Donna Dominic estava com febre alta, não sei onde fica o hospital e tive que apelar para Ella, não pensei duas vezes e liguei. “Me perdoe o horário, mas é que meu filho está com muita febre e eu não posso deixá-lo aqui. Preciso levá-lo ao hospital, pode me ajudar?” Era quase duas horas da manhã e eu estava aqui, apelando para uma desconhecida. “Por que não me ligou antes? Posso ir pegar vocês aí?” Às vezes penso que Ella é um anjo em forma de Jess. “Meu Deus, eu nem sei como te agradecer por isso.” Eu tenho um carro, poderia colocar no GPS e seguir em frente, mas não sou tão boa assim e tenho medo de não conseguir chegar a tempo ou pegar o caminho mais distante. Ella chegou rápido e entrou depressa.— Me desculpa por ter te interrompido, eu estava sem saber a quem apelar. — Disse ouvindo seu riso enquanto ela abria a porta para sairmos. Dafne estava em sua casa, por isso não tive com quem contar quando percebi que Dominic estava ficando mal. — Eu já te disse que já me afeiçoei
Dois meses depois… Donna As coisas estavam indo bem. A cada dia me encontro em uma nova eu. Dominic se adotou bem, adora a escola e a Dafne. Meus dias tem sido bastante corrido, mas hoje fui convidada para jantar na casa de Ella com Dom, não pude recusar ou ela me batia. Há boatos que Mikhail e sua noiva se separaram, mas reataram porque ela estava grávida, sinceramente eu prefiro manter meu filho como sempre foi, mas é tão difícil ter que mentir. Dominic havia acabado de chegar da escola e Dafne estava com boas novidades. — Boa tarde, senhora Hardin. — Sem essa de senhora, por favor. Não sou tão velha nem santa. — Dafne era uma pessoa maravilhosa, que qualquer pessoa teria uma baita sorte se tivesse uma Dafne, uma Jess ou uma Ella, são as melhores pessoas que eu já conheci na minha vida. — Ok, Donna! Eu e o Dominic fomos convidados para jantar na casa do meu namorado hoje, mas se precisar de mim eu fico aqui, sem problemas. — O namorado dela trabalha na Cyndi também, um sujeit
Mikhail Matthew contava sobre como foi maravilhoso rever sua amada depois de tanto tempo. Mas eu ignorava tudo aquilo, desde que Cristina me disse que estava grávida e provou, que eu não consigo mais ser o mesmo, é como se tivesse alguma coisa me puxando para o fundo a todo instante. Matthew me convenceu de sairmos para beber e aproveitar e era tudo que eu precisava. — Deveríamos nos prevenir e pegar um guarda-chuva, porque é um milagre você ter saído de casa sem a sua noiva. — Matthew sabe de toda a situação, o quanto Cristina é irritante e fútil, mas devido a essas coisas, prefiro me manter focado em meu trabalho apenas. — Eu não sei como vou passar o resto da minha vida ao lado daquela mulher. Maldita hora que eu fui… — Maldita hora que eu me deixei atender aos prazeres da vida (transar sem camisinha). E aqui estava eu, topando qualquer coisa que me tirasse do tédio. — Maldita hora que eu aceitei reatar essa merda de casamento. Cristina não tem mais herança a receber, seu pai v
Mikhail Seu rosto, seus cabelos e até mesmo seus olhos ainda eram iguais pessoalmente, idêntico como na foto, mas eu não consigo lembrar muita coisa daquela noite. Donavan estava conversando com as duas enquanto eu tentava me lembrar de algumas lembranças, mas nada me vinha à mente, me recordo apenas de ter a beijado para cumprir o desafio do jogo que Stella propôs naquela noite e nada mais que isso.Me aproximei deles e Ella saiu com Donavan, foram apostar a deixando sozinha na mesa bebendo. — Posso? — Perguntei já sentando de frente para ela, me servindo de uma dose de whisky em seguida. — Claro! — Seu riso de canto me pegou de cheio, fazendo com que eu reparasse em cada detalhe dela. — Ainda participar das festas da Stella? — Não, estou noivo, infelizmente. — Ela me olhou sem graça e olhou para qualquer coisa que não fosse eu. — É que as festas da Stella são demais para mim… — Compreendo! Ella já havia comentado sobre isso, me desculpa por perguntar essa bobagem. — Sua mão est
Mikhail Eu tive que beijá-la, precisava sentir os lábios dela e quando isso aconteceu, senti uma sensação única, que não durou muito… — O que está fazendo? Perdeu a cabeça? — Bruscamente ela me empurrou e eu bati as costas no carro. — Já pensou em alguém ver isso? Com certeza vai ser um problema para mim. — Eu assumo a responsabilidade de tudo que faço. — Ela me olhou e ficou apenas me observando. DonnaEle me pegou de surpresa, não estava pronta para receber um beijo seu, ainda mais nessas circunstâncias. Estava sem graça e sem palavras para dizer o quanto isso foi inusitado.— Que seja, só não faça mais isso. Eu não quero problemas. — Senti meu corpo ferver e a vontade de beijá-lo ser mais forte que eu, mas não poderia fazer isso. Dafne estava me esperando, assim que apertei a campainha, ela abriu a porta. — Ele dormiu, mas chamou por você até dormir. Ele é muito apegado a você. — Ela me levou até o quarto onde ele estava dormindo, serenamente, parecendo um anjinho. — Obrigad
Donna Nervosa, sem saída e sem sono, era assim que eu estava diante da janela, observando o vento balançar as árvores lá fora. Liguei para Jess, mas ela não atendeu nem retornou. Meu filho dorme sereno, nem faz ideia da loucura que é a vida de sua mãe. Passei as mãos em seus cabelos e agora é impossível não olhar pra ele e lembrar de Mikhail, os olhos, cabelos, nariz e boca são quase iguais, muito semelhantes e não sei até quando vou suportar guardar esse segredo. Estava revisando algumas coisas no computador quando Jess me ligou. “Eu estava no banho, o que houve? Está tudo bem?”“Sim, está tudo bem. Quer dizer… eu e Mikhail ficamos a sós hoje e você não tem ideia das semelhanças entre Dominic e ele. São muito parecidos.” Chorei sem precisar me segurar, sentindo o peso da consciência me derrubar e eu me encostar na cadeira giratória. “Ele sabe de alguma coisa? Donna, se acalma e me conta o que está acontecendo. Mas não precisa ter pressa.”“Matthew lembrou a ele quem eu sou. Most
Mikhail Fiz questão de chegar na empresa antes de começar a trabalhar. Cristina ficou com meu carro para se locomover pela cidade, pois o seu já não a pertence mais. Matthew havia acabado de sair de um plantão e acabou passando na empresa antes de ir para casa. — Você não perdeu a cabeça ontem não, não é? — Matthew perguntou depois que lhe contei detalhes de como terminei tudo com Cristina. — Sabe o que eu não acredito, nela se rendendo tão facilmente assim… — Ela está grávida e sabe que quando nosso filho nascer, ela vai poder ter tudo que quer. — Também estou desconfiado e esperando alguma reação da sua parte que até o momento não se manifestou. — Mas isso agora não é o que está me incomodando. Donna era quem estava dominando meus pensamentos e minhas emoções. — O que essa mulher tá causando em você? Se eu soubesse que ela seria tão essencial para que você abrisse os olhos, teria adivinhado. — Matthew era o cara que mais me aconselhou sobre Cristina, como ela era e sobre sua ga
DonnaDafne me convenceu de que eu preciso mesmo sair um pouco. Ela esteve lá como amiga, não como babá do Dominic e eu agradeço a Deus por colocar pessoas tão maravilhosas em nossas vidas, na minha e na de Dom. Estava frio lá fora, então vesti um sobretudo por cima do vestido longo, e fui, determinada a conhecer novos lugares e pessoas também.Já eram quase dez horas da noite e lá estava eu, parada em frente a uma Pub que tocava música russa e eu entendia porra nenhuma daquilo. — Olá, boa noite. Eu vou querer o da casa. — Pedi a moça e logo ela me trouxe uma xícara enorme com shop e alguns petiscos. — Obrigada. Estava sentada em um daqueles banquinhos que ficam de frente para o balcão, quando senti aquela mão enorme tocar meu ombro. Minha respiração ficou ofegante e me veio memórias horríveis em minhas lembranças. — Meu Deus! Nunca mais faça isso. — Disse ao virar e sentir o alívio por não ser o Arthur, aquele homem acabou com meu psicológico. — Eu não quis assustar você. Me des