Signe sentou na cadeira da sua mesa. Estava um pouco nervosa, pois iria conhecer um psiquiatra renomado de uma família referência na saúde mental Norueguesa. Parecia uma garotinha no primeiro dia de aula. Pegou o mouse e dava cliques sem sentido, abrindo e fechando janelas no computador. A qualquer momento sabia que o Dr. Wedel entraria pela porta, e mesmo tentando disfarçar, a ansiedade tomava-lhe conta. De certa forma, era a realização de um sonho conhecer pessoalmente qualquer integrante da família Wedel, trabalhar com um então… Era algo inimaginável até para ela, uma descrente convicta.
Os minutos foram passando e nada dele.
Ela olhava diretamente para a porta, estava inquieta, esperava a maçaneta girar. À medida que nada acontecia ela ficava um pouco incomodada. Não sabia se esperava ele vir até ela ou se ela iria até ele, fosse um gesto de desespero ou falta de educação.
Quando estava quase decidida em levantar-se da mesa e sair da sala, escutou alguém bater na porta e abri-la entrando em seguida.
— Você deve ser a Dra. Dahl, prazer! — O homem chegava próximo dela pegando sua mão e a beijando.
Signe chegou a hesitar um pouco e em seguida ficou levemente rubra de vergonha, pois estava preparada para tudo, exceto por aquele simples gesto de cavalheirismo à moda antiga.
— Prazer Dr. Wedel. — Respondeu ela um pouco atrapalhada, apertando a mão do homem e tentando tomar controle da situação.
— Pode me chamar de Sigurd. — Agora ele olhava diretamente nos olhos dela.
Estava ansioso em conhecê-la Dra. Dahl, ouvi falar muito bem de você e de seu trabalho.
— Nossa, obrigada. Mas... Soa estranho isso, quero dizer... Nunca pensei ouvir isso vindo da família referência do país.
Sabia que o trabalho de seu avô me inspirou a ser o que sou hoje? Por isso me soa estranho, porém lisonjeiro de sua parte.
— Entendo. Mas não seja modesta. Você é muito competente no que faz, caso contrário não estaria aqui. Gosto de trabalhar com os melhores, e sim... Meu Bisavô iniciou tudo isso. E acho que todos nós devemos a ele. — Ele então olha para o quadro de seu bisavô na parede. — O que somos hoje e nossa paixão pelo o que fazemos deve-se a seus feitos, metaforicamente eu costumo dizer que, meu falecido Bisavô achou a pedra filosofal da psiquiatria e transformou tudo ao redor em ouro. Gosto de pensar que somos uma espécie de alquimistas da mente, e nossa busca pela saúde mental é nosso ouro.
— Depois de tudo isso só me resta concordar e bater palmas, definiu perfeitamente tudo.
— Não precisa se limitar, Doutora Dahl. Tenho certeza que você é tão capacitada ou quiçá, até mais que eu.
— Obrigada doutor, mas assim fico envergonhada, já deve ter percebido que sou uma fã do seu trabalho, e confesso que estou tentando me manter o mais profissional possível. — Signe solta uma risada nervosa.
— Sem problema Dra. Dahl, espero corresponder a suas expectativas.
— Eu digo o mesmo. E pode me chamar pelo primeiro nome se quiser, Signe.
— Ok Dra. Signe. Venha comigo. Pedi para minha secretária mostrar um pouco da clínica, agora lhe mostrarei um paciente em especial.
O Dr. Wedel fez um gesto com as mãos mostrando a porta para Signe, ela então saiu sendo seguida por ele. No corredor foram andando calmamente lado a lado, eles então desceram as escadas até o hall do primeiro andar.
Seguindo por um corredor na lateral direita das escadas, Sigurd levou a Dra. Dahl até uma grande sala. Dentro dessa sala havia uma pequena antessala que era separada por um vidro e uma outra porta dando acesso a outra sala. Nela haviam 5 pacientes sentados em cadeiras assistindo a uma TV sendo observados por dois enfermeiros vestidos de branco.
— Está é a sala da TV, mas não é isso que quero lhe mostrar, mas sim quem está nela. Venha, vamos entrar.
O Dr. Wedel então cumprimentou os dois enfermeiros e apresentou Signe a eles, em seguida caminhou para perto de um dos pacientes sentados.
— Boa tarde Ingmar. Está um lindo dia lá fora, por que o desperdiça aqui dentro olhando para a TV?
O homem continuou olhando para a TV como se estivesse sozinho na sala. Havia ignorado totalmente as palavras do Dr. Wedel. Um dos enfermeiros então aproximou-se e tentou chamar a atenção do paciente que continuava com seu olhar vazio para a TV.
— Ingmar, o Dr. Wedel lhe fez uma pergunta, não seja mal educado. — O tom levemente áspero não mudou em nada e o homem continuava imóvel e mudo.
— Calma Soren. Pode deixar, se ele não quiser responder, não há problema.
Signe não havia gostado da forma que o enfermeiro havia tratado o paciente e então tomou a frente.
— Posso tentar?
— Fique a vontade. — Disse Wedel, parecendo bem feliz e olhando em seguida para Soren que então recuou e voltou para onde estava.
— Boa tarde Ingmar, sou a Dra. Dahl. — Ela estendeu-lhe a mão em sua direção, que da mesma forma ignorou, como se não estivesse falando com ele. Ela então continuou:
— Ingmar, sei como deve ser ruim estar aqui e o quão chato que pode ser às vezes. Também sei que algumas pessoas podem não ter paciência e serem brutas, mas quero que saiba que eu penso diferente. Eu tento pensar como você pensaria, colocar-me em seu lugar, só quero conectar-me com você para entender seu problema e lhe ajudar a resolver. Só peço que confie em mim, combinado?
Ingmar continuava imóvel, olhando para a TV sem ter a menor reação. Parecia estar noutro mundo e que não tinha o menor interesse em voltar para a realidade.
— Acostume-se doutora, é o normal dele, as vezes só acorda no tranco. — Soren falava para Signe, tentando justificar seu tom áspero de antes.
— Soren, né? Então Soren. Enquanto eu estiver aqui por favor não faça mais aquilo. Independente dos motivos e eu imagino que possam ser muitos, mas em hipótese alguma seja áspero com ele ou qualquer outro paciente, combinado?
O enfermeiro totalmente constrangido, olha para Wedel na tentativa de conseguir algo que o livrasse daquela situação e então o doutor diz:
— Ouviu a doutora? Ela é a nova responsável do paciente. Bom, vamos doutora, gostaria de mostrar outras coisas.
Quando Signe virou-se para ir embora ela sentiu uma mão fria segurar seu pulso. Era Ingmar. Os dois enfermeiros juntamente com o doutor Wedel foram em direção a ela, porém ela gritou.
— Parem! Eu cuido disso.
O homem agora olhava para ela com seus olhos azuis vazios e com olheiras.
Signe olhava diretamente para eles, pareciam dois oceanos infinitos. O paciente ainda segurava seu pulso firmemente, ela tentou soltá-lo, mas foi em vão.
— Ingmar pode me soltar, não vou te machucar.
Seus cabelos loiros cinzentos compridos totalmente despenteados davam um aspecto envelhecido ao homem que ainda continuava mudo, mas dessa vez olhava para a doutora, como se quisesse dizer algo e não conseguisse.
Ela começou a sentir que ele apertava mais e mais seu pulso, o que já começava a incomodar. Wedel e os dois enfermeiros observavam atentamente o desenrolar da cena, esperavam um movimento mais brusco de Ingmar o que não aconteceu, então o homem resolveu falar.
— A garota. Em seu ventre... As duas luzes de frente. Pabum!!! — O homem fazia um movimento com as palmas das mãos batendo uma na outra. — A garota do sonho que sonhou, somos nós. Eu sou você e você é eu...
— O quê você disse? O que está dizendo? — Signe não conseguia entender nada do que ele falava.
— Você sonha comigo? Eu sou seu peso... As luzes... Pabum... Pabum — Ele começava a gritar e apertar mais o pulso dela.
— Ingmar, solte-me! Tá começando a me machucar!
— A garota… Eu e você... A garota...
Ele então soltou o pulso dela e colocou as duas mãos na cabeça e gritava sem parar.
— A garota… Eu e você... A garota...
Os dois enfermeiros então o seguraram e tiraram—no da sala, pois os outros pacientes começaram a ficar agitados também. Sigurd então puxou Signe para fora da sala.
— Desculpe-me doutora Dahl, foi um deslize de minha parte, eu diria de certo modo… Um erro infantil, mil desculpas.
— Tudo bem, você não teve culpa, na verdade ninguém teve, estamos sujeitos a isso nessa profissão, só estou um pouco assustada, mas nada além disso.
— Tome, beba um pouco de água para acalmar. — Falou pegando um copo de plástico no filtro de água que havia na sala.
Signe pegava da mão do doutor o copo e levemente ofegante bebia o líquido.
Outrora calma e sempre dona da situação, ela desta vez estava assustada, mas o real motivo era oculto para o doutor Wedel. A situação em si não foi o problema, mas as palavras ditas pelo homem ecoavam sem parar em sua cabeça, como seria possível aquilo?
Como ele sabia detalhes de um sonho? Isso a incomodava muito e não sabia como lidar ou digerir, estava insegura com aquilo, mas ela sabia de uma coisa, iria descobrir o motivo daquele paciente ter dito aquelas coisas.
— Doutor Wedel, estou bem. Obrigada pela água. Só estou um pouco cansada pela viagem feita, então não se preocupe.
— Nossa, eu que peço desculpas, fui muito indelicado com você. Me esqueci totalmente da viagem que você fez.
Deve estar muito cansada.
— Bom, como não conheço nada por aqui, poderia me dizer o hotel mais próximo? — Signe estava serena novamente e dessa vez falava com sorrisos nos lábios.
— Hotel? Deixe-me dizer uma coisa: doutora Dahl. Não seria um bom anfitrião se a deixasse ficar esse tempo todo em um hotel.
— Olha, não precisa. Não me importo em ficar em um.
— Com todo respeito, você é minha convidada. Você não deve saber, mas minha casa fica no mesmo terreno do hospital. Meu bisavô quando teve a ideia de criar um hospital que cuidasse das pessoas doentes da mente, não quis se afastar daqui, inicialmente ele dormia no hospital mesmo. Depois com o passar dos anos construiu sua casa nesse mesmo terreno, e assim de geração a geração cá estou.
— Mas e sua mulher não iria se importar? Bem, você sabe...
— Doutora Dahl, isso não será um problema. Então se não for problema para você. Apenas eu e Aba ficamos em casa.
— Bom, não seria. — Signe ficou curiosa em saber quem era Aba, já que ele não referiu-se como esposa. — Sendo assim irei aceitar seu convite, posso dormir na sala, em qualquer canto, não tenho frescura quanto a isso.
Enquanto Signe falava, Sigurd soltou uma pequena risada, deixando a mulher sem entender o porquê. Ele foi caminhando pela clínica seguido por Signe, os dois saíram pelo Hall principal, A doutora foi em direção ao seu carro, mas Wedel falou:
— Vou pedir para um de meus funcionários vir pegar seu carro. Vamos andando, não fica longe.
Signe apenas consentiu e continuou seguindo o doutor. Eles seguiram pela lateral esquerda da clínica, lado direito para quem vinha de fora, havia alguns enfermeiros e funcionários da limpeza, era um largo espaço que anexava com um estacionamento. Seguiram por ele e aproximaram-se de uma guarita de segurança, com um guarda dentro.
Sigurd gesticulou com sua mão pedindo que viesse até ele, assim que o guarda aproximou-se, falou:
— Você pode fazer um favor?
— Claro Sr. Wedel.
— Poderia estacionar o carro dela aqui? — Virou-se para Signe. — Dê-lhe as chaves.
— É um Audi azul metálico que está estacionado na frente da entrada. — Disse entregando as chaves para o guarda.
— Aquele Audi e-tron é seu? — Perguntou surpreso Sigurd.
— Sim. Por quê?
— Ele é elétrico. Li muito sobre ele, até pensei em comprar um. Ele é confortável? É um bom carro?
— Sim… Ele ajuda o planeta, não polui o ar, então só por isso já é muito bom. Por isso comprei.
— Bom… Nisso você tem razão.
Os dois continuaram caminhando lentamente enquanto Sigurd falava e mostrava o lugar para a nova doutora, como se fosse um guia turístico, mostrando a beleza e plenitude do local.
— Está vendo aquela porta vermelha? É a saída de emergência da parte do subsolo, acho que a Johanne já mostrou-lhe. E seguindo em frente chegaremos a minha casa. — Ele então é interrompido pelo guarda.
— Sr. Wedel. Estacionei o carro dela ali. — O homem de boné apontava para o local que havia deixado o carro, indo até Signe entregando as chaves nas mãos dela. — Aqui está. Entregue em mãos.
— Obrigada. — Signe sorriu simpaticamente.
— Por nada filha! — A doutora mostrou espanto com a forma que o guarda disse, e ao perceber, ele apressou em dar uma satisfação. — Desculpe pelo filha, mas é força do hábito, pois tenho uma filha da sua idade.
— Ah sem problema, eu que peço desculpas pela minha falta de educação.
— Nós desculpamos você, Doutora. — Wedel interrompeu a conversa. — Venha, siga-me por aqui.
Signe sentiu que o guarda era uma boa pessoa e que de certa maneira lembrava seu pai. Havia uma grande cerca totalmente tomada por plantas e lateralmente a essa cerca, iniciava uma grande escadaria feita de cascalhos, fazendo um zigue-zague no meio das árvores.
Signe seguia o doutor, observando tudo ao redor, após cerca de 5 minutos na sinuosa escadaria, ela pôde avistar a entrada de uma enorme casa que ficava escondida atrás das altas árvores.
Na verdade era uma mansão tão grande quanto o hospital. Como ficava atrás dele e dos longos pinheiros, era impossível saber que havia ali uma mansão luxuosa como aquela, então lembrou-se da risada do doutor Wedel, e entendeu o motivo falando consigo mesma com um sorriso nos lábios.
"Dormir no sofá? Só eu mesmo para dar esses furos…"
De fato as duas propriedades ficavam escondidas cercadas por todas aquelas árvores, propositadamente ou não, mas tirando quem realmente conhecia, ninguém mais poderia saber que ali havia um hospital e uma mansão. Signe foi seguindo o doutor, e o sorriso em seus lábios foi abrindo espaço para um semblante sério.
Por alguma razão, ela começou a devanear escutando a voz do doutor ao fundo cada vez mais longe, a visão foi ficando turva e uma forte dor de cabeça começou a martelar como sinos a badalar. A última coisa que se lembrou antes de tudo ficar escuro foi uma voz dizer ecoando:
— Estamos perdendo ela!
O som dos pássaros foi a melodia composta pela natureza para que acordasse Signe da forma mais sussinta possível. As grandes janelas abertas iluminavam o quarto e faziam expandir a doce melodia que vinha de fora.Uma leve brisa batia no rosto de Signe que ao senti-la mexeu-se na cama. Ouvir o canto das aves acabou despertando-a, então colocando a mão no rosto protegendo da luz do sol abriu os olhos.A mulher ainda muito confusa com o que tinha acontecido,sentia um gosto amargo na boca e ainda deitada, bateu seus olhos nos mosquiteiros que circundavam a cama. Não estavam abertos, mas como se milimetricamente postos e amarrados em cada uma das pontas dos suportes de madeira.Signe coçava a cabeça na tentativa de puxar algo da memória, ainda um pouco dispersa, olhava ao redor fitando a beleza do local. As paredes brancas, uma cômoda de madeira e um antigo relógio de parede chamaram sua atenção.Percebeu que estava com uma espécie de pijama de seda e
A noite de sono havia sido agitada como sempre para Signe, o mesmo pesadelo ainda a perseguia. Era o terceiro dia no hospital e apesar de não se lembrar da concordância de ficar na casa do doutor Wedel, não achava a ideia de toda ruim.Afinal era melhor que qualquer hotel que pudesse encontrar na cidade e fora que bastava andar alguns metros e já estava no hospital. Aos poucos ela foi conhecendo outros pacientes além de Ingmar. Bjørg mantinha as aparências na frente do doutor Wedel, no entanto a cada oportunidade sozinho com Signe, arrumava um jeito de atacá-la.Signe desconfiava que o motivo para o comportamento dúbio do médico era sua competência. Bjørg não conseguia digerir o fato que o próprio dono do hospital havia julgado ele incapaz de curar Ingmar. Para ele, Signe não passava de uma subestimada doutora vinda de outra cidade que havia roubado um de seus pacientes mais desafiadores.Em seus anos de carreira, nunca havia tido uma oportunidade com
Era a quinta noite de Signe na mansão do doutor Wedel, e em cada dia o mesmo sonho, a mesma garota, o mesmo homem sem face, noite chuvosa, trovões e relâmpagos… A dor de cabeça havia se tornado corriqueira e por isso tomar aspirinas havia se tornado rotina.Ela não conseguia entender o motivo e também era difícil de se chegar a uma conclusão plausível, sonhar o mesmo sonho tantos dias seguidos era algo até aquele momento considerado improvável.Signe estava começando a ficar incomodada com isso, despertar repentinamente assustada e banhada de suor, toda vez levando a mão a cabeça e barriga.Sigurd Wedel estava sendo um bom anfitrião, se bem que na maioria das vezes, ela não o via. Sempre estava trancado em seu escritório e havia se tornado uma pequena rotina. Aba
O dia amanheceu chuvoso, do lado de fora o vento chacoalhava as árvores de um lado para o outro enquanto a fina garoa molhava tudo ao redor. Fazia frio e foi sentindo essa sensação, de um ar gélido, que fez Signe acordar.Tinha dormido muito bem, os pesadelos recorrentes haviam sumido pela primeira vez em dias. Era um contraste gigantesco, afinal enquanto a noite anterior tinha sido atípica, constrangedora e assustadora, fazia muito tempo que não dormia tão bem.Levantou-se e ainda sentada na cama espreguiçou longamente, levantando seus dois braços para cima. Criou coragem e foi fazer suas higienes, tomou um banho rápido, se vestiu e desceu.Ainda nos degraus sentiu um cheirinho forte de café e involuntariamente foi sendo guiada até a cozinha, onde vinha o cheiro.
Signe estava faminta. Quando chegou na cozinha viu um cesto com pães sobre a mesa. Fuçou a geladeira ficando feliz por ter encontrado algumas salsichas, pegou junto o ketchup e a mostarda e colocou na pia. Depois abriu os armários em busca de uma panela, pegando a primeira que veio a vista. Encheu com água e colocou no fogo.Inicialmente sua ideia era fazer um *lompe, mas estava com preguiça de fazer a massa, pois daria trabalho. Teve que adaptar simplificando para um tradicional hot dog. Após saciar sua fome ficou em dúvida entre se arriscar sozinha procurando o tal Jardim de Aker ou ir para seu quarto e esperar Sigurd voltar de sua caça. Por questões de coragem e preguiça acabou escolhendo a segunda opção e assim a fez.Em seu quarto trocou de roupa colocando algo mais confortável deitando-se em segui
Às vezes algumas verdades tem que ser ditas enquanto outras omitidas na esperança que nunca sejam descobertas. É parecido com segredos, todos temos, mas não queremos que sejam expostos.Floki era filho único de Svarza Suveson e Thor Suverson. Uma família rica e tradicional de Oslo.Sua riqueza foi construída em grande parte pela pesca marítima de bacalhau. Sua história vem dos primórdios, o avô do avô de Thor era um humilde pescador que ganhava a vida se arriscando em alto mar. Com o passar dos anos o pai de Thor Suverson, soube aperfeiçoar e contando com uma visão além de seu tempo, fechou grandes contratos com importadoras nacionais.O negócio foi crescendo até a empresa se tornar uma multinacional. Hoje a Suvensea Ltda, domina o comércio de pesca no mar do norte e consequentemente, contabiliza uma fortuna gigantesca. Porém, como diz o ditado, nem tudo é um mar de rosas, e no caso da família Suveson não foi diferente.A riqueza veio juntamente com d
Olá leitores, tudo bem com vocês? Me chamo Thiago. Componho músicas desde os 15 anos, onde comecei tocando violão e posteriormente guitarra.Por vários anos meu passatempo era compor. Tive uma banda de garagem onde nesse curto espaço de tempo foram momentos maravilhosos.Infelizmente por percalços da vida não segui o caminho profissional da música, porém nunca parei de compor.Cerca de 4 anos atrás conheci o Wattpad e assim pude finalmente pôr em prática uma vontade que tinha, escrever um livro.Apesar de ter a facilidade da escrita, foi um desafio enorme saber por onde começar ou o que escrever, isso s
Era uma noite escura e chovia forte. Apenas iluminada pelos relâmpagos que cintilavam o céu. Signe havia dormido cedo aquele dia, estava exausta após um dia duro no trabalho. Ventava forte e galhos batiam na janela do quarto. Juntamente com os trovões faziam uma sinfonia barulhenta e perigosa a qual acabou por fazer Signe despertar.Um pouco atordoada pelo sono e assustada com o cenário que viu, Signe acendeu o abajur ao lado de sua cama e esfregando as mãos em seus olhos se levantou da cama. Levando as mãos ao alto soltou um demorado bocejar tentando despertar.Chegou próximo da janela de seu quarto e viu os galhos que balançavam freneticamente do lado de fora.Levou um susto com um forte trovão que rompeu o silêncio da madrugada.Si