O Homem da Minha Vida Diego, o filho mais novo, de quase trinta anos, sorriu e acenou para a mãe.Mel ficou angustiada olhando para eles e vendo Daniel, o seu neto, vir ao seu encontro. — Oi vó! — ele disse carinhoso abrindo os braços. Mel deixou-se abraçar e por cima do ombro de Daniel procurou os olhos do marido que a olhava visivelmente contrariado. Augustinho e Bernardo tinham a testa franzida e os braços cruzados. Os olhos deles estavam em Rodolpho. Este, por sua vez, olhava para Diego curioso, pois era o único que não tinha a pele alva e olhos verdes como Augusto. Daniel se afastou e cumprimentou Rodolpho com simpatia. — Olá! Você é amigo da minha vó?Rodolpho desviou o olhar de Diego e respondeu meio confuso: — Sim! Eu sou muito amigo da sua vó!Mel virou-se para endossar: — Rodolpho é um amigo de infância! Daniel sorriu e disse inocente para a avó: — Vó, nós vimos o bizo! Tá mal, hein? O meu avô falou que você vai voltar conosco. Mel ficou um tanto desorienta
O Homem da Minha Vida Rodolpho abriu o portão e disse tranquilo: — Entre Augusto! Precisamos mesmo ter uma longa conversa!— ele disse sério. Augusto entrou rapidamente. Rodolpho o conduziu até a área da piscina e sentaram-se à uma mesa. — O que quer?— Augusto começou. — Meu filho!— Rodolpho rebateu.Augusto engoliu em seco e ficou sem ação. Rodolpho inclinou o corpo para a frente e disse encarando seu adversário: — Aquele rapaz, o único que não tem a pele alva e os olhos verdes, é meu filho e você sabe disso!Augusto também inclinou-se para responder: — Aquele rapaz se chama Diego e é meu filho, pode ter certeza disso! — Como pode ter tanta certeza?— Rodolpho quis saber. Augusto voltou o corpo para o encosto da cadeira, cruzou os braços contrariado e respondeu: — Ele não é seu filho, eu posso lhe garantir.Rodolpho insistiu: — Mas eu estive lá, no Sul! Esse rapaz deve ter mais ou menos esse tempo.Augusto deu de ombros e disse: — Aquilo foi um deslize do qual a minha mul
O Homem da Minha Vida Voltaram da clínica, todos confusos.Augusto desceu do táxi com Diego e Mel, e foram comer algo num bar, com vista para o mar. — Desculpe meu filho por fazê-lo passar por essa situação tão constrangedora!— Mel disse ao sentar. Diego sentou-se e respondeu impaciente: — Eu só queria acordar e descobrir que tudo isso não passou de um pesadelo! Augusto suspirou sentando-se e também comentou: — Eu também, meu filho, mas tudo isso começou muito antes de nós dois aparecermos na vida da sua mãe e não podemos simplesmente apagar uma parte dessa história! — Eu sei pai!— Diego disse conformado.Mel baixou a cabeça e ajeitou o seu guardanapo.Fizeram os pedidos e comeram em silêncio. Mel olhava para o mar, pensando em tudo o que viveu naquele lugar, de frente para aquele azul imenso e suspirou com os olhos perdidos no passado." Mel, espera!"— Rodolpho gritava enquanto ela corria assustada, com receio de se entregar para ele, quando eram muito jovens. Um sorri
O Homem da Minha Vida E foi assim que Mel viu sua família lhe deixar depois daquele velório tão sofrido. Rodolpho não compareceu para não deixar Mel numa situação desconfortável, mas ficou na casa de praia e decidiu não sair dali até se entender com ela. Quem não deixou de comparecer foi Enrico. Tito ficou surpreso ao vê-lo e se aproximou falando: — Senhor Enrico! Obrigado por vir! — E você acha que eu iria deixá-lo num momento desse, meu rapaz?Os dois se abraçaram e Helena viu o filho se sentir confortável naquele abraço.Enrico se aproximou dela e disse com voz calma: — Eu sinto muito!Helena lhe sorriu sem graça e respondeu: — Obrigada Enrico! Tito observava de longe. Ele não estranhou, pois o patrão já havia cruzado com a mãe no aniversário dos seus filhos. Ele passava rapidamente, mas nunca deixou de ir, sem contar que sempre financiou as festas. Depois do sepultamento, Enrico se despediu de Tito dizendo que ele poderia voltar ao trabalho uma semana depois. — Não
O Homem da Minha Vida Mel seguiu chorando pela praia e encontrou a mãe pelo caminho que lhe ofereceu o seu abraço. — Mãe! Me ajuda!— ela disse entre soluços. Helena levou a filha para casa e lá conversaram sentadas à mesa. — Minha filha, não sofra desse jeito! Você já criou os seus filhos, é uma mulher independente, só tem que analisar os seus sentimentos! — Helena falava olhando nos olhos da filha.Mel suspirou e desabafou: — É como uma ferida que não cicatriza, mãe! Vamos ficar velhinhos assim, se amando! Helena também suspirou e disse : — Não espere tanto, como aconteceu comigo! Eu e Enrico já estamos velhos e ficou tarde para nós dois! — Claro que não! — Mel discordou. Helena rebateu: — Já tenho quase oitenta anos!Mel riu e segurou a mãos da mãe dizendo: — Que nada, mãe! Vocês estão bem conservados, caminham, são independentes! Helena ficou pensativa e Mel se levantou falando empolgada: — Precisamos dar um jeito nisso logo! Vou falar com o Tito! — Não! — He
O Homem da Minha Vida Rodolpho e Mel se esqueceram de tudo deitados nos bancos abaixados da caminhonete. Mel se entregava e se sentia mulher nos braços do homem da sua vida.Rodolpho estava por cima e falava enquanto se mexia dentro dela: — Queria um filho seu, Mel! Ela suspirou sentindo prazer com aquilo e meneou a cabeça negando que aquilo fosse possível. — Agora não dá mais, não é?— ele quis saber. — Não, não dá! — ela respondeu com os olhos fechados.Rodolpho sorriu satisfeito ao ver que a sua amada sentia prazer com os seus movimentos e os intensificou até que ela chegasse ao orgasmo.Mel sorriu sem abrir os olhos, no momento em que o seu corpo suado se desprendeu de Rodolpho. Ele segurou a mão dela e falou emocionado: — Casa comigo, meu amor! Eu só serei feliz com você ao meu lado.Mel virou-se para Rodolpho olhando preguiçosamente e respondeu: — Eu não tenho coragem de me separar de Augusto! Rodolpho riu carinhoso e disse: — Mel, você está aqui comigo! Não pe
O Homem da Minha Vida Helena estava pensativa enquanto respondia: — Filha, essa moça vive há anos na sua casa, desde que o Diego nasceu, nunca se casou. — E o que isso significa?— Mel indagou ofegante Helena olhou curiosa e sorridente para a filha. — Está com ciúmes do seu marido?— ela brincou.Mel ficou confusa e respondeu desviando o olhar: — Não sei!Um tempo depois, Augusto chegou sozinho e Mel foi tirar satisfação com ele: — Augusto, o que está acontecendo lá em casa?Augusto franziu a testa. — Por quê?— ele quis saber. — Essa história aí da Dina! O que está havendo? Daniel quer me dizer algo! Augusto não se alterou, passou direto para o quarto e entrou no banho.Mel ficou falando da porta: — Tem alguma coisa entre vocês? Preciso saber!Augusto parou de se ensaboar e respondeu impaciente: — Está com ciúmes da Dina? Não confia nela?Mel rebateu subitamente: — Ela está lá há anos e nunca se casou! Ela pode estar nutrindo um amor por você! Augusto deu as cos
O Homem da Minha Vida Mel saiu caminhando pela praia, confusa e chorosa.Depois de muito tempo, Rodolfo a encontrou numa parte deserta da praia, se derramando em lágrimas. Ele sentou-se ao seu lado e a abraçou sem lhe perguntar nada. — Meu amor, não fique assim! Calma! Eu estou aqui!— ele dizia curioso por saber o que se passava, mas como havia avistado ela com o marido no dia anterior, preferiu ser discreto. Mel apenas lhe disse em meio aos soluços: — Não quero falar, não quero! — Tudo bem, querida, tudo bem!— Rodolpho disse compreensivo. Ficaram assim, abraçados até que Mel se acalmou e começou a falar espontaneamente: — Eu deixei meu marido só, minha casa e meus filhos, agora a minha família está se desmantelando!Rodolfo sorriu virando-se. — Explique meu amor! Sei que você mima muito os seus filhos!Mel virou-se falando sem parar: — Bernardo está conosco há anos e nunca pensou em nos deixar, agora Augustinho vai casar em seis meses!Rodolpho achou graça e indagou