Ariel ficou observando sua acompanhante, incapaz de acreditar que tudo aquilo não fosse mais do que uma mera coincidência. Perguntava-se como uma irmã poderia agir de tal maneira, lembrando-se dos seus próprios irmãos que dariam a vida por ele. Mesmo se estivesse numa situação semelhante, consideraria uma honra. Com um olhar sério, disse-lhe:
—Senhorita Camélia, acho que é demasiado duro julgar sua irmã, certamente é apenas uma coincidência.
—O senhor diz isso porque não conhece minha irmã —replicou ela, mantendo seu olhar fixo no dele—. Ela tem adiado o casamento para que coincida com meu aniversário, que cai no sábado. Nesse dia, papai sempre organiza um almoço e ela fica incomodada porque é o único
Ariel, consumido por um desejo ardente, atrai Camelia para si, segurando-a delicadamente pelo pescoço. Seus lábios se encontram num beijo apaixonado, quase devorador. É como se ele nunca pudesse se saciar dela, daquele sabor que o obcecou desde a primeira vez que a provou. Seus lábios exploram cada canto da boca de Camelia, mordiscando suavemente, saboreando cada instante. Com os olhos fechados, sua mente voa, imaginando-a nua sobre lençóis de seda, sua pele dourada brilhando sob a luz tênue do quarto. Suas mãos anseiam por percorrer cada curva daquele corpo que o enlouquece. Nesse momento, ele toma uma decisão que mudará o rumo da noite.—Senhor —sussurra Camelia, conseguindo se separar por um instante, sua voz entrecortada pela paixão—, aqui não... Vamos para casa, por favor. Ariel Rhys não sabe se está se apaixonando e neste momento também não lhe interessa a resposta a essa pergunta ao sentir como Camelia acaricia seu peito com lábios tão suaves que lhe provocam arrepios por todo o corpo.—Estou fazendo bem, senhor?— pergunta ela com uma mistura de inocência e coqueteria que faz Ariel sorrir calorosamente, permitindo-se desfrutar plenamente desse momento.—Perfeitamente— respondeu, acariciando com ternura o belo rosto da jovem, agora tingido de um rubor encantador. —Não pergunte mais. Apenas faça o que sentir, Camelia. Garanto-lhe que adorarei tudo o que fizer. — "E se realmente a fizesse minha namorada?", pergunta-se fugazmente, surpreendido pelos seus próprios pensamentos.C35 PRIMEIROS SINAIS DE ALGO MAIS
Ariel não respondeu e Camelia não se atreveu a perguntar novamente. Sem dizer uma palavra, vestiu-se apressadamente e subiu no carro que ele dirigia em alta velocidade. Ariel parou em frente ao prédio onde Camelia morava.—É o meu pai —disse Ariel quando Camelia estava prestes a sair do carro. —Ele está muito doente e foi levado para o hospital.Foi então que ela compreendeu seu rosto assustado, embora não entendesse por que ele lhe dava tantas explicações. Afinal, seu relacionamento se limitava ao sexo; não eram um casal.—Espero que ele melhore logo —disse ela, saindo rapidamente do carro. —Desculpe por ter pergunta
Ariel irrompe no hospital, ofegante e com o coração acelerado. Seus olhos percorrem freneticamente o corredor até encontrar seus dois irmãos e suas respectivas esposas, que rodeiam sua mãe. Ela, sentada numa cadeira de plástico, soluça desconsoladamente, seu rosto sulcado por lágrimas e o medo palpável em seus olhos avermelhados.—Mano, o que aconteceu? O que há com o pai?— pergunta Ariel, sua voz tingida de angústia ao ver sua mãe naquele estado, temendo o pior.—Calma, não é nada grave, Ari— apressa-se a responder Marlon, seu irmão mais velho, ao notar a expressão aterrorizada de Ariel. —O pai teve uma descompensação e desmaiou. Já estão administrando soro. Você conhece a mã
A primeira vez que Ariel viu Mailen, ela estava sentada sozinha numa mesa da cantina universitária. Seu cabelo loiro deslumbrante caía em ondas suaves sobre seus ombros, emoldurando um rosto de beleza etérea. Seus olhos, de um azul tão claro quanto um céu de verão, contrastavam com suas bochechas rosadas e lábios vermelhos que pareciam esculpidos por um artista.Ariel, cativado por sua presença, aproximou-se com uma mistura de nervosismo e determinação. Com um sorriso tímido, sentou-se ao lado dela e, pouco a pouco, foi ganhando sua confiança ao oferecer ajuda nas tarefas diárias. Quando o primeiro semestre chegou ao fim, o destino já havia entrelaçado seus caminhos, transformando-os num casal inseparável.Na universidade, Ariel não demorou a se destacar. Sua dedicação aos estudos, herdada dos irmãos mais velhos, levou-o a obter notas excelentes em
Ariel passou o dia sorrindo como um bobo, abraçando e beijando a todos. Ao chegar a noite, vestiu-se com um elegante terno que combinava com o vestido que Mailen usaria. Uma bela limusine branca o esperava, seu irmão a havia colocado à sua disposição. Pegou tudo e, emocionado, partiu rumo à casa de sua namorada dez minutos antes do combinado, para dar-lhe tempo de se vestir com o vestido dos seus sonhos.Mailen era filha de uma família de baixa renda. Realmente era uma beleza e certamente triunfaria na vida por isso. Vivia contando a Ariel que desejava ser uma grande atriz e modelo. Queria vestir-se com as roupas dos melhores estilistas do mundo, dizia. Seu maior sonho era ir para Paris, o coração da moda. Dizia-lhe o tempo todo que faria qualquer coisa para alcançá-los. Ele a escutava, sabendo que poderia dar-lhe tudo o que ela s
Ariel manteve-se firme ao ver sua família inteira apoiando-o do palco. Seu pai o olhava fixamente, enquanto sua mãe sorria com carinho, infundindo-lhe coragem. Ismael, por sua vez, olhava com ódio para Enrique, contendo a vontade de enfrentá-lo pela humilhação a que estava submetendo seu irmão.—Boa noite —começou Marlon com um sorriso—. Certamente vocês estão se perguntando por que a família Rhys está presente nesta cerimônia de formatura. Eu lhes direi, mas primeiro o mais importante. Tenho o prazer de ser quem entrega o prêmio ao melhor aluno da escola, por seus admiráveis resultados, obtidos com árduo trabalho durante todos estes anos. É uma grande honra que agradeço ao diretor por ceder-me seu lugar. Por favor, que suba ao palco Ariel Rhys, merecedor do tí
Camelia ria com as travessuras de sua melhor e única amiga, que esperava ansiosa por sua resposta.—Vamos, me diga o que você fez, Lía —insistia Nadia com curiosidade—. Você dormiu com o dono do prédio?—K, k, k... Não é nada disso. É melhor eu te contar antes que você invente uma novela inteira nessa sua cabecinha —apressou-se Camelia diante da insistência de sua amiga.—Tudo bem, mas primeiro coma isso —pediu Nadia apontando para a comida—. Richard fez uma delícia, só me deixou preparar a salada. Não é verdade que tem gosto de comida da mamãe?—Sim, está delicioso —concordou Camelia saboreando o pr