Pov Eduardo
Cheguei em casa perto do horário do almoço. Minha mãe estava na varanda da frente da casa arrumando alguns vasos de plantas. Subi a grande escada larga que dá entrada à mansão e a comprimentei com um beijo em sua testa. Depositei o troféu e o cheque do concurso em sua mão e entrei. Subo as escada lentamente indo direto ao meu escritório, abri as cortinas da grande janela do escritório que dá vista contra as plantações de flores e girassóis da minha fazenda, abri o uísque e coloquei um pouco da bebida no copo e me sentei de frente para contemplar a paisagem de flores. Ao fechar meus olhos em um pequeno cochilo, seu rosto veio à minha mente.Seu olhar meigo, sua pele delicada e bronzeada,sua boca bem desenhada e seus cabelos que ainda parecem estar impregnado em minhas narinas. Tudo tão vívido em minha mente.
Acordei ofegante, indignado com tal situação pois tudo foi tudo tão real que quase senti sua respiração próximo a mim
―O que foi isso? Eu devo odiá-la! Não posso pensar nessa mulher, ela é proibida pra mim. Eu odeio toda aquela família, esbravejei.
Me levantei rapidamente e saí do escritório. Encontrei Lya no corredor que ficou assustada ao ver meu estado,
―Seu Eduardo está tudo bem? O que aconteceu? perguntou ela preocupada,
―Não foi nada querida,eu estou bem. Só vou caminhar um pouco.
―O senhor não vai almoçar?
―Não! Não se preocupe comigo.
Saí afoito de casa, peguei o bastão de caminhada que estava na varanda e parti em direção às plantações de flores. Caminhei por entre elas, chegando próximo ao rio. A estrada geral da cidade corta metade de minha fazenda, todos que vem ou saem da cidade,devem passar e contemplar minhas plantações e minhas terras. Ao me deparar próximo a porta, percebi jogada perto de um barranco na beira da estrada uma bicicleta branca caída no chão, com algumas fitinhas coloridas pendurada no guidão da. Olhei em volta procurando o dono, mas não avistei ninguém. Então escuto alguém suspirar no meio da plantação de Girassóis. Fico curioso e sigo o caminho do som e suspiros que dali vinha.
Meus olhos a vêem deitada ao sol olhando para o céu azul, esboçando um leve sorriso em seu rosto.Quando percebeu que estava me aproximando, levantou-se assustada ajustando sua roupa e se limpando. Ficou paralisada ao me ver. Falo algo para ela, que quase nem me responde, demonstrando estar muito assustada e embaraçada com minha presença. Ao me aproximar, percebi uma cobra próximo a ela e num impulso ergo o bastão e acerto na cabeça do animal, deixando a moça assustada e com os olhos fechados.
A louca achou que eu iria atacá-la, só pode. Odeio essa família, mas não a ponto de matar alguém,ainda mais sendo ela que tem rondado meus pensamentos nessas últimas horas.Trocamos algumas palavras, nos despedimos e quando ela estava de partida, tropeçou em algo e quase que cai, mas minha ação é imediata, seguro assim ela em meus braços. Sentir sua pele quente e macia em minhas mãos, foi algo inexplicável. Meu coração voltou a bater calmamente por alguns instantes, como a muito tempo não batia.Senti por alguns segundos uma paz invadir meu corpo .Que poder ela tem?Eu não posso me render assim,eu não aceito, pensei. Novamente o desejo de beijá-la me invade, então somos interrompidos pelo mesmo cara que vi abraçá-la no evento. Uma ira me consome,um ciúme talvez. Algo absurdo, pois isso não faz sentido algum,sentir ciúmes de uma mulher que conheci a tão poucas horas, para que me importar com isso? confesso que eu senti. Senti inveja dele, ciúmes de ele poder tocá-la sempre que quiser.
Somos apresentados e ele fez questão de frisar o "noivo dela" ao se apresentar a mim. Logo em seguida os dois partem, ele a arrasta para longe de mim, mas ela insiste em se virar e me olhar sem que ele perceba. Fico ali, com meu olhar fixo nela observando eles indo embora.
Sigo minha caminhada...
Descendo a plantação de girassol,vejo algo brilhar e balançar com o vento em algumas das flores. Uma fitinha de cetim vermelha que enlaçava seu cabelo castanho, onde quando me aproximei o vento a levou para longe, deixando-o engatado em uma flor de Girassol. Pego imediatamente, ainda tem seu cheiro, o cheiro do seu cabelo, cheiro de flores do campo.
―Elizabeth... sussurrei aspirando o cheiro da fitinha―Acho que tenho planos para você também, Elizabeth Wilhans...
Pov Elizabeth "Não, não Catarina!Catarina,Elizabeth?Me dê sua mão, vem, respira, respira Pov Elizabeth Pov Eduardo "Um dia após Eduardo encontrar o jovem John acidentado, ele então acorda. Sentou-se na cama um pouco atordoado sem entender muito bem como veio parar naquele lugar. Olhou o quarto ao redor tudo bem limpo e arejado. Uma cama grande de casal em madeira rústica assim como todos os móveis ao seu redor.Roupas de cama azul escuro com detalhes em amarelo, assim como as cortinas.As duas pequenas janelas e a porta da sacada levemente abertas deixando o ar da manhã e leves feixes de luz solar entrar. Observou em seu corpo alguns curativos muito bem feitos e recentes.Sentiu uma leve dor de cabeça e dores pelo corpo que o fizeram gemer. Lembrou-se da briga com seu pai e logo em seguida pensa na mãe, Eduardo entra em seu escritório um pouco desconcertado.―Como você pode ser tão miserável Joseph? tratar seu filho com tanta maldade. Eu pensei que ao menos "os seus" você tratasse bem,mas pelo visto não.―Com licença seu Eduardo,―Para de me chamar de "Seu Eduardo" Lya, poxa vida eu já pedi,―Eu não consigo,me desculpe,é hábito,ela responde―Então, eu vim lhe dizer que John já deve estar tomando banho,o Joaquim está com ele―Ah é, já está com intimidade assim?"O John " ,Eduardo questionou arqueando a sobrancelha,―Ué? mas não é o nome dele?―Lya, Lya não se faça de boba comigo!Fica longe dele.―E laiá , não falei nada de mais, ela fala sentando em uma poltrona em frente a mesa de Eduardo.―Eu sei querida,eu sei. Só não quero que se machuque . Essa gente corre sangue ruim em suas veias. São pessoas ruins, algo bom não pode sair dali.―O senhor está julgando uma pessoa sem ao menos conhecê-la. Não foi isso que você sempO caminho até você
Desconfianças
Um inimigo amigo
Surpresas da vida
Quando menos se espera
Pov Lyz
Chegando em sua floricultura, Eduardo observou uma camioneta antiga,cor preta Chevrolet parada em frente ao estabelecimento. No momento não reconhece quem pode ser, mas entrando no local, logo ele descobre quem é o dono da tal camioneta,Último capítulo