Ponto de Vista de DiogoEra meu lugar feliz. Eu poderia passar dias lá só observando as suaves ondulações da água. A segunda metade da nossa jornada tomou um tom mais amigável. Matilde estava me contando sobre a casa no lago onde costumava ficar quando era criança, e como ainda vai lá regularmente com Ricardo e Ana. Eu não conseguia evitar olhar para ela, tinha a expressão mais fofa no rosto enquanto descrevia suas memórias mais queridas.— Assim que as coisas se acalmarem, planejo levar as crianças de novo, talvez colocá-las para nadar no lago. Aprendi a nadar desde pequena. Acho que é bom para as crianças nadarem. Talvez você possa vir com a gente? — Disse ela, virando-se para mim com um olhar esperançoso e um pequeno sorriso.— Eu gostaria. Não nado há anos. — Respondi.— Então você tem que vir, as crianças vão gostar. — O GPS me instruiu a sair da estrada principal, pegando uma estrada lateral em direção ao que parecia ser um prédio de fazenda abandonado ao longe. Enquanto dirigía
Eu mantinha meu olhar firme nele, enquanto sua hesitação era clara.— Calma aí, quero alguma garantia primeiro.— Como o quê? — Matilde levantou a sobrancelha para ele, desafiadora. Ela estava segurando sua aura, o que parecia confundi-lo. A minha, por outro lado, só aumentava, especialmente ao ver os olhos dele subindo pelas pernas dela como um velho pervertido.— Eu quero sair! O que significa dinheiro. — Seus olhos ainda estavam fixos em Matilde, o que me incomodava.— Quanto? — Rosnei, forçando seus olhos a se voltarem para mim, a ameaça mais imediata.— E terra... para começar uma nova vida.— Não se empolgue. — Sibilei, meus dentes cerrados, minhas mãos fechadas em punhos ao lado do meu corpo.— Também quero permanecer anônimo.— Então, o que você nos disser melhor que seja bom! — Matilde explodiu, sua frustração evidente.Eu poderia beijá-la naquele momento. Ela começou a liberar sua aura, deixando claro para aquele pedaço de merda que ela não estava disposta a ser enganada. Ele
Ponto de Vista de MatildeEu mal conseguia falar quando perguntei, quase engasgando de raiva:— Você ajudou ela a destruir a Matilha?A raiva crescente estava começando a tomar conta do meu corpo. Eu podia sentir o sangue bombeando mais forte, pulsando pelas minhas veias, meus músculos se preparando para minha loba tomar o controle. Ele não mostrava arrependimento algum, nada. A cada palavra que saía da boca dele, eu sentia o estômago revirar. Eu queria cortar sua língua para que ele parasse de falar sobre o pior dia da minha vida, como se tivesse feito um bom trabalho, uma missão cumprida com excelência. Ele falava como se fosse algo digno de colocar no currículo.Ele estava orgulhoso. Orgulhoso por causar tanta destruição a uma Matilha. E o que mais me matava era saber que meu pai teria sentido a morte de cada membro da Matilha até que chegassem nele. Era como uma bomba-relógio. Ele sabia que não poderia proteger minha mãe.Fechei os olhos com força, tentando afastar a imagem de mi
Eu podia sentir minha loba avançando, a necessidade dela de se transformar era quase irresistível. Meus braços formigavam enquanto o pelo começava a surgir, meus dentes se alongando em presas afiadas. Minha respiração acelerava, enquanto a fúria tomava conta.— A filha do Alfa e da Luna que você assassinou a sangue frio. — A voz do homem ecoava na minha cabeça, fria e cruel. Minhas mãos perderam o controle, e o celular que eu segurava caiu no chão.Minha loba esticava cada músculo, prolongando a transformação que normalmente era rápida, mas desta vez ela estava fazendo questão de ser lenta. Dramática. Ela queria intimidá-lo, mostrar sua força antes de atacá-lo. Com um último rosnado, ela assumiu o controle. Eu já não era mais eu, ela agora estava no comando, arqueando as costas, pronta para arrancar a cabeça daquele desgraçado.Ponto de vista de DiogoEu observava com admiração enquanto a loba de Matilde retardava a transformação. Tanta força e controle. Ele estava se contorcendo no
Ponto de Vista de MatildeO lobo de Diogo me encontrou em uma pequena área arborizada, escondida pelas árvores dos olhos humanos locais. Estávamos em uma área rural, mas nunca se pode ser cuidadoso o suficiente. Esse lobo marrom chocolate, que me visitou tantas vezes em meus sonhos, estava diante de mim em carne e pelo. Ele era um lobo Alfa. Grande, forte. No topo da cadeia da Matilha. Ainda mais poderoso por causa de sua própria Aliança. Era sutil, mas a cada Matilha que se juntava à Aliança da Pedra Preta, eu podia sentir meu lobo crescendo, não apenas em forma física, mas em força e poder.Minha loba rosnou para ele por ter me jogado através do celeiro de madeira, impedindo-me de cravar os dentes na pele daquele marginal. Ela queria vingança! Com um inclinar de cabeça, ele cedeu o controle a Diogo, que forçou uma transformação de volta para a forma humana. Eu conseguia vê-lo através dos olhos da minha loba, músculo se unindo a músculo. Ele era esculpido como um deus, em todos os lu
Mantendo meus olhos nos dele, muito lentamente, eu começo a colocar beijos descendo pelo seu pescoço... pela sua clavícula... pelo seu peito. Sinto meu sangue começar a bombear do meu coração cada vez mais rápido, enviando sinais por todo o meu corpo, incendiando-me por dentro. Meus beijos continuam descendo e descendo, atravessando o abdômen definido dele e indo até o "V" que termina seu corpo de deus.— Matilde... — Meu nome soa como música enquanto ele geme de satisfação ao meu toque. Meus beijos continuam no seu núcleo inferior endurecido, até que eu coloco uma mão ao redor e lambo a ponta. A cabeça dele se inclina para trás enquanto começo a mover minha mão para cima e para baixo, aplicando uma leve pressão.Ele segura meu rosto e me puxa para perto, sua língua forçando o caminho para dentro da minha boca. Nossas línguas se encontram, circulando, tocando, enquanto continuo o movimento da minha mão. Eu o quero dentro de mim, sentir o prazer de estar preenchida, apenas por ele. O ví
Ponto de Vista de MatildeEu vejo meu reflexo nele, mas algo me deixa inquieta. Mãe?Eu começo a falar, mas minhas palavras hesitam. Eu tinha certeza que vi outro nome naquele momento.— Ah, eu pensei...Ele percebe minha confusão e, com um tom suave, tenta me tranquilizar.— Você pensou, o quê?Ele dá um passo à frente, segurando meu queixo com cuidado entre os dedos antes de me beijar gentilmente nos lábios, sem desviar o olhar dos meus. Ele quer que eu entenda.— Me desculpe se você pensou isso! — Sua cabeça se abaixa, como se estivesse irritado consigo mesmo por algo do passado.— Eu não fiz o certo por você, Matilde, e preciso que você acredite que, de agora em diante, tudo o que eu fizer será no melhor interesse seu e das crianças.Eu não consigo responder. As palavras se perdem na minha garganta enquanto meus olhos ficam presos nos dele, e naqueles lábios viciantes. Eu só quero que eles me beijem, sem parar, sem fim.— Vamos, vamos voltar para a Matilha. Não posso usar isso por
O que vocês dois querem fazer a seguir? Guilherme responde primeiro, já que ele já absorveu todas as informações que temos a oferecer neste estágio. Ele precisa voltar. Ele precisa assegurar sua Matilha como seu Alfa.— Diogo, você precisa voltar para a Matilha Luar Vermelho. — Eu digo, virando-me para ele. Ele está tão perto de mim que, se estivéssemos a sós, eu provavelmente plantaria um beijo naqueles lábios que estão se tornando meu novo brinquedo favorito.— Eu não posso te deixar, não é seguro. — Sua resposta é firme, poderosa. Se eu fosse apenas sua Luna, eu concordaria com ele. Mas eu não sou, eu sou uma Alfa com tanto poder quanto ele. Preciso assegurar minha Matilha. Um Alfa não pode negligenciar seu primeiro juramento.— Isso não é mais sobre nós. Você não vê? Ela matou sua própria Matilha como Luna. Alguém em quem foi confiada a segurança deles. Ela quebrou o vínculo mais sagrado, não apenas o vínculo com a Matilha, mas o vínculo de companheiros. Se ela pode fazer isso, o q