* Luan’ Pov. *
Tomara que te encontre, amor. Cada minuto que passa aumenta mais minha ansiedade em te encontrar e a raiva daquele homem. Entramos em uma mata ao lado da rodovia que levava para fora da cidade. É bem afastado da cidade aqui, há um quilometro da fábrica de suco. Estava ventado muito e o frio queimava meu rosto, trazendo junto o cheiro de terra molhada da chuva recente. Greg farejou por uma trilha pouco usada entre as árvores, me levando pela lama e grama úmida molhando meus sapatos.
Só eu e o cão. Beleza. Desde que ele me leve até Allana, eu me viro com o professor. Dessa vez vou fazer o serviço direito, vou soca-lo até ele parar de respirar! Olhei para meu celular enquanto era guiado pela coleira. Sem sinal. Droga! O carro já estava há uns cem metros, estacionado no acostamento da rodovia, desaparecido atrás das árvores. Agora já era, vou voltar
*Luan’ Pov. *– Allana. – eu consegui sussurrar depois de dois segundos. Que porra ele fez com você?- Viu? Ela não parece tão bonita agora. – aquele canalha zombou a pegando e a jogando sobre os ombros como um saco de batatas.Os braços dela balançaram moles enquanto ele a levava até a cama e a atirou ali, rangendo as molas. Aquilo roubou minha voz até ele desfazer o nó que prendia a corda nos pulsos de Allana.- O que você vai fazer? – meu coração pulou na minha boca seca.- Vou a ouvir gemer. – ele soltou uma gargalhada e meu estômago embrulhou.- Sai de perto dela! – tentei gritar, mas minha voz só saiu um pouco alta. O professor riu me vendo lutar contra minhas próprias amarras e tombar de lado. Eu tinha meu canivete, e uma única chance de escapar. Me mexi apertando o botão dele e o senti
Os dois se agarravam em uma foice entre eles, se empurrando e puxando. Vai Luan! Pega ele! Um segundo antes de acontecer eu vi a desgraça. Luan chutou a virilha de Roger e ele cambaleou para trás, caindo sobre a mesa velha que tinha nossa única luz. O lampião caiu e quebrou, espalhando querosene com fogo em boa parte do chão perto do seu dono. Luan levantou a foice e, em um golpe forte, acertou Roger na têmpora quando ele tentava se levantar.- Luan! – meus tato apareceu quando o chamei. Minha pele estava amortecida pelo frio, ajudando contra a dor, mas eu o sentia nos meus ossos e isso não era bom.Ele me olhou assustado, e correu para pegar o canivete no chão.- Dói muito onde ele te bateu? – ele murmurou cortando a corda que imobilizava meu braço esquerdo.Desci meu braço dolorido, grata por finalmente estar saindo desse inferno.- Um pouco. – Tá
* Allana’ Pov. *Hum... Minha cabeça está doendo... Meu braço, minhas pernas, meu abdômen... Está tudo doendo nessa porra!Tenho que abrir meus olhos, mas aposto que vai fazer a dor piorar. Aposto que ele vai bater mais em mim... - Acho que ela vai acordar! Gente, olha só! – conheci a voz de Tamires abafada perto de mim. O que ela estava fazendo aqui?- Jorge, venha aqui! Sua filha está acordando!Mãe!O susto me fez sentar e arregalar meus olhos. Estava em um quarto de hospital rodeada pelas minhas amigas e meus pais com sorrisos felizes e aliviados. Como assim? O que foi que eu perdi? Como vim parar aqui? O que aconteceu com o Roger? PARA TUDO! Cadê o Luan?- Minha filha! – minha mãe saiu do lado do meu pai e quase correu até mim, para me abraçar com força. Caralho, minhas costelas! – Estava tão preocupada. Tão pre
- Eu dormi por muito tempo?- Mais de semana. – Vany respondeu cautelosa. – Você ‘tá muito machucada, então te fizeram dormir para não sentir dor.Eu quero o Luan! Olhei mais uma vez para Vanessa. Será que ela sabia da minha atual condição e veio mesmo assim?- Vocês podem me deixar sozinha com a Allana, um pouco? É um assunto particular. – ouvi ela murmurar para as minhas amigas. Imagino bem que tipo de particular vai ser essa conversa.As duas saíram me dando sorrisos e fechando a porta. Vanessa veio chegando perto da minha maca sem desviar aqueles olhos castanhos claro de mim. Merda! Deitei de novo, meu corpo rígido tanto pela dor quanto pela tensão.- Quando soube fiquei muito assustada, Allana. – eu sei – Quis eu mesma ir atrás do d
* Allana’ Pov. *“Nada de esforços físicos pelos próximos dois meses. Entenderam?”, foi o que o médico disse. “Nada de sexo pelos próximos dois meses.”, foi o que eu entendi. Pouco importa. Já ganhei alta e é isso que interessa!- Quer comer alguma coisa? – hum... Não comida.Luan entrou no meu quarto tentando não fazer barulho. Minha alta incluía ficar de cama o dia todo, levantando apenas para ir ao banheiro ou tomar banho. Não foi bem isso que o médico falou, mas foi o que minha mãe entendeu.Obvio que eu tentei cantar* eles para sair daqui, o que não teve resultado.- Não. – respondi o assistindo tirar os sapatos e o jeans para entrar embaixo do edredom comigo.Na minha primeira noite de vo
* Luan’ Pov. *Destranquei a porta do meu apartamento e entrei no lugar escuro. Allana ainda estava na soleira da porta quando ascendi as luzes, um pouco nervosa. Hoje terminava o ultimo dia dos dois meses de repouso forçado dela, e era o primeiro dia que saia de casa desde que teve alta. Ela entrou e largou a bolsa no sofá, olhando tudo com atenção, como se estivesse se esquecido de como era aqui. Engoli uma saliva que minha boca não tinha. Droga!Planejei tudo com tanto cuidado para hoje e estou tão... Ansioso. Allana se virou para mim e, pela primeira vez, desde que a conheci, que ela não se arruma para sair comigo como se fosse concorrer ao Oscar. All star, jeans e uma camiseta regata negra sob uma camisa azul era tudo por hoje.- Hum... Vai ficar ai a noite toda? – ela riu.- Não. – abri um sorriso – Só espera um minuto, já volto.Minhas p
Allana estava mais magra devido aos últimos tempos difíceis que não gostamos de lembrar, mas mesmo assim não havia perdido seu encanto. Quando nos encontramos apenas em nossas roupas intimas, desci meus beijos para seu pescoço, arrancando suspiros baixos. Continuei meu caminho até chegar ao seu sutiã roxo com uma renda negra sobreposta, que abri sem pressa a deixando nervosa.Pelo menos eu não era o único que estava me sentindo like a virgin naquela noite. Sorri, tentando a acalmar, e a beijei enquanto tirava a peça dela, a abandonando no chão ao lado da cama. Assim, desci para seus seios sem nenhum metal como me lembrava, e os suguei controlando minha vontade guardada todo esse tempo, sentindo meu cabelo sem puxado fracamente junto a baixos gemidos. Meu membro implorava atenção há alguns minutos, mas Allana era mais importante agora. Tudo o que estive prestes a perder está
* Allana’ Cap *Abracei meu loiro que descansava sua cabeça em meu peito. Pela primeira vez alcancei meu ápice desse jeito... hum... Romântico. Do jeito do Luan. Foi tão intenso, diferente... Seria essa a diferença entre fazer sexo e fazer amor?Quando o vi de joelhos, segurando as alianças, minhas mãos suaram e meu coração pulou pra minha garganta, me impedindo de produzir sons. Okay que em momento algum ele perguntou “Quer casar comigo?”, mas foi o que deu a entender. Vi meu futuro passar pela minha cabeça. Cara, eu só tenho 16 anos! Talvez devêssemos esperar mais alguns anos, até eu me sentir pronta para isso.Luan acariciou minhas costas e enrolou uma mecha do meu cabelo em seus dedos.- Preciso tirar a camisinha. – ele comentou com pouca vontade de sair de onde estava.- Tudo bem. – sorri, saindo de seu colo.