Vincent pode ver, pelo menos, vinte pessoas rodeando a sede do Conselho, os que estavam em seu campo de visão. Três feiticeiros e dezessete vampiros. Não pareciam muito entusiasmados com a missão de guardar um local destruído.
Mas Vincent tinha que admitir que Salvatore era inteligente. Não seria prudente da parte dele deixar um lugar como a Sede do Conselho da Magia sem proteção. Afinal, o local possuía livros raros de feitiçaria, caixas, baús e frascos contendo criaturas perigosas, amuletos raros e perigosos, além de armas mágicas lendárias. Basicamente, um incrível arsenal mágico.
Ele se aproximou sorrateiramente da Sede, porém, sem parecer um intruso. Aproximando-se do local, desviando do foco de onde estavam os sentinelas, tentando não transparecer que não queria ser visto e que não podia estar ali.
– Beck!
Foi quando Vincent sentiu, antes de ver, algo vindo em sua direção. Virou a cabeça há tempo de ver uma esfera de fogo vir em sua direção. Ele se abaixou, enquanto corria, e sentiu o calor do fogo passar por cima de sua cabeça.Mas essa distração lhe custou muito. Ele acabou tropeçando na raiz de uma árvore e começou a rolar morro abaixo, a neve umedecendo sua roupa, terra molhada e fria entrando em sua camisa, o feitiço que o aquecia se desfazendo enquanto ele rolava e rolava. Seu braço bateu em algo bem duro o que foi bem doloroso e o fizera soltar um gritinho de dor. Pela sensação de calor e viscosidade que havia penetrado suas roupas, ele podia supor que havia abrido um corte e que agora estava sangrando.Uma árvore o fez parar. Ele bateu a coluna contra o tronco, o que poderia muito bem tê-lo matado, mas felizmente não foi o caso.
O tronco do grande carvalho havia assumido uma face feminina, diferentemente da última vez em que Ellie a vira, seu rosto de madeira agora era mais jovial. Ela fitava os quatro seres a sua frente, a Fonte, a curandeira, o aprendiz e o duende.– Uma ligação entre dois feiticeiros? – Flidas repetiu parte da pergunta – Pode ser que eu saiba algo sobre isso, sim.– Sério? – Ellie falou cheia de esperanças.– Sim, mas não vai ser de graça – a árvore comentou com um sorrisinho.– Como não vai ser de graça? – June disse em tom ríspido.– Eu quero algo em troca. – O rosto de madeira se contorceu um pouco enquanto ela pensava, os olhos com aquele brilho verde fantasmagórico. – Que tal o duende? Eu gostaria de um pouco de companhia.– Bulaklak não &e
Vincent ergueu uma das mãos, mostrando o anel do sol que havia acabado de retirar da mão do vampiro por um simples feitiço telecinético – controlado com precisão para que a criatura não pudesse senti-lo sendo removido –, ao mesmo tempo, bateu a mão no solo bem sobre o símbolo que havia marcado na terra com o dedo. Assim que Andres viu o que o feiticeiro planejava, soltou sua trança e tentou se afastar, mas a luz ofuscante que partiu das mãos de Vincent o atingiu mesmo assim. Luz solar tocou a pele do vampiro e a fez se desfazer como papel queimado, o cheiro de carne podre queimada era terrível e fez Vincent encrespar o nariz. O vampiro se afastou rapidamente para trás de uma árvore até que a luz se dissipou.Aquele era um feitiço simples de luz solar, convertia a magia para as exatas propriedades da luz do sol. Uma mágica bastante útil contra vamp
A parte de Vincent que June possuía acabou se revelando ser uma mecha de cabelo branco presa por uma fita vermelha.Ao ver aquilo, June retirar isso da sua mesinha de cabeceira, Dante exibiu uma careta e rapidamente desviou o olhar, mas não disse nada à respeito.Foi Bulaklak quem os guiou até o ponto de convergência, já que ele dissera conhecer um ali por perto. Embora Dante tivesse resmungado que também poderia fazer isso, e tivesse praguejado que “isso era uma péssima ideia, péssima ideia”.O local da convergência não parecia nenhum pouco mágico como Ellie pensou que seria. Era um descampado, as árvores estavam metros distante, só havia uma grande área de terra com montinhos de neve aqui e ali. Próximo tinha uma casinha de madeira meio destruída e em parte queimada. Também tinha uma cerca de madeira que não tinha conti
A cena poderia até ter deixado Minerva preocupada se fosse em outra época, mas, para ser sincera, ela já tinha visto Vincent em estados piores do que aquele.Seu irmão caçula havia surgido na sala do castelo minutos antes e foi direto ao chão, desacordado. Estava imundo, o que era uma maneira bastante gentil de descrever. Seus cabelos estavam molhados, as roupas completamente sujas de lama e em seu rosto havia um corte, sangue cobria sua bochecha.Quando Minerva o subiu para seu quarto e retirou-lhe as roupas para que pudesse limpa-lo e curar as feridas, viu que ele tinha hematomas horríveis nas costas e na região de costelas, tão intensamente roxos que pareciam quase negros. Fora isso, ele possuía um corte no braço, que estava totalmente sujo de sangue, assim como em seu rosto. E suas costelas estavam certamente quebradas, embora Minerva não tivesse avaliado mais a fundo.
Vincent sentia a maior dor de cabeça de toda sua vida. Ele abriu seus olhos e sentiu uma dor profunda por trás deles e uma subida tontura, piorou quando ele tentou se sentar e a sensação de levar um chute voltou com tudo. Ele gemeu e tornou a deitar. – Não se levante, Vince, isso seria idiotice – a voz extremamente severa de Minerva chegou aos seus ouvidos. Ele a olhou e viu o rosto franzido de Minerva, seus olhos negros brilhando feito ônix. – Eu sei o que você vai dizer. – Que você é o mais burro dos feiticeiros? – Minerva cruzou suas pernas. – Eu consegui o livro e estou vivo. Não sei porque você está tão brava. Minerva cutucou as costelas dele e Vince gritou, parte dor e parte perplexidade. – Por que fez isso? – ele questionou, indignado. – Não irei permitir que use nenhum feitiço daquele Grimório, Vincent. Muito lentamente, e não isento de dor, o feiticeiro se sentou na c
Salvatore desviou de dois raios que tentaram atingi-lo, se defendeu de vários espinhos de gelo, pulverizando-os com magia de calor, desfez o fogo que Ellie criou e saiu da frente de outra esfera de energia estrondosa. Ela não precisava fazer feitiço algum, simplesmente manipulava a energia mágica como se sempre a tivesse pertencido. Salvatore não conseguia chegar perto dela, mesmo seus feitiços, não conseguiam atingi-la. Ela era como um forte impenetrável, cujo único objetivo era destruí-lo, ele podia ver no ódio dos olhos da ruiva.Embora o poder de Ellie fosse imenso, apesar de sua resposta mágica ser rápida e de a magia desferida por ela ser forte, não causava dano algum em Salvatore Lex. Ele era, acima de tudo, um guerreiro e, como um guerreiro, sabia muito bem como se defender e desviar de ataques. Ele conjurava feitiços contra ela, mas não estava se esfor&cced
Ellie sentiu sua raiva ferver dentro dela e magia borbulhar em sua superfície, esquentando-a de uma forma perigosa e explosiva.Uma camada de gelo preencheu todo o chão ao redor deles quatro, o vento se intensificou, fazendo com que os cachos ruivos de Ellie chicoteassem seu rosto e neve começou a cair em abundancia do céu tempestuoso. O frio agora era insuportável, ela sentia o ar gelado entrando dolorosamente em seus pulmões, suas mãos pareciam estar congeladas, embora ainda estivessem envoltas por sua energia que se movia de forma instável.Estava ficando sem controle e isso estava influenciando o clima ao seu redor, assim como acontecera quando ela perdera a ligação com Vincent.– Vamos, Ellie. Estou perdendo a paciência – Salvatore falou severamente, em um tom alto e grave para ser ouvido.Quando Ellie deu o primeiro passo, derrotada, de repente, as vinhas q