O Homem da Minha Vida Rodolpho andava desesperado para ir atrás de Mel. Já havia conseguido o seu endereço com Iara, que relutou em lhe dar. — Deixa ela ser feliz com Augusto, Rodolpho! Esse homem a ama e ela já sofreu demais!— ela dizia. — Mas ela me ama, assim como eu, Iara! Por favor, me ajude!Iara suspirou lembrando daquele dia em que o casal se encontrou pela primeira vez. Ela tinha certeza que seria para sempre aquele amor. — Está bem, Rodolpho! Seja o que Deus quiser!Elegante como um príncipe, Rodolpho beijou as mãos de Iara e em seguida, ergueu os olhos brilhando de emoção. — Eu vou trazê-la de volta e vou me casar com ela, Iara!— ele disse soltando as mãos da moça e voltando a postura anterior.Ele saiu correndo e Iara ficou pensando o que ele pensava fazer com mulher e filha. Ela franziu a testa sem entender. Iara nunca sentiu um amor arrebatador assim por ninguém. Quando Rodolpho chegou em casa dizendo que precisava viajar, Raquel se alterou instantaneamente. —
O Homem da Minha Vida Mel olhava para Rodolpho com os olhos lacrimejando, mas ela já havia tomado a sua decisão. — Não vou voltar para aquele lugar onde sofri tanto! — ela disse. — Foi feliz também, Mel! Cresceu ali junto com os seus irmãos e os seus pais!— Rodolpho argumentou. Mel ficou pensativa, tentando buscar lembranças felizes da casa dos pais, mas existia uma mágoa muito grande que a impedia. — Não posso!— ela decidiu. Rodolpho entrou em desespero e segurou as mãos de Mel falando, enquanto deixava que as lágrimas lhe vencesse: — Não precisa enfrentar todos ali outra vez! Vamos morar em Pernambuco, então! Eu cuidarei da Usina de lá! Por favor, me dê essa chance!Mel parecia uma criança assustada olhando para Rodolpho, sentindo o desejo de sair correndo da sua própria casa, do seu ninho. — Seu pai, meu pai, meus irmãos, Diogo! Não! — era o desespero de uma perseguição psicológica quem falava através dela. Rodolpho a abraçou com força fazendo-a se acalmar, enquan
O Homem da Minha Vida Augusto entrou em casa e percebeu que o apartamento estava arrumado. Não tinha mais roupas espalhadas pelo chão. Mel saiu do quarto ofegante, devia estar arrumando a cama.Ele abriu os braços e lhe ofereceu o seu amor. Mel se atirou chorando. — Tudo bem meu amor! — ele disse carinhoso.Mel começou a falar entre soluços: — Eu não vou te deixar Augusto! Nunca mais! Eu juro! Sofri tanto longe de você! Não vou fazer o caminho de volta! Não vou!Augusto se afastou, segurou o rosto delicado de Mel e disse: — Está tudo bem agora! Não precisamos falar sobre o que aconteceu aqui, está bem?Mel não parava mais de falar: — Eu vou para São Paulo com você! Eu vou, eu vou com você! Vamos criar nosso filho, amor! Eu vou esquecer o passado! Eu te prometo!Augusto olhou nos olhos que choravam a dor da separação, ficou penalizado e prometeu; — Eu juro que serei sempre o homem perfeito, para que você nunca deixe de me amar!Mel sorriu secando as lágrimas como uma cria
O Homem da Minha Vida Helena ficou duas semanas em São Paulo e estreitou os laços com a filha. Elas falavam de perdão. Helena estava na varanda sentada com Mel olhando o movimento lá embaixo, enquanto dizia: — Eu podia ter te ajudado a ser feliz com o seu primeiro amor! Eu podia ter te tirado daquele casamento infeliz! Filha, eu vivo amargurada por tê-la deixado sofrer tanto! Se eu pudesse voltar ao passado!Mel se emocionou e respondeu: — Não pense mais nisso, mãe! Eu sofri muito, mas de alguma forma, eu encontrei a felicidade ao lado do homem perfeito!Helena riu achando graça. — E isso existe?— ela brincou. Mel também ria, enquanto respondia: — Não vê como Augusto é? Estou falando sério, mãe! Ele é tão bom que não sei se eu o mereço! É um príncipe! Helena parou de sorrir e falou seriamente: — Minha filha, você nunca esqueceu Rodolpho, não é?Mel suspirou e disse impaciente: — Ele está aqui, guardado em algum lugar! Preferia não ter que vê-lo mais! Helena insistiu n
O Homem da Minha Vida Mel chegava à Praia Azul, dessa vez, bem diferente das outras vezes em que vinha cheia de ansiedade e planos.Quando desceu de táxi na porta de casa, os irmãos foram saindo de dentro curiosos para vê-la. Eles se abraçaram emocionados. Depois que foi embora dali, fugida de Diogo, Mel voltou poucas vezes para vê-los. Já fazia mais de dez anos que não vinha.Era a primeira vez que Mel vinha sem Augusto. Ela estava tão ansiosa por ver o pai que não conseguia pensar nisso.Mel entrou na casa ofegante e foi direto para o quarto do pai. Ele estava lá, magro e abatido.Os olhos dele brilharam ao vê-la. Mel correu para abraçá-lo. — Pai!— ela disse emocionada. — Minha filha!— José disse com voz embargada. — Você vai ficar bem, pai!— Mel disse forçando um sorriso ao se afastar.José de Aquino assentiu com a cabeça. Os irmãos de Mel estavam sem as esposas e filhos, mas haviam duas crianças pequenas, um casal, netos de Tito e Celso.Mel abraçou as crianças e as co
O Homem da Minha Vida Rodolfo seguiu Mel com o coração acelerado. Ele arrancou a camiseta apressado e a jogou ao chão, junto com as roupas dela.Mel se virou e sorriu. Ele foi em sua direção também sorrindo. — Isso nunca acaba, meu amor!— ele disse ao chegar. — Eu me arrependi, na última vez!— ela confessou. Ele a ignorou e a beijou sedento, cheio de emoção. Mel foi se entregando na medida em que as mãos de Rodolpho foram lhe tomando, lhe arrancando o biquíni.Mel suspirou ao ser invadida depois de tantos anos pelo seu amor do passado. Rodolpho sempre carinhoso e gentil esperava a permissão da sua amada. — Rodolpho… — Mel…Eles tinham os olhos fechados, como se voltassem no tempo e procurassem os adolescentes de outrora no toque sutil de suas mãos. Mel descansou nos braços de Rodolpho que carinhoso procurava lhe dar o máximo de prazer possível.Mel sentiu o corpo satisfeito, feliz, sem pensar que não era mais livre para amar Rodolpho. Rodolpho deixava o corpo se mover d
O Homem da Minha Vida Diego, o filho mais novo, de quase trinta anos, sorriu e acenou para a mãe.Mel ficou angustiada olhando para eles e vendo Daniel, o seu neto, vir ao seu encontro. — Oi vó! — ele disse carinhoso abrindo os braços. Mel deixou-se abraçar e por cima do ombro de Daniel procurou os olhos do marido que a olhava visivelmente contrariado. Augustinho e Bernardo tinham a testa franzida e os braços cruzados. Os olhos deles estavam em Rodolpho. Este, por sua vez, olhava para Diego curioso, pois era o único que não tinha a pele alva e olhos verdes como Augusto. Daniel se afastou e cumprimentou Rodolpho com simpatia. — Olá! Você é amigo da minha vó?Rodolpho desviou o olhar de Diego e respondeu meio confuso: — Sim! Eu sou muito amigo da sua vó!Mel virou-se para endossar: — Rodolpho é um amigo de infância! Daniel sorriu e disse inocente para a avó: — Vó, nós vimos o bizo! Tá mal, hein? O meu avô falou que você vai voltar conosco. Mel ficou um tanto desorienta
O Homem da Minha Vida Rodolpho abriu o portão e disse tranquilo: — Entre Augusto! Precisamos mesmo ter uma longa conversa!— ele disse sério. Augusto entrou rapidamente. Rodolpho o conduziu até a área da piscina e sentaram-se à uma mesa. — O que quer?— Augusto começou. — Meu filho!— Rodolpho rebateu.Augusto engoliu em seco e ficou sem ação. Rodolpho inclinou o corpo para a frente e disse encarando seu adversário: — Aquele rapaz, o único que não tem a pele alva e os olhos verdes, é meu filho e você sabe disso!Augusto também inclinou-se para responder: — Aquele rapaz se chama Diego e é meu filho, pode ter certeza disso! — Como pode ter tanta certeza?— Rodolpho quis saber. Augusto voltou o corpo para o encosto da cadeira, cruzou os braços contrariado e respondeu: — Ele não é seu filho, eu posso lhe garantir.Rodolpho insistiu: — Mas eu estive lá, no Sul! Esse rapaz deve ter mais ou menos esse tempo.Augusto deu de ombros e disse: — Aquilo foi um deslize do qual a minha mul