O Infiltrado
O Infiltrado
Por: Vanessa Matos
Prólogo

Em uma manhã ensolarada de verão, próximo aos matos de altura elevada, que insistiam em nascer nos limites laterais da rodovia principal da cidade de Riópolis, foi encontrado um corpo que tinha a cabeça decapitada. O corpo tinha muitos furos, os quais estavam cobertos de sangue, e os quais se referiam a furos de bala de fuzil.

A cabeça, que estava a cerca de dois metros de distância, também apresentava alguns furos e possuía uma expressão de pavor, o que refletiu seus momentos antes da execução. Os olhos esbugalhados, a boca aberta e ensanguentada, e os cabelos pretos, curtos, mas compridos o suficiente para se mostrarem bagunçados, e permitirem que quem puder encontrá-la, entenda que antes que a cabeça pudesse ter ficado longe do corpo, a mesma foi pega por alguém e em seguida arremessada por essa mesma pessoa.

As primeiras horas da manhã compunham o período favorito de muitos moradores de Riópolis, pois as pessoas que apreciavam a prática de exercícios diários aproveitavam esses momentos a fim de ir caminhar e de fazer outras atividades ao lar livre. E em um desses momentos, uma mulher que passava correndo pelo local, avistou o corpo em meio à poça de sangue. Olhando para todos os lados com medo de estar sendo observada, ela se aproximou do corpo e viu que próximo a ele, tinha um bilhete, o qual tinha sido escrito à mão por uma pessoa que provavelmente tinha o coração preenchido por um ódio que quase podia ser palpável. Quando a mulher se agachou, ela resolveu ler o bilhete que parecia um aviso, dizendo: “A carga vai chegar e ninguém vai impedir.”.

Nesse instante, a mulher que já estava se sentindo com o psicológico perturbado devido ao corpo e à cabeça que ela tinha acabado de ver, e do bilhete que ela tinha acabado de ler, ela sentiu que a sua mente foi invadida por pensamentos que estavam causando medo e fazendo-a imaginar muitas coisas referentes àquele aviso, mas sentindo seu coração acelerar e uma onda de adrenalina percorrer o seu corpo, em um ato impulsivo e com a garra de alguém que pretende defender a cidade e proteger os seus moradores que, assim como ela, são inocentes e sofrem com a violência local, ela tomando todo o cuidado para não ser vista deslizou a sua mão bolso de sua calça de malha e pelo pegou o celular, através do qual discou o numero da polícia e fez uma denúncia a respeito da carga que ela imaginava que estivesse chegando.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo