Ponto de Vista de MatildeEu estava sem fôlego. Ele não parou, nem mesmo até eu ter sentido o auge do meu prazer. Seus olhos estavam em chamas e eu senti um leve constrangimento por deixar meu próprio desejo me dominar. Quando ele estava por perto, eu perdia o controle. Especialmente agora que ele havia removido a mão e colocado os dedos na boca.Eu não conseguia respirar; ele me provava com uma fome estampada nos olhos.— Diogo... — Eu suspiro, chocada, ainda tentando recuperar uma respiração estável.— Você tem um gosto divino, querida. — Ele lentamente tira os dedos da boca e coloca um beijo suave nos meus lábios.— Estou ansioso para experimentar de verdade. — Ele encosta a testa na minha, sentindo minha respiração. Ele parece orgulhoso de como me afetou. Meu coração, que está desacelerando, começa a liberar a pressão apertada no peito.Então, ele faz algo que eu não esperava. Ele me puxa para cima, senta-se atrás de mim na cama e me coloca em seu colo.No começo, eu não sei o que
Eu estava sentada na cama ao lado de Diogo, perdida em pensamentos, quando ele riu e comentou:— Você pensa tão longe assim?Tentei manter o foco, mas ainda assim respondi:— Diogo, também sou culpada de propaganda contra sua Aliança. Mesmo que tenhamos duas alianças, duas Matilhas, mas vivamos juntos no meio, eu farei isso funcionar. Vou garantir que sim. Rebeca sequestrou nosso filho e matou seus pais, eu dei uma corda longa para ela... Eu sou um pouco culpada.Ele franziu a testa, se inclinando para cheirar meu cabelo, como se estivesse buscando conforto em meu cheiro.— Ela te deixou para morrer, Diogo — minha voz saiu firme, mais determinada do que eu esperava. — Acredite em mim, quando eu a vir novamente, vou fazê-la sofrer.Diogo reagiu instantaneamente, puxando-me para mais perto, deitando-se sobre mim, as mãos firmemente segurando meu rosto.— Escute-me, Matilde! Você não deve fazer nada imprudente. Prometa para mim?Eu sabia que isso seria difícil para ele. Ainda assim, minha
Havia um e-mail não lido. Gabriel sempre cuidou da segurança de TI, e raramente recebíamos spam. Era de um remetente desconhecido com uma foto anexada. Foi enviado esta manhã, e Danilo claramente ainda não tinha visto.Cliquei, e meu mundo inteiro desmoronou. A imagem era de Diogo com Camila na festa da Matilha Lua Crescente. Ele estava vestindo exatamente as mesmas roupas, e ela sentava no colo dele, se esfregando contra ele. Suas mãos estavam no pescoço dela e na bunda dela.O que era isso? Por que me enviaram isso? Senti as lágrimas se formando nos meus olhos, ameaçando cair com o menor piscar. Eu sabia. Sabia que não podia confiar nele. Esse tempo todo ele estava me manipulando, se aproximando das crianças, minando minha Aliança.Meu coração parecia que estava de volta há quatro anos. Estava sendo arrancado, e agora seria pisoteado.Ouço a voz dele pela porta do escritório.— Matilde?Não respondo de imediato. Não consigo nem olhar para ele.— O que aconteceu? — Ele interpreta muit
Ponto de Vista de MatildeEu não sei por quanto tempo fiquei no chão, mas em algum momento consegui secar os olhos. Meus filhos, meus filhos sempre me manterão firme. Respiro fundo, tentando me acalmar. O celular vibra com uma notificação de mensagem, me forçando a esticar o braço até a mesa. Ainda sentada no chão do escritório, pego o telefone e abro a mensagem. É de Gabriel.— Eu acho que a encontrei! — Ele escreve, fazendo meu coração começar a disparar, com a adrenalina tomando conta de cada veia do meu corpo.Outro bip.— Localizei um dos homens dela. Ele está falando, mas não posso mantê-lo por muito tempo, não sem mantê-lo como refém. O que você quer que eu faça? — A urgência na mensagem me faz digitar rapidamente. Não tenho tempo a perder, especialmente se Gabriel acha que o homem não vai esperar.— Me manda sua localização, saio agora. — Respondo, ansiosa para me encontrar com essa pessoa e tirar Gabriel do perigo. Ele logo me manda a localização. Não é tão ao norte quanto pe
Bem, seja o que for que ela fosse, eu poderia ser isso. Eu poderia ser sua Luna. Eu poderia te satisfazer de um jeito que nenhuma outra mulher pode. Ela se levanta e começa a caminhar ao redor da minha mesa. Eu observo enquanto um único dedo dela desliza pela superfície, tentando me seduzir. Uma tentativa melhor guardada para alguém mais receptivo.Ela passa pelo computador e sua mão repousa sobre minha coxa. Só o fato de ser tocado por outra mulher que não fosse Matilde faz meu sangue ferver.— Eu sugiro que se você quiser manter seus dedos, tire-os de mim. — Eu rosno, já cansado dessas mulheres insistentes que só queriam o título. Eu já tinha uma Luna, mas porra, ela agora era uma Alfa.— Diogo, vamos... — Ela resmunga, claramente não esperando que seu charme falhasse.— Camila, eu tenho uma companheira e, se você não sair deste escritório em cinco segundos, eu vou atacar a Matilha do seu pai como um lobo possuído! — Eu rosno, lutando contra o meu lobo que queria jogá-la para fora pe
Ponto de Vista de DiogoEla estava irritada comigo, eu entendia. Mas agora não era hora de ser irracional. Assim que a vi sair dirigindo, soube que precisava segui-la, só eu. Ela não podia me comandar, não da maneira que podia comandar Danilo. Eu era o único mais forte que ela.Segui meu instinto, tentando ouvir o puxão do laço de companheiros para encontrá-la. Deixei que ele me guiasse, confiando nele enquanto chegava nas encruzilhadas da estrada. Logo, e surpreso que realmente funcionou, a encontrei dois carros à minha frente em um semáforo. Quando o semáforo ficou verde, mantive distância no início, até ultrapassar o carro à frente e cortar na frente dele, deixando apenas um carro entre nós. A condução dela estava menos errática que da última vez, mas ainda rápida demais para o meu gosto.Ela estava definitivamente ultrapassando o limite de velocidade, e eu queria gritar com ela por ser tão imprudente. Mas então, ela era uma lobismulher e podia se curar melhor do que os humanos, en
Eu olho de lado para Matilde, tentando entender o que ela está pensando.— Você sabe com certeza que é o Gabriel? — Pergunto, mantendo o olhar fixo na estrada à frente.— Sim, claro... — Responde ela, sem hesitação.— Então você falou com ele? — Insisto, sentindo a frustração crescer.O silêncio que segue já me dá a resposta.— Não, então... — Rosno, apertando minhas mãos ao redor do volante. — Matilde, isso pode ser uma armadilha. Você precisa pensar mais claramente.Continuamos dirigindo em completo silêncio por mais de trinta minutos. Ela se recusa até mesmo a olhar para mim, mantendo o rosto virado para a janela do passageiro, como se as casas humanas lá fora fossem mais interessantes do que a nossa conversa. Se eu não pudesse ouvir seu coração batendo, pensaria que ela havia perdido o interesse em mim. Mas eu sabia que ela estava lutando contra todos os impulsos de não me encarar.Finalmente, uma ligação de Guilherme quebra o silêncio. Ela olha para mim, curiosa.— Guilherme? — At
Ponto de Vista de DiogoEra meu lugar feliz. Eu poderia passar dias lá só observando as suaves ondulações da água. A segunda metade da nossa jornada tomou um tom mais amigável. Matilde estava me contando sobre a casa no lago onde costumava ficar quando era criança, e como ainda vai lá regularmente com Ricardo e Ana. Eu não conseguia evitar olhar para ela, tinha a expressão mais fofa no rosto enquanto descrevia suas memórias mais queridas.— Assim que as coisas se acalmarem, planejo levar as crianças de novo, talvez colocá-las para nadar no lago. Aprendi a nadar desde pequena. Acho que é bom para as crianças nadarem. Talvez você possa vir com a gente? — Disse ela, virando-se para mim com um olhar esperançoso e um pequeno sorriso.— Eu gostaria. Não nado há anos. — Respondi.— Então você tem que vir, as crianças vão gostar. — O GPS me instruiu a sair da estrada principal, pegando uma estrada lateral em direção ao que parecia ser um prédio de fazenda abandonado ao longe. Enquanto dirigía