Michael Williams: Quando ela andava seu vestido balançava e aquilo me dava o privilégio de uma visão perfeita. Ela era tão perfeita e merecia tantas coisas boas, que sempre que a via ao meu lado, sentia como se eu a sufocasse de alguma maneira. Andávamos pelo jardim até chegar em minha casa, que era mais parecida com uma mansão. Émie sorria enquanto andávamos, seu jeito meigo e leve de levar as coisas me deixavam com mil perguntas a serem feitas. — Émie… — ela virou-se com um largo sorriso em seu rosto, como se estivesse despertando sua criança interior. — Quero te mostrar uma coisa! — estendi a mão e me senti feliz quando segurou. As iluminações não eram muito chamativas, não gostava de muitos enfeites e por isso optava por algo mais básico, mas não tão simples. Algumas pessoas da minha família estavam dentro da casa, chegaram hoje pela manhã e Besty os recebeu. O vento que soprava em nosso rosto bagunçava seus cabelos, mexia as árvores e deixava tudo ainda mais leve. Na parte ex
Émie Carter: O ar faltava em meu peito, uma sensação de sufocamento tomou conta de mim e naquele momento, diante daquela cena, eu me vi à beira do precipício. Onde eu estava com a cabeça quando aceitei morar na casa de um homem que nem lembra quem eu sou? — Isso não pode continuar assim — repeti várias a mesma frase para mim mesma antes da Betsy me encontrar parada, olhando nada, buscando forças para caminhar e sair dali o quanto antes. — Émie, eu sei que não deveria te pedir isso, sei que meu irmão é um idiota, mas vamos entrar? Aproveite este Natal comigo, por favor! — o olhar marejado de Besty me fez voltar para dentro de casa, embora não quisesse, ela era minha melhor amiga e quem sempre esteve comigo, me acolhendo nas horas difíceis. — Obrigada, Émie. Por estar fazendo isso por mim. — Eu também senti a sua falta. — disse baixinho, porque demonstrar sentimentos não era o meu forte, e isso ainda me deixava sem graça. — Eu te amo, estarei sempre com você. — Betsy alisou minha mã
Michael Williams: Era difícil dizer que meu coração estava sentindo, mas era necessário…Paramos em frente a biblioteca, e em minha mão havia uma caixinha, onde dentro estava a chave para abri-la.— Feliz Natal! — segurei sua mão e lhe entreguei a caixinha, vendo sua expressão confusa e calma. Ao abri-la, seu sorriso não durou por muito tempo, em seguida ela fechou e me estendeu a mão, para que eu a pegasse de volta. — Obrigada, mas eu não posso aceitar, me desculpe! — Não se recusa um presente, e eu não o aceitarei de volta. É todo seu. — por alguns segundos ela permaneceu pensativa, até que eu também queria saber sobre sua reação e seus gostos. — Espero que tenha gostado. — Eu adorei. Muito obrigada, Michael. Espero algum dia poder retribuir tudo isso…— Pode me pagar com beijos, eu não vou me importar. — caminhei até ela e lhe envolvi em meus braços, lhe beijando com desejo e como se fosse a primeira vez. — Podemos conversar um pouco? — pedi segurando seu rosto e a vendo sorri
Émie Carter: Tudo estava indo fora da rota. Dane-se! Eu preciso parar de me privar das coisas que desejo e posso tê-las. Michael me beijava com suavidade, deixando a todo momento o quando estava me amando a cada segundo em que estávamos passando juntos. Agora, mais do que nunca, os conselhos da Betsy estavam me dando coragem, eu precisava me permitir um pouco mais. — Eu quero mais que isso, Michael. Quero que faça amor comigo. — pedi em sussurro, com medo de sua rejeição e de um possível “não”.— Tem certeza que é isso mesmo que você quer? — Essa é a única coisa que eu tenho certeza em minha vida. Quero ser sua, quero poder desfrutar desse amor que me proporciona e quero beijaram com você, mas… — As condições você poderá impor quantas quiser, desde que esteja ao meu lado. — bem… isso ainda era algo que teria que ser conversado com calma e paciência, e o que eu não estava tendo no momento era paciência. Suas mãos percorriam meu corpo, e em cada toque eu me sentia ainda mais dele,
Michael Williams: Era possível ouvir o barulho das ondas quebrando na beira da praia, misturado ao som do prazer que Émie sentia naquele momento. Sua respiração ofegante deixava claro o quanto seu corpo estava entregue, o quanto ela era minha e a bendita sorte que eu tinha por tê-la para mim.(...)A cama era um vazio sem ela, mesmo vendo ela caminhando nua ali em minha frente, tinha a sensação de que a qualquer momento poderia perdê-la por erros do passado, e isso me doía mais ainda por não saber o que fazer caso isso chegasse acontecer. — Você vem? — seu olhar tinha o poder de me intimidar, e como um cachorrinho eu levantei da cama em um salto e corri até ela. — Não poderia deixar passar essa oportunidade. — era impossível não sentir desejo por ela, toda vez que eu a visse, era uma conexão inexplicável e que eu jamais quero que chegue ao fim. As cicatrizes marcavam mais parte do seu corpo, na barriga havia uma enorme cicatriz de queimadura, como se sua pele tivesse derretido e r
Émie Carter: Meu peito doía, como se a dor fosse um estímulo eu usava aquilo ao meu favor para não reviver situações semelhantes às que já estive… andava rápido pelas ruas desertas, enquanto meu mundo estava se desabando em lágrimas. Enviei uma mensagem a Betsy antes de formalizar minha decisão, era algo que eu já deveria ter feito a muito tempo. “Pode me encontrar no café Fyzen?” “O que houve? Estou indo!” Olhar as pessoas e vê-las felizes me causava uma sensação de solidão e vazio, como se estivesse aproveitando a vida elas sorriam, abraçavam seus parceiros, voltavam bêbados de alguma festa ou algo do tipo, enquanto eu… não sabia nem mesmo quem eu era nesse exato momento, como se minha alma não estivesse em meu corpo, como se apenas a matéria carnal estivesse vegetando e isso estava acabados comigo. (...)— Oi… eu achei que iria chegar mais cedo, mas… ei, o que houve? Onde está Michael? — Betsy me olhava com pena, enquanto procurava por cima seu irmão, que nesse momento deveria
Michael Williams: Depois que a ligação encerrou eu a procurei por cada canto da casa, mas não a encontrei em lugar algum. Seu telefone estava desligado, então eu sabia que ela havia saído e encontrá-la não seria tão fácil, foi então que decidi ir até o desgraçado do Marco, mas nosso acerto seria definitivo, orasse Suzan para não ser também. O carro estacionado era o da filha da puta, juntamente com o seu novo amante. — Droga! — Praguejei a vendo amordaçada em seu canto, embora eu quisesse deixá-la morrer ali, não poderia fazer isso. — Deixa ela sair do carro que eu te passo a grana que você pediu. — Março gargalhava com um cigarro em sua boca, manuseando uma arma em suas mãos, era tudo questão de tempo até a polícia chegar e acabar com tudo isso. — Pode deixar a mala ao lado do carro da vadia, ela não vai precisar mais dele, você poderá levar ela em casa, como fazia nos velhos tempos. Cerca de um minuto depois a polícia chegou, fechou seu cerco e o prendeu, enquanto Suzan se mant
Émie Carter: 31 de dezembro, Ano Novo…Mil e um pensamentos me torturam no exato momento em que tentava encontrar alguma coisa em mim que não estivesse marcada pelo passado. O dia havia acabado de começar e eu tinha muitos planos, quando pensei em ir até algum lugar para tomar café, alguém bateu na porta e quando abrir era a senhora que me alugou o quarto. — Bom dia, vim lhe chamar para o café da manhã, esteja na mesa rápido. — Obrigada!? — na verdade estava sem reação, era a primeira vez que alguém me chamava tão delicadamente para comer e eu estava me sentindo bem. — Elizabeth, muito prazer! — sua despedida foi rápida e ela deu as costas e desceu as escadas sem olhar para trás. O dia começou ao meu favor, o banheiro estava vazio e eu pude tomar um banho demorado sem ninguém para me apressar. Apesar da boa vontade da Dona Elizabeth me convidar, eu não estava me sentindo bem para sentar com tanta gente ao meu redor, ao menos foi isso que vi quando passei rápido enrolada na toalha