para eu vir para a Matilha Luar Vermelho o mais rápido possível.No início, pensei que seria algum tipo de festa surpresa por todo o mistério em torno da minha chegada, mas quando cheguei, ficou claro que não havia festa nenhuma.Eu nunca tinha visto Diogo assim, ele não tinha dormido e se recusava a comer.Quando cheguei, parecia que ambas as alianças tinham sido alertadas para algum tipo de ameaça em potencial. Eu nunca imaginei que fosse tão grave.Quando entrei no escritório de Diogo, encontrei-o exausto. Sua cabeça estava entre as mãos enquanto analisava mapas e fotos. Só me dei conta do que tinha acontecido quando vi as fotos da família Bright nas paredes, e comecei a ter uma ideia do que havia se passado.
— Traga-o!— Mas Alfa... —Eu não vou deixar nada acontecer a ele, dou minha palavra. — Diogo promete, um homem diferente de algumas semanas atrás. Alguém que finalmente aceitou a verdade de que merece ser feliz, merece ser amado. Ainda não consigo acreditar na sorte desse desgraçado de poder chamar Matilde de sua.…..Ponto de vista de DiogoMuito tempo já havia se passado. Eu vi o sangue na janela quebrada do carro, o ferimento na cabeça nas imagens da câmera de segurança. Agora era uma corrida contra o tempo.Os carros que os pegaram desapareceram logo depois de sair do alcance das câmeras de segurança. Isso era o que nos atormentava, não conseguíamos encontrá-los de jeito nenhum.Mas agora eles tinham sido avistados na câmera de uma campainha de uma casa de humanos. Meus homens realmente eram os melhores. Jamais teria me ocorrido hackear essas câmeras. Eles devem ter olhado através de milhares em poucas horas.A notícia se espalhou depois que Gabriel informou a Aliança Pedra
Ponto de vista de Matilde— Que mudança de plano? — Ela rosna para Fábio, virando-se para encará-lo.— Decidi fazer de Matilde minha. — Ele diz num tom de fato, como se Rebeca já devesse saber disso.Só o pensamento disso me deixa enojada até o fundo da alma. Não consigo me imaginar sendo de mais ninguém além de Diogo. Não... não, eu sou de Diogo. Somente de Diogo. Tivemos um começo difícil, mas viemos tão longe.— Você não pode fazer isso... temos um acordo... — Rebeca rosna para ele com rancor, a megera revelando-se novamente.— Bem... estou mudando isso. — Fábio murmura como se fosse apenas um negócio e só precisasse de uma mudança contratual.— Você não pode! O plano era que você retomaria a Matilha Luar Vermelho e me faria sua Luna.— Não é nada pessoal, Rebeca... vou garantir que você seja bem cuidada. Matilde é a Alfa da Matilha Pedra Preta. Ela já controla uma grande Aliança, com ela como minha Luna, eu posso combinar as duas. Mais matilhas do que jamais sonhei. Além disso,
Ponto de vista de MatildeEstava tão bem encaixado que você seria perdoado por não notar. Eu observo intrigada enquanto ele coloca a chapa de metal de lado e puxa uma alavanca para revelar uma passagem secreta.Então, eles estão usando túneis subterrâneos para se manterem indetectáveis. Ele vai embora sem nem se preocupar em fechar a escotilha atrás de si, enquanto eu começo a puxar as correntes de novo.Rebeca solta um grunhido frustrado, mas espera até Fábio ter ido embora para fazer isso. Quando tem certeza de que ele desapareceu, ela se vira para o cúmplice renegado com um sorriso sinistro.— É, eu não vou fazer isso! — Ele rosna com os dentes cerrados. — Ele quebrou o acordo. Faça o que você quiser. Acabou. Eu te disse que ele não era confiável.Rebeca grunhe em concordância antes de caminhar em direção aos meus filhos sentados no chão.Ela pega Ana de forma muito brusca para o meu gosto e a coloca de pé.Eu puxo as correntes com toda a minha força, sem me importar se elas cort
Ponto de Vista de MatildeEu me preparo para a morte, mas ela não vem tão rápido quanto pensei... nem tão dolorosa.Mas dói.Minha perna... por que consigo sentir dor na perna? Em comparação com o ferimento na cabeça, que ainda lateja, não é nada.Até... até que sinto algo começando a queimar ao redor da ferida.Acônito.A desgraçada trocou as balas por aquelas com acônito.Ricardo, que a deusa abençoe meu garoto inteligente, sabia que minha cura de alfa funcionaria rápido em uma ferida de bala na perna, mas ele não sabe sobre o veneno. Que está rapidamente viajando pelas minhas veias até o coração.— Boa tentativa, filhote! — Rebeca rosna enquanto arranca a arma das mãos trêmulas de Ricardo.— Eu atirei nela, como você disse. Você só não especificou onde... — Ele responde confiante, uma aura o cercando. Era fraca, mas perceptível, até por ela.— Depois que matar todos vocês, vou caçar a garotinha. Fábio pensa que pode me trair. — Rebeca rosna, seus olhos se fixam em mim enquanto ten