Em uma manhã ensolarada de verão, próximo aos matos de altura elevada, que insistiam em nascer nos limites laterais da rodovia principal da cidade de Riópolis, foi encontrado um corpo que tinha a cabeça decapitada. O corpo tinha muitos furos, os quais estavam cobertos de sangue, e os quais se referiam a furos de bala de fuzil.
A cabeça, que estava a cerca de dois metros de distância, também apresentava alguns furos e possuía uma expressão de pavor, o que refletiu seus momentos antes da execução. Os olhos esbugalhados, a boca aberta e ensanguentada, e os cabelos pretos, curtos, mas compridos o suficiente para se mostrarem bagunçados, e permitirem que quem puder encontrá-la, entenda que antes que a cabeça pudesse ter ficado longe do corpo, a mesma foi pega por alguém e em seguida arremessada por essa mesma pessoa.
As primeiras horas da manhã compunham o período favorito de muitos moradores de Riópolis, pois as pessoas que apreciavam a prática de exercícios diários aproveitavam esses momentos a fim de ir caminhar e de fazer outras atividades ao lar livre. E em um desses momentos, uma mulher que passava correndo pelo local, avistou o corpo em meio à poça de sangue. Olhando para todos os lados com medo de estar sendo observada, ela se aproximou do corpo e viu que próximo a ele, tinha um bilhete, o qual tinha sido escrito à mão por uma pessoa que provavelmente tinha o coração preenchido por um ódio que quase podia ser palpável. Quando a mulher se agachou, ela resolveu ler o bilhete que parecia um aviso, dizendo: “A carga vai chegar e ninguém vai impedir.”.
Nesse instante, a mulher que já estava se sentindo com o psicológico perturbado devido ao corpo e à cabeça que ela tinha acabado de ver, e do bilhete que ela tinha acabado de ler, ela sentiu que a sua mente foi invadida por pensamentos que estavam causando medo e fazendo-a imaginar muitas coisas referentes àquele aviso, mas sentindo seu coração acelerar e uma onda de adrenalina percorrer o seu corpo, em um ato impulsivo e com a garra de alguém que pretende defender a cidade e proteger os seus moradores que, assim como ela, são inocentes e sofrem com a violência local, ela tomando todo o cuidado para não ser vista deslizou a sua mão bolso de sua calça de malha e pelo pegou o celular, através do qual discou o numero da polícia e fez uma denúncia a respeito da carga que ela imaginava que estivesse chegando.
Em uma pequena cidade do estado de São Merlim, chamada Riópolis, as belezas naturais, como as montanhas, as praias e o mar azul não foram suficientes para fazer com que a maresia escondesse a quantidade de moradores que vivem amedrontados pelo gigantesco poder das facções criminosas que lá vivem. E, como um nevoeiro que avança e cresce a cada anoitecer ainda mais poderoso, a gangue aumenta o seu poder ameaçando e matando a todos que atravessarem seu caminho.Sendo surpreendido após receber uma ligação, o policial Davi que trabalhava no departamento de polícia da cidade, o qual é chefiado pelo delegado Marcondes, se sentiu tenso quando as suas mãos tocaram o telefone e o tiraram do gancho, atendendo-o.Enquanto isso, a cidade continuava encarando a sua rotina. Todos saindo de suas casas para trabalhar ao som de tiroteios que soavam mais altos do que o som do canto dos p&aac
Cerca de dois dias depois, Marcondes teve a honra de receber em sua delegacia o secretário de segurança Ricardo que, sempre vestido elegantemente com um terno azul marinho, preocupava-se em prestar sempre o melhor serviço ao estado de São Merlim. Ricardo é um homem que tem por volta de quarenta e cinco anos. É alto, magro, de cabelos curtos e na cor castanho escuro, de pele clara e que está sempre de barba feita, pois é a forma o faz se sentir mais elegante.A reunião dos dois maiores nomes do setor de segurança local foi a atração daquele dia na delegacia para discutirem os detalhes de como seria feita essa operação que se referia a um policial infiltrado na comunidade mais perigosa do município de Riópolis.– Boa tarde, delegado Marcondes. O motivo da minha visita foi o seu contato, informando a respeito de uma carga que uma das facções
Alguns dias depois, todos os funcionários que compunham a delegacia já estavam cientes do plano que o cabo Davi estava para começar a executar no dia seguinte. O próprio cabo Davi estava um pouco nervoso, pois seria algo muito novo, mas que seria gratificante a ele, pois ele sempre se preocupou muito com a segurança dos moradores.Então de modo a começar da forma mais correta possível, o cabo Davi se preparou psicologicamente e tentou preparar o seu vocabulário para que ele pudesse ser facilmente passado por um deles e conquistasse a todos imediatamente, para que eles pudessem se identificar e deixar que o mesmo participasse de sua gangue e do seu convívio diário. Depois que o cabo Davi teve a palavra do delegado de que as operações policiais na área seriam suspensas enquanto ele estivesse na comunidade, ele ficou um pouco mais tranquilo, pois um dos principais motivos que origin
Enquanto isso na comunidade que se localiza na zona norte da cidade de Riópolis, a facção dominante é composta por uma gangue que tem um imenso poder bélico e financeiro, cujos componentes atacam toda a região.E nesse momento, essa facção está se preparando para mais uma noite de baile, mas dessa vez para comemorar que a carga encomendada em breve estará sendo enviada e que eles serão abastecidos com tudo o que eles precisam para continuar fornecendo aos clientes e se protegendo de possíveis ataques de outras facções ou de confrontos com a polícia local.A gangue, até o momento, é formada por quatro rapazes, os quais são conhecidos como Alvinho, Brinkim, Haroldo e Luciano.Alvinho é um homem de pele clara, de cabelos platinados e arrepiados no alto da cabeça, com o comprimento indo até os ombros. Além disso, e
Naquela noite, estando tudo pronto para o baile acontecer, Felipa perguntou a Alvinho:– Como estão os preparativos do baile de hoje à noite?– Está tudo em ordem. Se quiser dar uma conferida... – Respondeu o Alvinho, que tem sido o seu braço direito há algum tempo.– Eu vou lá dar uma olhada agora. – Disse ela saindo e caminhando em direção à quadra da comunidade, onde acontecem os bailes de todos os finais de semana.Quando Felipa chegou na quadra, ela viu que aquele grande espaço estava todo montado de uma forma bastante profissional, com diversas luzes coloridas, palco para receber os cantores, além de um grande espaço que seria destinado ao camarote, o qual geralmente é ocupado por ela e pelos rapazes da gangue, além de outras pessoas que eles quisessem convidar. Ali naquele espaço são servidos diversos dri
O dia passou e Felipa ficou sentada na laje observando as bebidas chegarem e abastecerem os freezers do local onde aconteceria mais tarde o baile pelo qual eles tanto esperavam.E depois que já estava tudo pronto, a noite caiu e todos se arrumaram. Felipa vestiu um cropped, o qual foi feito em um tecido brilhoso, como se fosse de plástico e na cor preta. Vestiu uma calça também preta e que também era brilhosa. No cabelo, ela colocou mega hair, o qual mesmo com um rabo de cavalo alcançava o quadril, deixando o comprimento muito maior do que o tamanho do seu cabelo natural.Quanto à maquiagem, ela apostou em um cílio que favoreceu muito o seu rosto, pois eles tinham muito volume, destacando o seu olhar, e deixando-a ainda mais linda do que o normal. Um batom vermelho com efeito matte e um iluminador complementaram a sua maquiagem. E nos pés ela calçou uma sandá
Depois que o baile acabou, os rapazes foram falar com Felipa:– E aí, Fê? Vamos para casa? – Perguntou Alvinho, que não estava gostando da proximidade que Felipa estava tendo com o seu novo conhecido Xande.– Vamos, sim. Preciso cair na cama e dormir muito. – Respondeu Felipa já bêbada de tantos copos de whisky que ela tinha bebido ao longo da noite. – Foi um prazer te conhecer, Xande. Fique à vontade para aparecer outro dia. Todo final de semana tem baile aqui na comunidade.– Obrigado pelo convite. Eu pretendo voltar, sim. – Respondeu Xande.– Que bom. Vou ficar te esperando. Até a próxima. – Disse Felipa se despedindo e descendo as poucas escadas do camarote.Naquele instante, Alvinho chegou perto de Xande e disse:– Eu “tô ligado” que você está arrastando asa para cima da Felipa, mas eu
Enquanto isso, na comunidade, algumas horas mais tarde daquele mesmo dia, Felipa tinha pensado em visitar o parque de diversões da cidade, o qual era o seu lugar favorito. Ela gostava muito de frequentá-lo. Sempre descia as ruas íngremes de sua comunidade em cima de sua moto potente a fim de ir até o deck em frente ao parque, onde ela se sentava e ficava observando o mar, pois o parque de diversões se localizava muito próximo à praia, garantindo uma excelente vista, principalmente no fim da tarde, no horário do pôr do sol.Então todos os dias por volta das cinco horas da tarde, ela dizia ao seu braço direito Alvinho:– Vai precisar de mim para alguma coisa? Os produtos estão todos contados para amanhã?– Está tudo sob controle. Pode ficar tranquila que nenhum cliente vai ficar sem a erva nem sem os entorpecentes que eles tanto gostam. – Res