"No meu jardim já haviam crescido muitos tipos de flores: Rosas, camélias, violetas e até mesmo lírios. Mas, uma Margarida, nunca." —Rg.
𝙼𝚊𝚛𝚌𝚘 ╧╤╧╤╧╤╧╤╧╤╧╤╧╤╧╤
Amasso a carta com minhas mãos e a jogo no chão.
__ Desgraçado, filho da puta!
Coloco as mãos em minha cabeça, andando de um lado para o outro.
Um ódio que nunca tinha sentido percorre meu corpo, minha cabeça vai explodir a qualquer instante.
Vou correndo pegar o papel amassado, para ver o endereço do remetente.
Meu telefone toca. Ainda tremendo, pego e vejo que é Margarida.
__ Marco, eu achei a Tina! –Ela diz, parece feliz.
Acho o endereço com o olhar.
__ Eu também. –Desligo o telefone.
Saio de casa, ainda sem comer nada. Os pingos de chuva começam outra vez.
Percorro muitos bairros, correndo. Sinto um enorme alívio no peito por saber que
Me levanto.— Mas, ele está ocupado? –Pergunto.— Não.Mas é que você precisa marcar horário, se quiser me passar seu telefone eu posso avisar pra você quais os horários vagos.Olho para a porta branca. Eu não vou voltar pra casa e marcar a porcaria do horário sendo que ele não está fazendo nada.Vou andando rumo a porta, ignorando a recepcionista.— Senhor Cortez! Não pode entrar aí!Ela corre até mim e segura meu braço.— Ele não gosta de visitas sem aviso! –Ela tenta me puxar.Olho para baixo e percebo que a mesma não está achando nada mal ficar abraçada em meu braço.— Pode me soltar? –Pergunto.Ela me solta, sem jeito.— Papai não gosta de visitas sem prévio aviso.A porta se abre.— Mas que gritaria toda é essa?!E até que enfim, ele aparece. Sorrio e estendo minha mão.— M-Marco Cortez!! Muito prazer
Um enorme calafrio percorre por todo meu corpo. Não acredito que minha mãe teve a cara de pau de chamar Marco para se juntar a nós na mesa.— Oh, gostaria muito de ficar, porém tenho que...-— Meu Bem, não faça nenhuma cerimônia! Venha, venha.Fico com minha boca semiaberta ao ver minha mãe agarrar Marco pelo braço e o puxar para dentro de casa. Papai fica decepcionado e balança sua cabeça de um lado para o outro, entrando em minha frente e me deixando sozinha.— Ah, não! –Digo, entrando dentro de casa e fechando a porta.Vovó já está jantando, ela observa Marco por um momento, vejo um leve sorrisinho no canto de seus lábios, ela olha para minha mãe que mostra um polegar para cima.— Olha só, mamãe. Olhe o namorado da Marga, não é bonito?Olho para Marco que me olha de volta, encolho meus ombros e observo suas bochechas corarem. Vou á frente de todos.— Ele não é meu namorado! Somos apenas colegas de es
Chegando em frente a mansão Bastes, um turbilhão de sentimentos se revira dentro de mim. Não posso dar para trás, Tina precisa de mim e eu dela. Olho ao redor antes de entrar na casa, a rua possui apenas moradias de alto padrão, talvez eu seja como um alho em um gomo de mexerica, ou uma abelha em um casulo, coisas que não combinam e nem deveriam estar ali. Mas, por que sinto que tomei a decisão correta?Vejo uma campainha, mas prefiro fazer uma surpresa, colocando meus pés nas grades e subindo novamente, espero que os cachorros estejam presos. Já ao lado de dentro, começo a andar rumo a grande porta. Eu voltei, filho da puta.— Hey! –Dou três toques na porta.Ouço
— Marco, acorde...Abro meus olhos vagarosamente e vejo Gardê.— O que foi? –Pergunto ainda com os olhos fechados.— Está na hora de ir para a escola. A Srt.Fortune já está á sua espera.Abro meu olhos e os esfrego, percebo que Valentina ainda dorme.— O quê? Dorothy está aqui? Por quê?— Ela está com uma mochila, acredito que vá com você.Essa é uma informação nova. Dorothy irá estudar na mesma escola que eu? É precipitado demais achar que terei algo arranjado, como, um namoro, por exemplo? Me levanto ainda cambaleando de sono, cubro Valentina e vou para o banheiro tomar um banho.Após vestir meu uniforme e arrumar todos os meus cadernos, saio do quarto e caminho para encontrar com Dorothy, mas um barulho chama a minha atenção e vem de um dos quartos. Me aproximando de uma das muitas portas, começo a ouvir vozes conhecidas, abro lentamente a porta e vejo Aliziane e Titânio, nus. Fecho
Minha mãe bate 3 vezes na porta e me entrega o papel. Enquanto me limpo, constrangida totalmente, consigo ouvir os dois conversando e ela o tratando como se fosse um filho. Ele veio trazer os tênis hoje? Ele deveria ter me avisado! Estúpido! E agora? Com que cara vou olhar para ele? Queria tanto poder voltar no tempo e não comer todos aqueles doces e também para não perder aquela aposta ridícula. Após lavar minhas mãos, saio do banheiro e vou para o meu quarto, ignorando Marco, que está sentado no sofá, com alguns tênis na mão. Escuto ele dizer algo e seus passos se aproximam. Fecho a porta e seguro a maçaneta, ele tenta girá-la, mas a seguro, tentando não deixá-lo entrar.—Você não vai entrar, é um pervertido!— Quem manda usar o banheiro de porta aberta? –Ele diz, do outro lado da porta—Margarida, eu já vi os seus peitos no Zooquático. O que é um pum para quem já está na merda?
Marco·._.·°¯°·..·°.·°°°Ao chegar em “casa”, os portões se abrem automaticamente, provavelmente algum guarda me reconheceu pelas câmeras de segurança. Entro pela porta da frente e me deparo com a safada, Aliziane.— Isso são horas de chegar, moleque?! –Ela exclama.Me sento no sofá e cruzo minhas pernas.— Olha, se eu fosse você, não falava assim com alguém que sabe tanto. –Sorrio.Ela me olha, boquiaberta e pisca algumas vezes seguidamente.— V-você está me ameaçando? –Enquanto fala, aponta seu indicador para si mesma.— Pode ser que sim, pode ser que não. – Respondo.Ela solta um longo suspiro.— O que quer para calar a boca?Meus lábios demonstram um enorme sorriso.— Olha só, agora sim, você está falando a minha língua.Aliziane arqueia uma de suas sobrancelhas.— Vamos, me diga! Quer um carro, uma moto, alguma ja
— É admirável seu pai ter deixado você dormir aqui hoje. –Digo.Glenda olha ao redor e às vezes para seus olhos nos quadros espalhados pela casa.— O que é admirável é minha mãe ainda não ter o matado, se fosse ela, já teria feito isso.Coloco a mão em meu peito.— Credo, odeio assunto de morte e essas coisas. Em Dona Colina, morreu a joaninha que eu guardava dentro de um pote. Chorei como se fosse parente minha.Ouço o riso de Glenda.— Mas, Marga, me diz, por que não podemos dormir no seu quarto? –Ela questiona.— Ah, é que a minha avó dorme lá. O sofá é meu companheiro de todas as noites.Enquanto conversamos, a campainha toca.— Será que é a pizza que pedimos? Vou lá ver! –Glenda diz, se levantando e indo até a porta.– Margarida, você não vai acreditar!Me levanto e vou até a porta, ver o que eu não
Direciono rapidamente meu olhar para trás e vejo Marco, com uma expressão nada boa.— Moleque insolente! Como ousa me exigir respeito dentro de minha própria casa?!Fico completamente sem saber o que fazer e como agir, e resolvo dizer a única coisa que me vem em mente.— Desculpa... -Digo em baixo tom, me virando para ir embora.Ouço passos rápidos e me viro novamente ao sentir a mão de Marco se juntar a minha.— Te proíbo de se desculpar com esse... Esse homem! -Ele exclama, ainda com nossas mãos entrelaçadas.Vejo a expressão raivosa de Dorothy se transformar em uma expressão de surpresa ao ver o tato de nossas mãos. Tento separar o nosso contato físico, porém ele me segura firmemente. Dorothy desce as escadas, pisando como se fosse um soldado, e abraça o velho, ficando contra nós.— Marco, não deveria falar assim com seu pai! –Ela o repreende.