O Herdeiro da Máfia
Uma semana depois, Melinda não conseguia se concentrar em nada que não fosse Brady. Ficara surpresa quando sua secretária disse:
— Os senhores Cappllys estão aqui querendo falar com a senhora. Eles não têm hora marcada.
— Pelo amor de Deus, eles não estão ouvindo você falar tal besteira, não é? Mande-os entrar.
— Podem entrar, senhores — a secretária os conduziu até a sala de Melinda.
— Bom dia, senhores, como vão? — Melinda sentia alegria em vê-los. — Peço desculpas pela recepção, minha secretária...
— Bom dia. Não se preocupe, fomos atrevidos aparecendo sem marcar horário — Sarah sentou em um sofá ao lado do marido. — Sua clínica é muito confortável. Estamos aqui para conv
O Herdeiro da Máfia Brady acompanhou os pais até o helicóptero. — Estarei nas Bahamas, façam uma boa viagem. Falem para os meus avós que mandei um forte abraço. Vamos passar primeiro em Malibu e depois iremos para o Caribe. Sarah conversava com Isabelle antes de entrar no helicóptero: — Não permita que nada aconteça com o meu filho. Ligue assim que chegarem. — Pode deixar, senhora. Sarah beijou o filho, abraçando-o forte. — Te amo! Melinda percebia o quão era bom viver ao lado de Brady. Há anos não viajava e tirava férias. — Não ache estranho se eu disser que nunca fui às Bahamas e não conheço muito bem Malibu. Isso é uma vergonha, não conhecer Malibu. Surpreso,
O Herdeiro da Máfia Isabelle havia orientado aos seguranças a máxima atenção. Era sempre uma grande missão tratar da segurança de Brady. As pessoas ficavam eufóricas ao vê-lo passear por Beverly Hills. As lojas em que entrava com Melinda tinham que ser fechadas. Os curiosos procuravam olhar sem se aproximar da vitrine. Existia uma corrente feita pelos seguranças que acompanhavam Brady. Todos queriam ver o famoso jovem Capplly. Todos tinham curiosidade de saber como era o seu dia a dia. Brady não se sentia à vontade diante das câmeras. Suas fãs o viam com frequência nas revistas e televisão, quando ele participava de algum evento com os pais. Era um adolescente diferente dos demais, era sempre visto muito bem acompanhado, por
O Herdeiro da Máfia Uma semana depois os senhores Cappllys chegaram às Bahamas cedo, encontrando o filho já acordado. — Vejo que o meu campeão está curtindo muito bem as férias. Os jornais e revistas só falam em vocês — John abraçou o filho, beijando-o. — Dizem que Melinda é o equilíbrio do jovem Brady, o qual já não é mais visto rodeado de mulheres — citou, orgulhoso do filho. — Não tenho visto nada. Prefiro curtir minhas férias da melhor forma possível — Brady retribuiu o carinho do pai abraçando Sarah, que ficou emocionada ao ver o filho. — Estou bem, mamãe — ele a beijou e ficaram alguns segundos abraçados. — Estava morrendo de saudades. Ela sentiu alívio no coração ao perceber que ele estava bem.
O Herdeiro da Máfia Michael não sabia o que era ter piedade e amor. Havia sido criado em um orfanato na Pensilvânia e recrutado pelo Sr. William para fazer parte do seu exército para fazer as mais profundas crueldades com os inimigos dos Cappllys. — Michael, ela é a jovem perfeita para qualquer homem. Linda e virgem — William colocara o seu charuto na boca sem acender, respeitando o ambiente frequentado pelo neto. Isabelle entendera o recado e não hesitou. Ela preferia trabalhar só, porém, na missão que estava prestes a executar, a presença de Michael era necessária. — Sairemos hoje, senhor. Aviso ao senhor Brady que terei de me ausentar? — Deixe essa missão comigo. Por um ou dois dias Melinda pode pre
O Herdeiro da Máfia — Por que está chorando? — ele sentou ao seu lado afagando-lhe o rosto. — O que está acontecendo com você, meu amor? Desconheço esse outro lado seu. O que seu avô fez? Rapidamente levantou-se ao lembrar-se da arma sendo disparadas várias vezes em Michael. Ele caiu de joelho, sentindo o corpo tremer. — Ela era inocente, vovó. Uma garota pura e amiga de Tracy. Vovô mandou executá-la de uma forma cruel. Ela ajoelhou-se ao seu lado. — Não se preocupe, isso não vai acontecer mais. Vamos ao Brasil. Sua mãe, Melinda, você e eu. Conheço praias maravilhosas e você pode andar sem tantos seguranças por lá. Ninguém saberá que estaremos no Rio de Janeiro. Brady adorou a ideia.
O Herdeiro da Máfia Na manhã seguinte, John acordara cedo para levar a mulher ao aeroporto. — Sarah, pense bem, não pode viajar sem nossa segurança. Irei com vocês. Sarah o olhou e disse: — Acho melhor viajar apenas com o meu filho. A minha segurança, eu cuido — pela primeira vez o casal Capplly vivia uma briga conjugal. Sarah precisava ficar longe dos negócios que envolviam os Cappllys. — John sempre teve o meu apoio em todas as suas transações. Não permitirei que o meu filho se torne um assassino. Ainda bem que Melinda não o deixou! — ela se levantou e foi para o banheiro. — Mande seu pai resolver seus negócios, bem longe do meu filho. John acompanhou-a, vendo-a entrar no chuveiro. — Sou um C
O Herdeiro da Máfia Sarah e John estavam na Quinta Avenida, em Manhattan, negociando a compra de uma mansão na Millionaires’ Row. Com vista para o Central Park. — Brady adora esse lugar, John. A Quinta Avenida é o símbolo de riqueza de Nova York. Era uma das melhores ruas para fazer compras do mundo e também uma das mais caras do mundo. — Negócio fechado — disse Sarah ao corretor, que deu um sorriso de felicidade. — Seus pais ligaram nos chamando para irmos ao Upper East Side. Amanhã iremos visitar os Adams. — Iremos, meu amor — respondeu John admirando a visão. Os ricos colecionavam carros e joias. Os Cappllys, além de colecionarem carros, quadros e joias, colecionavam valiosas mansões. <
O Herdeiro da Máfia — Creio que seja uma pegadinha para testar o quanto o amo — murmurou Brady próximo ao ouvido da mãe. Ficou sério, percebendo que era verdade que William estava morto. Olhava o caixão ser colocado em um altar. — Vovô! — ele se aproximou do caixão, tocou nos lábios com os dedos sentindo-os gelados. — Não se preocupe, vovô, farei justiça com minhas próprias mãos e prometo cuidar da vovó — abraçou o caixão, sentindo as lágrimas escorrerem. — Como pôde me deixar? Como? — ficou sentindo o cheiro de seu perfume favorito abraçado ao caixão. Gritou ao ser tocado. — Deixe-o um pouco mais comigo — ele se recusava a imaginar que ele não respirava e que aquela era sua última imagem. Sentiu Melinda segurar seus ombros e tirá-lo