Ponto de vista de Diogo— Preciso criar um plano para garantir que, se algo acontecer comigo, a Matilha, a Aliança e todos os negócios sejam transferidos para Matilde… até que Ricardo tenha idade suficiente.— Diogo... — Guilherme suspira, não apenas com a ideia de algo me acontecer, mas com o fato de eu colocar esse fardo em Matilde. Ela é forte o suficiente para lidar com isso, ela já mostrou isso.Ela teria Danilo ao lado dela, assim como Pierce, Milo e Candice. Ela teria apoio suficiente para superar isso.— É isso ou meu pai e Rebeca. Eu confio minha vida a Matilde, ela cuidaria da Matilha Luar Vermelho…...Um pouco mais tarde, assinei muitos documentos legais que transfeririam a posse da Matilha, da Aliança e de todos os negócios para Matilde, caso eu morra.Pelo menos assim estou ajudando ela e as crianças, e impedindo que meu pai ou Rebeca coloquem as mãos no poder que eu detenho.Eles comandariam a Aliança embriagados de poder e destruiriam qualquer Matilha que se recusasse
Ponto de vista de DiogoMeu lobo estava inquieto, pressionando logo abaixo da superfície, nervoso porque também não conseguíamos falar com Danilo. Se você não consegue falar com o Alfa, deveria ao menos conseguir falar com o Beta.— Isso não é bom o suficiente! — Ele rosna para mim na minha cabeça.— Eu sei que não é bom o suficiente — Retruco para ele, maldito lobisomem!Tento o número dela pela segunda vez, mas vai direto para a caixa postal, de novo. Tento o número da casa da Matilha Pedra Preta, na remota chance de que eles tenham perdido os celulares ou as baterias tenham acabado. Sei que é um tiro no escuro, mas preciso de alguma esperança aqui.Disco o número da casa, rezando para a Deusa da Lua que Matilde esteja segura e atenda, mas claro que isso não vai acontecer, vai?O telefone toca algumas vezes, e eu tenho que discar de novo. São as primeiras horas da manhã, afinal, e ninguém esperaria uma ligação a essa hora.— Alô? — A voz rouca da Sra. Bianca atende minha ligação.
Ponto de vista de Diogo— Consegui! — Digo, quando meu telefone vibra com a mensagem. Abro a localização e vejo que está a apenas uma hora de distância daqui.— Estou indo… — Respondo, pronto para desligar o telefone.— Espere, vou com você...— Tudo bem, venha nessa direção. Mas eu te mantenho informado sobre onde me encontrar, se aqui ou lá. Se eles não estiverem lá, você precisa se preparar para a batalha, Gabriel. Estou falando de guerreiros, armas e armaduras. — Por mais que me doa dizer a próxima parte, preciso. Tenho que fazer isso por ela, para garantir que seus guerreiros estejam prontos.— A Matilha Pedra Preta está enfrentando a possibilidade real de que tanto o seu Alfa quanto o seu Beta estejam fora de combate. Você precisa soar o alarme em toda a aliança e manter as Matilhas e seus guerreiros em alerta. No momento, você está no comando, Gabriel. Não me faça me arrepender de confiar em você.Eu podia ouvir sua respiração pelo telefone enquanto me virava para Guilherme, q
Ponto de vista de Rafael— Pai, o que foi? O que está errado? — Esfrego meus olhos, ainda sonolento, enquanto fico de pé no topo da escada.Era muito cedo para ele estar acordado, mesmo que ele costume acordar cedo para o treino todas as manhãs... hoje é cedo demais. Ele tinha acabado de voltar para casa, de onde ele estava? Ainda era muito cedo para já ter terminado o treino.Algo me acordou, um sonho estranho. Acordei quente e suado, o que é muito estranho porque não faço isso desde que eu tinha a idade do Ricardo. Então, por que agora? Eu podia sentir o suor molhando minha camiseta de super-herói, que ainda estava grudada no meu peito.— Nada, volte para a cama! — Eu podia sentir a mentira nele, o pai nunca mentia. Algo tinha que estar errado. Será que era a mamãe? Ou o bebê?Eu me certifiquei de que todos os meus brinquedos estavam guardados desde que ela caiu da escada, na verdade, doei a maioria dos meus brinquedos para a ala infantil do hospital. Não podia arriscar que algo
— Nem pensar, Rafael!— Pai, Ricardo e Ana precisam de mim. Eu não posso ficar aqui sem fazer nada...— Você não vai ficar... você vai cuidar da sua mãe.Eu entendo completamente o que ele está dizendo. A mamãe não pode ficar sozinha agora, mas eu tenho essa sensação crescente dentro de mim de que Ana está me chamando, que ela precisa de mim. Se ela está com medo, como estava no porão durante o ataque dos renegados, ela vai precisar de mim para acalmá-la.— Pai, o Ricardo diz que um dia eu vou ser o Beta dele. Eu não posso deixá-los, não se eu puder ajudar. Peça para a Sra. Bianca cuidar da mamãe, eu não vou deixar você ir sem mim!………Meu pai não estava nada feliz com a minha presença no carro, seus olhos queimavam nos meus pelo espelho retrovisor. Ele insistiu em dirigir, me mantendo com ele o tempo todo.A Sra. Bianca estava sentada com a mamãe e garantiria que ela fosse ao hospital se algo mudasse com o bebê. Levamos vários carros, todos os guerreiros preparados e armados, pront
Ponto de vista de Matilde— Ana, você está bem, querida?— Sim, mamãe, estou bem. — Seu lábio inferior começa a tremer. Ela estava tentando parecer corajosa, mas eu podia sentir o medo dela.— Danilo...— Tente não se mexer, Matilde. Você bateu a cabeça. Tente apenas ficar parada... — Ele ordena, enquanto tentava puxar suas correntes, tentando se soltar. Tento mover minhas mãos para tocar minha cabeça, mas elas estão presas firmemente pelas correntes.Eu consigo olhar para baixo e ver minha blusa coberta de sangue. O corte na cabeça deve ter sido bem grave, mas parece que o sangramento parou por enquanto e o ferimento já estava começando a cicatrizar.— Onde estamos? — Minha mente volta à lembrança do que aconteceu. Lembro-me de ver um homem com um lança-foguetes no ombro, o míssil errando nosso carro e atingindo o carro atrás... meus guerreiros pereceram no local. Mas, depois disso, minha mente está em branco...— Não tenho certeza. Todos fomos nocauteados...— Eu não fui. Estamos
Ponto de vista de MatildeEle claramente está pagando para ela, mantendo-a em um estilo de vida luxuoso. Esta não é uma ex-Luna fugitiva, vivendo na floresta e dormindo ao relento todas as noites. Ela parecia tão impecável quanto no dia em que invadiu a Matilha Luar Vermelho anos atrás, virando meu mundo de cabeça para baixo.— Oh, Matilde, como os poderosos caíram. — Ela ri, apreciando a minha queda, ou como ela vê isso em sua cabeça. Ela não consegue evitar mostrar os dentes para mim, um aviso para minha loba se acalmar.— Veja, ele não te marcou... Eu te disse, você não significa nada para ele. — Ela para bem na minha frente, chutando minhas pernas que estavam amarradas firmemente às pernas da cadeira, presas pelas correntes.Ela detinha todo o poder agora, e sabia disso muito bem. Ela estava embriagada com esse poder.Eu me recuso a ouvir suas observações amargas, ela ainda estava com inveja, tão distorcida quanto antes. O que ela esperava conseguir ao nos manter como reféns?
Ela provoca Rafaela, alegando que pensou que estávamos juntas... tentando enfiar a faca onde dói. Danilo está concentrado em Rafaela, enviando palavras de apoio pela conexão mental, posso perceber pelos olhos vidrados de ambos. Mas ela permanece firme, não deixando as palavras de Rebeca a atingirem.Aparentemente entediada por não conseguir a reação que queria de minha Beta, Rebeca se vira para Danilo.— Qual deles?— Desculpe? — Danilo solta.— Qual deles, Doutor Danilo? A Alfa ou a companheira? De qual você não pode viver sem? Qual você salvaria? — Seus lábios se curvam nos cantos, ela estava se divertindo.— Você é doente... — Danilo balança a cabeça, recusando-se a jogar o jogo doentio dela.— Vamos lá, estou te ajudando aqui. Você pode fingir, todos podemos fingir que foi a única escolha a ser feita. Quero dizer... você não pode matar uma mãe na frente de seus filhotes, pode? — Ela enfia a arma nas mãos de Danilo, sinalizando para o renegado avançar e apontar sua própria arma par