O Homem da Minha Vida Helena ficou duas semanas em São Paulo e estreitou os laços com a filha. Elas falavam de perdão. Helena estava na varanda sentada com Mel olhando o movimento lá embaixo, enquanto dizia: — Eu podia ter te ajudado a ser feliz com o seu primeiro amor! Eu podia ter te tirado daquele casamento infeliz! Filha, eu vivo amargurada por tê-la deixado sofrer tanto! Se eu pudesse voltar ao passado!Mel se emocionou e respondeu: — Não pense mais nisso, mãe! Eu sofri muito, mas de alguma forma, eu encontrei a felicidade ao lado do homem perfeito!Helena riu achando graça. — E isso existe?— ela brincou. Mel também ria, enquanto respondia: — Não vê como Augusto é? Estou falando sério, mãe! Ele é tão bom que não sei se eu o mereço! É um príncipe! Helena parou de sorrir e falou seriamente: — Minha filha, você nunca esqueceu Rodolpho, não é?Mel suspirou e disse impaciente: — Ele está aqui, guardado em algum lugar! Preferia não ter que vê-lo mais! Helena insistiu n
O Homem da Minha Vida Mel chegava à Praia Azul, dessa vez, bem diferente das outras vezes em que vinha cheia de ansiedade e planos.Quando desceu de táxi na porta de casa, os irmãos foram saindo de dentro curiosos para vê-la. Eles se abraçaram emocionados. Depois que foi embora dali, fugida de Diogo, Mel voltou poucas vezes para vê-los. Já fazia mais de dez anos que não vinha.Era a primeira vez que Mel vinha sem Augusto. Ela estava tão ansiosa por ver o pai que não conseguia pensar nisso.Mel entrou na casa ofegante e foi direto para o quarto do pai. Ele estava lá, magro e abatido.Os olhos dele brilharam ao vê-la. Mel correu para abraçá-lo. — Pai!— ela disse emocionada. — Minha filha!— José disse com voz embargada. — Você vai ficar bem, pai!— Mel disse forçando um sorriso ao se afastar.José de Aquino assentiu com a cabeça. Os irmãos de Mel estavam sem as esposas e filhos, mas haviam duas crianças pequenas, um casal, netos de Tito e Celso.Mel abraçou as crianças e as co
O Homem da Minha Vida Rodolfo seguiu Mel com o coração acelerado. Ele arrancou a camiseta apressado e a jogou ao chão, junto com as roupas dela.Mel se virou e sorriu. Ele foi em sua direção também sorrindo. — Isso nunca acaba, meu amor!— ele disse ao chegar. — Eu me arrependi, na última vez!— ela confessou. Ele a ignorou e a beijou sedento, cheio de emoção. Mel foi se entregando na medida em que as mãos de Rodolpho foram lhe tomando, lhe arrancando o biquíni.Mel suspirou ao ser invadida depois de tantos anos pelo seu amor do passado. Rodolpho sempre carinhoso e gentil esperava a permissão da sua amada. — Rodolpho… — Mel…Eles tinham os olhos fechados, como se voltassem no tempo e procurassem os adolescentes de outrora no toque sutil de suas mãos. Mel descansou nos braços de Rodolpho que carinhoso procurava lhe dar o máximo de prazer possível.Mel sentiu o corpo satisfeito, feliz, sem pensar que não era mais livre para amar Rodolpho. Rodolpho deixava o corpo se mover d
O Homem da Minha Vida Diego, o filho mais novo, de quase trinta anos, sorriu e acenou para a mãe.Mel ficou angustiada olhando para eles e vendo Daniel, o seu neto, vir ao seu encontro. — Oi vó! — ele disse carinhoso abrindo os braços. Mel deixou-se abraçar e por cima do ombro de Daniel procurou os olhos do marido que a olhava visivelmente contrariado. Augustinho e Bernardo tinham a testa franzida e os braços cruzados. Os olhos deles estavam em Rodolpho. Este, por sua vez, olhava para Diego curioso, pois era o único que não tinha a pele alva e olhos verdes como Augusto. Daniel se afastou e cumprimentou Rodolpho com simpatia. — Olá! Você é amigo da minha vó?Rodolpho desviou o olhar de Diego e respondeu meio confuso: — Sim! Eu sou muito amigo da sua vó!Mel virou-se para endossar: — Rodolpho é um amigo de infância! Daniel sorriu e disse inocente para a avó: — Vó, nós vimos o bizo! Tá mal, hein? O meu avô falou que você vai voltar conosco. Mel ficou um tanto desorienta
O Homem da Minha Vida Rodolpho abriu o portão e disse tranquilo: — Entre Augusto! Precisamos mesmo ter uma longa conversa!— ele disse sério. Augusto entrou rapidamente. Rodolpho o conduziu até a área da piscina e sentaram-se à uma mesa. — O que quer?— Augusto começou. — Meu filho!— Rodolpho rebateu.Augusto engoliu em seco e ficou sem ação. Rodolpho inclinou o corpo para a frente e disse encarando seu adversário: — Aquele rapaz, o único que não tem a pele alva e os olhos verdes, é meu filho e você sabe disso!Augusto também inclinou-se para responder: — Aquele rapaz se chama Diego e é meu filho, pode ter certeza disso! — Como pode ter tanta certeza?— Rodolpho quis saber. Augusto voltou o corpo para o encosto da cadeira, cruzou os braços contrariado e respondeu: — Ele não é seu filho, eu posso lhe garantir.Rodolpho insistiu: — Mas eu estive lá, no Sul! Esse rapaz deve ter mais ou menos esse tempo.Augusto deu de ombros e disse: — Aquilo foi um deslize do qual a minha mul
O Homem da Minha Vida Voltaram da clínica, todos confusos.Augusto desceu do táxi com Diego e Mel, e foram comer algo num bar, com vista para o mar. — Desculpe meu filho por fazê-lo passar por essa situação tão constrangedora!— Mel disse ao sentar. Diego sentou-se e respondeu impaciente: — Eu só queria acordar e descobrir que tudo isso não passou de um pesadelo! Augusto suspirou sentando-se e também comentou: — Eu também, meu filho, mas tudo isso começou muito antes de nós dois aparecermos na vida da sua mãe e não podemos simplesmente apagar uma parte dessa história! — Eu sei pai!— Diego disse conformado.Mel baixou a cabeça e ajeitou o seu guardanapo.Fizeram os pedidos e comeram em silêncio. Mel olhava para o mar, pensando em tudo o que viveu naquele lugar, de frente para aquele azul imenso e suspirou com os olhos perdidos no passado." Mel, espera!"— Rodolpho gritava enquanto ela corria assustada, com receio de se entregar para ele, quando eram muito jovens. Um sorri
O Homem da Minha Vida E foi assim que Mel viu sua família lhe deixar depois daquele velório tão sofrido. Rodolpho não compareceu para não deixar Mel numa situação desconfortável, mas ficou na casa de praia e decidiu não sair dali até se entender com ela. Quem não deixou de comparecer foi Enrico. Tito ficou surpreso ao vê-lo e se aproximou falando: — Senhor Enrico! Obrigado por vir! — E você acha que eu iria deixá-lo num momento desse, meu rapaz?Os dois se abraçaram e Helena viu o filho se sentir confortável naquele abraço.Enrico se aproximou dela e disse com voz calma: — Eu sinto muito!Helena lhe sorriu sem graça e respondeu: — Obrigada Enrico! Tito observava de longe. Ele não estranhou, pois o patrão já havia cruzado com a mãe no aniversário dos seus filhos. Ele passava rapidamente, mas nunca deixou de ir, sem contar que sempre financiou as festas. Depois do sepultamento, Enrico se despediu de Tito dizendo que ele poderia voltar ao trabalho uma semana depois. — Não
O Homem da Minha Vida Mel seguiu chorando pela praia e encontrou a mãe pelo caminho que lhe ofereceu o seu abraço. — Mãe! Me ajuda!— ela disse entre soluços. Helena levou a filha para casa e lá conversaram sentadas à mesa. — Minha filha, não sofra desse jeito! Você já criou os seus filhos, é uma mulher independente, só tem que analisar os seus sentimentos! — Helena falava olhando nos olhos da filha.Mel suspirou e desabafou: — É como uma ferida que não cicatriza, mãe! Vamos ficar velhinhos assim, se amando! Helena também suspirou e disse : — Não espere tanto, como aconteceu comigo! Eu e Enrico já estamos velhos e ficou tarde para nós dois! — Claro que não! — Mel discordou. Helena rebateu: — Já tenho quase oitenta anos!Mel riu e segurou a mãos da mãe dizendo: — Que nada, mãe! Vocês estão bem conservados, caminham, são independentes! Helena ficou pensativa e Mel se levantou falando empolgada: — Precisamos dar um jeito nisso logo! Vou falar com o Tito! — Não! — He