Depois que Nadia trouxe seu precioso bebê ao mundo, todos se retiraram para suas casas. Eles estão super exaustos; Camélia e Ariel vão para a cama vestidas, jogam-se na cama e adormecem, até que o som incessante dos toques do telefone as acorda. Eles se entreolham, depois olham para o relógio na parede: são cinco da tarde de domingo.
—Uau, dormimos—, diz Ariel, sentando-se e pegando o telefone. —E essa quantidade de ligações de todo o mundo?Ele imediatamente marca seu irmão mais velho. A maioria das ligações é sua; Ele tem muito medo de que algo ruim tenha acontecido com seu pai.—Mano, o que foi que você me ligou tanto? Papai está bem? —pergunta assustado, temendo o pior.—Até você finalmente responder! —Marlon exclama do outro lado da linha. —Você está bem? OndAriel e Camélia ficaram em silêncio, ambos brincando nervosamente com seus telefones. Ele não respondeu à pergunta que ela lhe havia feito em seu desespero e medo. Estava convencida de que seu pai apareceria na cidade e a levaria à força para o povoado. Casá-la-ia com o homem odioso que havia escolhido e a poria para trabalhar como escrava na fábrica de cerâmica.Por sua vez, Ariel estava assustado com o rumo que as coisas haviam tomado. Sua mãe havia exigido que ele levasse a namorada e, segundo seu irmão Marlon, seu pai também estava feliz com a notícia. Recriminava-se por ter sido tão descuidado. Queria cuidar de Camélia, inclusive sentia que algo estava nascendo entre eles, mas as dúvidas o paralisavam. Como expor a inocente e indefesa Camélia ao calvário que era sua vida?—Falava com seu pai? —perguntou Ariel, bastante surpreso com sua atitude. Nada a ver com a moça assustada que tinha precisado defender no dia anterior.—Oh, senhor, desculpe por isso, é que meu pai... —balbuciou
Camélia olha-o sem entender enquanto tenta recordar tudo o que aconteceu depois de voltar do povoado. Sabe que bebeu sem medida com o desejo de esquecer a vergonha que sua família a tinha feito passar. Depois tinha dançado muito, seus pés doíam e sentia-se muito tonta. Todo o resto são flashes borrados do que aconteceu.—Sim, foi assim que você chamou. Eu gostei muito e fiz. Foi logo antes de sair correndo com Nádia para o hospital —conta-lhe Ariel um pouco mais seguro.Ela olha-o sem poder acreditar que sua bebedeira a tenha feito pedir um novo favor ao seu chefe. E não só isso, está convencida de que ele cedeu para agradá-la por pura pena depois de ver como sua família a tratava. Camélia parou em frente a Ariel e deixou cair os braços ao lado do corpo, derrotada, enquanto inclinava a cabeça, realmente envergonhada e arrependida do que tinha feito.—Nossa, senhor, peço-lhe mil desculpas. Por minha culpa está metido em não sei quantos problemas. Não sei o que acontece comigo, cada vez
Camélia olha para seu chefe sem compreender completamente ao que ele se refere. Sua cabeça está girando por causa da ressaca e sente que vai desmaiar. Por que tudo em sua vida se torna tão complicado? Ariel a observa sentindo quase o mesmo, mas decidido a resolver isso entre os dois. Embora seja um problema sério, pensa que encontrou a solução.—Sim, é um problema sério. Principalmente sobre o que aconteceu no seu aniversário, já viu na televisão. Não pensei que fossem nos filmar justo naquele momento em que eu lhe dizia aquilo, nem no hospital, e muito menos que publicariam um vídeo de tudo. Mas agora estamos nisso juntos e precisamos resolver —tenta falar o mais tranquilo que pode Ariel, ao ver a alteração em que Camélia está mergulhada.Ela o olha tentando compreender a seriedade do assunto que seu chefe lhe diz. Para ela, em sua ment
Camélia olha-o nos olhos por uns minutos que parecem intermináveis para Ariel. É como se ela travasse uma grande luta interna pelo que está prestes a dizer. Os olhos enchem-se de lágrimas que não chegam a rolar por suas faces. Depois solta todo o ar, como se com isso desfizesse o imenso nó que prende sua garganta, e com uma voz que mais parece o gemido de um animal ferido diz:—Papai tem razão nisso —fala com tristeza—, embora me doa aceitar, seus pais não vão permitir que se comprometa com uma pessoa qualquer como eu.—Nisso você se engana, Cami —diz Ariel aproximando-se lentamente dela, que o observa com um lampejo de esperança no olhar, que não lhe escapa—. Meus pais aceitam a mulher que seus filhos escolhem. Veja um exemplo: meu irmão mais velho, Marlon, é casado com uma órfã, ela tinha menos que você. E meu seg
Neste momento, Camélia está tão surpresa com a confissão do seu chefe que precisa piscar várias vezes para se convencer de que não está sonhando, nem é uma alucinação. Levanta a mão e toca-lhe o rosto como se precisasse senti-lo para acabar de se convencer de que é real. Seu chefe está dizendo que gosta dela como mulher e que quer que seja sua namorada. E por um instante decide ser honesta com seus sentimentos.—Sim, gosto do senhor, gosto muito, senhor Ariel. Mas não sei se estou apaixonada, nem sequer me permiti sonhar que se apaixonasse por uma garota como eu —responde com um suspiro vendo como a boca do seu chefe se abre num sorriso feliz ao ouvi-la dizer que gosta dele. Ele se aproxima e a abraça pela cintura enquanto pergunta:—E como é ser uma garota como você?—Introvertida, que se veste com roupas confortáveis, q
Camélia fez a pergunta cheia de incredulidade e com um pouco de esperança. Não pode continuar negando a si mesma o que sente por Ariel. Embora tenha tentado suprimir esses sentimentos, eles cresceram sem poder fazer nada dentro dela, mas não quer deixar que eles lhe turvem a mente.—Sim, quero você como namorada, e não me envergonho de nada que você faça —garante Ariel e a beija com carinho no rosto—. Pode continuar vestindo o que quiser, desde que não vamos nos encontrar com alguém.—Com certeza pensam agora no trabalho que você me deu o cargo porque dormi com você —Ariel sorri cheio de felicidade ao ouvir como ela o trata informalmente, algo que vinha insistindo desde o início do relacionamento.—Importa-se com isso? —pergunta divertido ao ver que ela já o aceitou.—Não, porque sei que não foi por isso &mdas
Ariel para e olha para ela surpreso. Não sabe por que sempre o incomodou que ela o chamasse de senhor. Por isso quer que ela pare de fazê-lo imediatamente agora que são namorados.—Senhor não, Cami! Me chame de Ariel, não quero mais ouvir você me chamar de senhor, a não ser no trabalho na presença de outros —realmente o incomoda, é que quando sente que avançou um passo, ela com uma só palavra o faz retroceder dez, não gosta dessa sensação—. Está me ouvindo? Não faça isso de novo, sou seu namorado, seu noivo.—Sim, senhor..., digo Rhys..., Ariel, ha, ha, ha! —ri ela divertida e nervosa ao ver como ele ficou. Parece-lhe uma criança fazendo biquinho, e ao rir faz com que as tensões relaxem—. Está bem, não fique bravo, Ariel, eu disse Ariel, não me olhe assim, ha, ha, ha...!, me solta, me sol
Ariel a atrai com força pela cintura, enterrando-se nela, que joga sua abundante cabeleira para trás, deixando ver seu rosto transfigurado pelo prazer de sentir-se possuída daquela maneira. Olha-o direto nos olhos.—Te amo, Ariel, faz muito tempo que te amo, ah, sim..., de novo —pede ao sentir como ele se enterra nela—. Te amo... —e outra vez recebe a estocada—. Te amo, te amo, te amo —e como prêmio ele se afunda uma e outra vez nela.—Te amo, Cami, te amo —responde ofegante, impulsionando-se com vigor uma e outra vez em seu interior, ajudado por ela, que salta desenfreadamente sem parar de dizer.—Te amo, te amo, te amo —até que ambos terminam no êxtase do prazer, abraçando-se fortemente, com medo ao descobrir tanta felicidade.O telefone de Ariel começa a tocar com um