O Genro Imbatível
O Genro Imbatível
Por: Samuel Souza
Capítulo 1
A luxuosa mansão da Família Costa estava iluminada como nunca.

Essa noite foi a festa de aniversário de 70 anos de Maria Costa, a matriarca da Família Costa.

Os netos, netas e genros da família disputavam para oferecer presentes luxuosos.

— Vovó, ouvi dizer que a senhora adora café. Este lote especial de café, custa quinhentos mil reais. É o meu presente para a senhora.

— Vovó, sei que a senhora tem fé. Este crucifixo de ouro puro foi feito à mão e vale setecentos mil reais...

A Sra. Maria observava os presentes com um sorriso de satisfação, e o clima na família era de harmonia.

De repente, o genro da neta mais velha, Pedro Souza rompeu o silêncio:

— Vovó, a senhora poderia me emprestar um milhão reais? A Sra. Bruna do orfanato onde cresci, está com insuficiência renal e precisa de dinheiro para o tratamento...

O salão ficou em choque.

Todos olhavam para Pedro com incredulidade.

Como um genro residente ousava fazer tal pedido? Logo no aniversário da Sra. Maria, sem trazer nenhum presente e ainda pedindo uma quantia tão grande?

Três anos atrás, quando João Costa ainda estava vivo, insistiu para que sua neta mais velha, Luana Costa, se casasse com Pedro. Na época, ele não tinha absolutamente nada e era comparado a um mendigo.

Após o casamento, João faleceu, e desde então os membros da família tentaram de todas as formas expulsar Pedro.

No entanto, sua calma diante das ofensas e insultos fazia com que ele permanecesse na casa como um genro residente.

Naquela noite, ao pedir dinheiro, Pedro não tinha escolha.

A Sra. Bruna, que o acolheu e salvou sua vida, precisava de pelo menos um milhão reais para diálise e transplante renal. Ele não sabia mais a quem recorrer.

Achava que, por ser o aniversário da Sra. Maria, ela poderia estar mais disposta a ajudar.

Mas Sra. Maria, que estava sorridente, mudou de humor imediatamente.

Ela jogou a xícara de café no chão com furiosa:

— Que audácia! Você veio para me parabenizar ou para pedir dinheiro?

A esposa de Pedro, Luana rapidamente interveio:

— Vovó, por favor, não fique brava. Pedro não quis desrespeitar a senhora.

Enquanto ela tentava afastar Pedro, sua prima Ana Costa zombou:

— Prima, olha o tipo de homem que você escolheu para se casar! Eu nem me casei ainda com Diego, mas ele já deu à vovó um crucifixo de ouro. E o seu marido? Nem presente trouxe e ainda vem pedir dinheiro!

Diego Martins, noivo de Ana, também provocou:

— É verdade, Pedro. Nós dois somos genros da Família Costa, mas você é uma vergonha como o genro da neta mais velha!

Embora estivesse prestes a se casar com Ana, ele sempre sentia inveja de Pedro por estar casado com Luana, conhecida como uma das mulheres mais bonitas de Cidade J.

Os outros também concordaram:

— Esse cara deveria ser expulso da nossa família imediatamente!

— Exatamente! Ele só nos traz vergonha!

— Aposto que ele só quer estragar o aniversário da vovó de propósito!

Pedro percebeu que toda a Família Costa estava contra ele, insultando-o, e não pôde deixar de cerrar os punhos.

Se não fosse pela necessidade de salvar sua benfeitora, ele já teria saído daquele lugar hostil.

Mas ele lembrou-se das lições de seu pai sobre gratidão, respirou fundo e disse:

— Vovó, salvar uma vida é um gesto de imensa virtude. Por favor, tenha compaixão...

O irmão de Ana, Carlos Costa disse:

— Pedro, pare de tentar enganar a vovó com essas conversas. Se você quer salvar alguém, arrume uma solução por conta própria. Pedir que a vovó pague por isso? Quem você pensa que é?

Ele também não gostava da brilhante Luana e atacava Pedro sempre que tinha oportunidade.

Ao lado, Luana parecia um pouco constrangida e disse:

— Vovó, o Pedro perdeu o pai aos oito anos. Foi a Sra. Bruna do orfanato, que cuidou dele desde então. Ele só quer retribuir a bondade dela. Por favor, ajude-o...

Sra. Maria franziu o cenho e respondeu com frieza:

— Quer que eu ajude? Pois bem, só faço isso se você se divorciar dele e se casar com Sr. Lucas. Se aceitar, eu dou um milhão de reais agora mesmo!

O Sr. Lucas que foi mencionado era Lucas Pereira, filho de uma família de prestígio na Cidade J, muito superior à Família Costa. Ele sempre demonstrou interesse por Luana, e Sra. Maria enxergava nele uma oportunidade de elevar a posição da família.

Nesse momento, o mordomo entrou correndo e anunciou:

— Sr. Lucas enviou um presente de aniversário! Uma peça de Crucifixo esculpida em cristal, avaliada em três milhões reais!

Sra. Maria ficou radiante e exclamou:

— Traga aqui, rápido! Quero ver!

O mordomo entregou o crucifixo esculpida em cristal. Todos os presentes ficaram impressionados com a qualidade impecável do presente.

Diego havia presenteado com um crucifixo de ouro, ficou visivelmente desconcertado ao ver Crucifixo esculpida em cristal enviada por Lucas. Ele não podia imaginar que alguém sem qualquer vínculo direto com a Família Costa fosse tão extravagante em sua generosidade!

Sra. Maria segurava o cristal com entusiasmo e disse:

— Ah, Sr. Lucas é mesmo especial! Se ele fosse meu neto-genro, eu morreria de felicidade!

Então, ela olhou para Luana:

— E então? Vai aceitar minha condição?

Luana balançou a cabeça com firmeza:

— Não, vovó. Não vou me divorciar do Lucas.

A expressão de Sra. Maria mudou imediatamente para algo sombrio. Ela gritou:

— Ingrata! Prefere continuar com esse inútil? Pois bem, tirem esse inútil da minha festa agora!

Pedro já estava profundamente desapontado com a Família Costa, levantou-se e disse para Luana:

— Luana, vou visitar Sra. Bruna no hospital.

Luana respondeu apressada:

— Vou com você.

Sra. Maria gritou com furiosa:

— Se sair agora, será como ser expulsa da família! Leve seu pai e sua mãe juntos e desapareçam!

Luana ficou chocada com a severidade das palavras da avó.

Pedro tentou acalmá-la:

— Fique aqui. Não se preocupe comigo.

Sem esperar por uma resposta, ele se virou e saiu.

Carlos aproveitou para zombar:

— Ei, meu querido cunhado, vai sair sem jantar? Vai mendigar na rua? Assim, a reputação da nossa família não ia ficar totalmente manchada? Quer uma moeda para comprar um pãozinho?

Depois jogou uma moeda no chão, fazendo todos rirem alto.

Pedro apertou os punhos, mas não olhou para trás enquanto saía.

...

Ao chegar no hospital, Pedro foi direto ao balcão para tentar negociar o adiamento das despesas médicas.

No entanto, quando perguntou à enfermeira, foi surpreendido ao saber que Sra. Bruna já havia sido transferida durante a noite para o melhor hospital de Cidade A: o Hospital União, para receber tratamento.

Pedro ficou chocado e rapidamente perguntou:

— Quanto vai custar isso? Vou dar um jeito!

A enfermeira respondeu:

— O total é de três milhões de reais. Já foi pago um milhão, restando ainda dois milhões. O saldo precisa ser pago em uma semana.

— Quem pagou esse milhão?

A enfermeira balançou a cabeça:

— Eu não sei.

Pedro ficou surpreso e estava prestes a explicar a situação, mas ao se virar, encontrou um homem de uns cinquenta anos, com cabelos levemente grisalhos e usando um terno preto, parado logo atrás dele.

Os dois se olharam nos olhos. O homem fez uma reverência e disse:

— Jovem mestre, quantos anos se passaram e você tem sofrido tanto!

Pedro franziu a testa, e sua expressão mudou imediatamente, agora mais fria. E perguntou em tom firme:

— Você é Felipe Gomes?

O homem respondeu surpreso:

— Jovem mestre, você ainda se lembra de mim!

Pedro murmurou com um olhar de seriedade:

— Claro que me lembro! Lembro de cada um de vocês! Foram vocês que forçaram meus pais a me levar de Cidade A, fugindo por toda parte. Durante esse tempo, meus pais morreram em um acidente e eu me tornei órfão. Agora, o que vocês querem de mim?

Felipe respondeu com uma expressão de dor:

— Jovem mestre, quando seu pai faleceu, o senhor mestre também ficou muito triste. Ele passou todos esses anos procurando por você. Agora, finalmente, vamos voltar para vê-lo!

Pedro respondeu friamente:

— Pode ir embora. Eu nunca vou vê-lo.

Felipe perguntou:

— Você ainda culpa o senhor mestre?

Pedro disse, palavra por palavra:

— Claro, nunca vou perdoá-lo!

Felipe suspirou profundamente e disse:

— Antes de vir, o senhor mestre já disse que talvez você não o perdoasse.

— Pelo menos ele tem consciência disso!

Felipe continuou:

— O senhor mestre sabe o quanto tem sofrido. Ele mandou-me trazer uma compensação. Se não quiser voltar, ele comprou a maior empresa de Cidade J para lhe dar e, além disso, me pediu para lhe entregar este cartão. A senha é a sua data de nascimento.

Ele então entregou a Pedro um cartão de alto padrão do Banco Universal e explicou:

— Jovem mestre, este cartão é único, existem apenas cinco no país.

Pedro balançou a cabeça e disse:

— Leve-o embora, não quero.

Felipe insistiu:

— Jovem mestre, sua salvadora ainda precisa de dois milhões para o tratamento. Se não pagar, sua vida estará em risco...

Pedro franziu a testa:

— Você está tentando me enganar?

Felipe rapidamente respondeu:

— Não, senhor! Se o senhor aceitar este cartão, ele cobrirá essa dívida.

Pedro perguntou:

— Quanto há nesse cartão?

Felipe respondeu:

— O senhor mestre disse que esse cartão tem um troco para você, nada muito grande, só uns dez bilhões!
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