Geovana Fui em direção ao banheiro sem olhar pra trás. Só pude ouvir a porta do quarto sendo fechada. Era melhor assim, o Bernardo não merecia ter uma mulher suja ao seu lado. Ele sempre foi carinhoso e verdadeiro comigo. E eu agora, o que sou? O que tenho a oferecer? Nada. Simplesmente nada. Não tenho mais minha mãe, até o irmão que eu imaginava ter encontrado não passava de ilusão. Toda minha vida era uma mentira. Quem eu era verdadeiramente? Será que algum dia irei descobrir? Entrei no banheiro, tirei aquela roupa imunda jogando dentro da lixeira, abri o chuveiro e deixei cair bastante água quente na tentativa de tirar toda aquela sujeira do meu corpo. Esfregava o sabonete com tanta força tentando a todo custo arrancar a minha própria pele. Mas só o que conseguia era me machucar ainda mais. Minha vontade era desaparecer, assim como aquela água que escoava pelo ralo do box. Me sentia sem chão, sem base, suja por dentro e tinha certeza que por mais que tomasse banho aque
BNNão gostei nada daquela marra toda da Bruna e principalmente ela andando com aquela vadia da Juliana. Sempre soube muito bem que nunca gostei dela circulando junto com esse tipo de gente. E ainda tem o lance dela ter ficado de leva e trás com o maldito do Vitor. Falando nisso tenho que ir na boca pra ver como esse filho da puta tá e o arrombado do play dos infernos também. Subi na moto e voei pra boca. Já cheguei chutando a porra da porta onde aqueles filho da puta estavam.— Coe, assustei as mocinhas? Cadê a valentia de vocês agora? Só são homens pra bater em mulher? — grito só o ódio — Vai se fuder BN. Se tu pensa que me matando vai tá livre de mim, tu tá muito enganado porra. Tua irmãzinha tá carregando um guri meu na barriga. Querendo ou não vai ter meu sangue misturado na tua família véi. — Vitor tenta tirar onda com a minha cara e sou um chute no meio dos peitos dele deixando sem ar na hora— Cala essa boca de merda. Minha irmã não é doida de ter fodido com um arrombado como
DaniJá havia se passado quase uma hora desde que o DG saiu para buscar algumas peças de roupa pra mim. Esse sumiço não é nada bom. Com certeza aconteceu alguma coisa. Durante esse pouco tempo que estou aqui já pude perceber que o silêncio na Rocinha não é bom sinal.Permaneci quieta por um bom tempo, pedindo a Deus que nada de ruim tivesse acontecido. Lembrei da minha mãe, com tudo o que ocorreu com o meu pai não tenho idéia de quem está cuidando do sepultamento dela. Sei que o único amigo dele é o Freitas, mas estando aqui não tinha como entrar em contato com ele. Eu estava sozinha no quarto, a Joana tinha ido conversar com a médica e assinar a documentação para a minha liberação. Fiquei por uns instantes lembrando do dia em que vi o DG pela primeira vez e por tudo que tinha acontecido até hoje. Nunca pensei que algum dia pudesse passar por tudo isso e muito menos me apaixonar por um homem como ele. Vivemos e pensamos de maneiras tão distintas, nunca dariamos certo. Ele jamais troc
Dani— O que houve DG? Cadê a Geovana? — pergunto nervosa— Calma! Ela vai ficar bem. Sofreu uma tentativa de assassinato. Teve lesões no aparelho digestivo. Está na UTI e fui doar sangue pra ela. Provavelmente vai passar por uma cirurgia de emergência para retirada da bala. — DG fala com uma naturalidade impressionante e eu ali só os nervos— Como isso aconteceu? Que droga de traficante você é que nem ao menos defender a própria irmã consegue? — grito nervosa e BN entra na conversa— A culpa não foi dele, eu quem deixei a Geovana sozinha. — BN tenta interferir, mas o grosseirão do DG não deixa passar batido — Não te mete BN, sei me defender sozinho. Escuta aqui Daniella... — DG tenta se explicar, mas o impeço Lara: Escuta aqui você DG, se pensa que vou para a tua casa e correr novamente o risco de ser assassinada por uma das suas amantes, pode tirar seu cavalinho da chuva. Se não foi capaz de proteger nem a Geovana que é do teu sangue, quanto mais a mim que não sou nada tua. Sinto
Enquanto do lado de fora do postinho...— O que está fazendo aqui parado na porta BN? — Joana diz segurando alguns papéis nas mãos BN coça a cabeça e sem jeito responde:— Pô tia, o DG pediu pra ficar aqui fora e não deixar ninguém entrar. Joana cruza os braços e indignada fala:— Que conversa é essa menino? Sai já da frente dessa porta. Vou entrar agora.BN se joga na frente dela na tentativa frustrada de impedir a sua entrada.— Não posso, tia, facilita minha vida aí.— Sai fora daí Bernardo José. — Joana grita — Mais vejam só, um pirralho desses que eu troquei fraldas querendo me impedir de alguma coisa. Sai já dai, garoto, anda logo.— Não me mete em encrenca tia. Já basta a roubada que a imbecil da Bruna me meteu pô. — BN como sempre acaba falando demais e deixa Joana confusa — O que houve com tua irmã? Está doente? — Joana pergunta preocupada— Deve tá doente do cérebro, isso sim. Uma garota que sempre teve tudo o que quis se envolver com um cara feito o Vitor e ainda por cim
DG Coloquei a morena na cadeira de rodas e levei até o carro, peguei seus braços e coloquei em volta do meu pescoço, em seguida a carreguei e sentei no banco de trás. Ela me olhou e sorriu agradecendo. Porra, que sorriso foi aquele! Eu tava com os quatro pneus arriados pela Daniella cara, mas parece que ela ainda não acreditava nisso. Estava estampado na minha cara e no meu corpo que eu tava vidrado nela. Só em sentir ela perto do meu corpo olha como eu fico. Aquele corpo perfeito dela me deixava louco.Mas, tudo que eu dizia ela sempre tinha uma resposta dura e isso me deixava zonzo. Só eu mesmo pra gostar de uma mina cabeça dura dessas. Onde fui amarrar meu burro? Com ela é sim ou não. Tudo fica cada vez mais confuso e complicado. Ainda tem essa dela querer ir embora daqui. Porra véi quando ouvi isso fiquei perdido, sem saber o que fazer. Não consigo imaginar a minha vida sem a minha morena. Mesmo nunca tendo passado de alguns beijos e carícias eu já me sentia completamente de
Dani— Por favor, sai daqui DG. Sai daqui. — começo a gritar e DG me coloca com cuidado na cama e na hora puxo o lençol tentando esconder o meu corpo Ele se aproxima e de um jeito diferente fala, como se nada de errado estivesse acontecendo e aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Se bem que para um homem como ele que já deve ter visto mulheres nuas de todos os tipos, ver uma magrela como eu sem roupa deve ser sido até engraçado. — Por que morena? Tem vergonha de mim? — DG se aproxima e eu não consigo encara-lo por tanta vergonha que sentia— Você é muito cínico mesmo. Não quero que me veja assim. Por favor, sai. — peço e ele parecia não ouvir e se aproxima ainda mais, me deixando completamente arrepiada— Tem certeza que é isso o que você quer? — ele pergunta próximo ao meu ouvido — Claro! — respondo ofegante — Que sim ou não? — ele se faz de desentendido e beija meu pescoço me deixando ainda mais arrepiada— Engraçadinho. Claro que sim né!? — falo ainda sem o encarar— Mas p
Na boca...DG— O que tá rolando aqui Leandrinho? Que porra de bagunça é essa no meu espaço véi? — falo só o ódio por terem empatado a minha situação com a morena— Pô chefe, essa mina chegou aqui cheia de marra fazendo o maior alarde na boca sacô. Disse que não arredava o pé daqui enquanto o senhor não chegasse. — Leandrinho termina de falar e encaro direto para Juliana, que parecia não ter medo da morte, porque só sendo muito ousada ou burra para aparecer na minha frente depois de ter agido na covardia com minha irmã.— Tô sabendo. O que tu quer comigo? Fala logo que tô sem paciência pra puta. — fico de pé na frente dela que ainda tem a ousadia de me encarar— Quero saber que papo é esse de você colocar aquela vadia dentro da tua casa? — Juliana termina de falar e já sente o peso da minha mão na cara dela com o tapa forte que leva e logo depois a pressão que sentiu no rosto quando apertei seu maxilar — Primeiro lugar, não devo satisfação do que faço a ninguém menos ainda à uma puta