Eu podia sentir minha loba avançando, a necessidade dela de se transformar era quase irresistível. Meus braços formigavam enquanto o pelo começava a surgir, meus dentes se alongando em presas afiadas. Minha respiração acelerava, enquanto a fúria tomava conta.— A filha do Alfa e da Luna que você assassinou a sangue frio. — A voz do homem ecoava na minha cabeça, fria e cruel. Minhas mãos perderam o controle, e o celular que eu segurava caiu no chão.Minha loba esticava cada músculo, prolongando a transformação que normalmente era rápida, mas desta vez ela estava fazendo questão de ser lenta. Dramática. Ela queria intimidá-lo, mostrar sua força antes de atacá-lo. Com um último rosnado, ela assumiu o controle. Eu já não era mais eu, ela agora estava no comando, arqueando as costas, pronta para arrancar a cabeça daquele desgraçado.Ponto de vista de DiogoEu observava com admiração enquanto a loba de Matilde retardava a transformação. Tanta força e controle. Ele estava se contorcendo no
Ponto de Vista de MatildeO lobo de Diogo me encontrou em uma pequena área arborizada, escondida pelas árvores dos olhos humanos locais. Estávamos em uma área rural, mas nunca se pode ser cuidadoso o suficiente. Esse lobo marrom chocolate, que me visitou tantas vezes em meus sonhos, estava diante de mim em carne e pelo. Ele era um lobo Alfa. Grande, forte. No topo da cadeia da Matilha. Ainda mais poderoso por causa de sua própria Aliança. Era sutil, mas a cada Matilha que se juntava à Aliança da Pedra Preta, eu podia sentir meu lobo crescendo, não apenas em forma física, mas em força e poder.Minha loba rosnou para ele por ter me jogado através do celeiro de madeira, impedindo-me de cravar os dentes na pele daquele marginal. Ela queria vingança! Com um inclinar de cabeça, ele cedeu o controle a Diogo, que forçou uma transformação de volta para a forma humana. Eu conseguia vê-lo através dos olhos da minha loba, músculo se unindo a músculo. Ele era esculpido como um deus, em todos os lu
Mantendo meus olhos nos dele, muito lentamente, eu começo a colocar beijos descendo pelo seu pescoço... pela sua clavícula... pelo seu peito. Sinto meu sangue começar a bombear do meu coração cada vez mais rápido, enviando sinais por todo o meu corpo, incendiando-me por dentro. Meus beijos continuam descendo e descendo, atravessando o abdômen definido dele e indo até o "V" que termina seu corpo de deus.— Matilde... — Meu nome soa como música enquanto ele geme de satisfação ao meu toque. Meus beijos continuam no seu núcleo inferior endurecido, até que eu coloco uma mão ao redor e lambo a ponta. A cabeça dele se inclina para trás enquanto começo a mover minha mão para cima e para baixo, aplicando uma leve pressão.Ele segura meu rosto e me puxa para perto, sua língua forçando o caminho para dentro da minha boca. Nossas línguas se encontram, circulando, tocando, enquanto continuo o movimento da minha mão. Eu o quero dentro de mim, sentir o prazer de estar preenchida, apenas por ele. O ví
Ponto de Vista de MatildeEu vejo meu reflexo nele, mas algo me deixa inquieta. Mãe?Eu começo a falar, mas minhas palavras hesitam. Eu tinha certeza que vi outro nome naquele momento.— Ah, eu pensei...Ele percebe minha confusão e, com um tom suave, tenta me tranquilizar.— Você pensou, o quê?Ele dá um passo à frente, segurando meu queixo com cuidado entre os dedos antes de me beijar gentilmente nos lábios, sem desviar o olhar dos meus. Ele quer que eu entenda.— Me desculpe se você pensou isso! — Sua cabeça se abaixa, como se estivesse irritado consigo mesmo por algo do passado.— Eu não fiz o certo por você, Matilde, e preciso que você acredite que, de agora em diante, tudo o que eu fizer será no melhor interesse seu e das crianças.Eu não consigo responder. As palavras se perdem na minha garganta enquanto meus olhos ficam presos nos dele, e naqueles lábios viciantes. Eu só quero que eles me beijem, sem parar, sem fim.— Vamos, vamos voltar para a Matilha. Não posso usar isso por
O que vocês dois querem fazer a seguir? Guilherme responde primeiro, já que ele já absorveu todas as informações que temos a oferecer neste estágio. Ele precisa voltar. Ele precisa assegurar sua Matilha como seu Alfa.— Diogo, você precisa voltar para a Matilha Luar Vermelho. — Eu digo, virando-me para ele. Ele está tão perto de mim que, se estivéssemos a sós, eu provavelmente plantaria um beijo naqueles lábios que estão se tornando meu novo brinquedo favorito.— Eu não posso te deixar, não é seguro. — Sua resposta é firme, poderosa. Se eu fosse apenas sua Luna, eu concordaria com ele. Mas eu não sou, eu sou uma Alfa com tanto poder quanto ele. Preciso assegurar minha Matilha. Um Alfa não pode negligenciar seu primeiro juramento.— Isso não é mais sobre nós. Você não vê? Ela matou sua própria Matilha como Luna. Alguém em quem foi confiada a segurança deles. Ela quebrou o vínculo mais sagrado, não apenas o vínculo com a Matilha, mas o vínculo de companheiros. Se ela pode fazer isso, o q
Ponto de Vista de RicardoQuando nosso jantar chegou à mesa, olhei para Ana e já sabia o que viria a seguir.— Ana, sai daí. Você sempre senta do meu lado! — Reclamei, cruzando os braços.Mamãe logo me lançou aquele olhar sério, o que já me dizia tudo.— Ricardo! — Disse ela, indicando para Ana sentar ao lado dela.Ana, claro, fez uma careta e mostrou a língua para mim enquanto se acomodava ao lado de mamãe. Ela sempre fazia isso. Ela pegou seu coelhinho sujo, aquele que ela havia deixado cair na lama mais cedo e que não deixava mamãe limpar, e o abraçou com força.— Espere, Ricardo... Espere até eu morar com o Rafael e você ficar todo sozinho. Aí você não vai ser tão mau. — Ela murmurou, irritada.Tentei ignorá-la, mas aquilo me incomodava. E o Tio Danilo, que estava ao nosso lado, logo entrou na conversa.— Isso não vai acontecer! — Disse ele, pegando o sal e passando para Rafaela.Jantávamos todos juntos naquela noite. Além de mamãe, Tio Danilo e Rafaela, também estavam o Alfa Diog
Diogo gritou "Snap de novo!" bem quando a mão da Mamãe, Matilde Alves, estava prestes a pegar as cartas primeiro. Mamãe reclamou: — Diogo, isso não é justo... Ela arrancou o baralho das mãos dele. Diogo retrucou: — Você tem que dizer Snap também, querida... Elas são minhas. Mamãe riu enquanto puxava as cartas: — Não, às vezes pode ser um Snap silencioso... — Matilde Alves, você trapaceira! — Ele rosnou, de um jeito que parecia brincalhão, mas algo dentro de mim não gostou da forma como ele repreendeu a Mamãe.Um rosnado saiu involuntariamente da minha garganta, vibrando como se fosse uma tosse. Então meus olhos começaram a queimar, como se algo estivesse tentando tomar conta da minha visão, me empurrando para trás... — Ricardo? — Todos os olhares se voltaram para mim enquanto eu sacudia a cabeça, tentando parar aquela sensação estranha. O que estava acontecendo comigo?Ponto de Vista de DiogoOs olhos dele ficaram pretos, eu me lembro de como era. Mas ele é mais jovem
— Ana chama o Tio Danilo de papai... — Ricardo fala com cuidado, quase me testando. — Sim, já ouvi isso... — Respondo de forma neutra, não deixando transparecer nenhuma emoção. Ele é esperto, está tentando me pegar. — Eu sempre o chamei de Tio. Algo dentro de mim me impedia de chamá-lo de pai. Mamãe disse que nosso pai é muito importante e tinha coisas para fazer. Mas que quando fôssemos mais velhos, talvez tivéssemos a chance de conhecê-lo.Ela disse isso? Meu coração se parte com esse pensamento. Todo esse tempo, Matilde guardou tanto ódio por mim, pensando que eu era responsável pelas atrocidades contra os pais dela e a Matilha. E, no entanto, ela poderia ter estado disposta a me dar uma chance de conhecê-los, de saber quem eram. Ela era a alma mais pura que eu já conheci.— Ricardo, o Rafael está aqui. — Ouvimos a doce voz dela chamando de dentro da casa, anunciando a chegada do melhor amigo de Ricardo.Ricardo corre para dentro da casa, ansioso para encontrar Rafael antes d