MasonUm barulho infernal me recebeu do lado de fora do meu quarto na manhã seguinte. Era como se um exército de construção tivesse invadido o local, com pessoas transitando de um lado para o outro, carregando materiais e ferramentas.Parecia que estavam realizando algum tipo de obra ou reforma, mas eu mal era notado em meio a toda aquela agitação.Com um suspiro, percebo que não seria possível ignorar aquilo e voltar a dormir. Resignado, me levanto da cama e me preparo para enfrentar o caos lá fora.Me visto rapidamente e saio do quarto, sendo recebido pelo barulho ensurdecedor que ecoava pelos corredores.Tento me orientar naquela confusão, procurando algum sinal ou indicação do que estava acontecendo, mas tudo que encontro são pessoas apressadas e ocupadas demais para prestar atenção em mim.~ O que está acontecendo aqui? ~ pergunto ao andar em direção do que parecia o arquiteto, estava tão bem vestido quanto eu, segurando uma prancheta no meio da minha sala de estar.~ Bom dia, Ma
TaraTentei fingir que não estava a vendo, mas foi inútil.—Oi, pequeno Thomas —diz Mayra, acenando para Thomas —Bom dia, Tara.Forço um sorriso.—Bom dia, Mayra —Continuo a andar, acreditando ser a melhor opção.—Nosso chefe onde não está de bom humor —Comenta alto o bastante para que pudesse ouvir.Olho para Thomas acordado dentro do bebê conforto, suspirando, antes de entrar na sala de Mason sem ao menos bater.—Qual é o motivo do seu mal humor matinal? O cabelo não ficou do jeito que queria? —digo franzindo o cenho, ao virar e não o encontrar. Erguendo as sobrancelhas quando ele sai de repente de dentro do banheiro, sem camisa, na verdade, a segurando.—Quer que eu comece do começo ou prefere saber o que foi recentemente? —diz sério. Pouco me importava o que havia causado todo aquele mal humor, não conseguia desviar meu olhar da barriga negativa com gominhos ou até mesmo dos braços musculosos.Diferente do que imaginei, não havia se quer uma tatuagem na pele bronzeada, o que a deix
MasonQuando a porta se abre, não movo meu olhar do monitor em minha frente, consciente de quem é. Demora alguns segundos até que ela se aproxime, hesitante, parando na frente da mesa.Percebo sua presença mesmo sem olhar diretamente para ela. Posso sentir sua hesitação no ar, como se estivesse ponderando se deveria falar comigo ou não.Respiro fundo, finalmente olhando para a mulher em minha frente.—Está precisando de alguma coisa? —Jen pergunta, sem qualquer emoção na voz. Era difícil saber se estava com raiva de mim ou assim como eu, não estava em um dia bom.—Na verdade não, Jen —murmuro, com as palavras de Tara em um looping na minha mente —Queria pedir desculpas pelo modo que agi com você.Ergo o olhar da mesa, percebendo que Jen havia franzido o cenho e que me olhava confusa. Pigarreio, após algum tempo mergulhados no silêncio, esperando que ela aceitasse minhas desculpas e voltasse ao trabalho.—... está me pedindo desculpas? —Ela pergunta baixo, como se estivesse duvidando d
TaraVejo quando Jen sai da sala de Mason, seus passos pesados ecoando pelo corredor enquanto ela b**e os pés, me lançando um olhar furioso antes de se afastar.Fico perplexa por um momento, tentando entender o motivo de sua raiva repentina. O que poderia ter acontecido para fazê-la reagir dessa maneira?À medida que as peças se encaixam lentamente em minha mente, percebo que Jen deve estar irritada com algo relacionado a Mason.Tinha esperanças de que Mason pudesse resolver a situação de alguma forma, se desculpando pelo que aconteceu. No entanto, ao ver a reação de Jen, ficou claro que ele só conseguiu piorar ainda mais as coisas.Pego o gancho do telefone que toca de repente, dando uma rápida olhada em direção a Thomas, que dorme tranquilamente. Com um suspiro de alívio por vê-lo descansando pacificamente, direciono minha atenção de volta ao telefone.—Delaney Enterprises —digo, minha voz firme e profissional.—Tara —Ergo as sobrancelhas ao ouvir a voz de Gemma do outro lado da linh
MasonA comida esfriava lentamente sob a mesa, enquanto eu me encontrava imerso na análise de alguns documentos. Consciente de que precisava parar e comer, lutava contra o impulso de continuar trabalhando sem interrupções.Sabia que não era uma boa ideia deixar a comida esfriar, mas também não queria interromper o fluxo do que estava fazendo, que não olhei para a porta quando ela se abriu, imaginando por um momento que poderia ser Tara.— Trabalhando no almoço? — Dessa vez, ergo o olhar, vendo em minha frente Hank, o parente mais próximo de Otto que mantinha por perto.— Não podiam esperar para depois do almoço — digo forçando uma simpatia.Hank anda presunçoso pelo cômodo, olhando com atenção cada cômodo, inclusive para a estante de madeira ao lado e para cima da minha mesa.— Otto exibia com orgulho os porta-retratos — diz com um suspiro — Uma pena que nunca fará isto.Me recosto na cadeira, observando Hank com atenção. Consigo perceber claramente o motivo por trás de sua vis
TaraSuspiro quando as portas do elevador se abrem, empurro o carrinho para fora, sentindo um peso se dissipar dos meus ombros enquanto dou alguns passos em direção ao corredor.Caminho até a porta da sala de Mason, me impulsionando a espiar o que está acontecendo lá dentro. Com cuidado, abro a porta o suficiente para ver Mason sentado atrás de sua mesa, imerso em uma videoconferência.Nossos olhares se encontram por um breve momento,antes de Mason desviar o olhar para o computador à sua frente.Decido não interromper mais e fecho a porta suavemente, voltando minha atenção para Thomas, que está tranquilo em seu carrinho.— Vamos trocar essa fralda?Não espero uma resposta de Thomas, invés disso andamos em direção do banheiro feminino.Enquanto realizo a tarefa de trocar a fralda de Thomas, aproveitando o banheiro vazio para isso, não posso deixar de notar a tranquilidade do ambiente. A troca da fralda é concluída em poucos minutos, e logo organizo tudo para sair do banheiro com Thom
MasonA empresa estava envolta em silêncio quando finalmente saí da minha sala, depois de horas imerso em trabalho. Olho na direção da mesa de Tara, não esperando encontrá-la ali, dado ao horário avançado.Me sentia mentalmente exausto após passar tanto tempo mergulhado em papéis e video chamadas tediosas. Tudo o que eu queria naquele momento era chegar logo em casa e tomar algo forte para relaxar.Caminhei pelos corredores vazios, meus passos ecoando no ambiente silencioso. O peso do dia de trabalho pesava em meus ombros, enquanto minha mente ansiava por um momento de paz e tranquilidade, quando paro de repente de andar ao ouvir um choro abafado vindo de algum lugar.Viro parcialmente meu corpo para trás, encarando o corredor vazio, antes de por fim tentar descobrir de onde o barulho vinha.Quanto mais andava naquela direção, mais o choro se tornava ainda mais nítido, me fazendo perceber que vinha por fim, que vinha do banheiro feminino.— Oi — Tento fazer com que minha voz soasse
MasonTara estava me levando à loucura, e eu sabia disso.Era uma sensação conflitante, porque ao mesmo tempo em que me perturbava, também me atraía. Mas naquela manhã, ela parecia ultrapassar todos os limites ao aparecer na minha frente usando apenas uma camisola.Por um momento, me senti completamente desarmado, incapaz de desviar o olhar dela. Seu corpo esguio e curvilíneo era impossível de ignorar, e me encontrava lutando contra uma enxurrada de pensamentos e desejos.Precisei me afastar de forma abrupta com Thomas, desviando o olhar para evitar que ela percebesse o efeito que estava tendo sobre mim. Não podia deixar que ela soubesse o quanto estava mexendo comigo, principalmente se isso ainda fosse apenas um acordo para ela.Tara entra de repente na sala, empurrando o carrinho com Thomas, jogando os papéis em meio a outros documentos espalhados sobre a mesa de madeira.Ergo os olhos na direção dela.— O que é isso?— Nosso contrato de casamento.— E por que é rosa? — Uma bre