* Allana’ Pov. *
Saltitei até minhas amigas paradas no fundo da sala, pulando sobre Fran e a abraçando. Vany me olhou como se seus olhos a tivesse enganando.
- Você saltitou?
- Sim! – sorri. Hoje seriam cinco dias de Luan e eu estava nas nuvens.
Fran me abraçou e me deu um beijo na bochecha, limpando seu gloss depois. Olhei feio para ela.
- Pra que você passa essa coisa? É nojento.
- Tenho certeza de que você põe coisas piores na boca e não reclama. – ela riu.
Me separei dela, fingindo estar magoada enquanto as outras garotas riam do que Fran disse. Tami alisou sua franja pela milionésima vez na vida e pediu para irmos ao banheiro, em busca da salvação do espelho.
Eu sabia que poderia topar com Luan em qualquer lugar da escola e que não poderia falar com ele. Afinal, é melhor evitar conf
* Allana’ Pov. *Vadia. Vadia. Vadia. Puta rameira! Não vai acabar aqui. Rabisquei meu caderno tentando descontar a raiva.Todos me olhavam sem disfarçar. Até os professores que tentavam dar suas aulas fingindo que era um dia comum, me lançavam olhares reprovadores. Aos poucos fui sentindo minha pele arder e meu couro cabeludo latejar em dor. Isso só aumentava mais minha raiva. Parei o que fazia e respirei fundo.- Quase passou dos limites. – Fran comentou na minha frente. – Ela pode fazer um B.O. por agressão.- Que enfie o B.O. no c*! – retruquei sem olhá-la.- Ela pediu. Você viu. – Vany disse.- Quebrei minha unha! – Tami choramingou no canto dela.- Já se controlou melhor que isso, flor. – Fran usou sua voz baixa e suave, não querendo me irritar mais.- Eu sei. – era verda
* Allana Pov. *Aconcheguei meu rosto no travesseiro macio e o abracei. Estava embaixo do meu edredom. É muito confortável e quente aqui. Minha cabeça latejava com força, e eu rezava para conseguir dormir um pouco mesmo sabendo que era de tarde. Alguém bateu na porta do meu quarto, ressaltando o som na melancólica My Imortal que enchia o ambiente.Ignorei tentando dormir. Bateram de novo, dessa vez a voz de Luan veio lá de fora gritando um “Sou eu.Abre a porta”. Ignorei por algum tempo, mas ele era muito insistente. Empurrei as cobertas para o lado e caminhei até a porta, com meu cérebro solto dentro da minha cabeça, batendo de um lado para o outro e fazendo doer mais ainda.Abri a droga da porta para vê-lo exibir um de seus sorrisos brilhantes na soleira. Parecia feliz e isso me fez ferver por dentro.- Cai fora. – consegui dizer sentindo minha garganta
Ele também gemeu atrás de mim, retirando suas mãos do meu corpo, acho que para se livrar de sua última peça. Deslizei minha mão para baixo, me invadindo com meus dedos finalmente. Ai, como era bom.- Não, não. – ele pegou meu pulso e retirou meus dedos de dentro de mim. Senti seu membro roçar em minha bunda e ele descer um pouco, o pondo entre minhas pernas muito abertas e o esfregando contra mim sem sequer me invadir.Doce tortura! O senti cada vez mais úmido, graças a mim que já arquejava sem o domínio de meu corpo ou de minha voz. A muito custo tentando juntar um pouco de raciocínio, me virei de frente para Luan e o abracei fazendoo rolar para cima de mim. Ele sorriu de canto antes de puxar meus joelhos para cima, me expondo para me invadir aos poucos e se deitar sobre mim com suas estocadas lentas enquanto me beijava. Céus, eu preciso mais do que isso!
Agora foi minha vez de ver uma tristeza passar por aqueles olhos. Alguma música lenta começou. Não entendo inglês muito bem, mas entendi que falava de anjos, tornando aquele momento mais doloroso do que realmente era pra ser. Allana se virou para mim, acariciando meus cabelos. Fechei os olhos sentindo o toque dela.- Entendo. – senti seu hálito quente junto aos meus, e abri meus olhos para encontrar seus olhos castanhos se fechando antes de encostar seus lábios nos meus com ternura. Algo que ela nunca fez.A abracei, sustentando aquele gesto pelo resto da eternidade se eu pudesse. Senti as mãos dela deslizarem pelas minhas costas e apertarem minha bunda, me fazendo saltar com o susto. Ela riu enquanto eu tentava obter explicações com meu olhar.- É firme. – comentou mordendo o lábio. Estreitei meus olhos. Onde ela quer parar com isso? – Posso morder?- N&at
* Allana Pov. *Três dias, uma semana, um mês. Os dias com Luan voaram e cada vez juntos era uma nova experiência.Li minha prova tentando adivinhar qual seria a resposta. Esse é o lado bom da múltipla escolha, em que você só precisa se lembrar de algumas das coisas que está escrito ali e então marcar. O problema é que não sou boa em biologia e esses nomes em latim me confundem! Ok, briófitas... Isso é de comer?Han? Eu estava falando do Luan né? Ok. Desisti permanentemente da ideia de tentar afastá-lo de mim.Uma vez ele usou a palavra terminar como explicação para o que eu estava tentando fazer. Mas a gente nem namora pra terminar, né? Né? Bem, no meu ponto de vista não, mas a Fran disse que estamos tão sérios que nosso rolinho poderia evoluir a um namoro. Credo! Essa palavra me causa arrepios até h
- Então... É uma festa do pijama, mas não do tipo que você tá pensando. – Fran rabiscou alguma coisa na mesa enquanto falava – Dessa vez é a tradicional.- Hoje é sexta feira treze e a gente vai ver filme de terror! – Tami me contou com os olhos arregalados. Essa guria tem problema!Olhei para Allana tentando obter uma explicação. Estava roendo uma unha quando viu que todo mundo olhava para ela. Tirou a mão da boca e deu de ombros.- Por que tá me olhando assim? É só um ajuntamento de garotas fofocando e pintando as unhas uma da outra.Uhum, sei. Bom, talvez seja só isso mesmo. Vou dar crédito de confiança agora, vamos ver se não vai me enganar.- Tá bom.Peguei uma troca de olhares das três do meu lado e Fran convidou Vany e Tami para irem fazer alguma coisa com ela. Convidou não c
Desviei minha atenção para o livro abaixo de mim enquanto pensava. Até porque encarar o cara a aula inteira não ia pegar muito bem. O tempo dele e do próximo professor acabaram e ainda não me lembrei de onde vi o ser gordo. Recolhi minhas coisas e sai de encontro a Allana. Hoje a noite não ia a ver por causa da tal festa do pijama e, quem sabe, uma despedida em um canto escondido não me seja recusada.Cheguei à porta da sala dela no momento em que ela saia com as amigas.- Vejo vocês mais tarde. – ela se despediu e as garotas abanaram as mãos no ar para nós enquanto caminhavam para o portão de saída bem disputado no momento.- Vem. – a puxei pelo pulso pelo corredor adentro, contra o fluxo de gente. Vi algumas garotas lançarem olharem tortos para nós e seguirem seu caminho de cara fechada. Um dos largos pilares perto dos banheiros serv
* Allana’ Pov. *Acordei com uma luz forte me cegando e com a mãe da Fran dizendo alguma coisa. Gemi me revirando sob o edredom e me escondendo embaixo dele. Estava tão quentinho ali que eu não queria sair nunca mais.- Acordaa! – alguém gritou antes de bater com força o travesseiro sobre mim.- Que horas são? – resmunguei tirando minha cabeça para fora, provavelmente cheia de cabelos emaranhados na cara. Tanto faz, eu não conseguia abrir os olhos.- Dez e meia, flor! A gente tem que ficar pronta pro almoço. – a voz desinteressada de Vany anunciou passando sobre meu corpo no meio do chão do quarto de Fran e indo para o lado que ficava o banheiro.- Hum... – deixei meus olhos se acostumarem com a droga do sol entrando pela janela para poder me sentar no colchonete e me situar. O barulho no banheiro de Fran me dizia que estava todo mundo lá