Nina.— NINA?!!Meu corpo inteiro estremece quando ele solta esse rugido que com certeza o casarão inteiro escutou, mas eu não posso demonstrar fraqueza agora. Portanto, viro-me de costas para aquela porta assim que ele dá o primeiro chute violento e miro os meus olhos no horizonte. Seja forte, Nina, seja forte! Mais dois chutes e a porta se abre com uma violência tão brusca que se impacta com força contra uma parede. Em seguida, vem o som da sua respiração. Ela está tão pesada e ofegante, que se pode comparar ao som de um touro em fúria diante de um pano vermelho, que acena provocante para ele. Permaneço de costas para ele e em silêncio, dessa forma ele jamais perceberá que estou com medo. Porque sim, estou com muito medo de que o que eu fiz tenha libertado um monstro, ou apenas o senhor todo poderoso. E credite, o senhor poderoso seria mais fácil de lidar.— Que porra você pensa que está fazendo? — Ele brada adentrando ainda mais o quarto. — Não brinque com fogo, Nina, porque paciên
Nina.— Ele disse isso?! — Minha amiga praticamente grita a indagação ao telefone. Incomodada, afasto o celular do ouvido e torno a encostá-lo.— Com todas as palavras.— E você?— O que queria que eu fizesse?— Sei lá! Que o beijasse, se entregasse, abrisse essas drogas de pernas para ele? Pelo amor de Deus, mulher, não pode deixar um homem desses na mão! Se é que você me entende.— Julia?! — A repreendo, mas já é tarde demais, porque a minha mente desenhou direitinho um homem grande e forte como o Thor manuseando a sua mão hábil bem lá. Sacudo a cabeça para lançar esse pensamento nada decoroso para bem longe de mim.— O que você quer que eu diga?— Ele se declarou pra você e você não fez nada! — exclama ainda admirada.— Ele não está apaixonado por mim, Júlia. Isso é só desejo carnal e você sabe que eu sonho com um amor para a minha vida.— Na real, Nina, acho que você não consegue mais do que isso. Não nesse mundo e definitivamente, não nessa vida — bufo desanimada. O pior é que el
Nina.— Ah, eu não posso aceitar, amiga! Você já me ajuda o bastante. — Seguro a sua mão e forço-a a abrir a palma, colocando o cartão na sua palma, fechando os seus dedos em seguida.— Não me tire as poucas horas que tenho de sono, Júlia, por favor! Eu não vou ficar tranquila se for trabalhar no casarão dos Guerra. Use esse cartão, é por pouco tempo e eu prometo que darei um jeito de resolver essa situação. — Ela puxa uma respiração audível e me abraça bem apertado.— Ain, obrigada, amiga, por tudo que tem feito! — Retribuo o seu gesto, afagando as suas costas.— Às vezes tenho as minhas dúvidas quanto a você ser tão jovem, juro.— Você é como uma irmã pra mim e eu nunca vou te deixar sozinha. Sabe disso, não é? — Ela se afasta, olha nos meus olhos e rimos.— Eu sei, mas nunca saberei como te agradecer. — Nos olhamos em silêncio por um tempo. — Ain, me deixe aproveitar essa cama redonda, estupidamente grande e macia — pede e se esparramando no colchão, abrindo os braços e pernas, e s
Thor.A guerra do tráfico nada mais é do que a ambição por mais poder. Quanto mais poderoso nesse universo, maior a chance de ser intocável tanto pelos homens, quanto pelos seus inimigos e adversários. Tenho certeza de que foi isso o que tentaram fazer com o meu pai. Eles pensavam que o filho do Lorde jamais conseguiria levar a administração da boca a diante. Sabe como é, jovem demais, nunca assumiu uma função na equipe, nunca enfrentou um traficante cara a cara e ainda fazendo faculdade. O que eles não sabiam é que tudo era uma estratégia do Lorde do tráfico. Por trás das cortinas ele me treinava, mostrava o caminho certo para seguir. Os gestos, os olhares, um simples tremular nas mãos, tudo são sinais para me deixar confiante ou em alerta. Meu pai me ensinou tudo sobre os malotes, até mesmo a identificar quando temos uma mercadoria pura e de boa qualidade ou quando ela está batizada, se é que vocês me entendem. Enfim, por que estou falando sobre isso? Porque exatamente agora eu tenh
Thor.— O que tem nessa bolsa? — pergunto e ela estanca outra vez, soltando um suspiro baixo em seguida.— O quê? — Ela me olha por cima do ombro, porém, não esconde o seu nervosismo.— A bolsa, Júlia, o que tem dentro dela?— Ah, nada demais. É só... algumas coisas minhas. — Sorrio, porque eu sei que ela está mentindo pra mim. Faço um gesto para o segurança em pé na porta e o homem prontamente se aproxima.— Entregue a bolsa pra ele — ordeno com um tom levemente rude. Ela arregala os olhos em surpresa.— Ah, o que é isso Thor? Você não confia em mim?— Se não tem nada demais então não há problema em mostrar, certo? — Ela revira os olhos e debutante entrega a bolsa. Meu segurança abre o zíper e começa a tirar algumas coisas de dentro. Confesso que não estou surpreso de encontrar uma quantidade grande de comida lá dentro. Definitivamente essa mulher está extrapolando comigo. — Leve tudo para a cozinha e distribua entre os empregados.— Mas você não pode fazer isso! — A garota protesta,
Thor.— Quero que ponha algumas roupas suas em uma bolsa. Eu vou te levar para um lugar — aviso de repente e ela para o que está fazendo. A minha linda e malcriada esposa me lança um olhar especulativo.— Para onde vai me levar? — inquire. É impressão minha ou a sua voz tremulou? Ah, mas eu vou a forra com isso!— Só faça o que estou mandando, Nina — rosno com um tom ápero e sem lhe dar mais explicações, me tranco no banheiro.É claro que foi de propósito. Ela provavelmente está com medo de que eu cumpra com a minha promessa de levá-la para uma de minhas casas noturnas e não custa nada tirar algumas horas da sua noite de sono, a final, ela merece esse castigo. Tomo um banho rápido e volto para o quarto, e encontro a minha esposa sentada no seu lado da cama, fingindo ler algum livro. E como eu sei que ela está fingindo? É simples, o livro está de cabeça para baixo e mesmo tentando disfarçar, ela está me olhando através do objeto. Como eu disse, é uma garota infantil e mimada. De propós
Thor.— Não tem muito o que fazer agora. — Aponto com a cabeça para a minha funcionária e ele a fita. — Leve a Safira para o quarto. Quero saber exatamente o que aconteceu aqui e por que ela está viva. — Respiro fundo. — Quem mais sabia sobre essa entrega?— Grande parte dos gerentes — bufo audivelmente.— Temos um traidor entre nós, Corvo, e precisamos descobrir quem é. Peça para os homens limpar essa porra toda. A última coisa que eu quero é a polícia no nosso rastro.— Pode deixar, chefe. Vamos trabalhar homens, hora da faxina! — Ele eleva a voz chamando a atenção de todos e eu caminho para o carro, fazendo um gesto para Isis e o Mago me acompanharem. Enquanto dirijo para a casa do Mago, o meu anjo da morte, que é onde a porra toda acontece, não consigo parar de pensar nos milhões que se foram com junto com aquela carga. Uma grana preciosa e um prejuízo quase irreparável. Rosno um xingamento, batendo forte no volante. A pergunta é, quem se atreveu a pegar o que é meu? Estaciono o c
NinaNão consigo me imaginar dançando seminua em um palco com polidance, menos ainda completamente nua com um bando de homens escrotos me tocando o tempo todo. E aqueles olhos famintos, e libidinosos desejando fazer coisas obscenas comigo? O que eu fiz para merecer tudo isso? Tudo bem que fui arrogante, prepotente, mimada e intolerante, mas custava ele simplesmente me devolver para a minha família? Ok, não é a melhor família do mundo e de forma algum desejo estar com eles outra vez, a final, qualquer lugar do mundo é melhor do que a minha antiga casa. Opa, ele não está indo para o centro da cidade, isso é um bom sinal... eu acho. Então, para onde estamos indo realmente? Não ouso perguntar, porque ele está com cara de poucos amigos. Mas de verdade, quem deveria estar com raiva aqui era eu, putinha da vida mesmo. Rosno mentalmente quando lembro que esperei ele chegar na cama e isso só aconteceu quando o dia amanheceu. O que, pensam que eu perdi o sono na noite passada por causa dele? É,