A noite de sono havia sido agitada como sempre para Signe, o mesmo pesadelo ainda a perseguia. Era o terceiro dia no hospital e apesar de não se lembrar da concordância de ficar na casa do doutor Wedel, não achava a ideia de toda ruim.
Afinal era melhor que qualquer hotel que pudesse encontrar na cidade e fora que bastava andar alguns metros e já estava no hospital. Aos poucos ela foi conhecendo outros pacientes além de Ingmar. Bjørg mantinha as aparências na frente do doutor Wedel, no entanto a cada oportunidade sozinho com Signe, arrumava um jeito de atacá-la.
Signe desconfiava que o motivo para o comportamento dúbio do médico era sua competência. Bjørg não conseguia digerir o fato que o próprio dono do hospital havia julgado ele incapaz de curar Ingmar. Para ele, Signe não passava de uma subestimada doutora vinda de outra cidade que havia roubado um de seus pacientes mais desafiadores.
Em seus anos de carreira, nunca havia tido uma oportunidade com
Era a quinta noite de Signe na mansão do doutor Wedel, e em cada dia o mesmo sonho, a mesma garota, o mesmo homem sem face, noite chuvosa, trovões e relâmpagos… A dor de cabeça havia se tornado corriqueira e por isso tomar aspirinas havia se tornado rotina.Ela não conseguia entender o motivo e também era difícil de se chegar a uma conclusão plausível, sonhar o mesmo sonho tantos dias seguidos era algo até aquele momento considerado improvável.Signe estava começando a ficar incomodada com isso, despertar repentinamente assustada e banhada de suor, toda vez levando a mão a cabeça e barriga.Sigurd Wedel estava sendo um bom anfitrião, se bem que na maioria das vezes, ela não o via. Sempre estava trancado em seu escritório e havia se tornado uma pequena rotina. Aba
O dia amanheceu chuvoso, do lado de fora o vento chacoalhava as árvores de um lado para o outro enquanto a fina garoa molhava tudo ao redor. Fazia frio e foi sentindo essa sensação, de um ar gélido, que fez Signe acordar.Tinha dormido muito bem, os pesadelos recorrentes haviam sumido pela primeira vez em dias. Era um contraste gigantesco, afinal enquanto a noite anterior tinha sido atípica, constrangedora e assustadora, fazia muito tempo que não dormia tão bem.Levantou-se e ainda sentada na cama espreguiçou longamente, levantando seus dois braços para cima. Criou coragem e foi fazer suas higienes, tomou um banho rápido, se vestiu e desceu.Ainda nos degraus sentiu um cheirinho forte de café e involuntariamente foi sendo guiada até a cozinha, onde vinha o cheiro.
Signe estava faminta. Quando chegou na cozinha viu um cesto com pães sobre a mesa. Fuçou a geladeira ficando feliz por ter encontrado algumas salsichas, pegou junto o ketchup e a mostarda e colocou na pia. Depois abriu os armários em busca de uma panela, pegando a primeira que veio a vista. Encheu com água e colocou no fogo.Inicialmente sua ideia era fazer um *lompe, mas estava com preguiça de fazer a massa, pois daria trabalho. Teve que adaptar simplificando para um tradicional hot dog. Após saciar sua fome ficou em dúvida entre se arriscar sozinha procurando o tal Jardim de Aker ou ir para seu quarto e esperar Sigurd voltar de sua caça. Por questões de coragem e preguiça acabou escolhendo a segunda opção e assim a fez.Em seu quarto trocou de roupa colocando algo mais confortável deitando-se em segui
Às vezes algumas verdades tem que ser ditas enquanto outras omitidas na esperança que nunca sejam descobertas. É parecido com segredos, todos temos, mas não queremos que sejam expostos.Floki era filho único de Svarza Suveson e Thor Suverson. Uma família rica e tradicional de Oslo.Sua riqueza foi construída em grande parte pela pesca marítima de bacalhau. Sua história vem dos primórdios, o avô do avô de Thor era um humilde pescador que ganhava a vida se arriscando em alto mar. Com o passar dos anos o pai de Thor Suverson, soube aperfeiçoar e contando com uma visão além de seu tempo, fechou grandes contratos com importadoras nacionais.O negócio foi crescendo até a empresa se tornar uma multinacional. Hoje a Suvensea Ltda, domina o comércio de pesca no mar do norte e consequentemente, contabiliza uma fortuna gigantesca. Porém, como diz o ditado, nem tudo é um mar de rosas, e no caso da família Suveson não foi diferente.A riqueza veio juntamente com d
Olá leitores, tudo bem com vocês? Me chamo Thiago. Componho músicas desde os 15 anos, onde comecei tocando violão e posteriormente guitarra.Por vários anos meu passatempo era compor. Tive uma banda de garagem onde nesse curto espaço de tempo foram momentos maravilhosos.Infelizmente por percalços da vida não segui o caminho profissional da música, porém nunca parei de compor.Cerca de 4 anos atrás conheci o Wattpad e assim pude finalmente pôr em prática uma vontade que tinha, escrever um livro.Apesar de ter a facilidade da escrita, foi um desafio enorme saber por onde começar ou o que escrever, isso s
Era uma noite escura e chovia forte. Apenas iluminada pelos relâmpagos que cintilavam o céu. Signe havia dormido cedo aquele dia, estava exausta após um dia duro no trabalho. Ventava forte e galhos batiam na janela do quarto. Juntamente com os trovões faziam uma sinfonia barulhenta e perigosa a qual acabou por fazer Signe despertar.Um pouco atordoada pelo sono e assustada com o cenário que viu, Signe acendeu o abajur ao lado de sua cama e esfregando as mãos em seus olhos se levantou da cama. Levando as mãos ao alto soltou um demorado bocejar tentando despertar.Chegou próximo da janela de seu quarto e viu os galhos que balançavam freneticamente do lado de fora.Levou um susto com um forte trovão que rompeu o silêncio da madrugada.Si
Signe sentou na cadeira da sua mesa. Estava um pouco nervosa, pois iria conhecer um psiquiatra renomado de uma família referência na saúde mental Norueguesa. Parecia uma garotinha no primeiro dia de aula. Pegou o mouse e dava cliques sem sentido, abrindo e fechando janelas no computador. A qualquer momento sabia que o Dr. Wedel entraria pela porta, e mesmo tentando disfarçar, a ansiedade tomava-lhe conta. De certa forma, era a realização de um sonho conhecer pessoalmente qualquer integrante da família Wedel, trabalhar com um então… Era algo inimaginável até para ela, uma descrente convicta.Os minutos foram passando e nada dele.Ela olhava diretamente para a porta, estava inquieta, esperava a maçaneta girar. À medida que nada acontecia ela ficava um pouco incomodada. Não sabia se esperava ele vir até ela ou se ela iria até ele, fosse um gesto de desespero ou falta de educação.Quando estava quase decidida em levantar-se da mesa e sair da sala, escutou alguém ba
O som dos pássaros foi a melodia composta pela natureza para que acordasse Signe da forma mais sussinta possível. As grandes janelas abertas iluminavam o quarto e faziam expandir a doce melodia que vinha de fora.Uma leve brisa batia no rosto de Signe que ao senti-la mexeu-se na cama. Ouvir o canto das aves acabou despertando-a, então colocando a mão no rosto protegendo da luz do sol abriu os olhos.A mulher ainda muito confusa com o que tinha acontecido,sentia um gosto amargo na boca e ainda deitada, bateu seus olhos nos mosquiteiros que circundavam a cama. Não estavam abertos, mas como se milimetricamente postos e amarrados em cada uma das pontas dos suportes de madeira.Signe coçava a cabeça na tentativa de puxar algo da memória, ainda um pouco dispersa, olhava ao redor fitando a beleza do local. As paredes brancas, uma cômoda de madeira e um antigo relógio de parede chamaram sua atenção.Percebeu que estava com uma espécie de pijama de seda e