Eu pergunto a ela enquanto tomo o chá que Diogo fez para mim:— Você está nervosa?Ela abaixa os olhos, seus dedos começam a puxar uns aos outros, demonstrando apreensão.— Um pouco...Eu sorrio suavemente, tentando aliviar sua ansiedade.— Não fique, são apenas as Matilhas que fazem parte da nossa Aliança que vão estar presentes. Que conhecem Danilo e só querem o melhor para ele e para você. Estes são nossos amigos, Rafaela.Danilo move a mão dele para as mãos de Rafaela e as leva até sua boca, colocando um beijo de apoio nelas.— Matilde está certa, nada a temer...Eu queria contar a Danilo sobre o pai de Diogo estar ligado àquela fotografia, dele representar uma pequena ameaça, mas estou determinada a fazer com que a noite corra bem para eles. Quero que Rafaela se sinta como um membro desejado desta Matilha e família.— Na verdade, eu preciso visitar Bruna e Gabriel, para ver como ela está indo. Vocês dois estão bem para cuidar das crianças... Eu não vou demorar.Preciso ver se
Guilherme tinha ido na direção oposta, de volta para a Matilha Luar Vermelho, e, a julgar pela ausência de Gabriel na equipe de segurança, Matilde decidiu não trazê-lo junto. Não importava, eu poderia me conectar mentalmente com meus próprios homens e vigiar melhor as crianças, sabendo que meus olhos e os dos meus guerreiros estariam nelas o tempo todo.Matilde não quis vir no meu carro esportivo vermelho. Parecia que ela tinha algum problema com ele. Ela queria dirigir um dos SUVs da Matilha, mas Ricardo implorou para que ela deixasse ele e Ana virem no meu carro, e ela não conseguiu recusar. Boa menina. Eu dirigiria de qualquer jeito, fosse esse carro ou um dos dela.Chegamos à Matilha Lua Crescente, seguidos por um grande comboio, que incluía não só meus guerreiros e os de Matilde, mas também os de Pedro. Assim que chegamos, vi o quanto de dinheiro tinha sido investido nesse evento. Era grandioso demais para uma cerimônia de Beta. Deixar Maria organizar o evento foi um erro da par
Ponto de Vista de GuilhermeEu havia voltado para a Matilha Luar Vermelho há algumas horas. Não parei para descansar, apenas queria voltar logo e seguir com os negócios. Matilde não era apenas a companheira de Diogo, mas também a Luna legal da Matilha, e sua segurança, junto com a das crianças, era minha maior prioridade agora.Era raro Diogo e eu estarmos longe da Matilha ao mesmo tempo, muito menos juntos por todo o período. Nossos homens eram os melhores, mas relaxaram um pouco enquanto estivemos fora. Eu estava começando a perceber que Matilde tinha guerreiras femininas por um bom motivo; elas pareciam pressionar mais os guerreiros homens. Eu precisaria falar com Diogo sobre isso quando ele tivesse menos coisas na cabeça.Decidi convocar uma revisão de segurança naquela tarde, junto com uma sessão de treinamento surpresa para avaliar os homens. Não podia haver fraquezas, e felizmente não havia.Estava sentado na mesa de Diogo, aprovando pedidos da Matilha e verificando e-mails, qu
Eu não sei, ela parece bem feliz girando até ficar tonta. Mas então, a voz dele interrompe meus pensamentos:— Confie em mim, aquele pequeno anjo quer uma dança de pai e filha... você vai atender ao pedido dela ou devo ver se o Danilo está disponível?Idiota! Eu queria apagar aquele sorriso da cara dele enquanto ele dá mais uma colherada na sobremesa de trifle de cereja. Queria enfiar aquela colher onde o sol não bate.Observo Ana enquanto ela gira novamente, tão rápido que suas pernas mal conseguem manter o equilíbrio quando ela para de repente. O que eu não faria por essa menininha perfeita? Uma dança... certamente uma dança não é nada, e é algo que eu posso proporcionar.Me aproximo dela, o único adulto na pista de dança por enquanto, e me curvo, tentando parecer elegante:— Posso ter esta dança, minha senhora?Finjo um tom educado e régio, estendo minha mão para ela segurar. Seus grandes olhos verdes olham para mim enquanto ela faz a coisa mais fofa... Ela é tão pequena, e eu tão
Ponto de Vista de MatildeEu observava Diogo sair, assim como muitos dos convidados. Muitos sabiam que eu era a Luna da Matilha Luar Vermelho, meu anonimato agora completamente perdido. O Alfa da Pedra Preta que é a ex-esposa do Alfa da Luar Vermelho. Mas nós não éramos mais ex. E isso não tinha realmente sido confirmado até agora, até ele reivindicar meus lábios como seus na frente de todos os convidados.Algo parecia errado... Eu não conseguia colocar o dedo no que era. Diogo saiu com tanta pressa agora, e pela primeira vez não discutiu comigo em relação aos seus próprios guerreiros. Isso significava que ele estava preocupado o suficiente com algo de volta na Matilha para levar seus guerreiros com ele, os protetores supremos da Matilha. O que aumentava minha preocupação de que ele pudesse estar caminhando para o perigo.Eu podia sentir Rafaela na conexão da Matilha. Um novo calor se adicionava à minha alma, seu puxão na Matilha se acomodando gentilmente no meu peito, esperando para
Dirigi meu carro esportivo vermelho até a casa Alfa, chocado ao encontrar homens que deveriam estar no portão do lado de fora da casa.— O portão está desguarnecido, VOLTE AGORA! — Rosnei através da conexão mental, observando os homens se submeterem ao meu comando duro e irritado. Também estava irritado com Guilherme por deixar isso acontecer sob sua supervisão.Entrei na casa em direção ao meu escritório, e o que me aguardava quase chocou meu próprio lobo. Guilherme estava tenso, em pé sobre minha mesa, tentando evitar que seu próprio lobo se transformasse, enquanto meu pai estava sentado à minha mesa, com os pés para cima, como se ainda fosse o dono dela.O lento rosnado que saiu da minha boca, mostrando meus dentes, aparentemente anunciou minha chegada. Com certeza ele já deveria ter sabido pela chegada do meu carro, mas ele gostava de brincar com a mente das pessoas.— Ah, meu filho, bom que você finalmente pôde se juntar a nós! — Ele disse, sorrindo, mas o sorriso não alcançou
Ponto de Vista de MatildeEu escuto o rosnado de Danilo reverberar na minha cabeça.— Ele pode ser seu sogro, Matilde, mas se continuar olhando para os gêmeos desse jeito, eu vou arrancar os olhos dele...Não preciso olhar para Danilo para saber o quanto ele está irritado; eu sinto sua raiva crescente. Meus olhos não desviam do velho Rei Alfa à minha frente, o homem que assinou o contrato de casamento com meu pai. Minha loba está contida, mas ela quer sair, quer ensinar alguns truques novos para esse velho cão. Danilo rosna novamente, insistente.— Matilde...Para acalmá-lo, movo Ricardo e Ana para trás de Danilo e Rafaela, de forma suave, e dou um passo à frente, me colocando entre eles e aquele homem. Eu o mataria antes que ele pudesse encostar um dedo em meus filhos. O movimento foi sutil, mas o suficiente para arrancá-lo de seu olhar fixo em Ricardo. Agora sou eu o alvo de seus olhos frios, de um azul-acinzentado, não tão impressionantes quanto os de Diogo, mas ainda assim cort
Fábio estava diante de mim, com a arrogância de sempre.— Droga, Diogo, você deixou eles chamarem outro homem de pai?Eu sabia que ele não esperaria para atacar com veneno nas palavras.— O que te faz pensar que eles são do Diogo? — Retruquei, irritada. Meus filhos não eram troféus para serem reivindicados pela linhagem Alves.Minha resposta o incomodou. Ele se levantou lentamente, impondo sua presença, apoiando-se na mesa. A madeira rangeu sob seu peso.— Não insulte minha inteligência. O garoto, em particular, tem um lobo forte à espreita... mais cedo do que o normal. — Ele disse, desviando o olhar para a porta por onde nossos filhos tinham acabado de sair.Eu podia sentir a tensão no ar. Diogo deu um passo à frente, a voz grave e cheia de raiva.— Você precisa ir embora antes que meus homens o escoltem para fora das minhas terras. Eu sou o Rei Alfa, não você. Esse foi o acordo... — Ele sibilou entre os dentes, claramente irritado. Ele era mais forte, mais jovem. Seu lobo mataria