Oi, garotas bonitas, eu adoraria saber, se você está gostando da história?
A viagem levou pelo menos uma hora. Era evidente que, os saltos na caminhonete e os movimentos bruscos tornavam o passeio um pouco mais rígido, pois seu corpo se mexia incessantemente contra o homem e seu olhar constante neste ponto, já estava deixando-a sem forças.Ela tinha permanecido silenciosa e com um monte de pensamentos que faziam de cada segundo uma provação. Ela tinha muitas perguntas e uma terrível confusão sobre o que Said queria dizer com cada palavra que ele atirava a ela carregada de duplo sentido, enquanto ouvia também uma pequena conversa do xeque com os homens sentados na sua frente.Embora ela não pudesse entender nada do que estava sendo dito entre eles, pelo menos um deles estava sorrindo, aquilo tirava dela um peso bem grande de sua mente.Em questão de minutos, ela conseguia ver uma espécie de aldeia... tinha barracas enormes, simples e pequenas, mas todas elas ficavam organizadas formando um tipo de U, algumas na frente de outras e algumas mais distantes. Ele t
Seu corpo inteiro ficou tenso e sua virilidade latejava incansavelmente, enquanto com as mãos, ele agarrava a corda do camelo o mais apertado que podia.Aquele olhar cheio de tanta sensualidade, estava levando-o à beira da loucura... Said estava certo de que ela nesse momento estava pensando algo a respeito de sua pessoa, porque agora que ele a viu a poucos metros de distância dele enquanto Aminé consertava seu hijabe, ele sabia que Lia de forma inconsciente, estava lhe dando a certeza de que ela gostava dele e isso era uma grande vantagem para seu propósito.Mentalmente ficou feliz por ter escolhido seu lugar preferido. Era claro que esta era a primeira vez que ele trazia alguém com ele, e nesta ocasião uma mulher, mas muito necessária para seu segredo. Eles não poderiam ir até a ilhota em suas caminhonetes para lhe proporcionar maior conforto, pois não conseguiriam entrar naquela área, sendo a estrada muito rochosa e quase impossível de dirigir.Somente os camelos poderiam aproximá-
O tremor de seus lábios e aquele sorriso que ela mandou para o homem totalmente sério na frente dela foi apenas uma desculpa de seu corpo alarmado e de sua mente louca.Ela não tinha ouvido isso, o tinha imaginado, repetia para si mesma muitas vezes, uma e outra vez. Tudo isso era impossível, e sim, talvez o que estava acontecendo fosse apenas um fruto de sua imaginação.Do mesmo jeito que os desertos foram descritos.—Eu acho... já estou delirando com o calor... Juro que estou ouvindo coisas —O riso de Lia saiu de nervos exagerados junto com seu corpo que continuava tremendo.Ela até tentou se levantar para poder respirar melhor, neste momento ela não conseguia respirar ar suficiente para seus pulmões.No entanto, assim que ela tentou tomar o impulso, aquela mão de aço agarrou seu braço e a impediu de se levantar. E aqueles olhos tão pretos como a noite só lhe confirmaram que ele estava muito sério e que nada era fruto de sua imaginação.—Você não está alucinando. Eu disse, que eu qu
Eu aceito...A palavra ecoava em sua cabeça a cada segundo e seu corpo ainda não estava acostumado a respirar tão perto dela perto, ele viu seu rosto preocupado, mas, mesmo assim, ela tinha se jogado no abismo para salvar sua pele.“Ela não tem medo do risco? pensou enquanto a via tocar a água com seus pés descalços, e colocou uma mão na testa para olhar o horizonte onde o sol se punha.Eles tinham feito uma pausa na conversa, ele mesmo a pediu quando se sentiu sufocado naquele minúsculo espaço onde o ar estava faltando, enquanto pensava incrédulo, o por que ele não precisou de muito esforço para convencê-la.A tarde tinha passado com uma comida leve, e uma conversa sobre qualquer coisa que não tivesse nada a ver com eles, também com uma caminhada na ilhota que Lia não deixou de observar com admiração.“Será que Lia entendeu mesmo o peso todo que precisa levar sua esposa? Neste momento ele pensou que ela não o tinha feito. Ele aceitaria a palavra dela, o fato de ele ser completam
“Parar de tremer já...para...” A mente da Lia estava falando sobre as suposições. No momento em que Said saiu da tenda, ela conseguiu deixar sair o ar e um choque bateu sobre seu corpo.—Meu Deus... O que estou fazendo? — ela colocou as mãos no rosto enquanto o tremor fazia de seu corpo um monte de nervos.Ela não podia dizer qual emoção a dominava mais no momento. Ela estava assustada, não o podia negar, mas estava entusiasmada mesmo, apesar de toda a situação.“Que mulher recebe um beijo como este, quando ela está apenas se dedicando aos seus negócios? — Lembrando a sensação, ela levou os dedos à boca enquanto seus olhos se fechavam por vontade própria. Aquele homem a tinha beijado, e que beijo, ele quase a tinha comido inteira!A confusão toda tinha tomado conta de sua mente, e embora a palavra —casamento— a aterrorizasse muito, tinha outra em que ela não pensou e que a enchia de pânico ainda maior.O Emir precisava de um herdeiro, e ela se ofereceu muito prontamente para lhe dar u
—Lia... Lia, acorde... temos que ir... —sua voz favorita ecoou em sua mente devagarinho, enquanto ele tentava piscar os olhos várias vezes.Foi um pouco difícil, mas abrir os olhos e ver o Said mais claramente de joelhos diante dela a fez saber que era hora de se levantar o mais rápido possível.—Me desculpe... —ela se sentou abruptamente, levando o pano para se cobrir, mesmo usando um vestido, que não a ajudou muito a descansar.Seu cabelo estava solto e ela devia ter ficado pior do que nunca, além de ter chorado parte da noite antes de adormecer, e de ter lágrimas secas nos olhos.—Por que seus olhos estão vermelhos? —a pergunta do homem curioso a alertou.—Eu... às vezes acordo assim, talvez seja este pano... —Lia tirou o pano de cima dela, e tentou se levantar, mas Said a deteve.—O que aconteceu, você pode me dizer?—Não é nada. Às vezes a lã me dá alergias, por isso meus olhos estão um pouco vermelhos. Minha pele às vezes é... um pouco delicada.O xeque ficou observando-a por um
Capítulo 22—Respire... em breve você estará com o homem que ama... —Lia girou assim que Aminé lhe disse essas palavras.Neste momento elas estavam absolutamente sozinhas naquela grande tenda, e em poucos minutos, aquela mão que Aminé segurava, que na verdade era a única coisa que ela podia segurar, não estaria mais com ela.Em poucos minutos ela estaria legal e espiritualmente casada, do jeito que aquela mulher lhe tinha dito, a ajudou a esclarecer algumas dúvidas, assim como também a aumentar sua ansiedade. Num instante ela estaria diante de um grupo de pessoas que nada sabiam sobre ela, e do homem a quem ela diria sim nesta proposta que ela tinha se jogado no abismo abaixo.Seus lábios tremeram levemente e, como os mortos vivos, ela caminhou na direção que Aminé a conduziu. Um espelho de tamanho médio foi o que ela encontrou na sua frente e a respiração deixou seu peito quando ela viu uma mulher totalmente desconhecida na sua frente.—Você é a noiva mais bonita que eu já vi, Lia...
Uma espécie de reverência é o que ela viu na atitude da comunidade assim que o Emir anunciou sua retirada. Seus olhos continuaram observando a mão do xeque em sua mão, pois embora ele já a tivesse tocado antes, desta vez a pegava de um jeito possessivo, como se não houvesse mais uma proibição ou barreira entre eles.Andando atrás dele, com as mãos coladas, ela deu um último olhar para Aminé, que a observava orgulhosa e fazia um aceno com a cabeça.Caminharam por alguns segundos até que viu vários homens acompanhando-os. Passaram pelas fogueiras, as tendas que ficavam juntas até que o caminho se tornou mais isolado. Mas assim que Lia viu outra fogueira e uma grande tenda que ela não tinha visto antes dentro da comunidade, ela soube que tinham chegado ao seu destino.—Só se for alguma coisa importante demais, senão eu não estou para ninguém mesmo, é o que o Said disse aos homens enquanto eles acenavam com a cabeça aceitando a ordem. Eles estavam armados e Lia poderia jurar que também nã